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Utilize o texto abaixo para responder as questões de 02 a 07:
Diálogo entre dois amigos
Comigo acontecem muitas coincidências. Nasci no dia 5 de máio, às 5 horas. Quando fiz 55 anos, apostei no número 55.555 e ganhei R$ 5 milhões. Peguei tudo e apostei no cavalo 5, no 5º páreo.
– Legal! E quanto você ganhou?
– Nada.
– Nada?
– O maldito chegou em quinto.
(Fonte:https://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=15966)
Assinale a ÚNICA alternativa abaixo em que a palavra apresenta um encontro vocálico.
Utilize o texto abaixo para responder as questões de 02 a 07:
Diálogo entre dois amigos
Comigo acontecem muitas coincidências. Nasci no dia 5 de máio, às 5 horas. Quando fiz 55 anos, apostei no número 55.555 e ganhei R$ 5 milhões. Peguei tudo e apostei no cavalo 5, no 5º páreo.
– Legal! E quanto você ganhou?
– Nada.
– Nada?
– O maldito chegou em quinto.
(Fonte:https://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=15966)
No total, nas palavras abaixo, observamos:
Horas – Comigo
Podemos afirmar sobre a charge abaixo:
FONTE IMAGEM: Folha de S. Paulo.
Justiça argentina leva médicos de Maradona a julgamento por homicídio simples
Maradona, considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, 'em situação de desamparo' e 'deixado à própria sorte', segundo a investigação dos promotores.
A Justiça argentina levará oito pessoas a julgamento, entre médicos, enfermeiras e um psicólogo, que cuidaram de Diego Maradona, o mais importante jogador de futebol do país, no momento da sua morte, por “presumido ato de homicídio simples”, segundo decisão judicial divulgada nesta quarta-feira (22). O juiz responsável pelo processo questionou “as condutas --ativas ou omissas-- que cada um dos acusados teria desenvolvido e contribuído à realização do resultado lesivo”, segundo a decisão com 236 páginas.
Maradona, considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, “em situação de desamparo” e “deixado à própria sorte”, segundo a investigação dos promotores. “Em 30 de novembro de 2020, assim que vi a causa da morte, disse que era homicídio. Lutei por muito tempo e aqui estamos, com essa etapa cumprida”, disse Mario Baudry, advogado de um dos filhos de Maradona, à Reuters.
Os acusados são o neurocirurgião e médico pessoal do ex-jogador, Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Díaz, os enfermeiros Gisella Madrid e Ricardo Almirón, seu chefe Mariano Perroni, e os médicos Pedro Di Spagna e Nancy Forlini. O juiz também acusou Luque de ter falsificado a assinatura de Maradona para retirar seu histórico clínico do hospital e Cosachov por “falsidade ideológica”.
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/06/22/justica-argentina-levamedicos-de-maradona-a-julgamento-por-homicidio-simples.ghtml
Assinale a alternativa que apresente a circunstância estabelecida pelo termo em destaque no período: A Justiça argentina levará oito pessoas a julgamento, entre médicos, enfermeiras e um psicólogo, que cuidaram de Diego Maradona, o mais importante jogador de futebol do país, no momento da sua morte, por “presumido ato de homicídio simples”, segundo decisão judicial divulgada nesta quarta-feira (22).
TEXTO I
Quanto custa uma vida
Um vírus mortal assolou o mundo, por volta de 1910, sendo responsável por epidemias que se tornaram eventos comuns, principalmente nas cidades, durante os meses de verão, deixando milhares de crianças e adultos paralíticos.
Foi a descoberta, em 1952-55, da vacina, por Jonas Salk, que reduziu a incidência da doença de centenas de milhares de casos para menos de um milhar por ano e, no início dos anos sessenta, Albert Sabin, médico polaco, descobriu uma vacina oral, as célebres gotinhas, que ainda hoje fazem parte do plano de vacinação e que quase conseguiu eliminar a poliomielite em todo o mundo. Este médico renunciou aos direitos de patente, o que facilitou a utilização da vacina em todo o Mundo.
Nessa altura trabalhava-se em nome da ciência e da humanidade.
Certamente, os CEO (Chief Executive Officer) das multinacionais farmacêuticas diriam agora “que a investigação de novos fármacos é muito dispendiosa e com a existência das patentes podem recuperar os custos e continuar a inovar”.
A investigação é de fato muito cara. Contudo, as grandes empresas farmacêuticas deixaram há muito de fazer investigação e compram-na às universidades ou empresas mais pequenas.
Foi o que se passou com as vacinas contra a covid-19, com a agravante que a investigação foi paga com dinheiros públicos.
O problema é que a Big Pharma não quer só recuperar os custos da investigação, mas alcançar grandes lucros a curto prazo.
Os CEO contestam e afirmam que fixam o preço tendo em conta o “valor” que os seus produtos têm um grande valor terapêutico, e salvam muitas vidas, e é por isso que têm de ser caros.
Interrogamo-nos assim: quanto é que custa uma vida? Todas as outras medidas realizadas nos hospitais, no ambulatório e na saúde pública, até mesmo a oferta da água potável, também salvam vidas e o seu preço não é inflacionado.
As empresas aumentam os preços das suas mercadorias convertendo-as em produtos financeiros para especulação nos mercados.
Os maiores acionistas de muitas das grandes empresas farmacêuticas, que são empresas de investimento, geram ativos importantes como os fundos de pensões, a dívida pública, os patrimônios pessoais, etc., com valores várias vezes superiores ao nosso PIB.
No meu entender, a isto se deve os preços dos medicamentos e a proteção das patentes por oito a 12 anos.
Se não mudarmos este modelo, não vamos usufruir das inovações terapêuticas no futuro próximo, como agora os países mais pobres não irão receber suficientes vacinas contra a covid-19.
O monopólio das patentes é muito bom para as empresas, mas péssimo para os serviços de saúde.
A afirmação de políticos e comentadores midiáticos de que a União Europeia devia ter pago mais às grandes empresas farmacêuticas com a frase “o barato sai caro” é, sem dúvida, uma inversão de valores. Estes deveriam, sim, defender as propostas da OMS de suspensão das patentes.
Segundo as Nações Unidas, “milhões de pessoas são deixadas para trás quando se trata do acesso aos medicamentos e tecnologias que podem assegurar a sua saúde e bem-estar. O fracasso em reduzir os preços dos medicamentos patenteados está a dar como resultado que a milhões de pessoas se lhes negue o tratamento para salvar a sua vida em doenças como a sida, tuberculose, malária, hepatites virais, doenças não contagiosas e doenças raras (High Level Panel, 2015)”. Impõem-se exigir, pelo menos, a suspensão das patentes durante a pandemia.
Numa carta dirigida ao governo, em novembro passado, a Associação de Médicos pelo Direito à Saúde (AMPDS) associou-se a mais de 370 organizações internacionais exigindo a limitação da atribuição de patentes sobre as vacinas e medicamentos para a covid-19, tendo em conta os seus valores de defesa intransigente do direito à saúde, como um direito humano fundamental e da dignidade profissional dos médicos.
No entanto, vários governos, entre os quais os dos Estados Unidos, Japão e outros países ricos, votaram contra a suspensão das patentes das vacinas para a covid-19 durante a pandemia, numa reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Sendo as vacinas e os medicamentos um bem público, de carácter universal, instamos para que se vote um plano de suspensão das patentes nas vacinas contra o SARS-CoV-2, na próxima reunião da OMC.
Igualmente, alertamos para a necessidade de uma cobertura universal da vacina, não deixando para trás uma grande parte da população dos países pobres, de acordo com as posições da União Europeia e das Nações Unidas, particularmente a da Organização Mundial da Saúde.
Jaime Teixeira Mendes
(Disponível em: https://www,publico.pt/.Publicado em 15/03/2021. Adaptado.)
No quarto parágrafo, o autor emprega as aspas com o propósito de:
Texto 1
Brasil cria roupa contra a covid
Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no combate a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só para vestuário, mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.
Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de funcionamento em situações de exposição à doença: "Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado, porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também".
Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido representa uma mudança de cenário. "Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores de loja, cortinas de teatro, assentos de avião ... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário", explicou o coordenador Adriano Passos.
Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini ressaltou a importância dessa facilitação: "Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação química e na estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata utilizada em outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo muito novo, então ainda estamos decidindo para onde doar"
Maria Clara Matturo
(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)
No terceiro parágrafo, o longo trecho entre aspas representa, em relação à primeira frase, uma:
Texto para responder às questões 1 a 8.
Ucrânia e o mundo civilizado
Cobertura ocidental sobre Ucrânia. Na CBS: "Este não é um lugar como o Iraque ou o Afeganistão. Esta é uma cidade relativamente civilizada, relativamente europeia". Na ITV britânica: "O impensável aconteceu. Esta não é uma nação em desenvolvimento do terceiro mundo-esta é a Europa!". Na BBC: "É muito emocionante para mim porque vejo europeus com olhos azuis e cabelos loiros sendo mortos".
Há quase meio milhão de refugiados da Ucrânia, metade deles para a Polônia, a mesma que há pouco mandava tropas para bater em refugiados. Há relatos de africanos e de brasileiros barrados em trens fugindo da Ucrânia. Enfatizar que nossa dor é seletiva -geográfica e racialmente -não apaga a realidade da dor (na Ucrânia, é real e cruel); apenas ressalta que nossa empatia é proporcional à humanidade que concedemos a quem sofre.
Raça é uma fronteira, nos lembra Achiume em "Racial Borders". Regimes formais (status de refugiado) e informais (ser aceito em um trem) conferem privilégios raciais a uns e imobilidade a outros. A quem chamamos civilizados, a compaixão. Aos bárbaros, a penúria. O maior campo de refugiados do mundo, no Quênia, continua ameaçado de fechar. Sanções econômicas dos EUA continuam a levar o Afeganistão à fome.
No livro "History of White People", Painter nos lembra que o reconhecimento de povos do Leste Europeu como igualmente brancos no Ocidente foi objeto de disputa. Foi por ter admirado a beleza de um crânio oriundo das montanhas do Cáucaso na Rússia, aliás, que Blumenbach, em 1795, classificou o grupo europeu como caucasiano.
A anedota persiste e nos lembra que raça é, ao mesmo tempo, arbitrária e poderosa. No mesmo século 18, o termo "civilização" era inventado para separar europeus dos bárbaros colonizados (nós, no caso). Por baixo do derramar de sangue da guerra, desumano e inútil, reside paradoxalmente a chave para compreender a nossa humanidade: todos sangramos, nós que somos seletivos no olhar.
Thiago Amparo Folha de São Paulo, 03/03/2022
O emprego da vírgula marca a elipse de um verbo em:
Texto 1
Clonar para biodiversidade
Em dezembro de 2020, o Centro de Conservação de Vida Selvagem do Colorado, nos EUA, foi palco de um nascimento histórico. Elizabeth Ann é o primeiro clone de uma espécie de furão ameaçada de extinção: o furão-de-patas-pretas. Ela é cópia de um ancestral que morreu na década de 1980 e teve suas células congeladas, uma fêmea chamada Willa. À primeira vista, o fato não impressiona. Afinal, quem não se lembra da ovelha Dolly, em 1996? Nas últimas décadas, a clonagem de mamíferos tornou-se lugar comum, utilizada constantemente para clonar animais de criação, esporte e domésticos. O que tem de tão especial neste novo clone?
A novidade não está na técnica, mas no uso. Elizabeth Ann foi criada com uma técnica muito similar à da ovelha Dolly. Óvulos de uma fêmea doméstica doadora foram coletados e tiveram seus núcleos removidos. O material genético de Willa foi então inserido neles, e um estímulo elétrico fez com que começassem a se dividir. O embrião foi implantado em uma fêmea doméstica, dentro de um esquema "barriga de aluguel”. Mas Elizabeth Ann não é um animal de criação ou de corrida, nem um pet. Ela é o primeiro mamífero clonado para um programa de conservação ambiental.
A espécie — furão-de-patas-pretas (Mustela nigripes) — já foi considerada extinta nos EUA na década de 1970, provavelmente devido à caça desenfreada do cão-da-pradaria, que era seu prato preferido. Na década de 1980, no entanto, foi descoberta uma pequena colônia destes animais, e teve início um programa de conservação. Não foi fácil, porque apenas sete animais conseguiram se reproduzir, o que diminui muito a diversidade genética dos descendentes, aumentando inclusive a suscetibilidade a doenças.
Uma estratégia para aumentar a diversidade é introduzir genes de populações diferentes, mas como fazer isso em uma espécie em extinção, onde todos os indivíduos são geneticamente muito próximos? Elizabeth Ann vem para resolver este problema. Ela traz genes de um animal que morreu há 35 anos, com uma diversidade genética três vezes maior do que a encontrada na população existente. É como se todos os furões-de-patas-pretas fossem primos de primeiro grau, e ela, uma estrangeira de um país distante.
Elizabeth Ann, agora sexualmente madura, após seu primeiro aniversário, aguarda a escolha do parceiro, que está sendo cuidadosamente selecionado entre os machos da espécie. E preciso, segundo os tratadores, escolher o macho mais “cavalheiro”, porque não se pode correr o risco de um namorado mais brutamontes machucar a única fonte de genes diferentes. Se ela conseguir se reproduzir e ter descendentes saudáveis, seu caso pode marcar o início de novos programas de conservação e reintrodução de genes para outras espécies em extinção.
O sucesso do programa em furões pode beneficiar muito mais do que os furões em si. Pode ser uma prova de conceito e atrair interesse e financiamento para repetir o processo com outras espécies. Clonar animais selvagens sempre foi um desafio muito maior do que animais domésticos, até porque as técnicas de criação e reprodução em cativeiro não são tão bem estabelecidas para espécies com as quais a Humanidade não convive tanto. O Zoológica de San Diego, por exemplo, está nos primeiros estágios para tentar o mesmo processo com o rinoceronte-branco-do-Norte, espécie da qual existem hoje só dois indivíduos. O sucesso de Elizabeth Ann pode servir para impulsionar programas como esse.
Clones normalmente nos levam a pensar em cópias e redução de diversidade. Elizabeth Ann vem para nos lembrar que clonagem e modificação genética são apenas ferramentas. O que fazemos com elas depende de nossa criatividade, ética e recursos. Clones podem ser usados para promover biodiversidade, e quem sabe, resgatar mais espécies em extinção.
Natália Pastenak
(O Globo, 31 de janeiro de 2022)
“Não foi fácil, porque apenas sete animais conseguiram se reproduzir, o que diminui muito a diversidade genética dos descendentes, aumentando inclusive a suscetibilidade a doenças” (3º parágrafo).
No trecho, a expressão “aumentando inclusive a suscetibilidade a doenças” assume valor de:
Texto 1
Clonar para biodiversidade
Em dezembro de 2020, o Centro de Conservação de Vida Selvagem do Colorado, nos EUA, foi palco de um nascimento histórico. Elizabeth Ann é o primeiro clone de uma espécie de furão ameaçada de extinção: o furão-de-patas-pretas. Ela é cópia de um ancestral que morreu na década de 1980 e teve suas células congeladas, uma fêmea chamada Willa. À primeira vista, o fato não impressiona. Afinal, quem não se lembra da ovelha Dolly, em 1996? Nas últimas décadas, a clonagem de mamíferos tornou-se lugar comum, utilizada constantemente para clonar animais de criação, esporte e domésticos. O que tem de tão especial neste novo clone?
A novidade não está na técnica, mas no uso. Elizabeth Ann foi criada com uma técnica muito similar à da ovelha Dolly. Óvulos de uma fêmea doméstica doadora foram coletados e tiveram seus núcleos removidos. O material genético de Willa foi então inserido neles, e um estímulo elétrico fez com que começassem a se dividir. O embrião foi implantado em uma fêmea doméstica, dentro de um esquema "barriga de aluguel”. Mas Elizabeth Ann não é um animal de criação ou de corrida, nem um pet. Ela é o primeiro mamífero clonado para um programa de conservação ambiental.
A espécie — furão-de-patas-pretas (Mustela nigripes) — já foi considerada extinta nos EUA na década de 1970, provavelmente devido à caça desenfreada do cão-da-pradaria, que era seu prato preferido. Na década de 1980, no entanto, foi descoberta uma pequena colônia destes animais, e teve início um programa de conservação. Não foi fácil, porque apenas sete animais conseguiram se reproduzir, o que diminui muito a diversidade genética dos descendentes, aumentando inclusive a suscetibilidade a doenças.
Uma estratégia para aumentar a diversidade é introduzir genes de populações diferentes, mas como fazer isso em uma espécie em extinção, onde todos os indivíduos são geneticamente muito próximos? Elizabeth Ann vem para resolver este problema. Ela traz genes de um animal que morreu há 35 anos, com uma diversidade genética três vezes maior do que a encontrada na população existente. É como se todos os furões-de-patas-pretas fossem primos de primeiro grau, e ela, uma estrangeira de um país distante.
Elizabeth Ann, agora sexualmente madura, após seu primeiro aniversário, aguarda a escolha do parceiro, que está sendo cuidadosamente selecionado entre os machos da espécie. E preciso, segundo os tratadores, escolher o macho mais “cavalheiro”, porque não se pode correr o risco de um namorado mais brutamontes machucar a única fonte de genes diferentes. Se ela conseguir se reproduzir e ter descendentes saudáveis, seu caso pode marcar o início de novos programas de conservação e reintrodução de genes para outras espécies em extinção.
O sucesso do programa em furões pode beneficiar muito mais do que os furões em si. Pode ser uma prova de conceito e atrair interesse e financiamento para repetir o processo com outras espécies. Clonar animais selvagens sempre foi um desafio muito maior do que animais domésticos, até porque as técnicas de criação e reprodução em cativeiro não são tão bem estabelecidas para espécies com as quais a Humanidade não convive tanto. O Zoológica de San Diego, por exemplo, está nos primeiros estágios para tentar o mesmo processo com o rinoceronte-branco-do-Norte, espécie da qual existem hoje só dois indivíduos. O sucesso de Elizabeth Ann pode servir para impulsionar programas como esse.
Clones normalmente nos levam a pensar em cópias e redução de diversidade. Elizabeth Ann vem para nos lembrar que clonagem e modificação genética são apenas ferramentas. O que fazemos com elas depende de nossa criatividade, ética e recursos. Clones podem ser usados para promover biodiversidade, e quem sabe, resgatar mais espécies em extinção.
Natália Pastenak
(O Globo, 31 de janeiro de 2022)
O emprego da vírgula introduzindo comentário da autora com valor de possibilidade ocorre em:
Texto I
À natureza nos ensina a agir coletivamente
Clarice Cudischevitch
Por que peixes nadam em cardumes? Como pássaros voam em bando tão harmonicamente? O que motivou pessoas a não usarem máscara em uma pandemia? Um dos fenômenos mais fascinantes das ciências da vida é, justamente, o conflito entre o comportamento individual e o coletivo. Mas ele não é exclusivo do mundo biológico. O ecólogo Simon Levin o extrapola para as ciências sociais buscando entender condutas de uma espécie em particular: a humana.
Isso porque, embora a seleção natural atue nas diferenças entre indivíduos, a cooperação existe na natureza desde o nível celular até em diferentes animais. Diretor do Centro de BioComplexidade e professor de ecologia e biologia evolutiva da Universidade de Princeton (EUA), Levin aplica a matemática, sua formação original, para estudar essas duas tendências conflitantes.
Na biologia, elas já são relativamente conhecidas. Pela seleção natural, os organismos mais aptos a sobreviver têm mais chances de passar suas características para os descendentes e, assim, perpetuar seus genes. Em “O Gene Egoista”, o biólogo Richard Dawkins afirma que um comportamento coletivo, como voar em bando, é adotado por conferir maior probabilidade de sobrevivência a uma linhagem genética.
Quando falamos de interações humanas, no entanto, a conversa é mais complexa. Se peixes nadam em cardumes para benefício mútuo — lutar contra predadores, por exemplo —, adotar um comportamento coletivo que gere benefícios em maior escala para a sociedade geralmente implica restringir ações individuais. “Precisamos aprender com a natureza como alcançar a cooperação”, diz Levin.
Na matemática, é a teoria dos jogos, técnica que modula o comportamento estratégico de agentes em diferentes situações, que dá conta de entender essas relações. Um exemplo clássico: se as pessoas priorizassem o transporte público ao carro, o congestionamento diminuiria, beneficiando a todos. Nesse cenário, no entanto, indivíduos acabariam saindo de carro para aproveitar o fluxo do trânsito, voltando a sobrecarregar as vias. Para a coletividade, seria melhor a cooperação do que ações individuais egoístas.
Essa mistura de matemática com sociologia e toques de biologia é útil para entender a pandemia da Covid-19. Levin, que passou mais de 40 anos estudando a dinâmica de doenças infecciosas, explica que, no caso do coronavirus, aplicamos modelos que predizem a disseminação do vírus, as diferenças entre pacientes com e sem sintomas e outros aspectos que ajudam a pensar em estratégias. Mas falta o componente social.
“Vemos grupos que hesitaram em se vacinar. Por quê?”, questiona Levin. “Há os que se recusaram a usar máscaras. China, Japão e Ásia em geral são países mais abertos a esse tipo de proteção, enquanto outros, como a Suécia, resistiram. Entender isso é um problema das ciências sociais.”
Levin vai além: como decisões coletivas são tomadas? Como normas sociais são criadas e mantidas? Como indivíduos interagem? Um de seus estudos do momento quer entender a dinâmica das polarizações políticas. “Pessoas fazem parte de grupos diferentes, que às vezes se sobrepõem. Desenvolvemos modelos em que os indivíduos mudam suas opiniões ou migram de grupo baseados em interações com outras pessoas.”
Modelos desse tipo também são aplicados em contextos internacionais. Analisam, por exemplo, não apenas as relações entre nações, mas também as influências de organizações como ONU e OMS nas decisões e mudanças de posicionamento dos países.
Disponível em https://cienciafundamental.blogfolha.uol.com.br/ 2021/02/27/a-natureza-nos-ensina-a-agir-coletivamente/ (Adaptado)
No quarto parágrafo, o uso do travessão duplo justifica-se por:
Texto I
À natureza nos ensina a agir coletivamente
Clarice Cudischevitch
Por que peixes nadam em cardumes? Como pássaros voam em bando tão harmonicamente? O que motivou pessoas a não usarem máscara em uma pandemia? Um dos fenômenos mais fascinantes das ciências da vida é, justamente, o conflito entre o comportamento individual e o coletivo. Mas ele não é exclusivo do mundo biológico. O ecólogo Simon Levin o extrapola para as ciências sociais buscando entender condutas de uma espécie em particular: a humana.
Isso porque, embora a seleção natural atue nas diferenças entre indivíduos, a cooperação existe na natureza desde o nível celular até em diferentes animais. Diretor do Centro de BioComplexidade e professor de ecologia e biologia evolutiva da Universidade de Princeton (EUA), Levin aplica a matemática, sua formação original, para estudar essas duas tendências conflitantes.
Na biologia, elas já são relativamente conhecidas. Pela seleção natural, os organismos mais aptos a sobreviver têm mais chances de passar suas características para os descendentes e, assim, perpetuar seus genes. Em “O Gene Egoista”, o biólogo Richard Dawkins afirma que um comportamento coletivo, como voar em bando, é adotado por conferir maior probabilidade de sobrevivência a uma linhagem genética.
Quando falamos de interações humanas, no entanto, a conversa é mais complexa. Se peixes nadam em cardumes para benefício mútuo — lutar contra predadores, por exemplo —, adotar um comportamento coletivo que gere benefícios em maior escala para a sociedade geralmente implica restringir ações individuais. “Precisamos aprender com a natureza como alcançar a cooperação”, diz Levin.
Na matemática, é a teoria dos jogos, técnica que modula o comportamento estratégico de agentes em diferentes situações, que dá conta de entender essas relações. Um exemplo clássico: se as pessoas priorizassem o transporte público ao carro, o congestionamento diminuiria, beneficiando a todos. Nesse cenário, no entanto, indivíduos acabariam saindo de carro para aproveitar o fluxo do trânsito, voltando a sobrecarregar as vias. Para a coletividade, seria melhor a cooperação do que ações individuais egoístas.
Essa mistura de matemática com sociologia e toques de biologia é útil para entender a pandemia da Covid-19. Levin, que passou mais de 40 anos estudando a dinâmica de doenças infecciosas, explica que, no caso do coronavirus, aplicamos modelos que predizem a disseminação do vírus, as diferenças entre pacientes com e sem sintomas e outros aspectos que ajudam a pensar em estratégias. Mas falta o componente social.
“Vemos grupos que hesitaram em se vacinar. Por quê?”, questiona Levin. “Há os que se recusaram a usar máscaras. China, Japão e Ásia em geral são países mais abertos a esse tipo de proteção, enquanto outros, como a Suécia, resistiram. Entender isso é um problema das ciências sociais.”
Levin vai além: como decisões coletivas são tomadas? Como normas sociais são criadas e mantidas? Como indivíduos interagem? Um de seus estudos do momento quer entender a dinâmica das polarizações políticas. “Pessoas fazem parte de grupos diferentes, que às vezes se sobrepõem. Desenvolvemos modelos em que os indivíduos mudam suas opiniões ou migram de grupo baseados em interações com outras pessoas.”
Modelos desse tipo também são aplicados em contextos internacionais. Analisam, por exemplo, não apenas as relações entre nações, mas também as influências de organizações como ONU e OMS nas decisões e mudanças de posicionamento dos países.
Disponível em https://cienciafundamental.blogfolha.uol.com.br/ 2021/02/27/a-natureza-nos-ensina-a-agir-coletivamente/ (Adaptado)
“Pessoas fazem parte de grupos diferentes, que às vezes se sobrepõem. Desenvolvemos modelos em que os indivíduos mudam suas opiniões ou migram de grupo baseados em interações com outras pessoas.”
O verbo sobrepor está flexionado na 3º pessoa do plural para concordar com o substantivo:
Texto l
A prata é pior do que o bronze?
Daqui a uma semana os Jogos Olímpicos de Inverno começam em Pequim. Cerca de 3.000 atletas disputarão a competição mais importante de suas vidas. Poucos serão campeões, a maioria não subirá no pódio, e isso faz parte do esporte.
Não sei se você já reparou que, na entrega de medalhas, o terceiro lugar geralmente está sorrindo, enquanto a expressão do segundo colocado às vezes é de decepção. Por que a prata é vista por muitos competidores como sendo pior do que o bronze? Há anos, especialistas tentam explicar essa questão.
A resposta pode estar na cara, literalmente. Uma das pesquisas mais relevantes foi publicada em 1995 no Journal of Personality and Social Psychology.
O professor de psicologia Thomas Gilovich e seus colegas gravaram a reação de medalhistas de prata e de bronze durante os Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992 — quando os atletas descobriram suas colocações e na cerimônia de premiação. Depois, mostraram o vídeo a estudantes sem revelar as posições finais. A análise foi a de que, em geral, quem levou o bronze estava mais satisfeito.
Os pesquisadores também entrevistaram mais de cem medalhistas em uma competição amadora nos Estados Unidos e pediram que eles qualificassem a própria performance. Os que ficaram em terceiro pareciam mais felizes e aliviados por estarem no pódio, enquanto os vice-campeões se sentiam derrotados porque se compararam aos primeiros colocados. A sensação era a de que não ganharam a prata, mas, sim, perderam o ouro.
Outra pesquisa de 2006 na mesma publicação analisou a expressão facial de medalhistas de ouro, prata e bronze e dos que terminaram em quinto lugar na competição olímpica de judô em Atenas - 2004. Os terceiros colocados tinham um sorriso mais espontâneo, o que significa usar músculos da face que deixam os olhos apertados e geram os "pés-de-galinha". A reação dos medalhistas de prata, segundo aos autores, mostrou que eles estavam apenas sendo educados, não felizes. O famoso sorriso amarelo.
Um estudo feito pela London School of Economics após os Jogos Paraolímpicos de Londres de 2012 revelou resultados parecidos. Respostas emocionais influenciadas pelo que poderia ter acontecido, não pelo que de fato ocorreu. A margem da performance também era relevante: psicologicamente, ganhar a prata por pouco, em vez do bronze, seria menos decepcionante.
É possível ter empatia em situações cotidianas. Há quem fique feliz com o aumento de salário, mas talvez se desanime ao saber que o colega de escritório ganhou um ainda maior. Quem quer perder cinco quilos e emagrece seis comemora, mas, se a ideia era perder dez quilos e são cinco a menos na balança, a sensação pode ser de derrota.
Muitas vezes, O ser humano se diminui quando se compara, ou quando pensa no que poderia ter feito. Todos, em uma escala maior ou menor, já passaram por isso.
Em competições que envolvem disputa de terceiro lugar, o medalhista de bronze vem de uma vitória, enquanto o de prata, de uma derrota. No esporte, há várias formas de lidar com um segundo lugar. Alguns atletas transformam a decepção em combustível para treinar mais duro e tentar vencer na próxima. Outros reconhecem e apreciam o tamanho do feito que conquistaram após anos de dedicação. Mais uma lição que os Jogos Olímpicos nos ensinam sobre as emoções humanas.
Marina lIzidro
(Folha de São Paulo, 29 de janeiro de 2022)
A palavra “se” é uma conjunção com valor condicional em:
Texto l
A prata é pior do que o bronze?
Daqui a uma semana os Jogos Olímpicos de Inverno começam em Pequim. Cerca de 3.000 atletas disputarão a competição mais importante de suas vidas. Poucos serão campeões, a maioria não subirá no pódio, e isso faz parte do esporte.
Não sei se você já reparou que, na entrega de medalhas, o terceiro lugar geralmente está sorrindo, enquanto a expressão do segundo colocado às vezes é de decepção. Por que a prata é vista por muitos competidores como sendo pior do que o bronze? Há anos, especialistas tentam explicar essa questão.
A resposta pode estar na cara, literalmente. Uma das pesquisas mais relevantes foi publicada em 1995 no Journal of Personality and Social Psychology.
O professor de psicologia Thomas Gilovich e seus colegas gravaram a reação de medalhistas de prata e de bronze durante os Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992 — quando os atletas descobriram suas colocações e na cerimônia de premiação. Depois, mostraram o vídeo a estudantes sem revelar as posições finais. A análise foi a de que, em geral, quem levou o bronze estava mais satisfeito.
Os pesquisadores também entrevistaram mais de cem medalhistas em uma competição amadora nos Estados Unidos e pediram que eles qualificassem a própria performance. Os que ficaram em terceiro pareciam mais felizes e aliviados por estarem no pódio, enquanto os vice-campeões se sentiam derrotados porque se compararam aos primeiros colocados. A sensação era a de que não ganharam a prata, mas, sim, perderam o ouro.
Outra pesquisa de 2006 na mesma publicação analisou a expressão facial de medalhistas de ouro, prata e bronze e dos que terminaram em quinto lugar na competição olímpica de judô em Atenas - 2004. Os terceiros colocados tinham um sorriso mais espontâneo, o que significa usar músculos da face que deixam os olhos apertados e geram os "pés-de-galinha". A reação dos medalhistas de prata, segundo aos autores, mostrou que eles estavam apenas sendo educados, não felizes. O famoso sorriso amarelo.
Um estudo feito pela London School of Economics após os Jogos Paraolímpicos de Londres de 2012 revelou resultados parecidos. Respostas emocionais influenciadas pelo que poderia ter acontecido, não pelo que de fato ocorreu. A margem da performance também era relevante: psicologicamente, ganhar a prata por pouco, em vez do bronze, seria menos decepcionante.
É possível ter empatia em situações cotidianas. Há quem fique feliz com o aumento de salário, mas talvez se desanime ao saber que o colega de escritório ganhou um ainda maior. Quem quer perder cinco quilos e emagrece seis comemora, mas, se a ideia era perder dez quilos e são cinco a menos na balança, a sensação pode ser de derrota.
Muitas vezes, O ser humano se diminui quando se compara, ou quando pensa no que poderia ter feito. Todos, em uma escala maior ou menor, já passaram por isso.
Em competições que envolvem disputa de terceiro lugar, o medalhista de bronze vem de uma vitória, enquanto o de prata, de uma derrota. No esporte, há várias formas de lidar com um segundo lugar. Alguns atletas transformam a decepção em combustível para treinar mais duro e tentar vencer na próxima. Outros reconhecem e apreciam o tamanho do feito que conquistaram após anos de dedicação. Mais uma lição que os Jogos Olímpicos nos ensinam sobre as emoções humanas.
Marina lIzidro
(Folha de São Paulo, 29 de janeiro de 2022)
No quarto parágrafo, o emprego do travessão expressa uma relação de sentido que pode ser explicitada pela seguinte palavra:
Leia o texto abaixo para responder às próximas questões:
Preconceito de linguagem
Na Romênia, segundo dizem os jornais franceses, que agora muito se interessam por tudo quanto diz respeito aos moldo-valáquios, na Romênia há certas palavras que em todas as outras línguas cultas têm significação nobre e que entre os romenos têm significação pejorativa. Chamar, por exemplo, a algum romeno marquês, ou condessa a alguma romena, é cometer injúria e grande. Entre eles, não se diz príncipe em romaico, porque esta palavra tem a significação analógica de jogral; de sorte que adotaram lá a palavra francesa prince, para designar qualquer membro da família real. A palavra rei também é injuriosa. Tanto assim que, na tradução do livro bíblico dos Reis, escrevem os romenos Livro dos Imperadores!
Em português há também palavras de significação primitivamente honesta e que entretanto agora não podem ser pronunciadas diante de pessoas de respeito. No norte de Minas, por exemplo, como no Norte de todo o país, chamar dama a uma senhora é arriscar a pele. Dama, lá por aquelas plagas, é “mulher perdida”.
A palavra moça pode ser pronunciada diante de quem quer que seja. “Esta menina está ficando moça” — “Sua filha é uma bela moça” — são expressões correntes. Entretanto, querendo alguém referir-se à amásia de alguém diz: “A moça de Fulano”!
Rapariga! É uma das palavras mais lindas da nossa língua.
Em Minas, entretanto, rapariga aplica-se mais às mulheres do serviço doméstico, isto é, amas, cozinheiras, arrumadeiras, etc. Aqui, já vai tendo significação pejorativa: casa de raparigas é o mesmo que bordel. Ora, é um absurdo isso. Rapariga é simplesmente feminino de rapaz. Seria encantador poder toda gente dizer, como ainda há dias ouvi dizer a um espírito eminente, que me dá a honra da sua amizade: “V. não imagina que rapariga valente é minha mulher”
Mãe! Não se discute a beleza desta suavíssima palavra. Pois também a palavra mãe vai assumindo significação equívoca. Em certas locuções é um vocábulo pelo menos suspeito. Os jornais já começam a substituí-lo por progenitora. É incrível! Que qualquer palavra possa derrancar com o tempo compreende-se; mas a palavra mãe? O noticiário elegante tem receio de dizer: “Faz anos hoje a Sra. Dona Fulana, muito digna mãe do nosso amigo Sr. Beltrano”. Em vez de mãe, escrevem progenitora, que é uma palavra erudita, seca, como todas as coisas eruditas, fria e pernóstica. Mãe é alguma coisa tépida, doce, nobre como o colo materno. Progenitora é simplesmente uma delicadeza de moleque bem-falante.
Mãe, colegas, mãe! Devemos escrever “a mãe do Sr. Fulano”, da mesma forma que escrevemos “O pai do Sr. Beltrano” e “o filho de Dona Sicrana”. Ninguém diz na intimidade — “vou beijar minha progenitora”, mas simplesmente — “vou beijar minha mãe”.
É para desejar que os jornais abandonem de uma vez a palavra progenitora, que é, etimologicamente, muito mais grosseira do que mãe. Progenitora compõe-se do prefixo pro e da raiz genite, de gigno, gignis, genui, genitum, gignere, que quer dizer gerar. De maneira que, posta em bom vernáculo, progenitora é a pró ou antegeradora do Sr. Fulano. Não sei onde está a delicadeza desta expressão…. Por conseguinte, de uma vez para sempre, estabeleçamos que os homens têm virtuosas e dignas mães, e não ridículas e pernósticas progenitoras.
Antônio Torres
As conjunções são importantes ferramentas de coesão textual e sem elas não seria possível dar unidade e construir um texto significativo. Observe as orações abaixo e assinale a alternativa em que a conjunção destacada apresenta classificação semântica correta entre parênteses:
Considerando-se a classificação das palavras quanto à classe a que pertencem, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(1) Advérbio.
(2) Pronome.
(3) Preposição.
( ) Desde.
( ) Já.
( ) Quem.
Em relação à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:
Julgue o item que se segue.
Parônimas são palavras que se caracterizam por possuir
semelhança entre sua pronuncia e escrita. Ex: "história" e
"estória". Neste caso, a diferença está no significado, o
qual é diverso.
Julgue o item que se segue.
O substantivo composto se caracteriza por possuir um
único radical. Ex: "infraestrutura","inter-regional" e
"socialização". Sendo assim, as palavras se formam e se
estruturam no singular.
Julgue o item que se segue.
Os adjetivos simples se caracterizam por possuir em sua
estrutura a possibilidade de se formar a partir de um
único elemento. Ex:"Argentino", "amarelo", "vívido" e
"íntegro".
Julgue o item que se segue.
Os substantivos concretos se caracterizam por nomear
seres de existência independente, podendo ser reais ou
imaginarios. Ex: "calígrafo", "tinteiro", "hélix", "mesa",
"relógio" e "livro".