Questões de Concurso Sobre português para pedagogo

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Ano: 2016 Banca: FUNEC Órgão: FUNEC - MG Prova: FUNEC - 2016 - FUNEC - MG - Pedagogo |
Q2754622 Português

A desigualdade começa nos primeiros anos de

vida

Pesquisas em diversos campos confirmam que a primeira infância é uma etapa fundamental para o desenvolvimento do potencial das pessoas, conforme estabelecido na Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989, da qual o Brasil é signatário. Há vasta bibliografia em diferentes áreas do conhecimento que mostram que os indivíduos aprendem com seu entorno desde o primeiro dia de vida – e por isso é fundamental garantir a infraestrutura adequada para uma educação atenta à qualidade das interações entre adultos e crianças, de tal forma que as oportunidades de aprendizagem estejam sempre presentes, e não apenas na escola. As neurociências mostram que o desenvolvimento do cérebro alcança sua maior velocidade nessa fase. A economia mostra que a primeira infância é um investimento com um retorno de até US$17 por dólar investido. É indiscutível que a aprendizagem na primeira infância determina o futuro dos indivíduos, e não apenas em termos de desempenho escolar ao longo da vida, mas também em uma série de indicadores de bem-estar e redução de envolvimento em atividades de risco – como criminalidade e uso de drogas.

No entanto, a brecha entre as crianças mais e menos vulneráveis se abre muito cedo, tanto na escola quanto em casa. Enquanto 51% da população de 0 a 3 anos das famílias no quartil mais alto de renda frequentam a escola, apenas 22% das crianças das famílias no quartil mais baixo têm acesso à educação. E em casa o acesso a oportunidades de aprendizagem também se distribui de forma desigual: aos 4 anos, as crianças mais pobres terão escutado até 30 milhões de palavras a menos do que as que se encontram em situação menos vulnerável. As pesquisas mostram que o papel das famílias na educação e as suas expectativas em relação aos benefícios que ela proporciona são determinantes na trajetória escolar dos filhos – e, novamente, essa expectativa costuma ser maior entre as famílias com maior nível socioeconômico. Torna-se evidente que o desenho das políticas públicas deverá prever ações que envolvam as famílias e elevem a educação na primeira infância ao mais alto nível de prioridade na sociedade.

As políticas para o desenvolvimento infantil são um importante motor para a promoção da equidade, especialmente diante da constatação de que a população infantil está desproporcionalmente representada na pobreza. No Brasil, onde a situação é particularmente alarmante, para cada pessoa maior de 65 anos vivendo na pobreza, há cerca de 7 crianças e jovens nessa situação, segundo estudo promovido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Com o objetivo de elaborar uma agenda da América Latina para o Desenvolvimento na Primeira Infância, por iniciativa do Todos Pela Educação, do Diálogo Interamericano e da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, um grupo de gestores públicos, especialistas e membros de organizações da sociedade civil de onze países se reuniu no Brasil para elaborar um diagnóstico das políticas públicas e apontar caminhos para garantir os direitos e o desenvolvimento na primeira infância.

O diagnóstico mostra que nos últimos quinze anos houve importantes conquistas na região: alguns países apresentaram avanços pontuais nos programas de atendimento à primeira infância, porém ainda sem a necessária integração das políticas públicas; outros normativamente já apontam para essa integração; e por último estão os que conseguiram integrar na prática as políticas públicas de atendimento à primeira infância, como é o caso de Chile, Colômbia, Cuba e Equador. O Brasil, embora aponte para a integração das políticas públicas no programa Brasil Carinhoso, não executa de forma articulada as políticas para a primeira infância que são responsabilidade da assistência e do desenvolvimento social, da saúde e da educação, por exemplo, nas três esferas de governo. Isto é, a articulação da escola com o posto de saúde depende da iniciativa e da capacidade de articulação local dos gestores escolares, pois não há nenhum registro do desenvolvimento da criança compartilhado por pediatras e professores, nem se prevê a formação necessária para que esses profissionais articulem seus saberes.

Com esses desafios em perspectiva, a Agenda Regional para o Desenvolvimento Integral na Primeira Infância sistematiza o que entendemos serem os cinco principais avanços necessários para consolidar o atendimento de qualidade às crianças dessa faixa etária na América Latina: a definição de métricas que permitam monitorar o desenvolvimento infantil e identificar as situações de desigualdade; a criação de uma instância nacional com autoridade orçamentária e política para realizar as articulações necessárias entre as políticas públicas; a definição de mecanismos de articulação das políticas no território; a ampliação e o fortalecimento da gestão do conhecimento sobre o tema; e o estabelecimento de uma coalizão regional visando consolidar as políticas de desenvolvimento infantil como prioridade de todos os países.

Diante da constatação de que a primeira infância é determinante para o desenvolvimento do indivíduo, não podemos mais negligenciar a importância estratégica dessa agenda para garantir uma educação de qualidade para todos e promover o desenvolvimento social e econômico do país. O desafio da universalização da pré-escola e da ampliação do acesso à creche no Brasil abre para o país a oportunidade de fazer avançar de forma vigorosa o desenvolvimento infantil.

*Alejandra Meraz Velasco é superintendente do movimento Todos Pela Educação (Època, 20/04/2016)

''A brecha entre as crianças mais e menos vulneráveis se abre muito cedo...''

Assinale a alternativa que favorece o desenvolvimento dessa brecha.

Alternativas
Ano: 2016 Banca: FUNEC Órgão: FUNEC - MG Prova: FUNEC - 2016 - FUNEC - MG - Pedagogo |
Q2754621 Português

A desigualdade começa nos primeiros anos de

vida

Pesquisas em diversos campos confirmam que a primeira infância é uma etapa fundamental para o desenvolvimento do potencial das pessoas, conforme estabelecido na Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989, da qual o Brasil é signatário. Há vasta bibliografia em diferentes áreas do conhecimento que mostram que os indivíduos aprendem com seu entorno desde o primeiro dia de vida – e por isso é fundamental garantir a infraestrutura adequada para uma educação atenta à qualidade das interações entre adultos e crianças, de tal forma que as oportunidades de aprendizagem estejam sempre presentes, e não apenas na escola. As neurociências mostram que o desenvolvimento do cérebro alcança sua maior velocidade nessa fase. A economia mostra que a primeira infância é um investimento com um retorno de até US$17 por dólar investido. É indiscutível que a aprendizagem na primeira infância determina o futuro dos indivíduos, e não apenas em termos de desempenho escolar ao longo da vida, mas também em uma série de indicadores de bem-estar e redução de envolvimento em atividades de risco – como criminalidade e uso de drogas.

No entanto, a brecha entre as crianças mais e menos vulneráveis se abre muito cedo, tanto na escola quanto em casa. Enquanto 51% da população de 0 a 3 anos das famílias no quartil mais alto de renda frequentam a escola, apenas 22% das crianças das famílias no quartil mais baixo têm acesso à educação. E em casa o acesso a oportunidades de aprendizagem também se distribui de forma desigual: aos 4 anos, as crianças mais pobres terão escutado até 30 milhões de palavras a menos do que as que se encontram em situação menos vulnerável. As pesquisas mostram que o papel das famílias na educação e as suas expectativas em relação aos benefícios que ela proporciona são determinantes na trajetória escolar dos filhos – e, novamente, essa expectativa costuma ser maior entre as famílias com maior nível socioeconômico. Torna-se evidente que o desenho das políticas públicas deverá prever ações que envolvam as famílias e elevem a educação na primeira infância ao mais alto nível de prioridade na sociedade.

As políticas para o desenvolvimento infantil são um importante motor para a promoção da equidade, especialmente diante da constatação de que a população infantil está desproporcionalmente representada na pobreza. No Brasil, onde a situação é particularmente alarmante, para cada pessoa maior de 65 anos vivendo na pobreza, há cerca de 7 crianças e jovens nessa situação, segundo estudo promovido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Com o objetivo de elaborar uma agenda da América Latina para o Desenvolvimento na Primeira Infância, por iniciativa do Todos Pela Educação, do Diálogo Interamericano e da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, um grupo de gestores públicos, especialistas e membros de organizações da sociedade civil de onze países se reuniu no Brasil para elaborar um diagnóstico das políticas públicas e apontar caminhos para garantir os direitos e o desenvolvimento na primeira infância.

O diagnóstico mostra que nos últimos quinze anos houve importantes conquistas na região: alguns países apresentaram avanços pontuais nos programas de atendimento à primeira infância, porém ainda sem a necessária integração das políticas públicas; outros normativamente já apontam para essa integração; e por último estão os que conseguiram integrar na prática as políticas públicas de atendimento à primeira infância, como é o caso de Chile, Colômbia, Cuba e Equador. O Brasil, embora aponte para a integração das políticas públicas no programa Brasil Carinhoso, não executa de forma articulada as políticas para a primeira infância que são responsabilidade da assistência e do desenvolvimento social, da saúde e da educação, por exemplo, nas três esferas de governo. Isto é, a articulação da escola com o posto de saúde depende da iniciativa e da capacidade de articulação local dos gestores escolares, pois não há nenhum registro do desenvolvimento da criança compartilhado por pediatras e professores, nem se prevê a formação necessária para que esses profissionais articulem seus saberes.

Com esses desafios em perspectiva, a Agenda Regional para o Desenvolvimento Integral na Primeira Infância sistematiza o que entendemos serem os cinco principais avanços necessários para consolidar o atendimento de qualidade às crianças dessa faixa etária na América Latina: a definição de métricas que permitam monitorar o desenvolvimento infantil e identificar as situações de desigualdade; a criação de uma instância nacional com autoridade orçamentária e política para realizar as articulações necessárias entre as políticas públicas; a definição de mecanismos de articulação das políticas no território; a ampliação e o fortalecimento da gestão do conhecimento sobre o tema; e o estabelecimento de uma coalizão regional visando consolidar as políticas de desenvolvimento infantil como prioridade de todos os países.

Diante da constatação de que a primeira infância é determinante para o desenvolvimento do indivíduo, não podemos mais negligenciar a importância estratégica dessa agenda para garantir uma educação de qualidade para todos e promover o desenvolvimento social e econômico do país. O desafio da universalização da pré-escola e da ampliação do acesso à creche no Brasil abre para o país a oportunidade de fazer avançar de forma vigorosa o desenvolvimento infantil.

*Alejandra Meraz Velasco é superintendente do movimento Todos Pela Educação (Època, 20/04/2016)

''A primeira infância é uma etapa fundamental para o desenvolvimento do potencial das pessoas''. Assinale a alternativa que NÂO corrobora com o excerto acima:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: FUNEC Órgão: FUNEC - MG Prova: FUNEC - 2016 - FUNEC - MG - Pedagogo |
Q2754619 Português

A desigualdade começa nos primeiros anos de

vida

Pesquisas em diversos campos confirmam que a primeira infância é uma etapa fundamental para o desenvolvimento do potencial das pessoas, conforme estabelecido na Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989, da qual o Brasil é signatário. Há vasta bibliografia em diferentes áreas do conhecimento que mostram que os indivíduos aprendem com seu entorno desde o primeiro dia de vida – e por isso é fundamental garantir a infraestrutura adequada para uma educação atenta à qualidade das interações entre adultos e crianças, de tal forma que as oportunidades de aprendizagem estejam sempre presentes, e não apenas na escola. As neurociências mostram que o desenvolvimento do cérebro alcança sua maior velocidade nessa fase. A economia mostra que a primeira infância é um investimento com um retorno de até US$17 por dólar investido. É indiscutível que a aprendizagem na primeira infância determina o futuro dos indivíduos, e não apenas em termos de desempenho escolar ao longo da vida, mas também em uma série de indicadores de bem-estar e redução de envolvimento em atividades de risco – como criminalidade e uso de drogas.

No entanto, a brecha entre as crianças mais e menos vulneráveis se abre muito cedo, tanto na escola quanto em casa. Enquanto 51% da população de 0 a 3 anos das famílias no quartil mais alto de renda frequentam a escola, apenas 22% das crianças das famílias no quartil mais baixo têm acesso à educação. E em casa o acesso a oportunidades de aprendizagem também se distribui de forma desigual: aos 4 anos, as crianças mais pobres terão escutado até 30 milhões de palavras a menos do que as que se encontram em situação menos vulnerável. As pesquisas mostram que o papel das famílias na educação e as suas expectativas em relação aos benefícios que ela proporciona são determinantes na trajetória escolar dos filhos – e, novamente, essa expectativa costuma ser maior entre as famílias com maior nível socioeconômico. Torna-se evidente que o desenho das políticas públicas deverá prever ações que envolvam as famílias e elevem a educação na primeira infância ao mais alto nível de prioridade na sociedade.

As políticas para o desenvolvimento infantil são um importante motor para a promoção da equidade, especialmente diante da constatação de que a população infantil está desproporcionalmente representada na pobreza. No Brasil, onde a situação é particularmente alarmante, para cada pessoa maior de 65 anos vivendo na pobreza, há cerca de 7 crianças e jovens nessa situação, segundo estudo promovido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Com o objetivo de elaborar uma agenda da América Latina para o Desenvolvimento na Primeira Infância, por iniciativa do Todos Pela Educação, do Diálogo Interamericano e da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, um grupo de gestores públicos, especialistas e membros de organizações da sociedade civil de onze países se reuniu no Brasil para elaborar um diagnóstico das políticas públicas e apontar caminhos para garantir os direitos e o desenvolvimento na primeira infância.

O diagnóstico mostra que nos últimos quinze anos houve importantes conquistas na região: alguns países apresentaram avanços pontuais nos programas de atendimento à primeira infância, porém ainda sem a necessária integração das políticas públicas; outros normativamente já apontam para essa integração; e por último estão os que conseguiram integrar na prática as políticas públicas de atendimento à primeira infância, como é o caso de Chile, Colômbia, Cuba e Equador. O Brasil, embora aponte para a integração das políticas públicas no programa Brasil Carinhoso, não executa de forma articulada as políticas para a primeira infância que são responsabilidade da assistência e do desenvolvimento social, da saúde e da educação, por exemplo, nas três esferas de governo. Isto é, a articulação da escola com o posto de saúde depende da iniciativa e da capacidade de articulação local dos gestores escolares, pois não há nenhum registro do desenvolvimento da criança compartilhado por pediatras e professores, nem se prevê a formação necessária para que esses profissionais articulem seus saberes.

Com esses desafios em perspectiva, a Agenda Regional para o Desenvolvimento Integral na Primeira Infância sistematiza o que entendemos serem os cinco principais avanços necessários para consolidar o atendimento de qualidade às crianças dessa faixa etária na América Latina: a definição de métricas que permitam monitorar o desenvolvimento infantil e identificar as situações de desigualdade; a criação de uma instância nacional com autoridade orçamentária e política para realizar as articulações necessárias entre as políticas públicas; a definição de mecanismos de articulação das políticas no território; a ampliação e o fortalecimento da gestão do conhecimento sobre o tema; e o estabelecimento de uma coalizão regional visando consolidar as políticas de desenvolvimento infantil como prioridade de todos os países.

Diante da constatação de que a primeira infância é determinante para o desenvolvimento do indivíduo, não podemos mais negligenciar a importância estratégica dessa agenda para garantir uma educação de qualidade para todos e promover o desenvolvimento social e econômico do país. O desafio da universalização da pré-escola e da ampliação do acesso à creche no Brasil abre para o país a oportunidade de fazer avançar de forma vigorosa o desenvolvimento infantil.

*Alejandra Meraz Velasco é superintendente do movimento Todos Pela Educação (Època, 20/04/2016)

Analise as assertivas abaixo, em relação ao assunto discutido no TEXTO I.

I- De acordo com a argumentação desenvolvida no primeiro parágrafo, a infância define o futuro do indivíduo.

II- A autora deixa implícita a necessidade do desenvolvimento de política pública.

III- O texto afirma que o Brasil ainda não promove uma política pública que integre assistência social, saúde e educação.

Estão CORRETAS:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2018 - UNIFESP - Pedagogo |
Q2752529 Português

Veja e leia o grafite abaixo:


Imagem associada para resolução da questão


(ITO, Paulo. São Paulo, Vila Madalena, Março 2014.)


A imagem mostra o dirigente de uma companhia falando a seus colaboradores. O líder procura motivar os comandados ao afirmar que “o ser humano está acima de tudo”, é a preocupação central da empresa. Mas se o discurso é motivador, o gesto de sentar sobre um empregado é desalentador. Esse conflito entre o falar e o agir faz com que a cena seja:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2018 - UNIFESP - Pedagogo |
Q2752527 Português

Imagem associada para resolução da questão


FONTE: http://ria-muito.blogspot.com.br/2012/06/30-tirinhas-dilbert.html.

Acesso 20 mar 2018.


A tirinha acima apresenta uma crítica ao (à):

Alternativas
Ano: 2018 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2018 - UNIFESP - Pedagogo |
Q2752525 Português

Olhe e leia o desenho na camiseta abaixo:


Imagem associada para resolução da questão


(CORDE DO FOGO ENCANTADO.

On-line: https://cordeldofogoencantado.com.br/ Acesso: 11 abr. 2018.)


Cada palavra ou expressão verbal do desenho corresponde a um número de 1 a 7. Qual sequência numérica geraria uma combinação não prevista pela sintaxe da língua portuguesa?

Alternativas
Q2752060 Português

Leia o trecho de texto a seguir para responder às questões 12 e 13.


  1. Preconizo que um príncipe não tenha outro objeto de preocupações nem outros pensamentos
  2. a absorvê-lo, e que tampouco se aplique pessoalmente a algo que fuja aos assuntos da guerra
  3. e à organização e disciplina militares, porquanto apenas estes concernem à única arte atinente
  4. ao seu comando. [...] Essa arte é de tal importância [...] que não somente ela afirma no poder
  5. aqueles que têm o principado do berço, mas não raro faz com que homens em condição
  6. (fortuna) privada ascendam a esta dignidade.

MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Porto Allegre: L&PM, 1999

Considerando o tema abordado e a tese defendida pelo autor, assinale a alternativa com a palavra adequada para substituir, no texto, sem prejuízo de sentido as palavras Preconizo (linha 1) e ascendam (linha 6).

Alternativas
Q2752059 Português

Leia o trecho de texto a seguir para responder às questões 12 e 13.


  1. Preconizo que um príncipe não tenha outro objeto de preocupações nem outros pensamentos
  2. a absorvê-lo, e que tampouco se aplique pessoalmente a algo que fuja aos assuntos da guerra
  3. e à organização e disciplina militares, porquanto apenas estes concernem à única arte atinente
  4. ao seu comando. [...] Essa arte é de tal importância [...] que não somente ela afirma no poder
  5. aqueles que têm o principado do berço, mas não raro faz com que homens em condição
  6. (fortuna) privada ascendam a esta dignidade.

MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Porto Allegre: L&PM, 1999

A respeito dos vínculos de coesão textual estabelecidos por alguns pronomes, pode-se afirmar:


I- “O” (-lo) e “SEU” (linhas 2 e 4), referem-se, ambos, a um mesmo referente citado no início do trecho.

II- “...ela afirma no poder aqueles que têm o principado do berço,” (linhas 4 e 5). A palavra destacada é um pronome relativo e tem como referente “ela” (linha 5).

III- O pronome “AQUELES” (linha 5) tem como referente um elemento extratextual.

IV- “ESTA” (linha 6) está empregado em desacordo com a norma gramatical, para se adequar à norma deveria ter sido usado “ESSA”, pois refere-se a um elemento textual já citado no texto.


Está CORRETO o que se afirma em

Alternativas
Q2752055 Português

Leia o texto a seguir para responder à questão 8.


Leia um trecho de um poema de Patativa do Assaré


Eu e o sertão

Sertão, argúem te cantô,

Eu sempre tenho cantado

E ainda cantando tô,

Pruquê, meu torrão amado,

Munto te prezo, te quero

E vejo qui os teus mistéro

Ninguém sabe decifrá.

A tua beleza é tanta,

Qui o poeta canta, canta,

E inda fica o qui cantá.


(EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)

Sobre o fragmento do texto “Eu e o sertão”, coloque V para as proposições verdadeiras, e F para as Falsas.


( ) A linguagem utilizada no poema é repleta de informalidade, regionalismos, sem seguir a norma padrão, termos aglutinados, com redução fonética, resultado da tentativa de expressar com fidelidade o modo particular de falar do povo, expressão verbal de sua cultura e variação linguística.

( ) Este modelo de registro linguístico mostra a inferioridade e nível baixo de escolaridade de um grupo social.

( ) O texto é um poema com características ditas populares.

( ) O registro dos vocábulos presentes nos versos apontam para a variedade linguística de grupos que habitam determinada região brasileira.

( ) No texto, predomina a valorização da linguagem coloquial, ou seja, aquela usada de modo informal, desrespeitando o padrão culto da língua, este considerado como o único aceitável dentro do recurso estilístico utilizado na linguagem poética.


O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa

Alternativas
Q2752054 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

Sob o aspecto da organização microestrutural, o texto apresenta mecanismos variados de coesão referencial para garantir a textualidade.


Analise as justificativas apresentadas na sequência e assinale V, para Verdadeiro ou F, para Falso.


( ) “Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” (Linha 12) O pronome demonstrativo “aquilo” explicita e confirma o que se disse antes.

( ) Ocorre retomada por meio do pronome relativo em destaque no trecho: (linhas 3-4). “De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno”.

( ) Em: “Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para...” (linha 16). Os pronomes destacados têm o mesmo referente textual.

( ) Em: “Eu não quis detê-lo....” (Linha 16) Ocorre retomada do pronome pessoal “ele” (linha 16) por meio do pronome oblíquo “o” para evitar repetição e se ajustar à norma culta da língua.

( ) Ocorre retomada por meio do pronome relativo, conforme ilustrado em: “...além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar...” (linha 22).


A sequência CORRETA é:

Alternativas
Q2752053 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

Leia as afirmações sobre os recursos linguísticos empregados no texto.


I- “Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento...” (linha 1). O autor, ao empregar “faço” e “abro” no presente do indicativo, confirma a sua certeza diante do fato expresso pelo verbo.

II- “— Não é ninguém, é o padeiro!” (Linha 09). O uso do artigo “O” revela uma referência imprecisa ao substantivo “mudanças”.

III- “...acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.” (Linha 4 e 5) O sujeito sintático do verbo destacado é classificado como indeterminado.

IV- “Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo (linha 16)”. O verbo destacado é classificado como intransitivo.

V- “No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera...” (linha 2), o termo destacado é classificado sintaticamente como adjunto adverbial.


Está CORRETO o que se afirma apenas em

Alternativas
Q2752052 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

Em “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.” (Linhas 16-17).


Nos enunciados acima, a relação semântica entre a oração introduzida pelos conectivos destacados e a oração imediatamente anterior é, respectivamente, de

Alternativas
Q2752051 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

Escreva V ou F, conforme sejam Verdadeiras ou Falsas as proposições sobre alguns aspectos linguísticos do texto.


( ) “Levanto cedo, faço minhas abluções...” (linha 1). A palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “orações”.

( ) No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.” (Linhas 19-20), “como” é uma conjunção coordenativa.

( ) Em: “[...] eu era rapaz naquele tempo!” (Linha 21), a palavra destacada exerce a função sintática de predicativo.

( ) “Então você não é ninguém? Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” (Linhas 11-12). Para esclarecer a forma como aprendera a expressão “não é ninguém!”, o autor empregou uma oração subordinada substantiva.


A sequência CORRETA é:

Alternativas
Q2752050 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

No trecho “Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” (linha 12), a expressão em destaque sugere que o padeiro dizia “ser ninguém” porque

Alternativas
Q2752049 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

Leia as proposições sobre as ideias do texto e marque a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Q2752048 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

O texto de Rubem Braga pertence ao gênero crônica. A caracterização do texto acima se dá como crônica porque


I- trata temas do cotidiano com humor sustentando um ponto de vista sem perder a leveza.

II- é um gênero textual vinculado a uma experiência do cotidiano.

III- há uma espécie de leveza na construção do texto, que se exprime na escolha da linguagem e da temática, próprias desse gênero.

IV- utiliza-se da metalinguagem, ou seja, fala sobre si mesma, sobre a sua forma de produção.


Está CORRETO o que se afirma apenas em

Alternativas
Q2749894 Português

Quanto a verbo, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Q2749893 Português

Leia o texto a seguir para responder às próximas quatro questões.


Música: (Armário da Criação).


Enquanto uma música toca, o ouvinte é surpreendido por crianças batendo na janela do carro e pedindo ajuda!

_ Tio, dá um dinheiro aí? Por favor, eu tô com fome. Vai, tio... Por favor!

_ Tio, tem uma moedinha aí? É pra comprar comida, tio. Por favor...

_ Tio, dá um dinheiro aí? É pra leite da minha irmãzinha...

No final da música, ouvimos a locução:

_ Não é porque você houve música com a janela do carro fechada que as crianças de rua deixam de existir.

Faça a sua parte. Ligue [...] e ajude a Casa do Zezinho a mudar esta situação.

No primeiro parágrafo do texto, os verbos batendo e pedindo estão conjugados no:

Alternativas
Q2749892 Português

Leia o texto a seguir para responder às próximas quatro questões.


Música: (Armário da Criação).


Enquanto uma música toca, o ouvinte é surpreendido por crianças batendo na janela do carro e pedindo ajuda!

_ Tio, dá um dinheiro aí? Por favor, eu tô com fome. Vai, tio... Por favor!

_ Tio, tem uma moedinha aí? É pra comprar comida, tio. Por favor...

_ Tio, dá um dinheiro aí? É pra leite da minha irmãzinha...

No final da música, ouvimos a locução:

_ Não é porque você houve música com a janela do carro fechada que as crianças de rua deixam de existir.

Faça a sua parte. Ligue [...] e ajude a Casa do Zezinho a mudar esta situação.

A maioria dos verbos do texto está conjugado no momento em que a pessoa fala, o fato expresso pelo verbo ainda ocorre normalmente. Esse tempo é o:

Alternativas
Q2749891 Português

Leia o texto a seguir para responder às próximas quatro questões.


Música: (Armário da Criação).


Enquanto uma música toca, o ouvinte é surpreendido por crianças batendo na janela do carro e pedindo ajuda!

_ Tio, dá um dinheiro aí? Por favor, eu tô com fome. Vai, tio... Por favor!

_ Tio, tem uma moedinha aí? É pra comprar comida, tio. Por favor...

_ Tio, dá um dinheiro aí? É pra leite da minha irmãzinha...

No final da música, ouvimos a locução:

_ Não é porque você houve música com a janela do carro fechada que as crianças de rua deixam de existir.

Faça a sua parte. Ligue [...] e ajude a Casa do Zezinho a mudar esta situação.

Leia os itens e, quanto à interpretação do texto, assinale a alternativa correta.


1. Tio é um tratamento usado por crianças para se referir a adultos, sobretudo os mais privilegiados econômica e socialmente.

2. O termo tio marca a diferença das crianças de parecerem carinhosas e respeitosas, o que acaba por ressaltar a fragilidade delas.

3. A música e a janela fechada são os elementos materiais usados no anúncio para marcar a separação entre o “tio” e as crianças.

4. A música e a janela simbolizam no contexto uma atitude individualista, de atenção ao próprio conforto.

5. O termo tio aparece isolado por vírgula, porque é um vocativo.

Alternativas
Respostas
161: D
162: D
163: D
164: D
165: A
166: C
167: C
168: A
169: A
170: A
171: C
172: A
173: C
174: E
175: B
176: A
177: E
178: C
179: A
180: E