Questões de Concurso Sobre português para secretário

Foram encontradas 191 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco
Q1225840 Português
1 A distinção entre espetáculo (manifestação legítima da cultura) e simulacro (entretenimento da indústria cultural) tornou-se corrente entre os analistas que se ancoram nos 4 valores modernistas para a compreensão da pós-modernidade. Segundo eles, no campo da produção simbólica e da produção propriamente cultural, a pós-modernidade estaria se 7 manifestando e se definindo pela proliferação abusiva e avassaladora de imagens eletrônicas, de simulacros, e mais e mais estaria privilegiando-os. A distinção entre espetáculo e 10 simulacro é correta e deve ser acatada, pois ajuda a melhor compreender o universo simbólico e cultural dos nossos dias.  Como quer Fredric Jameson em Pós-modernidade e 13 sociedade de consumo, o campo da experiência do homem atual se circunscreve às paredes da caverna de Platão: o sujeito pós-moderno já não fita diretamente, com seus próprios olhos, 16 o mundo real à procura do referente, da coisa em si, mas é forçado a buscar as suas imagens mentais do mundo nas paredes do seu confinamento. Para ele, permanece a concepção 19 triádica que temos do signo (significante, significado e referente). No entanto, em lugar de se privilegiar o referente, como acontece nas teorias clássicas e modernistas do realismo, 22 afirma-se a onipresença da imagem, isto é, da cadeia significante. A realidade (se não for abusivo o uso desse conceito neste contexto) se dá a ver mais e mais em 25 representações de representações, como querem ainda os teóricos da pós-modernidade.  A distinção entre espetáculo e simulacro é correta; no 28 entanto, em mãos de teóricos modernos, traz em si uma estratégia de avaliação negativa da pós-modernidade, muitas vezes pouco discreta. Ela visa privilegiar o reino da 31 experiência viva, in corpore, e desclassificar a experiência pela imagem, in absentia. Visa também classificar o espetáculo (que se dá em museus, salas de teatro, de concerto etc.) como 34 forma autêntica de cultura e desclassificar o simulacro (que se dá sobretudo pelo cinema ou vídeo e pela televisão) como arremedo bastardo produzido pela indústria cultural. O 37 primeiro leva à reflexão e o outro serve para matar o tempo. Visa ainda e finalmente a qualificar os meios de comunicação de massa como os principais responsáveis pelo aviltamento da 40 vida pública. Para os idealizadores da distinção e defensores do espetáculo está em jogo preservar a todo custo, numa sociedade que se quer democrática, a possibilidade de uma 43 opinião pública, e esta só pode se dar plena em uma crítica avassaladora dos meios de comunicação de massa, que divulgam à exaustão imagens e mais imagens simulacros — 46 para o consumo indigesto das massas.  Nos países avançados, o jogo entre espetáculo e simulacro, se não tem como vencedor o espetáculo, termina 49 certamente pelo empate. Bibliotecas, museus, salas de teatro, de concerto, competem — e mais importante: convivem —, com as salas de cinema, as locadoras de vídeo e a televisão. 52 Existe público pagante para o espetáculo caríssimo da encenação de uma grande ópera em Berlim, Paris ou Nova Iorque, e existe um grande público não privilegiado 55 (economicamente, geograficamente, culturalmente etc.) para a retransmissão pela TV desse espetáculo ou de outros. Certos “espetáculos” já nem existem como tal, já surgem como 58 simulacros, isto é, produzidos só para a transmissão eletrônica.59  No Brasil, a disputa entre espetáculo e simulacro, entre modernidade cultural e sociedade de massa, já tem a sua história. Começa e passa pela discussão em torno do consumo 62 extremamente restrito do produto literário — o livro — pelo mercado brasileiro. Antonio Candido, em ensaio de 1973, publicado em plena ditadura militar e em época de 65 alfabetização pelo Mobral, discutia a relação entre literatura e subdesenvolvimento e chamava a atenção para o fato de que, nos países latino-americanos, criava-se uma “condição 68 negativa prévia” para a fruição de obras literárias — essa condição era o número restrito de alfabetizados. O escritor moderno, da periferia subdesenvolvida, estava fadado a ser 71 “um produtor para minorias”, já que as grandes massas estavam “mergulhadas numa etapa folclórica de comunicação oral”. Entre parênteses, lembre-se de que, para os pensadores 74 do iluminismo, o acesso à obra de arte e a subsequente fruição dela significavam um estágio superior no processo de emancipação do indivíduo. 
Silviano Santiago. Intensidades discursivas. In: O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004, p. 125-7 (com adaptações).

Com relação às ideias desenvolvidas no texto anterior, julgue (C ou E) os item subsequente.
Com relação aos sentidos e ao emprego de palavras e expressões no texto de Silviano Santiago, julgue (C ou E) o item seguinte.
A expressão “concepção triádica” (linhas 18 e 19), extratextualmente, poderia também ser utilizada para representar a Santíssima Trindade, doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco
Q1210430 Português
1 O ano de 1881 foi dos mais significativos e importantes para a ficção no Brasil, pois que nele se publicaram as Memórias Póstumas de Brás Cubas, 4 de Machado de Assis (saídas na Revista Brasileira, no ano anterior) e O Mulato, de Aluísio Azevedo. Com estes livros se encerrava a indecisão da década de setenta, e tomavam 7 corpo duas das tendências nela delineadas, a da análise, prenunciada nos primeiros trabalhos do próprio Machado de Assis, e a naturalista, prefigurada principalmente pelo 10 Coronel Sangrado, de Inglês de Sousa, e por Um Casamento no Arrabalde, de Franklin Távora. A terceira, a regionalista, só um pouco depois ganharia feição mais nítida. 13 No momento, impressionou muito mais a novidade do Mulato — sob muitos aspectos ainda tão preso às deformações românticas — do que a do Brás Cubas, 16 muito mais completa e audaciosa. É que aquele não só trazia um rótulo em moda, como, parecendo revolucionário e de fato o sendo pelo tema, continuava a velha linha nacional 19 de romances que encontravam na descrição de costumes o seu centro de gravidade; foi por isso mais facilmente entendido e admirado. Pelos livros de Zola e Eça de Queirós, estavam 22 o meio intelectual e o público que lia preparados para receber afinal uma obra naturalista brasileira, que na verdade se fazia esperar, ao passo que nada os habituara de antemão à nova 25 maneira de Machado de Assis, já que nenhum crítico vislumbrara as sondagens psicológicas escondidas sob os casos sentimentais que até então de preferência contara. Toda a gente 28 se deslumbrou — ou se escandalizou — com O Mulato, sem perceber que o espírito de inovação e de rebeldia estava mais nas Memórias Póstumas de Brás Cubas. 31 Aqui, ousadamente, varriam-se de um golpe o sentimentalismo, o moralismo superficial, a fictícia unidade da pessoa humana, as frases piegas, o receio de chocar preconceitos, a concepção 34 do predomínio do amor sobre todas as outras paixões; afirmava-se a possibilidade de construir um grande livro sem recorrer à natureza, desdenhava-se a cor local, colocava-se um 37 autor pela primeira vez dentro das personagens; surgiam afinal homens e mulheres, e não brasileiros, ou gaúchos, ou nortistas, e — last but not least — patenteava-se a influência inglesa em 40 lugar da francesa, introduzia-se entre nós o humorismo. A independência literária, que tanto se buscara, só com este livro foi selada. Independência que não significa, 43 nem poderia significar, autossuficiência, e sim o estado de maturidade intelectual e social que permite a liberdade de concepção e expressão. Criando personagens e ambientes 46 brasileiros — bem brasileiros —, Machado não se julgou obrigado a fazê-los pitorescamente típicos, porque a consciência da nacionalidade, já sendo nele total, não carecia 49 de elementos decorativos. Aquilo que reputava indispensável ao escritor, “certo sentimento íntimo que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos 52 no tempo e no espaço”, ele o possuiu inteiramente, com uma posse tranquila e pacífica. E por isso pôde — o primeiro entre nós — ser universal sem deixar de ser brasileiro. 55 Todas essas qualidades, das quais algumas já se haviam delineado nos livros anteriores do seu autor, fizeram das Memórias Póstumas de Brás Cubas um acontecimento 58 literário de imenso alcance. Tanto no presente como no passado alterava o nosso panorama literário, porque exigia a revisão de valores que, segundo T. S. Eliot, se dá cada vez 61 que surge uma obra realmente nova. Aplicando ao restrito patrimônio das letras brasileiras a fórmula empregada um plano muito mais vasto pelo crítico inglês, podemos dizer 64 que o aparecimento do Brás Cubas modificou a ordem estabelecida. (...) Descontada a parte do coeficiente pessoal — sem 67 dúvida a mais importante — a obra de Machado de Assis revela que já possuíamos, no fim do Segundo Reinado, um organismo social melhor definido do que faria supor 70 a confusão reinante nos domínios literários entre o indivíduo e o meio físico ou o clã a que pertencia. (...) Abandonando os episódios sentimentais a que até esse momento mais ou 73 menos se ativera, instalando-se no íntimo de suas criaturas, Machado de Assis descobriu seres cujas reações especificamente brasileiras não contrariavam o caráter mais 76 larga e profundamente humano. E, entretanto — tais são os erros de perspectiva dos contemporâneos —, o que a todos pareceu novidade 79 completa foi O Mulato, que inaugurava muito mais uma maneira literária do que um ângulo de visão diferente. O movimento naturalista a que deu início empolgaria os 82 escritores, marcaria com o seu sinete não apenas o decênio que começava, mas também em boa parte o que se lhe seguiria, enquanto que, na época, só Raul Pompéia se deixaria seduzir 85 pelas análises praticadas no Brás Cubas. Havia, porém, nesses dois livros de índole tão diversa, um traço comum: em ambos triunfava a observação. 
Lúcia Miguel Pereira. História da literatura brasileira – Prosa de ficção – de 1870 a 1920. Rio de Janeiro: José Olympio/INL, 1973, 3.a ed., p. 53-5 (com adaptações)
Com relação a aspectos gramaticais do texto I, julgue (C ou E) o item que se segue.
Os sujeitos das formas verbais “varriam-se” (linha 31) e “afirmava-se” (linha 35) estão elípticos, e seu referente é a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco
Q1210414 Português
1 O ano de 1881 foi dos mais significativos e importantes para a ficção no Brasil, pois que nele se publicaram as Memórias Póstumas de Brás Cubas, 4 de Machado de Assis (saídas na Revista Brasileira, no ano anterior) e O Mulato, de Aluísio Azevedo. Com estes livros se encerrava a indecisão da década de setenta, e tomavam 7 corpo duas das tendências nela delineadas, a da análise, prenunciada nos primeiros trabalhos do próprio Machado de Assis, e a naturalista, prefigurada principalmente pelo 10 Coronel Sangrado, de Inglês de Sousa, e por Um Casamento no Arrabalde, de Franklin Távora. A terceira, a regionalista, só um pouco depois ganharia feição mais nítida. 13 No momento, impressionou muito mais a novidade do Mulato — sob muitos aspectos ainda tão preso às deformações românticas — do que a do Brás Cubas, 16 muito mais completa e audaciosa. É que aquele não só trazia um rótulo em moda, como, parecendo revolucionário e de fato o sendo pelo tema, continuava a velha linha nacional 19 de romances que encontravam na descrição de costumes o seu centro de gravidade; foi por isso mais facilmente entendido e admirado. Pelos livros de Zola e Eça de Queirós, estavam 22 o meio intelectual e o público que lia preparados para receber afinal uma obra naturalista brasileira, que na verdade se fazia esperar, ao passo que nada os habituara de antemão à nova 25 maneira de Machado de Assis, já que nenhum crítico vislumbrara as sondagens psicológicas escondidas sob os casos sentimentais que até então de preferência contara. Toda a gente 28 se deslumbrou — ou se escandalizou — com O Mulato, sem perceber que o espírito de inovação e de rebeldia estava mais nas Memórias Póstumas de Brás Cubas. 31 Aqui, ousadamente, varriam-se de um golpe o sentimentalismo, o moralismo superficial, a fictícia unidade da pessoa humana, as frases piegas, o receio de chocar preconceitos, a concepção 34 do predomínio do amor sobre todas as outras paixões; afirmava-se a possibilidade de construir um grande livro sem recorrer à natureza, desdenhava-se a cor local, colocava-se um 37 autor pela primeira vez dentro das personagens; surgiam afinal homens e mulheres, e não brasileiros, ou gaúchos, ou nortistas, e — last but not least — patenteava-se a influência inglesa em 40 lugar da francesa, introduzia-se entre nós o humorismo. A independência literária, que tanto se buscara, só com este livro foi selada. Independência que não significa, 43 nem poderia significar, autossuficiência, e sim o estado de maturidade intelectual e social que permite a liberdade de concepção e expressão. Criando personagens e ambientes 46 brasileiros — bem brasileiros —, Machado não se julgou obrigado a fazê-los pitorescamente típicos, porque a consciência da nacionalidade, já sendo nele total, não carecia 49 de elementos decorativos. Aquilo que reputava indispensável ao escritor, “certo sentimento íntimo que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos 52 no tempo e no espaço”, ele o possuiu inteiramente, com uma posse tranquila e pacífica. E por isso pôde — o primeiro entre nós — ser universal sem deixar de ser brasileiro. 55 Todas essas qualidades, das quais algumas já se haviam delineado nos livros anteriores do seu autor, fizeram das Memórias Póstumas de Brás Cubas um acontecimento 58 literário de imenso alcance. Tanto no presente como no passado alterava o nosso panorama literário, porque exigia a revisão de valores que, segundo T. S. Eliot, se dá cada vez 61 que surge uma obra realmente nova. Aplicando ao restrito patrimônio das letras brasileiras a fórmula empregada um plano muito mais vasto pelo crítico inglês, podemos dizer 64 que o aparecimento do Brás Cubas modificou a ordem estabelecida. (...) Descontada a parte do coeficiente pessoal — sem 67 dúvida a mais importante — a obra de Machado de Assis revela que já possuíamos, no fim do Segundo Reinado, um organismo social melhor definido do que faria supor 70 a confusão reinante nos domínios literários entre o indivíduo e o meio físico ou o clã a que pertencia. (...) Abandonando os episódios sentimentais a que até esse momento mais ou 73 menos se ativera, instalando-se no íntimo de suas criaturas, Machado de Assis descobriu seres cujas reações especificamente brasileiras não contrariavam o caráter mais 76 larga e profundamente humano. E, entretanto — tais são os erros de perspectiva dos contemporâneos —, o que a todos pareceu novidade 79 completa foi O Mulato, que inaugurava muito mais uma maneira literária do que um ângulo de visão diferente. O movimento naturalista a que deu início empolgaria os 82 escritores, marcaria com o seu sinete não apenas o decênio que começava, mas também em boa parte o que se lhe seguiria, enquanto que, na época, só Raul Pompéia se deixaria seduzir 85 pelas análises praticadas no Brás Cubas. Havia, porém, nesses dois livros de índole tão diversa, um traço comum: em ambos triunfava a observação. 
Lúcia Miguel Pereira. História da literatura brasileira – Prosa de ficção – de 1870 a 1920. Rio de Janeiro: José Olympio/INL, 1973, 3.a ed., p. 53-5 (com adaptações)
Com relação a aspectos gramaticais do texto I, julgue (C ou E) o item que se segue.
A retirada do pronome oblíquo na oração “ele o possuiu inteiramente” (linha 52) preservaria a correção gramatical e o sentido original do texto.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco
Q1208264 Português
1 Distingo, no português histórico, dois períodos principais: o português antigo, que se escreveu até os primeiros anos do século XVI, e o português moderno. Robustecida e 4 enriquecida de expressões novas, a linguagem usada nas crônicas desse segundo período, que relatam os descobrimentos em África e Ásia e os feitos das armas 7 lusitanas no Oriente, culmina no apuro e no gosto do português moderno d’Os Lusíadas (1572). É o século da Renascença literária, e tudo quanto ao depois se escreve é a continuação da 10 linguagem desse período. E como não ficou estacionário o português moderno, denominou-se quinhentista, seiscentista, setecentista a linguagem própria a cada era. Reservo a 13 denominação de português hodierno para as mudanças características do falar atual criadas ou fixadas recentemente, ou recebidas do século XIX, ou que por ventura remontam ao 16 século XVIII.  Limites entre os diversos períodos não podem ser traçados com rigor. Ignoram-se a data ou o momento exato do 19 aparecimento de qualquer alteração linguística. Neste ponto, nunca será a linguagem escrita, dada a sua tendência conservadora, espelho fiel do que se passa na linguagem 22 falada. Surge a inovação, formulada acaso por um ou poucos indivíduos; se tem a dita de agradar, não tarda a generalizar-se o seu uso no falar do povo. A gente culta e de fina casta 25 repele-a, a princípio, mas, com o tempo, sucumbe ao contágio. Imita o vulgo, se não escrevendo com meditação, em todo o caso no trato familiar e falando espontaneamente. Decorrem 28 muitos anos, até que por fim a linguagem literária, não vendo razão para enjeitar o que todo o mundo diz, se decide a aceitar a mudança também. Tal é, a meu ver, a explicação não 31 somente de fatos isolados, mas ainda do aparecimento de todo o português moderno.  Não é de crer que poucos anos depois de 1500, quase 34 que bruscamente e sem influxo de idioma estranho, cessassem em Portugal inveterados hábitos de falar e se trocasse o português antigo em português moderno. Nem podemos 37 atribuir a escritores, por muito engenho artístico que tivessem, aptidões e autoridade para reformarem, a seu sabor, o idioma pátrio e sua gramática. Consistiria a sua obra antes em elevar 40 à categoria de linguagem literária o falar comum, principalmente o das pessoas educadas, tornando-o mais elegante e desterrando locuções que lhe dessem aspecto menos 43 nobre. Mas os escritores antigos evitavam afastar-se da prática recebida de seus avós e, posto que muitas concessões tivessem de fazer ao uso para serem entendidos, propendiam mais a 46 utilizar-se de recursos artificiais que dessem ao estilo certo ar de gravidade e acima do vulgar.  O século XVI, descerradas as cortinas que encobriam 49 o espetáculo de novos mundos, e dada a facilidade de pôr a leitura das obras literárias ao alcance de todos, graças ao desenvolvimento da imprensa, devia fazer cessar a superstição 52 do passado, mostrar o caminho do futuro e ditar a necessidade de se exprimirem os escritores em linguagem que todos entendessem. Resolveram-se a fazê-lo. Serviram-se da 55 linguagem viva de fato, como o demonstram os diálogos das comédias de então, que reproduzem o falar tradicional da gente do povo. Trariam estes diálogos os característicos gramaticais 58 do português antigo, se fosse este ainda o idioma corrente. 
M. Said Ali. Prólogo da Lexeologia do português histórico, 1.ª ed. 1921. In: Gramática histórica da língua portuguesa. 8.ª ed. rev. e atual. por Mário Eduardo Viaro. São Paulo: Companhia Melhoramentos; Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 2001, p. 17-8 (com adaptações)
Julgue (C ou E) o item a seguir, a respeito de elementos coesivos e do vocabulário do texto de M. Said Ali.
As formas verbais “sucumbe” (linha 25) e “desterrando” (linha 42), que poderiam ser corretamente substituídas, respectivamente, por não resiste e livrando-se de, foram assim empregadas no texto: a primeira, em sentido denotativo, e a segunda, em sentido conotativo.
Alternativas
Q1113295 Português

Texto 4 para responder à questão. 


FAO pede que alimentação nutritiva seja incorporada a políticas de planejamento urbano 


Disponível em: <http://www.cfn.org.br>.

Acesso em: 19 abr. 2019, com adaptações.

O trecho “Presente na cerimônia, a prefeita de Túnis, capital da Tunísia, Souad Abderrahim, defendeu que ‘é muito importante ouvir de perto e identificar as necessidades dos cidadãos e transformá-las em projetos concretos’” (linhas de 30 a 33), poderia ser reescrito, sem alteração de sentido, para
Alternativas
Respostas
106: C
107: E
108: C
109: C
110: C