Questões de Concurso Sobre pronomes relativos em português

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Q2265832 Português

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto seguinte.


Nos cantos escuros da casa, _____ ratos ágeis e sorrateiros _____ exploravam silenciosamente cada fresta e rachadura em busca de comida. Os ratos possuem uma habilidade extraordinária de escapar de locais apertados, _____ devemos nossa dificuldade em controlá-los.

Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: EPC Prova: VUNESP - 2023 - EPC - Locutor Apresentador |
Q2264785 Português

Leia o texto para responder à questão. 



A imprensa nos tempos de Balzac



   Releio “Os jornalistas”, de Honoré de Balzac, ele-mesmo um escritor jornalista a apontar desvios da ética na imprensa de seu tempo. Com estilete do sarcasmo, indicou a prevalência de “lados da notícia”, a duração dos fatos nas páginas e escondimentos propositais. Beliscou a venalidade de articulistas franceses de meados do século 19. As ambições particulares se sobrepunham às carências coletivas; as impressoras se alocavam às conveniências individuais, governos, corporações ideológicas. Mostrou o jesuitismo artificial de colunistas cercados de bajuladores a aplaudi-los. Encenando imparcialidade, curvavam-se aos influentes e poderosos. Altissonantes, fingiam defender grandes causas, mormente as acenadas como modernas, libertárias.

   Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo. Alinhavam-se ao sistema dominante cujo triunfo lhes interessava. E eram respeitados por temor. Viam na imprensa uma aplicação de capitais cujos juros lhes eram pagos em favores econômicos e autoridade. Quando unida às oposições, tinha consciência de que elas eram aferradas em tomar para si os anseios e necessidades sociais, sem que o cidadão comum lhes desse crédito.

      No estilo escrutínio da escola realista, palavras do livro se articulam para escancarar hipocrisias, falsidades. Alegando que os franceses tinham inclinação por tudo que é tedioso, caçoava duma categoria de redatores a chamá-los de “nadólogos”. Eram notários que falavam, falavam e nada diziam. Alcoviteiros da política, negociantes de frases, mostravam-se superiores, promoviam gracejos para admiração de colunistas severos. Mas estes se calavam ao ingressarem no serviço público. Lá se domesticavam a gozarem do silêncio de colegas na espera de convites e cargos.

    Irritado com os críticos de arte a não lhe darem sossego, Balzac apontou-lhes o dedo. Pintou-os como vaidosos, incultos, falaciosos que, sem talento para a arte, erguiam muralhas de censura das ideias. Para o autor, a crítica tinha apenas uma serventia: a sobrevivência dos críticos.

    Ficção e agudo exame da sociedade se mesclaram na obstinada defesa do bom jornalismo. Escreveu: “Se a imprensa não existisse, seria preciso inventá-la”. São mensagens que instigam raciocínios, convidam à reflexão. Mormente dos que buscam notícias isentas, o jornalismo amigo dos fatos.


(Romildo Sant’Anna. Diário da Região, 05.02.2023. Adaptado)

No segundo parágrafo, identificam-se mecanismos de referenciação textual expressando as noções de reflexividade e pertencimento, respectivamente, nas expressões destacadas em
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FEPESE Órgão: Companhia Águas de Joinville Provas: FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Fiscal | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Encanador | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Laboratório | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Medição | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Operação | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Saneamento | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Segurança do Trabalho | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Tecnologia da Informação | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Ambiental | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Edificações | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Logística | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Mecânica | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Químico | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Operador de Estação - Operador de Estação | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Desenhista | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Assistente Administrativo |
Q2264396 Português
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego dos pronomes.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FEPESE Órgão: Companhia Águas de Joinville Provas: FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Fiscal | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Encanador | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Laboratório | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Medição | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Agente de Saneamento - Operação | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Saneamento | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Segurança do Trabalho | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Tecnologia da Informação | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Ambiental | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Edificações | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Logística | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Mecânica | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Técnico em Sistemas de Saneamento - Químico | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Operador de Estação - Operador de Estação | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Desenhista | FEPESE - 2023 - Companhia Águas de Joinville - Assistente Administrativo |
Q2264391 Português

Texto 1


Para abastecer a cidade, Águas de Joinville trata e distribui cerca de 181 milhões de litros de água diariamente


Fornecer água potável para os moradores da maior cidade catarinense exige investimentos e monitoramento constante do serviço administrado pela Companhia Águas de Joinville. Diariamente, são distribuídos em torno de 181 milhões de litros de água potável. O município também conta com 13 reservatórios, 79 sistemas de bombeamento e um parque de hidrômetros com mais de 160 mil equipamentos. Além de operar as duas ETAs, Cubatão e Piraí, a Companhia realiza as manutenções e melhorias em sua rede de abastecimento, que hoje tem 2,3 mil km de extensão. 

     No Dia Mundial da Água, celebrado nesta quarta- -feira (22/3), a Companhia Águas de Joinville faz uma ação de distribuição de copos de água em diferentes terminais urbanos da cidade, reforçando a importância do uso consciente deste recurso. Os copos contêm água tratada, que em Joinville pode ser consumida da torneira desde que a população mantenha a limpeza da caixa-d’água em dia. O recomendado é a higienização a cada seis meses.

      A qualidade da água é assegurada por tecnologias de tratamento, controle e análise. Para garantir a potabilidade da água distribuída, o Laboratório de Controle de Qualidade da Companhia, que possui acreditação do Inmetro, realiza 38,5 mil análises de água por ano em 262 pontos da cidade, distribuídos nos 43 bairros de Joinville.

     Neste ano, a Águas de Joinville promoveu uma importante melhoria, substituindo o uso de gás cloro por hipoclorito de sódio no tratamento da água no município. Além de ter alta ação bactericida, o hipoclorito de sódio oferece mais segurança em comparação ao gás cloro, principalmente no que se refere ao transporte e armazenamento do material.

       A Companhia atende o que preconiza o Marco Legal do Saneamento, que é 99% da população com água potável. A cobertura da água em Joinville é de 99,2%.

       O sistema de abastecimento de água é monitorado de forma on-line 24 horas por dia, sete dias por semana, pelo Centro de Inteligência em Operações. O objetivo é reduzir os impactos de obras, o tempo de consertos de vazamentos e as perdas de água.


Disponível em: https://www.joinville.sc.gov.br/noticias/paraabastecer-a-cidade-aguas-de-joinville-trata-e-distribui-cerca-de181-milhoes-de-litros-de-agua-diariamente/. Acesso em: 12 de jul 2023. Fragmento adaptado. Publicado em: 22 de mar 2023.

Analise a frase abaixo:
“Além de operar as duas ETAs, Cubatão e Piraí, a Companhia realiza as manutenções e melhorias em sua rede de abastecimento, que hoje tem 2,3 mil km de extensão.”
Assinale a alternativa correta em relação à frase.
Alternativas
Q2258594 Português
O fim da civilização do automóvel?

        Quem, em um futuro próximo, precisará ter carro próprio? A pergunta parece soar um tanto sem sentido hoje, mas o radar da mudança do setor automobilístico não para de pulsar. O que ele está anunciando?
        Foi-se o tempo em que fazer a autoescola e conquistar a CNH era o sonho dos jovens recém-saídos da adolescência. Hoje, essa geração parece dar muito mais valor para smartphones, tablets e viagens ao exterior. A posse de um carro está lá na quarta, quinta colocação no ranking dos sonhos de consumo.
        Aplicativos de carona compartilhada, Uber e meios de transporte ecológicos e politicamente corretos, como a bicicleta, são hoje produtos substitutos do velho e bom automóvel, essa é a verdade. Os dados corroboram esses fatos: de 2014 a 2018, a emissão de CNH caiu 32% em todo o País, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Ainda, a idade média dos novos condutores aumentou significativamente, chegando em 2014 a 27 anos.
        Mais dados: a consultoria Box 1824 ouviu 3 mil jovens entre 18 e 24 anos em 146 cidades brasileiras em junho de 2018. Resultado: apenas 3% deles apontou o carro como prioridade de compra. Nos Estados Unidos, pesquisa da Rockefeller Foundation com jovens na mesma faixa etária relatou que 75% dos entrevistados gostariam de viver em um lugar em que não precisassem ter carro.
        Outra pesquisa, realizada em 2015 no Reino Unido pela empresa Prophet, mostrou um dado arrebatador: 65% das pessoas entre 18 e 34 anos preferem um smartphone de última geração a um automóvel novo.
        A importância do carro é cada vez menor para as novas gerações, isso é fato, e tecnologias potenciais como a do carro autônomo ajudam a reforçar essa nova visão. Carros sem motorista, conectados ao celular, poderão, em um amanhã muito próximo, apanhar os passageiros em determinado local, deixando-os no destino e ficando livres para os próximos usuários.
         Para que ter carro em um mundo assim? Por que pagar IPVA, seguro, combustível e estacionamento e ainda correr o risco de ter o veículo multado, amassado ou roubado? O modelo de negócio da indústria automobilística mudou: de fabricantes de carros, as montadoras terão de se transformar em provedoras de mobilidade, caso contrário, correm sério risco de ficar pelo caminho. Google, Amazon e Apple são gigantes que já estão de olho no promissor mercado de carros autônomos, e estima-se que em 2030 eles representarão 15% da frota mundial.
        A Era 4.0 está quebrando paradigmas na poderosa indústria automobilística e a transformará radicalmente nos próximos anos, seja pelo uso de novas tecnologias, que viabilizarão a utilização em larga escala de carros autônomos, seja pela mudança de comportamento dos consumidores, cada vez mais seduzidos pela conveniência de aplicativos como Uber, menos presos à posse e mais afeitos ao uso de carros compartilhados.

(Fonte: Empresas Proativas 4.0 — adaptado.)
Sobre o uso dos pronomes relativos sublinhados abaixo, analisar os itens a seguir:
I. Aquele é o material cujo o professor elaborou. II. Este é o bairro no qual vivo. III. Este é o rapaz que passou na prova.
Está(ão) CORRETO(S):
Alternativas
Q2256372 Português
    Ninguém discordará, em sã consciência, da necessidade de o Brasil passar por mudanças significativas em sua legislação penal, tendo em vista adquirir um melhor instrumental jurídico para combater algumas das nossas mais notórias chagas sociais contemporâneas, quais sejam, o desrespeito à vida humana, a violência desenfreada − principalmente (não só) nas grandes concentrações urbanas − e, sobretudo, a crônica impunidade. No entanto, a justa pressão social pela diminuição dos assombrosos índices de violência e criminalidade não pode dar margem a um atabalhoado processo de mudança das leis penais, que abrigue contradições, inconstitucionalidades e até efeitos contrários ao que se pretende. O Congresso Nacional e toda a sociedade brasileira precisam estar atentos a projetos de lei que, em lugar de combater o crime, podem se tornar inteiramente contraproducentes, chegando a estimulá-lo. (...)
        É preciso entender que o grande problema não é a ausência ou o defeito da lei, mas sim a sua não observância, a falta de sua aplicação e, no caso específico das execuções penais, a falta de rigor no cumprimento integral das penas que já existem. Por outro lado, há distorções fundamentais de entendimento que têm estimulado a criminalidade, como é o caso dos menores delinqüentes, cuja utilização por quadrilhas de adultos como "autores" dos crimes é cada vez maior. A situação "de menor", com base na proteção estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, se transforma em perfeito escudo da quadrilha, para fins de impunidade. A experiência de outros países, que nos últimos anos têm obtido êxito no combate à violência e à criminalidade, mostra que muito mais importante do que criar uma nova lei é fazer cumprir, com rigor, a já existente.

(O Estado de S. Paulo, A3, 05 de maio 2002)
... como é o caso dos menores delinqüentes, cuja utilização por quadrilhas de adultos como "autores" dos crimes é cada vez maior. (6a , 7a e 8a linhas do 2o parágrafo)
O pronome grifado substitui corretamente, no texto, a utilização
Alternativas
Q2256138 Português
Atentando-se ao contexto, é correto o que se afirma em:
Alternativas
Q2251226 Português
Aponte a alternativa em que o emprego do pronome cujo é INACEITÁVEL na norma culta da língua.  
Alternativas
Q2251220 Português

             

Analise as afirmações abaixo.
I. Por ser um problema crônico (linha 7) refere-se a devastação. II. Conforme a norma culta da língua, onde deve ser empregado para indicar circunstância de lugar, como na linha 5 do texto. Assim, é condenável seu emprego em construções como Participei da reunião onde discutimos os rumos de nosso Judiciário. III. Em E o mais animador (linha 14), o E não pode ser eliminado, para não comprometer o sentido da frase em que se encontra. IV. O gerúndio exprime o fato verbal em desenvolvimento, a exemplo de estão recuperando (linha 13). É errado seu emprego em construções como Logo estaremos informando V. Sª...
Assinale a opção que apresenta a seqüência correta.  
Alternativas
Q2244410 Português
Inteligência Artificial proporciona segurança na aplicação de provas online

Nos últimos anos, diversas atividades passaram a ser realizadas remotamente. No meio educacional, não foi diferente. De aulas à aplicação de provas, o ambiente virtual na aprendizagem se tornou uma realidade. Com isso, a adoção de novas tecnologias como a inteligência artificial já é uma realidade na educação. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o uso deste tipo de solução será um aliado fundamental para enfrentar os desafios e o cumprimento das metas do setor da Agenda 2030. Isso porque não só promove inovadoras práticas de ensino e metodologias de aprendizagem mais eficazes, como também garante a segurança, evitando qualquer tipo de fraude durante o processo de aplicação de exames à distância.

No Brasil, por exemplo, a Iaris, startup especializada em aplicações deste tipo de tecnologia, disponibiliza a solução EasyProctor para o mercado, uma ferramenta que combina dados analisados via inteligência artificial com análise humana para o monitoramento de provas online com segurança. A tecnologia já acompanhou de perto dezenas de milhões de horas/aula e exames, o que gerou mais de três milhões de alertas de possibilidade de fraudes.

Para garantir a segurança na aplicação remota de provas, a solução emite alertas de verificação biométrica, troca de uma ou mais faces, desvio e giro de cabeça, ruídos e até mesmo transcrição de áudio, além de possuir recursos de integração com sistemas de geração de exames, como Moodle e Canvas, através de APIs simples de serem implementadas. A plataforma ainda realiza o bloqueio automático de funções do sistema operacional de computadores como Alternar usuários, menu Iniciar, barra de ferramentas, comando Ctrl, Alt e Del, entre outros. A troca por outros navegadores e sistemas de pesquisa, compartilhamento de telas e recursos de recortar, colar e copiar também serão bloqueados.

Além disso, após a finalização do exame, são gerados dados e relatórios, com interface gráfica para visualização dos alertas emitidos durante a aplicação de cada exame. Também é possível o acesso a áudio e vídeo captados durante a prova.

"As soluções educacionais buscam entregar conteúdo que pode ser acessado em qualquer lugar que o aluno ou o candidato esteja, seguindo o mundo dinâmico em que vivemos. O EasyProctor possibilita que um exame possa ser aplicado com a segurança adequada para cada tipo de aplicação, certificando que o aluno realizou o aproveitamento daquele conteúdo que lhe foi entregue. De forma fácil, segura e flexível, a solução se adequa ao cenário econômico da educação, com baixo custo de investimento para assegurar a execução de provas e exames", diz Fábio Falcão, CEO da Iaris.

https://exame.com/bussola/i-a-pode-proporcionar-seguranca-na -aplicacao-de-provas-online/. Adaptado. . 
O EasyProctor possibilita 'que' um exame possa ser aplicado com a segurança adequada para cada tipo de aplicação, certificando 'que' o aluno realizou o aproveitamento daquele conteúdo 'que' lhe foi entregue.
Em morfologia, os vocábulos destacados são respectivamente:
Alternativas
Q2244350 Português

Os sistemas de inteligência artificial 'que' temos agora não são bem controlados.

(in: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gv64qmvjlo. Adaptado)

O vocábulo destacado trata-se de:

Alternativas
Ano: 2023 Banca: COPS-UEL Órgão: IPMR - PR Prova: COPS-UEL - 2023 - IPMR - PR - Advogado |
Q2234850 Português
Sobre o uso dos pronomes relativos que e quem e do pronome indefinido quaisquer, considere as afirmativas a seguir.
I. Somos nós que pagamos a conta. II. Somos nós quem paga a conta. III. Eu resolvo quaisquer problemas. IV. Somos nós quem pagamos a conta.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2231322 Português
A neblina da menopausa

         Neblina cerebral é queixa frequente na perimenopausa. Ela refere-se às dificuldades de concentração encontradas ao se fazerem contas ou tentar lembrar palavras e nomes de pessoas, ao comprometimento do raciocínio lógico e ao “cansaço mental” que se instalam quando as menstruações se tornam irregulares.
      Em cerca de 80% das mulheres, essas queixas costumam vir acompanhadas de crises de sensação de calor intenso e sudorese abundante, seguidas de um frio siberiano. São os fogachos, em linguagem popular — ou, para os médicos, sintomas vasoativos.             Essa fase, que algumas atravessam com poucos sintomas, provoca sofrimentos de longa duração à maioria delas: insônia, ressecamento da pele e das mucosas, dor às relações sexuais, infecções urinárias de repetição, inchaço, cólicas abdominais, diminuição da libido e fadiga, entre outros transtornos. Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão.                 Infelizmente, a medicina levou séculos para se interessar pela fisiopatologia responsável por distúrbios cerebrais tão variados. Uma das primeiras descobertas aconteceu apenas na década de 1990, quando Naomi Rance, neuropatologista da Universidade do Arizona, demonstrou que, nas autópsias de mulheres na menopausa, o hipotálamo duplicava de tamanho às custas do aumento do número de neurônios. Como a essa região do cérebro é atribuído o controle da termorregulação e das sensações térmicas, Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres.
        Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona. Pesquisas com camundongos nos quais foi adaptado um pequeno dispositivo para medir as mudanças de temperatura, ocorridas depois da retirada dos ovários, permitiram avaliar a influência da neurocinina B no aparecimento dos sintomas vasoativos.
    Quando as moléculas de neuromicina B se ligam aos receptores ancorados na membrana dos neurônios, surgem os sintomas vasoativos. O contrário acontece quando esses receptores são bloqueados por manipulação farmacológica.
       A redução nas concentrações de estrogênio que chegam ao cérebro por ocasião da falência dos ovários tem grande impacto no metabolismo e no sistema imunológico do tecido cerebral de seres humanos e de roedores. A presença de estrogênio é fundamental para a captura e o metabolismo da glicose, a principal fonte de energia para eles. 
     Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio. Essas variações imprevisíveis não dão tempo para que o metabolismo dos circuitos cerebrais de neurônios se adapte às novas circunstâncias. A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de “neblina” e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
      Por outro lado, o aparecimento do fezolinetant, primeiro medicamento não hormonal para tratamento dos fogachos, representa uma mudança de paradigma. A menopausa deixa de ser interpretada apenas como uma condição restrita aos ovários, para ser considerada um fenômeno biológico complexo, que interfere nas funções de múltiplos órgãos e na neurobiologia do cérebro.

(Fonte: Drauzio Varella. A neblina da menopausa — adaptado.)
 Em “Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres”, se o verbo “afligem” for substituído por “reclamam”, o trecho sublinhado deverá assumir a seguinte redação:
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Q2231171 Português
Leia o Texto a seguir para responder a questão.

Baleia

        A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pelo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida.

        Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princípio de hidrofobia e amarrara-lhe no pescoço um rosário de sabugos de milho queimados. Mas Baleia, sempre de mal a pior, roçava-se nas estacas do curral ou metia-se no mato, impaciente, enxotava os mosquitos sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na base, cheia de moscas, semelhante a uma cauda de cascavel.

        Então Fabiano resolveu matá-la. Foi buscar a espingarda de pederneira, lixou-a, limpou-a com o saca-trapo e fez tenção de carregá-la bem para a cachorra não sofrer muito.

        Sinhá Vitória fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que adivinhavam desgraça e não se cansavam de repetir a mesma pergunta:

        — Vão bulir com a Baleia?

        Tinham visto o chumbeiro e o polvarinho, os modos de Fabiano afligiam-nos, davam-lhes a suspeita de que Baleia corria perigo.

        Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferençavam, rebolavam na areia do rio e no estrume fofo que ia subindo, ameaçava cobrir o chiqueiro das cabras.

        Quiseram mexer na taramela e abrir a porta, mas sinhá Vitória levou-os para a cama de varas, deitou-os e esforçou-se por tapar-lhes os ouvidos: prendeu a cabeça do mais velho entre as coxas e espalmou as mãos nas orelhas do segundo. Como os pequenos resistissem, aperreou-se e tratou de subjugá-los, resmungando com energia.

        Ela também tinha o coração pesado, mas resignava-se: naturalmente a decisão de Fabiano era necessária e justa. Pobre da Baleia.

        Escutou, ouviu o rumor do chumbo que se derramava no cano da arma, as pancadas surdas da vareta na bucha. Suspirou. Coitadinha da Baleia.

        Os meninos começaram a gritar e a espernear. E como sinhá Vitória tinha relaxado os músculos, deixou escapar o mais taludo e soltou uma praga:

        — Capeta excomungado.

        Na luta que travou para segurar de novo o filho rebelde, zangou-se de verdade. Safadinho. Atirou um cocorote ao crânio enrolado na coberta vermelha e na saia de ramagens.

        Pouco a pouco a cólera diminuiu, e sinhá Vitória, embalando as crianças, enjoou-se da cadela achacada, gargarejou muxoxos e nomes feios. Bicho nojento, babão. Inconveniência deixar cachorro doido solto em casa. Mas compreendia que estava sendo severa demais, achava difícil Baleia endoidecer e lamentava que o marido não houvesse esperado mais um dia para ver se realmente a execução era indispensável.

        Nesse momento Fabiano andava no copiar, batendo castanholas com os dedos. Sinhá Vitória encolheu o pescoço e tentou encostar os ombros às orelhas. Como isto era impossível, levantou os braços e, sem largar o filho, conseguiu ocultar um pedaço da cabeça. 

        Fabiano percorreu o alpendre, olhando a baraúna e as porteiras, açulando um cão invisível contra animais invisíveis:

        — Ecô! ecô!

        Em seguida entrou na sala, atravessou o corredor e chegou à janela baixa da cozinha. Examinou o terreiro, viu Baleia coçando-se a esfregar as peladuras no pé de turco, levou a espingarda ao rosto. A cachorra espiou o dono desconfiada, enroscou-se no tronco e foi-se desviando, até ficar no outro lado da árvore, agachada e arisca, mostrando apenas as pupilas negras. Aborrecido com esta manobra, Fabiano saltou a janela, esgueirou-se ao longo da cerca do curral, deteve-se no mourão do canto e levou de novo a arma ao rosto. Como o animal estivesse de frente e não apresentasse bom alvo, adiantou-se mais alguns passos. Ao chegar às catingueiras, modificou a pontaria e puxou o gatilho. A carga alcançou os quartos traseiros e inutilizou uma perna de Baleia, que se pôs latir desesperadamente.

        Ouvindo o tiro e os latidos, sinhá Vitória pegou-se à Virgem Maria e os meninos rolaram na cama chorando alto. Fabiano recolheu-se.

        E Baleia fugiu precipitada, rodeou o barreiro, entrou no quintalzinho da esquerda, passou rente aos craveiros e às panelas de losna, meteu-se por um buraco da cerca e ganhou o pátio, correndo em três pés. Dirigiu-se ao copiar, mas temeu encontrar Fabiano e afastou-se para o chiqueiro das cabras. Demorou-se aí um instante, meio desorientada, saiu depois sem destino, aos pulos.

        Defronte do carro de bois faltou-lhe a perna traseira. E, perdendo muito sangue, andou como gente em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo. Quis recuar e esconder-se debaixo do carro, mas teve medo da roda.

        Encaminhou-se aos juazeiros. Sob a raiz de um deles havia uma barroca macia e funda. Gostava de espojar-se ali: cobria-se de poeira, evitava as moscas e os mosquitos, e quando se levantava, tinha as folhas e gravetos colados às feridas, era um bicho diferente dos outros. Caiu antes de alcançar essa cova arredada. Tentou erguer-se, endireitou a cabeça e estirou as pernas dianteiras, mas o resto do corpo ficou deitado de banda. Nesta posição torcida, mexeu-se a custo, ralando as patas, cravando as unhas no chão, agarrando-se nos seixos miúdos. Afinal esmoreceu e aquietou-se junto às pedras onde os meninos jogavam cobras mortas. Uma sede horrível queimava-lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um nevoeiro impedialhe a visão. Pôs-se a latir e desejou morder Fabiano. Realmente não latia: uivava baixinho, e os uivos iam diminuindo, tornavam-se quase imperceptíveis.

        Como o sol a encandeasse, conseguiu adiantar-se umas polegadas e escondeu-se numa nesga de sombra que ladeava a pedra. Olhou-se de novo, aflita. Que lhe estaria acontecendo? O nevoeiro engrossava e aproximava-se. Sentiu o cheiro bom dos preás que desciam do morro, mas o cheiro vinha fraco e havia nele partículas de outros viventes. Parecia que o morro se tinha distanciado muito. Arregaçou o focinho, aspirou o ar lentamente, com vontade de subir a ladeira e perseguir os preás, que pulavam e corriam em liberdade.

        Começou a arquejar penosamente, fingindo ladrar. Passou a língua pelos beiços torrados e não experimentou nenhum prazer. O olfato cada vez mais se embotava: certamente os preás tinham fugido.

        Esqueceu-os e de novo lhe veio o desejo de morder Fabiano, que lhe apareceu diante dos olhos meio vidrados, com um objeto esquisito na mão. Não conhecia o objeto, mas pôs-se a tremer, convencida de que ele encerrava surpresas desagradáveis. Fez um esforço para desviar-se daquilo e encolher o rabo. Cerrou as pálpebras pesadas e julgou que o rabo estava encolhido. Não poderia morder Fabiano: tinha nascido perto dele, numa camarinha, sob a cama de varas, e consumira a existência em submissão, ladrando para juntar o gado quando o vaqueiro batia palmas.

        O objeto desconhecido continuava a ameaçá-la. Conteve a respiração, cobriu os dentes, espiou o inimigo por baixo das pestanas caídas. Ficou assim algum tempo, depois sossegou. Fabiano e a coisa perigosa tinham-se sumido.

        Abriu os olhos a custo. Agora havia uma grande escuridão, com certeza o sol desaparecera. Os chocalhos das cabras tilintaram para os lados do rio, o fartum do chiqueiro espalhou-se pela vizinhança.

        Baleia assustou-se. Que faziam aqueles animais soltos de noite? A obrigação dela era levantar-se, conduzi-los ao bebedouro. Franziu as ventas, procurando distinguir os meninos. Estranhou a ausência deles.

        Não se lembrava de Fabiano. Tinha havido um desastre, mas Baleia não atribuía a esse desastre a impotência em que se achava nem percebia que estava livre de responsabilidades.

        Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração. Precisava vigiar as cabras: àquela hora cheiros de suçuarana deviam andar pelas ribanceiras, rondar as moitas afastadas. Felizmente os meninos dormiam na esteira, por baixo do caritó onde sinhá Vitória guardava o cachimbo.

        Uma noite de inverno, gelada e nevoenta, cercava a criaturinha. Silêncio completo, nenhum sinal de vida nos arredores. O galo velho não cantava no poleiro, nem Fabiano roncava na cama de varas. Estes sons não interessavam Baleia, mas quando o galo batia as asas e Fabiano se virava, emanações familiares revelavam-lhe a presença deles. Agora parecia que a fazenda se tinha despovoado.

        Baleia respirava depressa, a boca aberta, os queixos desgovernados, a língua pendente e insensível. Não sabia o que tinha sucedido. O estrondo, a pancada que recebera no quarto e a viagem difícil no barreiro ao fim do pátio desvaneciam-se no seu espírito.

        Provavelmente estava na cozinha, entre as pedras que serviam de trempe. Antes de se deitar, sinhá Vitória retirava dali os carvões e a cinza, varria com um molho de vassourinha o chão queimado, e aquilo ficava um bom lugar para cachorro descansar. O calor afugentava as pulgas, a terra se amaciava. E, findos os cochilos, numerosos preás corriam e saltavam, um formigueiro de preás invadia a cozinha.

        A tremura subia, deixava a barriga e chegava ao peito de Baleia. Do peito para trás era tudo insensibilidade e esquecimento. Mas o resto do corpo se arrepiava, espinhos de mandacaru penetravam na carne meio comida pela doença.

        Baleia encostava a cabecinha fatigada na pedra. A pedra estava fria, certamente sinhá Vitória tinha deixado o fogo apagar-se muito cedo.

        Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes.

RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 115 ed. Rio de janeiro: Record, 2011. p. 85-91.

“Que lhe estaria acontecendo?”


É CORRETO afirmar que o pronome oblíquo átono se encontra em posição de próclise porque:

Alternativas
Q2229882 Português
Assinale a alternativa em que o emprego do elemento sublinhado esteja adequado à norma padrão escrita.
Alternativas
Q2229265 Português
Em relação à frase: ‘Quem já trabalhou em laboratório de pesquisa sabe o quanto é irrefreável o fascínio que toma conta de todos quando em perseguição ... uma ideia nova’, analise as assertivas abaixo:
I. O sujeito da forma verbal ‘trabalhou’ é indeterminado, prejudicando a compreensão do enunciado.
II. A palavra ‘que’ é um pronome relativo, introduzindo uma oração subordinada adjetiva restritiva, a qual se refere ao termo antecedente – ‘fascínio’.
III. Os termos ‘irrefreável’ e ‘nova’ exercem a mesma função no período: ambos são adjuntos adnominais.
Quais estão corretas? 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TJ-BA Prova: FGV - 2023 - TJ-BA - Juiz Leigo |
Q2224498 Português
Texto 1 – Estudo revela novo alvo para busca de terapias contra doença de Parkinson [fragmento]

Experimentos com camundongos feitos na USP mostraram que a micróglia, um tipo de célula imunológica presente no sistema nervoso central, ajuda a limitar a perda de neurônios

Agência Fapesp

Estudo conduzido no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) revelou um possível mecanismo protetor contra a doença de Parkinson.

Em camundongos, foi observado que a micróglia, um tipo de célula imunológica do sistema nervoso que compõe a chamada glia – conjunto diversificado de células que dá suporte ao funcionamento dos neurônios – pode limitar a perda de capacidade motora e a morte neuronal.

Todos os testes foram conduzidos em animais que receberam 6-hidroxidopamina, uma toxina indutora de sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson, aplicada diretamente no cérebro. Antes, metade dos animais teve as micróglias praticamente eliminadas por uma substância, chamada PLX5622. O grupo que manteve essas células registrou perdas menos significativas de neurônios e de movimento quando comparado aos demais roedores.

"Esses resultados sugerem um possível alvo para o tratamento da doença no futuro, quando descobrirmos mecanismos capazes de ativar a micróglia de maneira benéfica", disse a doutoranda Carolina Parga à assessoria de imprensa do ICB-USP. Ela é primeira autora de um artigo publicado no Journal of Neuroimmunology.

[...]

A descoberta contradiz o que os próprios pesquisadores do ICB e outros estudiosos da área haviam visto anteriormente sobre essas células. Até então acreditava-se o contrário, pois, quando elas eram bloqueadas por fármacos, os sintomas do Parkinson eram mitigados.

"A hipótese mais provável para explicar essa diferença nos resultados é a atuação dos dois fenótipos da micróglia, algo já identificado anteriormente na literatura científica. Uma característica, a positiva, que protege contra a perda neuronal, talvez se manifeste no início da doença, e a outra característica, a negativa, que impulsiona essa perda neuronal, vai predominando à medida que a doença vai evoluindo; o mesmo pode ocorrer em outras doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e algumas formas de epilepsia", detalha Luiz Roberto Giorgetti de Britto, coordenador do estudo pelo Laboratório de Neurobiologia Celular do ICB. [...]

"Isso reforça a importância de desenvolvermos formas de diagnósticos mais assertivas para as doenças neurodegenerativas, para assim chegarmos a soluções terapêuticas. Pois trata-se de doenças que podem estar ativas durante décadas antes do diagnóstico, que em geral se dá só após a manifestação de sintomas, mas sendo mitigadas pela micróglia e outros mecanismos", complementa.

MUDANÇAS GENÉTICAS

No estudo também foram identificados dois genes que podem estar relacionados à doença de Parkinson. Esses genes apresentavam menor expressão apenas nos grupos em que as micróglias foram eliminadas. "São dois genes relacionados à transmissão por dopamina [substância que influencia nossas emoções, aprendizado e locomoção, além de outras funções] entre alguns grupos de neurônios do sistema nervoso, o que sugere que a micróglia pode ser responsável pela modulação da expressão de genes que atuam nesses processos. Isso ajuda a explicar como a sua ausência resulta na perda de neurônios, o que causa a diminuição de dopamina, o fator responsável pelas alterações motoras", aponta Parga.

Esse conhecimento é promissor principalmente para a pequena parcela de casos de Parkinson e Alzheimer que tem causas genéticas, um total de 5% a 7% dos diagnósticos. "Conhecendo melhor o comportamento desses genes talvez possamos, no futuro, antecipar o diagnóstico da doença, além de propor terapias que consistem na manipulação deles", afirma Britto.

O Laboratório de Neurobiologia Celular agora se aprofunda nos resultados obtidos e nas hipóteses levantadas e também estuda as possíveis implicações da micróglia em modelos animais da doença de Alzheimer.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2023/06/ estudo-revela-novo-alvo-para-a-busca-de-terapias-contra-adoenca-de-parkinson.shtml
“Esse conhecimento é promissor principalmente para a pequena parcela de casos de Parkinson e Alzheimer que tem causas genéticas, um total de 5% a 7% dos diagnósticos.” (Texto 1, 10º parágrafo)
Na passagem acima, o pronome relativo é empregado para retomar o substantivo:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TJ-BA Prova: FGV - 2023 - TJ-BA - Juiz Leigo |
Q2224492 Português
Texto 1 – Estudo revela novo alvo para busca de terapias contra doença de Parkinson [fragmento]

Experimentos com camundongos feitos na USP mostraram que a micróglia, um tipo de célula imunológica presente no sistema nervoso central, ajuda a limitar a perda de neurônios

Agência Fapesp

Estudo conduzido no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) revelou um possível mecanismo protetor contra a doença de Parkinson.

Em camundongos, foi observado que a micróglia, um tipo de célula imunológica do sistema nervoso que compõe a chamada glia – conjunto diversificado de células que dá suporte ao funcionamento dos neurônios – pode limitar a perda de capacidade motora e a morte neuronal.

Todos os testes foram conduzidos em animais que receberam 6-hidroxidopamina, uma toxina indutora de sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson, aplicada diretamente no cérebro. Antes, metade dos animais teve as micróglias praticamente eliminadas por uma substância, chamada PLX5622. O grupo que manteve essas células registrou perdas menos significativas de neurônios e de movimento quando comparado aos demais roedores.

"Esses resultados sugerem um possível alvo para o tratamento da doença no futuro, quando descobrirmos mecanismos capazes de ativar a micróglia de maneira benéfica", disse a doutoranda Carolina Parga à assessoria de imprensa do ICB-USP. Ela é primeira autora de um artigo publicado no Journal of Neuroimmunology.

[...]

A descoberta contradiz o que os próprios pesquisadores do ICB e outros estudiosos da área haviam visto anteriormente sobre essas células. Até então acreditava-se o contrário, pois, quando elas eram bloqueadas por fármacos, os sintomas do Parkinson eram mitigados.

"A hipótese mais provável para explicar essa diferença nos resultados é a atuação dos dois fenótipos da micróglia, algo já identificado anteriormente na literatura científica. Uma característica, a positiva, que protege contra a perda neuronal, talvez se manifeste no início da doença, e a outra característica, a negativa, que impulsiona essa perda neuronal, vai predominando à medida que a doença vai evoluindo; o mesmo pode ocorrer em outras doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e algumas formas de epilepsia", detalha Luiz Roberto Giorgetti de Britto, coordenador do estudo pelo Laboratório de Neurobiologia Celular do ICB. [...]

"Isso reforça a importância de desenvolvermos formas de diagnósticos mais assertivas para as doenças neurodegenerativas, para assim chegarmos a soluções terapêuticas. Pois trata-se de doenças que podem estar ativas durante décadas antes do diagnóstico, que em geral se dá só após a manifestação de sintomas, mas sendo mitigadas pela micróglia e outros mecanismos", complementa.

MUDANÇAS GENÉTICAS

No estudo também foram identificados dois genes que podem estar relacionados à doença de Parkinson. Esses genes apresentavam menor expressão apenas nos grupos em que as micróglias foram eliminadas. "São dois genes relacionados à transmissão por dopamina [substância que influencia nossas emoções, aprendizado e locomoção, além de outras funções] entre alguns grupos de neurônios do sistema nervoso, o que sugere que a micróglia pode ser responsável pela modulação da expressão de genes que atuam nesses processos. Isso ajuda a explicar como a sua ausência resulta na perda de neurônios, o que causa a diminuição de dopamina, o fator responsável pelas alterações motoras", aponta Parga.

Esse conhecimento é promissor principalmente para a pequena parcela de casos de Parkinson e Alzheimer que tem causas genéticas, um total de 5% a 7% dos diagnósticos. "Conhecendo melhor o comportamento desses genes talvez possamos, no futuro, antecipar o diagnóstico da doença, além de propor terapias que consistem na manipulação deles", afirma Britto.

O Laboratório de Neurobiologia Celular agora se aprofunda nos resultados obtidos e nas hipóteses levantadas e também estuda as possíveis implicações da micróglia em modelos animais da doença de Alzheimer.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2023/06/ estudo-revela-novo-alvo-para-a-busca-de-terapias-contra-adoenca-de-parkinson.shtml

O texto 1 pertence ao gênero textual notícia de divulgação científica.

Um reflexo formal desse fato na superfície do texto 1 é a recorrência de:

Alternativas
Q2220922 Português
Julgue o item a seguir.

Entre as sentenças "Este é o político COM CUJAS ideias concordo”, “É interessante o tema SOBRE QUE discutimos” e “Vimos a casa À QUAL eu havia me referido”, somente um dos usos do pronome relativo destacado junto com a preposição contraria a norma gramatical. 
Alternativas
Q2217751 Português
Texto 1

[…] o município de Cunha Porã, situado na Microrregião do Oeste de Santa Catarina, possui um Polo Industrial com capacidade de instalação de 10 unidades, sendo que, até 2013, existiam 9 unidades fabris instaladas e em atividade (IBGE, 2013). Esse Polo é um dos principais responsáveis pelo alavancamento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que, até 2013, era de 0,742 e com PIB em torno R$ 240 milhões de reais. Além do IDH, o município de Cunha Porã busca melhorar os Indicadores de Desenvolvimento Municipal Sustentável (IDMS). O IDMS é uma ferramenta por meio da qual se busca quantificar o grau de desenvolvimento econômico municipal, considerando indicadores socioculturais, econômicos, ambientais e de política institucional, que medem o quão sustentável e flexível é o crescimento do município que o aplica. O IDMS de Cunha Porã é de 0,630, sendo um índice regular […].

CHRIST, L. G.; SALAZR, R. F. dos S. Disciplinarum Scientia. Série: Naturais e Tecnológicas, Santa Maria, v. 14, n. 2, p. 181-193, 2013.
Disponível em: < https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumNT/article/view/1328/1260>. Acesso em: 16 de mai. 2023. Fragmento adaptado.
Analise a frase a seguir.
“O IDMS é uma ferramenta por meio da qual se busca quantificar o grau de desenvolvimento econômico municipal, considerando indicadores socioculturais, econômicos, ambientais e de política institucional, que medem o quão sustentável e flexível é o crescimento do município que o aplica.”
Assinale a alternativa correta sobre a frase.
Alternativas
Respostas
201: B
202: A
203: E
204: A
205: E
206: E
207: A
208: C
209: C
210: B
211: C
212: D
213: C
214: A
215: C
216: B
217: C
218: D
219: C
220: E