Questões de Concurso
Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português
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Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue os itens a seguir.
Os operadores argumentativos sublinhados no trecho acima podem ser substituídos, respectivamente, sem perda de sentido em
O sentimento do barulho surge quando as sonoridades do ambiente perdem sua dimensão de sentido e se impõem como uma agressão irritante, da qual não há como se defender. Mas esse sentimento põe em relevo um contexto social e a interpretação que o indivíduo faz do ambiente sonoro em que se encontra. Às vezes o mesmo som é inversamente percebido por outra pessoa como um invólucro que lhe é indiferente. No limite, o barulho constante das ruas acaba sendo abafado, ao passo que os excessos sonoros dos vizinhos são percebidos como indesejáveis e como violações da intimidade pessoal. Os barulhos produzidos por nós mesmos não são percebidos como incômodo: eles têm um sentido. Quem faz barulho são sempre os outros.
O sentimento do barulho se difundiu, sobretudo, com o nascimento da sociedade industrial - e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada. O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas com a penetração ampliada do barulho na vida cotidiana e com uma crescente impotência para controlar os excessos. À profusão de barulhos produzidos pela cidade, à circulação incessante dos automóveis, nossas socie- dades acrescentam novas fontes sonoras com os televisores ligados e a música ambiente que toca no interior das lojas, dos cafés, dos restaurantes, dos aeroportos, como se fosse preciso afogar permanentemente o silêncio. Nesses lugares troca-se a palavra por um universo de sons que ninguém escuta, que enervam às vezes, mas que teriam o benefício de emitir uma mensagem tranquilizante. Antídoto ao medo difuso de não se ter o que dizer, infusão acústica de segurança cuja súbita ruptura provoca um desconforto redobrado, a música ambiente tornou-se uma arma eficaz contra certa fobia do silêncio. Esse persistente universo sonoro isola as conversas particulares ou encobre os devaneios, confinando cada um em seu espaço próprio, equivalente fônico dos biombos que encerram os encontros em si mesmos, criando uma intimidade pela interferência sonora assim forjada em torno da pessoa.
Nossas cidades são particularmente vulneráveis às agressões sonoras; o barulho se propaga e atravessa grandes distâncias. As operações de liquidação do silêncio existem em abundância e sitiam os lugares ainda preservados, incultos, abandonados à pura gratuidade da meditação e do silêncio. A modernidade assinala uma tentativa difusa de saturação do espaço e do tempo por uma emissão sonora sem fim. Pois, aos olhos de uma lógica produtiva e comercial, o silêncio não serve para nada, ocupa um tempo e um espaço que poderiam se beneficiar de um uso mais rentável.
A afirmativa acima:
Após tantos anos de debate, deve ser ?nalmente votado o projeto do Marco Civil da Internet. Ao longo das discussões, tornou-se ainda mais óbvia a importância da internet como meio de expressão social: são 105 milhões de internautas no Brasil e cerca de dois bilhões no mundo.
Um dos pontos básicos do projeto – e o que mais está em risco – refere-se à neutralidade de rede. Parece um conceito reservado apenas à compreensão dos técnicos, distante dos interesses dos tantos milhões de internautas, mas é o oposto. Esta é a chave para a manutenção da internet livre e aberta como tem sido até agora. Se o tratarmos como um tema para experts, sem decifrar este “enigma”, corremos o risco de deixar os detentores da infraestrutura de banda larga (as empresas telefônicas) intervir como quiserem no livre ?uxo de criação de sites e dados, mudando assim o espírito da igualdade dos conteúdos, serviços e negócios inovadores na rede.
Não é tão complicado como parece. Os serviços e redes de telecomunicações funcionam como uma malha de ruas e estradas, por onde trafegam os “carros” (os internautas) por todos os sites disponíveis (conteúdos jornalísticos, de entretenimento, além de serviços como e-mails, redes sociais etc.). As empresas telefônicas cobram dos internautas para trafegarem na internet em diferentes velocidades, de acordo com o plano que cada um quer ou pode pagar.
Segundo pesquisa da Mesuring Information Society, hoje 45% dos lares brasileiros pagam mensalidades a estas empresas de banda larga. Até aí, tudo bem: atualmente, após pagar o “pedágio”, o internauta pode trafegar livremente pelas “estradas” que preferir, com acesso a todos os serviços e conteúdos. A regra da neutralidade de redes garante que as condições de acesso aos sites sejam iguais, sem privilégio a nenhum serviço ou conteúdo. A única limitação é o limite de velocidade contratado.
Mas as empresas telefônicas, além de cobrarem dos usuários pelo limite de velocidade, querem cobrar em função de onde e o que o carro está fazendo, ou seja, querem poder intervir também na navegação dos internautas e na sua liberdade de escolha dos conteúdos, favorecendo os seus parceiros ou os que puderem pagar mais.
Por meio de mudanças aparentemente sutis no texto original do relator, buscam alterar radicalmente o espírito da internet livre. Impor barreiras ou prioridades para o acesso a determinados conteúdos é limitar a liberdade de acesso à informação. É tornar a internet uma rede limitada. Com a neutralidade é possível ao internauta alugar um “carro” com o tamanho e potência de motor que escolher, sendo-lhe reservado o direito de ir e vir. Se o lobby das empresas telefônicas prevalecer, o carro alugado circulará apenas por determinados locais de?nidos por elas, ou então mediante o pagamento de mais pedágios.
Convém não esquecer também de outra questão colocada no Marco Civil, que é a retirada dos conteúdos da internet. Hoje, quem produz e divulga conteúdos responsabiliza-se por eles, inclusive em juízo.
Quando se trata de inserção de conteúdos em plataformas de terceiros, o responsável pela plataforma é obrigado a retirar do ar um conteúdo tão logo receba uma ordem judicial com esta determinação ou, mesmo sem ordem judicial, por violação de suas políticas de uso, como é o caso de conteúdos postados que tenham conotação evidentemente criminosa, como pedo? lia. Mas algumas instituições sugerem a retirada do conteúdo mediante o simples pedido de um interessado, sem que o responsável pela plataforma tenha segurança de estar agindo da forma justa e correta.
É como se a editora de livros fosse obrigada a retirar partes de uma publicação mediante a simples comunicação por um interessado que sequer precisa ter qualquer relação de propriedade intelectual com a matéria publicada. É necessário, neste ponto, aprofundar a discussão dos requisitos mínimos para retirada de um conteúdo antes que passe a vigorar tal dispositivo, de modo a não colocar em risco valores sociais inegociáveis, como a liberdade de expressão.
Espera-se que a Câmara exerça a sua função de forma independente de interesses econômicos desmesurados, de modo que tal lei represente a vontade da sociedade, especialmente dos internautas, em prol da neutralidade. Só assim teremos a proteção de todos contra interferências das operadoras de telecomunicações no conteúdo que acessamos, sejam jornalísticos ou vídeos, redes sociais, e-mails, comércio eletrônico etc. Não vamos deixar que as empresas de telecomunicações restrinjam o desenvolvimento da internet.
EDUARDO F. PARAJO
(Adaptado de http://tecnologia.uol.com.br/)
Acerca dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os seguintes itens.
RIO DE JANEIRO - O Brasil está envelhecendo. Segundo instituições oficiais calculam, 20% da população terá mais de 60 anos em 2030. É o óbvio: vive-se mais, morre-se menos e as taxas de fecundidade estão caindo - e olhe que nunca se viram tantos gêmeos em carrinhos duplos no calçadão de Ipanema.
Em números absolutos, esperam-se perto de 50 milhões de idosos em 2030 - imagine o volume de Lexotan, Viagra e fraldas geriátricas que isso vai exigir. Não quer dizer que a maioria desses macróbios seguirá o padrão dos velhos de antigamente, que, mal passados dos 60, equipados com boina, cachecol, suéter e cobertor nas pernas, eram levados para tomar sol no parquinho.
Como a sociedade mudou muito, creio que os velhos de 2030 se parecerão cada vez mais com meus vizinhos do Baixo Vovô, aqui no Leblon - uma rede de vôlei frequentada diarmente por sexa ou septuagenários, com músculos invejáveis e capazes de saques mortíferos. A vida para eles nunca parou. Para eles, o lema é: se não se trabalha, diverte-se. Por sorte, a aceitação do velho é agora maior do que nunca.
Bem diferente de 1968 - apogeu de algo que me parecia fabri- cado, chamado “Poder Jovem” -, em que ser velho era quase uma ofensa. À idade da razão, que deveria ser a aspiração de todos, sobrepunha-se o que Nelson Rodrigues denunciava como “a razão da idade” - a juventude justificando todas as injustiças e ignomínias (como as ocorridas na China, em que velhos eram humilhados publicamente por serem velhos, durante a Revolução Cultural).
Enquanto naquela mesma época o rock era praticado por jovens esbeltos, bonitos e de longas cabeleiras, para uma plateia de rapazes e moças idem, hoje, como se viu no Rock in Rio, ele é praticado por velhos carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá.
(...) seguirá o padrão dos velhos de antigamente, que, mal passados dos 60(...) eram levados (...) (2.° parágrafo)
(...) hoje, como se viu no Rock in Rio, ele é praticado por velhos carecas,(...) (5.° parágrafo)
É correto afirmar que os termos destacados estabelecem, respectivamente, entre as orações, relações de sentido deas passagens do texto:
(Adaptado de Laurentino Gomes. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p. 207)
Reestruturando-se a frase acima de modo a substituir o elemento grifado, aquela em que se mantêm a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original é:
(Manuel Bandeira. Fragmento de Crônicas da Província do Brasil. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993. p. 449)
Muitos novos gestores ainda têm medo de ficarem mal falados pelos antigos colegas e atuais subordinados, e por isso podem adotar uma postura muito flexível e compreensiva como forma de defesa. Mas, a liderança requer novas atitudes e que estas modificam o cenário existente anteriormente. Há necessidade de um equilíbrio no novo comportamento.
(Jornal da Paraíba, 10/08/2008, caderno Concursos, p.1)
Suas falhas estão apontadas nas alternativas, EXCETO
Parafraseando um dos executivos mais sensatos que conheci no mundo profissional, “a ética é o freio da ambição”. Os seres humanos são capazes de coisas incríveis por dinheiro e poder, ______, na maioria das vezes, a ambição será mais forte que a ética, para desespero dos menos favorecidos politicamente. ________, não se deve perder a esperança, nunca. As relações na vida pessoal e profissional são difíceis, _______ o mundo evolui rapidamente. Existem líderes sensatos e organizações que conseguem conciliar os interesses,______transcendem a ambição e o lucro em nome daquilo que se convém chamar de ética, aliada ao respeito aos indivíduos. (Mendes, Jerônimo.
http://www.gestaodecarreira.com.br/ldp/etica/etica-no-trabalho.html. Acessado em 01.08.2008 )
Operações policiais expõem os métodos dos pedófilos para atrair crianças via computador
Uma dezena de ações policiais nos últimos tempos tem chamado atenção para o crime monstruoso do abuso sexual de crianças, classificado genericamente como pedofilia. Na Polícia Federal, foram seis grandes operações nos últimos três anos, sendo a mais recente a Arcanjo, realizada em Roraima no começo de junho, na qual entre os oito presos havia dois empresários, um major da PM e o procurador-geral do estado, Luciano Alves de Queiroz, exonerado após a detenção. A Polícia Federal também prendeu em plena biblioteca do Ministério do Planejamento, em Brasília, o corretor de imóveis Gusmar Lages Júnior, 45 anos, que usava os computadores à disposição do público para enviar e-mails com imagens de pornografia infantil. Na Polícia Civil de São Paulo, um pavoroso acervo de imagens de computador foi apreendido com Márcio Aurélio Toledo, 36 anos, operador de telemarketing e pai-de-santo em um terreiro de candomblé, para onde atraiu boa parte de suas vítimas.
Dono do site Orkut, um caminho pelo qual pedófilos têm circulado impunemente, o Google já abriu 3261 álbuns e páginas privadas do site e concordou em liberar outros 18330 à Comissão Parlamentar de Inquérito instalada em março para tratar do assunto. De janeiro a junho deste ano, a SaferNet Brasil, organização não-governamental que combate a pedofilia e a pornografia infantil, registrou 26626 denúncias de ação de pedófilos, quase o dobro do total do mesmo período em 2007. Na Polícia Federal, o número de inquéritos relacionados a esse tipo de crime saltou de 28, em 2000, para 165, no ano passado. Aumentou a pedofilia ou aumentou a ação da polícia? Ambas aumentaram, e o denominador comum é a internet - a rede tanto abriu um campo novo e prolífico para os pedófilos quanto expôs mais o tipo de violência que estes perpetuam, possibilitando punições mais freqüentes. “Só neste último mês recebemos 3000 denúncias, e a maior parte delas envolve a internet”, informa Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI do Senado.
A pedofilia é um transtorno sexual - a atração por crianças - que há sessenta anos, sob o número F65.4, faz parte da Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. Quando praticada, transforma-se em crime que assombra as famílias: todos sabem que são parentes ou conhecidos próximos os responsáveis pelos abusos mais freqüentes. O papel da internet nesse mundo foi, basicamente, o de facilitar o acesso a crianças e reunir em uma espécie de comunidade pessoas que, pela repugnância universal que seus atos despertam, só muito raramente tinham contato mútuo. “Na internet, o pedófilo tem a ilusão do anonimato e a sensação da impunidade.”, diz o presidente da SaferNet Brasil, Thiago Tavares. Ele atrai suas vítimas em salas de bate-papo e sistemas de comunicação popularíssimos entre crianças, como o MSN e o Orkut. Usando apelidos infantis como “vanessinha10” e “thiago8”, passa-se por criança. O terreno é fértil: em maio, pesquisa do Ibope/NetRatings constatou que, de 23 milhões de pessoas que acessaram 43 bilhões de páginas na internet, 2 milhões tinham entre 6 e 11 anos. Freqüentemente, o pedófilo se integra a sites fechados para troca de pornografia - cenas mais explícitas chegam a custar o equivalente a 150 reais, pagos com cartão de crédito internacional - e até de justificativas distorcidas para seu transtorno. “A internet estimula a ação do pedófilo porque é lá que ele encontra seus semelhantes”, avalia Sérgio Suiama, coordenador do grupo de combate aos crimes de internet do Ministério Público de São Paulo.
Em casos de pedofilia fora da esfera familiar, é comum que os pais sejam os últimos a saber. “Os pais têm dificuldade de entender os sinais que os filhos passam. Se a criança tenta contar, eles duvidam dela. Não fazem isso por maldade, mas porque é difícil acreditar que uma pessoa tão próxima esteja fazendo algo tão cruel com alguém tão indefeso, diz a psicóloga Daniela Pedroso, 34 anos, que há dez anos atende crianças vítimas de violência sexual no Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Em 2007, 805 meninas e meninos de até 12 anos foram encaminhados ao serviço, que recebe, em média, setenta novas crianças por mês e utiliza brincadeiras e desenhos no diagnóstico e no tratamento das pequenas vítimas. Apesar do estigma, ainda existe certa tolerância cultural em determinados meios, em especial quando as pequenas vítimas são muito pobres e os criminosos dispõem de algum tipo de poder. “No Brasil, a pedofilia anda nas colunas sociais, tem mandato, veste toga, tem patente, anda com a Bíblia e reza o terço. É um monstro pior do que o narcotráfico”, alerta, o senador Malta. Cadeia e execração social parecem pouco para os perpetuadores desse tipo de crime, mas são os instrumentos de que a sociedade dispõe para puni-los. Sempre.
Sandra Brasil - Revista Veja, 16 de julho de 2008. p. 148-150 (Adaptação)
Sílvia Freire
Folha On Line (27 de junho de 2008)
A auditoria na folha de pagamento do TJ-MA foi realizada em abril de 2007, a pedido do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a partir de denúncias de irregularidade apresentadas pela Amma (Associação dos Magistrados do Maranhão) sobre contratação de servidores comissionados.
Entre as irregularidades encontradas pelos técnicos do TCU está a permanência de 224 servidores na folha de pagamento mesmo depois de exonerados. Alguns deles eram parentes de magistrados e de diretores do tribunal que deixaram os cargos com base na resolução do CNJ, que proibiu o nepotismo no Judiciário. Foram detectados também gratificações irregulares, duplicidade em remunerações, pagamento de adicional de insalubridade a servidores inativos e inclusão de 15 servidores fantasmas na folha.
O PCA (Processo de Controle Administrativo) instaurado no CNJ para investigar a denúncia foi analisado pelos conselheiros na última terça-feira. Segundo o acórdão do relator, conselheiro Felipe Locke Cavalcanti, aprovado pelos demais conselheiros, os desembargadores que presidiam o TJ no período no qual foram encontradas as irregularidades já estão aposentados e não podem ser punidos pelo CNJ.
O acórdão, no entanto, determinou que o relatório do TCU seja encaminhado ao Ministério Público do Estado para apuração de possíveis crimes contra a administração pública. "São graves as denúncias e claro prejuízo ao erário causado. Há também inúmeros vestígios que sugerem a participação dos então presidentes do Tribunal de Justiça", diz um trecho do acórdão.
Para o juiz Gervásio Protásio, presidente da Amma, o dinheiro pago irregularmente a servidores poderia ter sido usado para reduzir as carências estruturais do Judiciário maranhense. "Todos os desvios administrativos têm reflexo na prestação de serviço jurisdicional. O Maranhão tem muita dificuldade para executar um serviço de excelência por falta de estrutura. Temos comarcas sem internet, com dificuldade de transporte e com falta de material de expediente", disse o juiz.
Segundo a assessoria de imprensa do TJ-MA, o desembargador Raimundo Cutrim, atual presidente do tribunal, deverá se manifestar hoje sobre o acórdão do CNJ.
(Adaptado de http://www.jusbrasil.com.noticias/38373, acessado em 22 de julho de 2008
Assinale a alternativa que explica o valor do uso de “no entanto” (5º §) no texto em análise:
No fragmento acima, extraído do Texto 2, os vocábulos em destaque introduzem, respectivamente, as ideias de .
Embora os limites entre esses blocos não sejam marcados por conectores, seria possível realizar essa demarcação, incluindo um conectivo de valor adversativo no início do:
a. Durante séculos, antes da Reforma, a veneração de relíquias sagradas tinha sido um elemento importante do culto católico (ideia mais importante).
b. Acreditava-se que os objetos usados por Cristo, pela Virgem e pelos santos possuíssem uma milagrosa virtude curativa ou protetora para qualquer pessoa que os tocasse ou lhes chegasse perto (causa de d).
c. Era inevitável que tal crença desse ensejo a inúmeras fraudes (consequência de a).
d. Muitos negociantes de relíquias se beneficiavam dessas fraudes (atributo do objeto indireto do verbo dar na frase c).