Questões de Concurso
Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português
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As questões de 01 a 10 referem-se ao texto a seguir.
O que as mulheres querem
Por Natalia Pasternak
Maternidade e carreira são temas de discussão em diversas áreas. Diferentes estudos científicos, analisando como as diferenças de gênero influenciam a vida acadêmica, chegaram a conclusões similares: ter filhos impacta muito mais a carreira científica das mulheres do que dos homens.
Estudos comparando homens com e sem filhos, e mulheres com e sem filhos, mostram que, para os homens, a decisão de ser pai passa quase despercebida em termos de impacto na carreira, enquanto, para as mulheres, traz um excesso de novas obrigações e complicações, incluindo a misoginia implícita que favorece mulheres sem filhos, porque o senso-comum acredita que o comprometimento da cientista com a ciência, uma vez que vira mãe, fica “dividido”.
Pesquisas feitas na pandemia mostraram que a sobrecarga de tarefas domésticas no período de isolamento, e com as crianças em casa, afetou muito mais a produtividade cientifica de mulheres. Há uma pressão social muito maior sobre as mulheres para que sejam responsáveis pela criança e pela casa. Some-se a isso o fato de que, em grande parte das carreiras científicas, os horários de trabalho não são nada convencionais. Trabalhar mais do que 48 horas semanais, e aos fins de semana, é rotina.
Na fantasia meritocrática, o fardo dos filhos deve ser estoicamente suportado por quem escolhe tê-los. Na realidade patriarcal, o fardo recai preferencialmente sobre a mulher. Quando realidade e fantasia se encontram, temos a carreira prejudicada pela maternidade convertida em “fato da vida”: ninguém mandou a mulher gostar mais de bebê do que de ciência.
Já os homens (no estado atual da tecnologia ainda indispensáveis para a reprodução da espécie) têm o privilégio de gostar tanto de bebês quanto de ciência, e não sofrer nada com isso. Não é “fato da vida”. É problema social que pode – e deve – ser resolvido com políticas públicas adequadas. Garantir que as oportunidades de ingresso e progressão de carreira sejam igualitárias deve levar em conta a questão da maternidade, e de como esta escolha “atrapalha”. Afinal, é a existência dos filhos que atrapalha? Ou a falta de estrutura e políticas adequadas?
A fala recente do presidente do CNPq Ricardo Galvão, queixando-se do movimento Parent in Science, que pede ações afirmativas e melhores condições de trabalho e progressão na carreira para mulheres cientistas, e o vazamento, também recente, de um parecer da mesma instituição que imputava a falta de experiência internacional de uma pesquisadora às suas duas gestações, chamaram atenção para o confortável aconchego com que a fantasia meritocrática e a realidade machista convivem ainda na academia brasileira.
Deveríamos pôr esse senso-comum informado por preconceitos de lado e concentrar a atenção em resolver o que realmente “atrapalha”. Falta de creche atrapalha. Falta de sala de amamentação em congresso atrapalha. Falta de licença compartilhada para ambos os genitores atrapalha. Falta de horas adequadas de trabalho para famílias com crianças pequenas atrapalha. Falta de treinamento para entender vieses cognitivos e machismo estrutural atrapalha – e rende pareceres carregados de machismo.
Para que a maternidade pare de “atrapalhar” a carreira das mulheres cientistas, precisamos garantir que estas questões sejam discutidas, e políticas públicas adequadas sejam implementadas. As mulheres não querem confete nem “privilégios”. Querem oportunidades, estrutura e avaliações adequadas à realidade. Querem ter o direito de balancear carreira e família sem que recaia sobre elas toda a responsabilidade de ambas. As mulheres concordam que maternidade “atrapalha”. Mas sabem que a culpa não é dos filhos. É da misoginia.
Disponível em: <https://oglobo.globo.com/blogs/a-hora-da-ciencia/post/2024/02/o-que-as-mulheres-querem.ghtml>. Acesso em: 18 de mar. de 2024. [Adaptado]
No início do último parágrafo, a locução conjuntiva “para que” é utilizada com o objetivo de interligar
Autoridades e cientistas irlandeses estão intrigados após a descoberta de um peixe Pacu, nativo da Amazônia, em um lago no interior da Irlanda.
O peixe de aproximadamente 2 quilos foi encontrado pelo empresário Steve Clinch, de 68 anos, pescador veterano e dono de uma pousada de pesca da região. Clinch explicou que o peixe não foi capturado por ele, mas encontrado já sem vida ___ margens do lago. "Parece que ele foi colocado vivo e, posteriormente, morreu. Eu simplesmente o retirei e relatei às autoridades locais, que o levaram para inspeção, considerando ser uma espécie _________ da região", afirmou.
O Lago Garadice fica no interior da Irlanda, a 140 quilômetros da capital Dublin. O lago é relativamente pequeno, de cerca quatro quilômetros quadrados, mas é conhecido por sua beleza cênica e atividades recreativas como pesca e passeios de barco. Os peixes de água doce comuns na região são de pequeno e médio portes como as espécies Truta-marrom, Lúcio, Roquete e Perca.
O Inland Fisheries Ireland, instituto irlandês responsável pela proteção, gestão e conservação dos recursos de água doce e de pesca na Irlanda, iniciou uma investigação. Segundo o Instituto o peixe está refrigerado em um laboratório para análise dos restos mortais.
Embora não haja uma proibição absoluta da criação de peixes não nativos, as autoridades irlandesas adotam medidas para controlar o cultivo de espécies consideradas exóticas, ________ de proteger os ecossistemas aquáticos e a biodiversidade local.
Em nota enviada ___ reportagem, o Ibama afirmou que, em pesquisa feita pela Coordenação de Comércio Exterior do órgão, não foram identificadas exportações de peixes nativos do Brasil para a Irlanda nos últimos 12 meses.
Clara Franco – BBC News Brasil. Adaptado.
As palavras sublinhadas no texto são:
Leia o texto a seguir:
Vítima de pólio vive dentro de pulmão de aço há 70 anos e viraliza no TikTok
Pessoa que está há mais tempo dentro do aparelho no mundo, Paul Alexander se formou em advocacia e escreveu um livro sobre sua história
Com 77 anos, Paul Alexander é o paciente que vive há mais tempo dentro de um pulmão de aço, também chamado de pulmão de ferro, segundo o Guinness World Records. Vítima de uma paralisia dos músculos do peito decorrente da poliomielite, Paul precisou ser colocado no aparelho ainda em 1952, quando tinha apenas 6 anos de idade.
Agora, com o perfil “ironlungman” (“homem pulmão de aço”), o morador de Dallas, nos Estados Unidos, viraliza no TikTok com vídeos sobre como foi crescer dentro da máquina e a sua rotina hoje em dia. Na primeira postagem, que conta com mais de 25 milhões de visualizações, Paul falou que, embora viva há mais de 70 anos no aparelho, fez faculdade, escreveu um livro e tem sonhos como qualquer outra pessoa.
— Em 1952, durante uma epidemia de poliomielite, contraí a doença e estou paralisado desde então. E vivo num pulmão de aço porque não consigo respirar sozinho. Fui para a escola com o meu pulmão de aço, agora sou advogado, exerci a advocacia durante 30 anos, escrevi um livro e o divulguei ao mundo sobre mim e a minha poliomielite, e milhões de pessoas sabem o meu nome hoje. Tenho objetivos e sonhos de fazer mais algumas coisas (...) — disse.
Na publicação, ele passa uma mensagem ainda para todas as crianças que não se vacinaram contra a doença: — Quero falar ao mundo sobre a poliomielite e sobre as milhões de crianças que não estão protegidas contra a poliomielite, que precisam ser protegidas antes que haja outra epidemia.
Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/2024/02/02/vitima-de-polio-vive-dentro-de-pulmao-de-aco-ha-70-anos-e-viraliza-no-tiktok.ghtml?utm_source=Facebook&utm_ medium=Social&utm_campaign=OGlobo. Acesso em: 03 fev. 2024.
Em “Na primeira postagem, que conta com mais de 25 milhões de visualizações, Paul falou que, embora viva há mais de 70 anos no aparelho, fez faculdade, escreveu um livro e tem sonhos como qualquer outra pessoa” (2.º parágrafo), o conectivo destacado veicula o sentido de:
Leia o texto a seguir:
Vítima de pólio vive dentro de pulmão de aço há 70 anos e viraliza no TikTok
Pessoa que está há mais tempo dentro do aparelho no mundo, Paul Alexander se formou em advocacia e escreveu um livro sobre sua história
Com 77 anos, Paul Alexander é o paciente que vive há mais tempo dentro de um pulmão de aço, também chamado de pulmão de ferro, segundo o Guinness World Records. Vítima de uma paralisia dos músculos do peito decorrente da poliomielite, Paul precisou ser colocado no aparelho ainda em 1952, quando tinha apenas 6 anos de idade.
Agora, com o perfil “ironlungman” (“homem pulmão de aço”), o morador de Dallas, nos Estados Unidos, viraliza no TikTok com vídeos sobre como foi crescer dentro da máquina e a sua rotina hoje em dia. Na primeira postagem, que conta com mais de 25 milhões de visualizações, Paul falou que, embora viva há mais de 70 anos no aparelho, fez faculdade, escreveu um livro e tem sonhos como qualquer outra pessoa.
— Em 1952, durante uma epidemia de poliomielite, contraí a doença e estou paralisado desde então. E vivo num pulmão de aço porque não consigo respirar sozinho. Fui para a escola com o meu pulmão de aço, agora sou advogado, exerci a advocacia durante 30 anos, escrevi um livro e o divulguei ao mundo sobre mim e a minha poliomielite, e milhões de pessoas sabem o meu nome hoje. Tenho objetivos e sonhos de fazer mais algumas coisas (...) — disse.
Na publicação, ele passa uma mensagem ainda para todas as crianças que não se vacinaram contra a doença: — Quero falar ao mundo sobre a poliomielite e sobre as milhões de crianças que não estão protegidas contra a poliomielite, que precisam ser protegidas antes que haja outra epidemia.
Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/2024/02/02/vitima-de-polio-vive-dentro-de-pulmao-de-aco-ha-70-anos-e-viraliza-no-tiktok.ghtml?utm_source=Facebook&utm_ medium=Social&utm_campaign=OGlobo. Acesso em: 03 fev. 2024.
Em “Com 77 anos, Paul Alexander é o paciente que vive há mais tempo dentro de um pulmão de aço, também chamado de pulmão de ferro, segundo o Guinness World Records” (1.º parágrafo), as palavras destacadas são respectivamente classificadas, no contexto de uso, como:
Leia o texto para responder às questões de 1 a 06.
Sonda chinesa identifica mineral inédito na Lua
As crateras lunares são resultado da colisão entre a Lua e objetos celestiais, como asteroides e cometas. O impacto é rápido, envolvendo alta velocidade, pressão e temperatura. O fenômeno, além de alterar o relevo da superfície do satélite natural da Terra, também é responsável por mudanças na composição mineral do solo lunar, chamado de regolito. Por isso, uma das formas de estudar o passado da Lua consiste em analisar os minerais que compõem a sua superfície. Recentemente, a missão chinesa Chang'e-5 retornou para a Terra com 1,73 kg de regolito, fornecendo novos materiais para a investigação da história do nosso satélite natural.
Os pesquisadores identificaram um novo mineral lunar, o Changesite-(Y), bem como minerais do grupo dos silicatos em uma combinação considerada “desconcertante”. As amostras foram coletadas em uma região denominada Oceanus Procellarum. Tais descobertas foram descritas em artigo publicado na revista Matter and Radiation at Extremes na última terça-feira (6).
De acordo com as estimativas dos cientistas, a colisão de objetos celestiais que resultou nas amostras teve uma pressão máxima entre 11 e 40 GPa e uma duração de 0,1 a 1 segundo. A cratera gerada na Lua pode ter entre 3 e 32 km de largura.
O novo mineral Changesite-(Y) pertence ao grupo dos fosfatos e é caracterizado por colunas de cristais transparentes, sem cor. A combinação dos silicatos, por sua vez, inclui a seifertita e a estishovita — ambas quimicamente similares ao quartzo, mas com estruturas cristalinas distintas.
O fragmento que contém seifertita e estishovita surpreendeu os pesquisadores, uma vez que esses minerais, teoricamente, só coexistiriam em pressões muito mais elevadas do que as da amostra. “Embora a superfície da Lua esteja coberta por dezenas de milhares de crateras de impacto, minerais de alta pressão são incomuns em amostras lunares”, afirma a pesquisadora e autora do estudo Wei Du em nota. “Uma das possíveis explicações para isso é que a maioria dos minerais de alta pressão são instáveis em altas temperaturas.”
No caso da amostra coletada pela missão Chang'e-5, levantou-se a hipótese de que a presença de um terceiro polimorfo dos silicatos, a o-cristobalita, pode ter sido importante para viabilizar a combinação de seifertita e estishovita.
“A seifertita pode ter se formado a partir da acristobalita durante o processo de compressão, e uma parte da amostra se transformou em estishovita durante o subsequente processo de elevação de temperatura”, propõe Du.
Revista Galileu. Disponível em<https:/'revistagalileu.globo .com/ciencia/espaco/noticia/2024/02/sonda-chinesa-identifica-mineral-inedito-na-lua .ghtm]>
Considere o excerto: “Embora a superficie da Lua esteja coberta por dezenas de milhares de crateras de impacto, minerais de alta pressão são incomuns em amostras lunares”. Nesse contexto, a oração introduzida pelo vocábulo “embora” classifica-se, segundo a norma gramatical, como:
Leia a tirinha a seguir para responder às questões de 11 a 16.
Watterson, B. Calvin e Haroldo, 1988.
A expressão “contanto que”, que ocorre no quarto quadrinho, é uma locução conjuntiva que exprime um sentido de:
Leia a tirinha a seguir para responder às questões de 11 a 16.
Watterson, B. Calvin e Haroldo, 1988.
A palavra “felizmente”, que ocorre no terceiro quadrinho, pertence à classe gramatical:
A importância da arte e da arte de resistir no ano da pandemia
Por Milena Schäfer
- O encontro pelas telas marcou 2020 e com o fazer artístico não foi diferente. O olhar foi
- intermediado pela câmera, o aplauso deu lugar aos emojis, e todas as camadas da subjetividade
- dos encontros acomodaram-se, em tom de ur....ência, no enquadramento audiovisual.
- Para quem encontra na arte o sentido da vida e vive com o sustento de cada apresentação,
- parar realmente não foi uma opção. No desenrolar dessa cena trá....ica, os artistas também
- foram duramente impactados, mas não nos abandonaram. Alguns ligaram as câmeras pela
- primeira vez e confirmaram que a presença virtual, embora não seja ideal, é melhor do que a
- ausência. Sob espetáculos cancelados, teatros interditados e luzes apagadas, a arte não
- silenciou. Pelo contrário, cantou feito cigarra, espalhando-se a ponto de atingir o tão merecido
- status de "e....encial".
- A importância da arte para a sobrevivência da espécie humana não é novidade, mas virou
- certeza absoluta nos meses de isolamento. Sozinha, em um apartamento cheio de vazio, vi cada
- canto ser suavemente preenchido pelas obras que pude acessar. Não foi uma, nem 20; foram
- incontáveis as vezes que encontrei no botão de play a salvação para suportar dias tão difíceis.
- Que atire a primeira pedra quem foi capaz de ficar sem ler um livro, escutar uma música ou
- assistir ___ uma livezinha sequer. Pois é, 2020 foi o ano das lives.
- Quem foi que disse que as cigarras não trabalham? Mesmo paralisadas, muitas conseguiram
- sair da casca, alçando voos. Disseminaram-se pela rede online as oficinas, os ensaios remotos,
- os espetáculos e os shows filmados. O caos também foi inspiração para criar, gerou uma
- necessidade ainda maior de expressar. Financiamentos coletivos deram visibilidade ___ arte
- periférica.
- No acesso facilitado pelo controle remoto, algumas plateias tornaram-se, até mesmo, mais
- numerosas do que antes. No acesso facilitado ___ plataformas digitais, a cena cultural, que já
- era potente, ganhou mais diversidade. E as comunidades começaram a se ver, a
- reconhecerem-se de verdade.
- No "Ano das Trevas", renascemos a cada dia inspirados por músicas, coreografias, imagens,
- histórias e representações. Tudo feito por estas cigarras que, na concepção de cada obra,
- também nos ensinam a arte de resistir.
(Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/cultura-e-lazer/noticia/2020/12/a-importancia-da-arte-e-da-arte-de-resistir-no-ano-da-pandemia-ckj2tgvgg000p017whdowgm1m.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta palavra ou expressão que possa substituir corretamente a conjunção “embora” (l. 07) sem causar alteração ao sentido ou à estrutura do trecho do texto em que ocorre.
Senna: ídolo das pistas
Por Adriano Lesme
- Ayrton Senna da Silva, ou simplesmente Senna, foi um piloto de Fórmula 1 das décadas de
- 80 e 90 e maior ídolo brasileiro do automobilismo. Nasceu em São Paulo, no dia 21 de março de
- 1960, e morreu de maneira trágica em 1º de maio de 1994, após colidir com uma mureta de
- proteção no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola. Seu velório foi um dos mais marcantes da
- história do Brasil, durou cerca de 22 horas e foi acompanhado por aproximadamente 240 mil
- pessoas.
- A ca__eira de Senna no automobilismo começou como a da maioria dos pilotos: no kart.
- Aos quatro anos, Ayrton ganhou o seu primeiro kart, construído pelo seu pai. O motor foi tirado
- de um cortador de grama, mas chegava aos 60 km/h, bastante veloz para uma criança.
- O acidente de Senna é um dos episódios mais tristes da história do esporte, mas sua morte
- foi responsável por uma revolução na segurança da Fórmula 1. Os carros ficaram muito mais
- seguros e nenhum acidente fatal aconteceu por quase 20 anos.
- O maior legado de Senna é o Instituto Ayrton Senna, organização sem fins lucrativos que
- beneficia mais de 1,5 milhão de crianças brasileiras por ano, por meio da formação de
- educadores, projetos educacionais e parcerias com escolas públicas.
- A trajetória de Ayrton Senna no automobilismo foi de grande suce__o, o piloto foi
- tricampeão mundial da Fórmula 1, ganhando o título em 1988, 1990 e 1991. Em 2024 completa
- 30 anos de morte do ídolo brasileiro, um herói que segue na memória e no coração dos
- brasileiros.
(Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/airton-senna-silva.htm. – texto adaptado especialmente para esta prova).
Sobre o trecho abaixo, assinale a alternativa que poderia substituir, sem prejuízo de sentido, a conjunção em destaque.
“O motor foi tirado de um cortador de grama, mas chegava aos 60 km/h, bastante veloz para uma criança”.
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda as questões de 01 a 08:
O homem cuja orelha cresceu – Conto de Ignácio de Loyola Brandão
Estava escrevendo, sentiu a orelha pesada. Pensou que fosse cansaço, eram 11 da noite, estava fazendo hora extra. Escriturário de uma firma de tecidos, solteiro, 35 anos, ganhava pouco, reforçava com extras. Mas o peso foi aumentando e ele percebeu que as orelhas cresciam. Apavorado, passou a mão. Deviam ter uns dez centímetros. Eram moles, como de cachorro. Correu ao banheiro. As orelhas estavam na altura do ombro e continuavam crescendo. Ficou só olhando. Elas cresciam, chegavam a cintura. Finas, compridas, como fitas de carne, enrugadas. Procurou uma tesoura, ia cortar a orelha, não importava que doesse. Mas não encontrou, as gavetas das moças estavam fechadas. O armário de material também. O melhor era correr para a pensão, se fechar, antes que não pudesse mais andar na rua. Se tivesse um amigo, ou namorada, iria mostrar o que estava acontecendo. Mas o escriturário não conhecia ninguém a não ser os colegas de escritório. Colegas, não amigos. Ele abriu a camisa, enfiou as orelhas para dentro. Enrolou uma toalha na cabeça, como se estivesse machucado.
Quando chegou na pensão, a orelha saia pela perna da calça. O escriturário tirou a roupa. Deitou-se, louco para dormir e esquecer. E se fosse ao médico? Um otorrinolaringologista. A esta hora da noite? Olhava o forro branco. Incapaz de pensar, dormiu de desespero.
Ao acordar, viu aos pés da cama o monte de uns trinta centímetros de altura. A orelha crescera e se enrolara como cobra. Tentou se levantar. Difícil. Precisava segurar as orelhas enroladas. Pesavam. Ficou na cama. E sentia a orelha crescendo, com uma cosquinha. O sangue correndo para lá, os nervos, músculos, a pele se formando, rápido. Às quatro da tarde, toda a cama tinha sido tomada pela orelha. O escriturário sentia fome, sede. Às dez da noite, sua barriga roncava. A orelha tinha caído para fora da cama. Dormiu.
Acordou no meio da noite com o barulhinho da orelha crescendo. Dormiu de novo e quando acordou na manhã seguinte, o quarto se enchera com a orelha. Ela estava em cima do guarda-roupa, embaixo da cama, na pia. E forçava a porta. Ao meio-dia, a orelha derrubou a porta, saiu pelo corredor. Duas horas mais tarde, encheu o corredor. Inundou a casa. Os hóspedes fugiram para a rua. Chamaram a polícia, o corpo de bombeiros. A orelha saiu para o quintal. Para a rua.
Vieram os açougueiros com facas, machados, serrotes. Os açougueiros trabalharam o dia inteiro cortando e amontoando. O prefeito mandou dar a carne aos pobres. Vieram os favelados, as organizações de assistência social, irmandades religiosas, donos de restaurantes, vendedores de churrasquinho na porta do estádio, donas de casa. Vinham com cestas, carrinhos, carroças, camionetas. Toda a população apanhou carne de orelha. Apareceu um administrador, trouxe sacos de plástico, higiênicos, organizou filas, fez uma distribuição racional.
E quando todos tinham levado carne para aquele dia e para os outros, começaram a estocar. Encheram silos, frigoríficos, geladeiras. Quando não havia mais onde estocar a carne de orelha, chamaram outras cidades. Vieram novos açougueiros. E a orelha crescia, era cortada e crescia, e os açougueiros trabalhavam. E vinham outros açougueiros. E os outros se cansavam. E a cidade não suportava mais carne de orelha. O povo pediu uma providência ao prefeito. E o prefeito ao governador. E o governador ao presidente.
E quando não havia solução, um menino, diante da rua cheia de carne de orelha, disse a um policial: “Por que o senhor não mata o dono da orelha?”
Fonte <https://contobrasileiro.com.br/o-homem-cuja-orelha-cresceu-conto-de-ignacio-de-loyola-brandao/>. Acesso em 16/02/2024. Com adaptações.
“E se fosse ao médico?” (2º parágrafo). Dentre as opções a seguir, a única que substituiria corretamente a conjunção sublinhada é:
Katherine Johnson
Por Rachel Ignotofsky
01 Nasceu em 1918, na Virgínia Ocidental, e sempre gostou de aprender e de matemática, era
02 uma ótima aluna e se matriculou na Universidade West Virgínia State College quando tinha apenas
03 15 anos. Katherine achava que ia ser professora de matemática ou enfermeira, como as outras
04 mulheres que conhecia, até entrar na faculdade e conhecer seu professor, o famoso matemático
05 W. W. Schieffelin Claytor. Ele inspirou Katherine a se tornar pesquisadora em matemática e a
06 ajudou a escolher as disciplinasde que precisava para atingir esse objetivo.
07 Aos 18 anos, Katherine se formou na faculdade. Era o auge de Grande Depressão e os
08 empregos eram poucos, então ela foi lecionar no Ensino Médio. Na década de 1950, a Nasa
09 começou a ter mais vagas para mulheres afro-americanas que fossem “computadores humanos”
10 e, logo que ela se candidatou, conseguiu um emprego. Katherine queria conhecer todos os detalhes
11 daquilo em que estava trabalhando, porém ela não tinha permissão para participar de reuniões.
12 Então, perguntou se era contra __ lei que uma mulher assistisse a uma reunião: sua coragem e
13 sua curiosidade deram resultado, e ela foi incluída. O cálculo de planos de voo envolvia equações
14 de geometria complexas, e Katherine era extremamente boa nelas. Ela foi transferida para
15 trabalhar no projeto Mercury, de 1961, e conseguiu calcular a janela de lançamento.
16 Sua habilidade com matemática era incrível, e ela logo se tornou uma líder no cálculo de
17 trajetórias, sendo uma parte essencial da equipe que calculou a rota para a primeira missão
18 tripulada __ Lua, em 1969. Ela fez a maior parte dos cálculos do projeto e ficou encarregada de
19 verificar as contas dos novos computadores mecânicos da Nasa. A matemática tinha de ser perfeita
20 para que os tripulantes da nave Apolo voltassem __ Terra em segurança. A missão Apolo foi um
21 sucesso, e as importantes contribuições de Katherine a tornaram possível.
22 Mais tarde, ela trabalhou em muitos projetos importantes da Nasa, inclusive no programa dos
23 ônibus espaciais e nos planos para a missão a Marte. O trabalho dela ajudou os astronautas a
24 visitar as estrelas e retornar em segurança.
25 Katherine se aposentou em 1986, depois de trinta e três anos de trabalho, entretanto, o
26 reconhecimento só veio oficialmente em 2015, quando ela recebeu a Medalha Presidencial da
27 Liberdade – a maior condecoração que um civil pode receber nos EUA – das mãos de Barack
28 Obama. Em maio de 2016, a NASA inaugurou uma central de pesquisa batizada com seu nome.
29 Katherine Johnson faleceu em fevereiro de 2024, aos 101 anos de idade. O filme Hidden Figures
30 ('Estrelas Além do Temp") o baseado na história de Katherine e outras duas matemáticas,
31 Dorothy Vaughn e Mary Jackson, estreou em 2016.
(Disponível em: www.mtciencias.com.br/mulheres/katherine-johnson%E2%80%8B/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
o trecho “Katherine se aposentou em 1986, depois de trinta e três anos de trabalho, entretanto, o reconhecimento só veio oficialmente em 2015, quando ela recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade”, as palavras em destaque são classificadas, respectivamente, como:
Katherine Johnson
Por Rachel Ignotofsky
01 Nasceu em 1918, na Virgínia Ocidental, e sempre gostou de aprender e de matemática, era
02 uma ótima aluna e se matriculou na Universidade West Virgínia State College quando tinha apenas
03 15 anos. Katherine achava que ia ser professora de matemática ou enfermeira, como as outras
04 mulheres que conhecia, até entrar na faculdade e conhecer seu professor, o famoso matemático
05 W. W. Schieffelin Claytor. Ele inspirou Katherine a se tornar pesquisadora em matemática e a
06 ajudou a escolher as disciplinasde que precisava para atingir esse objetivo.
07 Aos 18 anos, Katherine se formou na faculdade. Era o auge de Grande Depressão e os
08 empregos eram poucos, então ela foi lecionar no Ensino Médio. Na década de 1950, a Nasa
09 começou a ter mais vagas para mulheres afro-americanas que fossem “computadores humanos”
10 e, logo que ela se candidatou, conseguiu um emprego. Katherine queria conhecer todos os detalhes
11 daquilo em que estava trabalhando, porém ela não tinha permissão para participar de reuniões.
12 Então, perguntou se era contra __ lei que uma mulher assistisse a uma reunião: sua coragem e
13 sua curiosidade deram resultado, e ela foi incluída. O cálculo de planos de voo envolvia equações
14 de geometria complexas, e Katherine era extremamente boa nelas. Ela foi transferida para
15 trabalhar no projeto Mercury, de 1961, e conseguiu calcular a janela de lançamento.
16 Sua habilidade com matemática era incrível, e ela logo se tornou uma líder no cálculo de
17 trajetórias, sendo uma parte essencial da equipe que calculou a rota para a primeira missão
18 tripulada __ Lua, em 1969. Ela fez a maior parte dos cálculos do projeto e ficou encarregada de
19 verificar as contas dos novos computadores mecânicos da Nasa. A matemática tinha de ser perfeita
20 para que os tripulantes da nave Apolo voltassem __ Terra em segurança. A missão Apolo foi um
21 sucesso, e as importantes contribuições de Katherine a tornaram possível.
22 Mais tarde, ela trabalhou em muitos projetos importantes da Nasa, inclusive no programa dos
23 ônibus espaciais e nos planos para a missão a Marte. O trabalho dela ajudou os astronautas a
24 visitar as estrelas e retornar em segurança.
25 Katherine se aposentou em 1986, depois de trinta e três anos de trabalho, entretanto, o
26 reconhecimento só veio oficialmente em 2015, quando ela recebeu a Medalha Presidencial da
27 Liberdade – a maior condecoração que um civil pode receber nos EUA – das mãos de Barack
28 Obama. Em maio de 2016, a NASA inaugurou uma central de pesquisa batizada com seu nome.
29 Katherine Johnson faleceu em fevereiro de 2024, aos 101 anos de idade. O filme Hidden Figures
30 ('Estrelas Além do Temp") o baseado na história de Katherine e outras duas matemáticas,
31 Dorothy Vaughn e Mary Jackson, estreou em 2016.
(Disponível em: www.mtciencias.com.br/mulheres/katherine-johnson%E2%80%8B/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
A conjunção “e” (l. 18) une as orações garantindo sentido de _____________ entre ideias.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
Na frase “O pai chegou cansado do trabalho, mas deu atenção ao filho.”, qual das seguintes palavras NÃO poderia ser empregada no lugar da palavra sublinhada de forma a estabelecer o mesmo sentido?
IBM e Nasa se aliam para aplicar IA ao estudo do clima
A conjunção sublinhada no período acima apresenta valor de
I. O verbo “temos”, no texto, assinala um sujeito oculto.
II. O uso do pronome “onde”, no texto, está equivocado, pois o mesmo deve indicar lugar.
III. A conjunção “mas” estabelece ideia de oposição ao último período do parágrafo anterior.
IV. A palavra “intacta” é um adjetivo que qualifica o termo “essa engrenagem”.
V. Os dois pontos foram colocados antes de um aposto enumerativo.
VI. Em “essa engrenagem”, o pronome “essa” estabelece a relação coesiva de sinonímia.
Está correto o que se afirma em
O Texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 15.
Texto 1:
Crise nos programas de licenciatura
Uma medida paliativa vem ocorrendo com frequência cada vez maior em escolas públicas e privadas de todo o país. Muitos estudantes estão finalizando o ano letivo de 2023 sem ter tido aulas de física ou sociologia com professores habilitados para ministrar essas disciplinas. Diante da ausência de candidatos para ocupar as docências, as escolas improvisam e colocam profissionais formados em outras áreas para suprir lacunas no ensino fundamental II e no ensino médio. A medida tem se repetido em diferentes estados e municípios brasileiros, como mostram dados de estudo inédito realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep): em Pernambuco, por exemplo, apenas 32,4% das docências em física no ensino médio são ministradas por licenciados na disciplina, enquanto no Tocantins o valor equivalente para a área de sociologia é de 5,4%. Indicativo da falta de interesse dos jovens em seguir carreira no magistério, o número de concluintes de licenciaturas em áreas específicas passou de 123 mil em 2010 para 111 mil em 2021. Esse conjunto de dados indica que o país vivencia um quadro de apagão de professores. Para reverter esse cenário, pesquisadores fazem apelo e defendem a urgência da criação de políticas de valorização da carreira docente e a adoção de reformulações curriculares.
“O apagão das licenciaturas é uma realidade que nos preocupa”, afirma Marcia Serra Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretora de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). As licenciaturas em áreas específicas são cursos superiores que habilitam os concluintes a dar aulas nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio na área do conhecimento em que se formaram. Dados do último Censo da Educação Superior do Inep, autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), divulgados no ano passado, mostram que desde 2014 a quantidade de ingressantes em licenciaturas presenciais está caindo, assim como ocorre em cursos a distância desde 2021. “As áreas mais preocupantes são as de ciências sociais, música, filosofia e artes, que apresentaram as menores quantidades de matrículas em 2021, e as de física, matemática e química, que registraram as maiores taxas de desistência acumulada na última década”, assinala Ferreira.
Dados do Inep disponíveis no Painel de Monitoramento do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam que, em 2022, cerca de 59,9% das docências do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e de 67,6% daquelas oferecidas no ensino médio eram ministradas por professores qualificados na área do conhecimento. Ao analisar os números, o pedagogo e professor de educação física Marcos Neira, pró-reitor adjunto de Graduação da Universidade de São Paulo (USP), comenta que a situação é diferente em cada área do conhecimento. “Por um lado, a média nacional mostra que 85% dos docentes de educação física são licenciados na disciplina, enquanto os percentuais equivalentes para sociologia e línguas estrangeiras são de 40% e 46%, respectivamente. Ou seja, os problemas podem ser maiores ou menores, conforme a área do conhecimento e também são diferentes em cada estado”, destaca Neira, que atualmente desenvolve pesquisa com financiamento da FAPESP sobre reorientações curriculares na disciplina de educação física.
A falta de formação adequada do professor pode causar impactos no processo de aprendizagem dos alunos, conforme identificou Matheus Monteiro Nascimento, físico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em pesquisa realizada em 2018. De acordo com o pesquisador, na ausência de docentes licenciados em física, quem acaba oferecendo a disciplina nas escolas, geralmente, são profissionais da área de matemática. “Com isso, observamos que a abordagem da disciplina tende a privilegiar o formalismo matemático”, comenta. Ou seja, no lugar de tratar de conhecimentos de mecânica, eletricidade e magnetismo por meio de abordagens fenomenológicas, conceituais e experimentais, os professores acabam trabalhando os assuntos em sala de aula apenas por meio de operações matemáticas e equações sem relação direta com a realidade do aluno. “O formalismo matemático é, justamente, o elemento da disciplina de física que mais prejudica o interesse de estudantes por essa área do conhecimento”, considera Nascimento.
Preocupados em mensurar se as defasagens poderiam ser sanadas com a contratação de profissionais graduados em licenciaturas no Brasil nos últimos anos, pesquisadores do Inep realizaram, em setembro, estudo no qual olharam para as carências de escolas públicas e privadas nos anos finais do ensino fundamental e médio. “Se todos os licenciados de 2010 a 2021 ministrassem aulas na disciplina em que se formaram nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio em 2022, ainda assim o país teria dificuldades para suprir a demanda por docentes de artes em 15 estados, física em cinco, sociologia em três, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira e geografia em um”, contabiliza Alvana Bof, uma das autoras da pesquisa. Além disso, o estudo avaliou se a quantidade de licenciados de 2019 a 2021 seria suficiente para suprir todas as docências que, em 2022, estavam sendo oferecidas por professores sem formação adequada. Foi constatado que faltariam docentes de artes em 18 estados, física em 16 estados, língua estrangeira em 15, filosofia e sociologia em 11, matemática em 10, biologia, ciências e geografia em 8, língua portuguesa em 5, história e química em 2 e educação física em um estado. “Os resultados indicam que já vivemos um apagão de professores em diferentes estados e disciplinas”, reitera Bof, licenciada em letras e com doutorado em educação.
Outro autor do trabalho, o sociólogo do Inep Luiz Carlos Zalaf Caseiro, esclarece que o cenário de falta de professores não está relacionado com falta de vagas em cursos de licenciaturas. “Em 2021, o país teve 2,8 milhões de vagas disponíveis, das quais somente 300 mil foram preenchidas. Isso significa que 2,5 milhões de vagas ficaram ociosas, sendo grande parte no setor privado e na modalidade de ensino a distância”, relata. Licenciaturas 2 oferecidas no ensino público, na modalidade presencial, também tiveram quantidade significativa de vagas ociosas. “De 2014 a 2019, a taxa de ociosidade de licenciaturas em instituições públicas foi de cerca de 20%, enquanto em 2021 esse percentual subiu para 33%”, informa. Cursos como o de matemática apresentaram situação ainda mais inquietante. “Licenciaturas de matemática em instituições públicas no formato presencial registraram 38% de vagas ociosas em 2021”, destaca Caseiro, comentando que muitas vagas, mesmo quando preenchidas, logo são abandonadas. Além disso, segundo o sociólogo, somente um terço dos estudantes que finalizam as licenciaturas vai atuar na docência; o restante opta por outros caminhos profissionais. O estudo foi desenvolvido a partir do cruzamento de dados relativos a docentes presentes no Censo da Educação Básica e referentes a ingressantes e concluintes em licenciaturas captados pelo Censo da Educação Superior. Ambas as pesquisas são realizadas anualmente pelo Inep para analisar a situação de instituições, alunos e docentes da educação básica e do ensino superior.
Retirado e adaptado de: QUEIRÓS, Christina. Crise nos programas de licenciatura. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/crise-nos-programas-de-licenciatura/ Acesso em: 02 nov., 2023.
Texto 02
(o primeiro índice é sempre o de maior percentual e o segundo, de menor):
Fonte: BOF, A. M et al. Cadernos de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais. 2023, no prelo. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/crise-nos-programas-de-licenciatura/ Acesso em: 02.nov., 2023. Ensino fundamental II Ensino médio 3
Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona trechos do Texto 1 aos seus respectivos efeitos de sentido − atente para as palavras em destaque:
Primeira coluna: efeito de sentido
(1)Finalidade
(2)Explicação
(3)Adição
(4)Consonância
(5)Condição
Segunda coluna: trechos do Texto 1
(__)Segundo o sociólogo, somente um terço dos estudantes que finalizam as licenciaturas vai atuar na docência; o restante opta por outros caminhos profissionais.
(__)Além disso, o estudo avaliou se a quantidade de licenciados de 2019 a 2021 seria suficiente para suprir todas as docências que, em 2022, estavam sendo oferecidas por professores sem formação adequada.
(__)Para reverter esse cenário, pesquisadores fazem apelo e defendem a urgência da criação de políticas de valorização da carreira docente e a adoção de reformulações curriculares.
(__)Se todos os licenciados de 2010 a 2021 ministrassem aulas na disciplina em que se formaram nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio em 2022, ainda assim o país teria dificuldades para suprir a demanda por docentes.
(__)Ou seja, os problemas podem ser maiores ou menores, conforme a área do conhecimento e também são diferentes em cada estado.
Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas: