Questões de Concurso Sobre pronomes relativos em português

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Q615328 Português
Releia o período a seguir:

“Nesse sentido, afetam-se especialmente os mais vulneráveis, com acesso a menos recursos materiais, que se encontram em condições precárias de emprego ou de habitação, que são obrigados a habitar em zonas insalubres, contaminadas ou expostas a contaminações, que são vítimas de formas diversas de violência estrutural e que veem a sua voz desautorizada ou deslegitimada pelo discurso de responsáveis políticos, instituições, peritos, empresas e meios de comunicação social." (l. 121 a 131)

Marque a alternativa CORRETA quanto à análise gramatical dos elementos em destaque. 
Alternativas
Q614906 Português
      Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias-régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos, sobretudo, catar mulungu.

      Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava vagamente um olho.

      Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.

      Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)'', dizia.

      Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia, uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa memória mínima.

(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em: http://heloisaseixas.com.br) 
O termo "que" NÃO é um pronome em:
Alternativas
Q614904 Português
      Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias-régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos, sobretudo, catar mulungu.

      Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava vagamente um olho.

      Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.

      Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)'', dizia.

      Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia, uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa memória mínima.

(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em: http://heloisaseixas.com.br) 
No segmento de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas (3°parágrafo), o termo sublinhado pode ser substituído corretamente por:
Alternativas
Q614681 Português
Por que algumas pessoas poderosas agem como tiranos?
                                                                                                                                                                                                                                                                                       Ana Carolina Prado
Nos anos 70, o psicólogo Philip Zimbardo queria entender por que as prisões são tão violentas. Então, ele decidiu criar uma prisão artificial no porão da Universidade de Stanford. Os voluntários do experimento foram divididos entre prisioneiros e guardas e deveriam cumprir esses papéis por duas semanas. Porém as condições ali ficaram tão tensas que foi necessário acabar com tudo em apenas seis dias. Logo no começo, as pessoas que assumiram o papel de guarda se tornaram extremamente sádicas e autoritárias, impondo castigos como privação de sono e comida. Os “prisioneiros" responderam fazendo rebeliões. Esse é um ótimo (e macabro) exemplo de como o poder pode corromper as pessoas. E nós sabemos que, na vida real, muita gente poderosa faz coisa parecida – ou pior.
Os pesquisadores das Universidades de Stanford, do Sul da Califórnia e de Northwestern fizeram um estudo, a ser publicado no Journal of Experimental Social Psychology, para entender melhor por que esse tipo de coisa acontece. E descobriram que o problema está na combinação de poder e baixo status. No experimento, os autores simularam atividades de uma empresa e dividiram os voluntários aleatoriamente em papéis de chefes e subordinados, variando em status e poder. Em seguida, esses indivíduos puderam selecionar tarefas em uma lista de 10 para os outros executarem. O resultado mostrou que as pessoas com papeis de maior poder e menor status escolheram atividades mais humilhante para os seus parceiros (por exemplo, latir como um cão três vezes) do que os de qualquer outra combinação.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompanha, podem acabar se empenhando em comportamentos degradantes. Elas se sentem mal em estar numa posição de baixo status e acabam usando sua autoridade humilhando outros para se sentir melhor. É tipo o que acontece com aquele chefe tirano que ninguém respeita e todo mundo odeia.
Isso pode ter contribuído para os abusos cometidos por militares em prisões, bem como no experimento de Zimbardo nos anos 70. Em ambos os casos, os guardas têm o poder, mas falta-lhes o respeito e admiração dos outros. “Nossas descobertas indicam que a experiência de ter poder sem status, seja como membro das forças armadas ou como um estudante universitário que participa de um experimento, pode ser um catalisador para comportamentos degradantes que podem destruir relacionamentos e impedir a cooperação", diz o estudo.
Os pesquisadores de Standford e Northwestern reconheceram, porém, que há outros fatores envolvidos. Só porque uma pessoa tem o poder ou está em uma posição de baixo status não significa necessariamente que ela irá maltratar os outros. Assim, essa história de que o poder corrompe nem sempre é verdade. Mas uma alternativa encontrada por eles para evitar abusos é encontrar formas para que todos os indivíduos, independentemente do status de seus papéis, se sintam respeitados e valorizados. “O respeito alivia sentimentos negativos sobre sua posição e os leva a tratar os outros de forma positiva", diz o estudo. Também é importante haver oportunidades para o crescimento, pois a pessoa tende a melhorar seu comportamento e seus sentimentos quando sabe que pode ganhar uma posição melhor no futuro.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/category/sem-categoria/page/17/
Em “... deveriam cumprir esses papéis por duas semanas.", a expressão destacada refere-se a
Alternativas
Q614680 Português

Leia com atenção o texto para responder à questão que segue. 


Nos contextos abaixo, os termos destacados funcionam como importantes elementos de coesão textual.
Assinale a alternativa em que esse termo não é um pronome anafórico, uma vez que NÃO retoma um termo anteriormente expresso.
Alternativas
Respostas
1296: C
1297: E
1298: C
1299: C
1300: B