Questões de Concurso Sobre crase em português

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Q434032 Português
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Em relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item.
Em “a preços” (L.6), estaria correto o emprego do sinal indicativo de crase.
Alternativas
Q433933 Português
                                É preciso ir além da Lei Seca no trânsito

     A aprovação da Lei 11.705, em junho de 2008, que modificou (e tornou mais rígido) o Código de Trânsito Brasileiro, com a adoção da chamada Lei Seca, representou um passo importante para conter a violência nas ruas e estradas do país, responsável por um flagelo que se mede, a cada ano, em milhares de mortos e feridos (e, como extensão das tragédias em si, na desgraça que atinge as famílias das vítimas de acidentes). Num primeiro momento, principalmente nas regiões que adotaram ações diretas de fiscalização, como as blitzes contra a mistura de álcool e direção, os índices sofreram quedas acentuadas, voltaram a crescer e retomaram a curva descendente nos dois últimos anos. Mas, em geral, os números de mortos, feridos e de acidentes ainda são elevados.

     Relatório da Polícia Rodoviária Federal com os índices registrados nas estradas sob sua jurisdição em 2013 mostra o tamanho da tragédia. Foram 8.375 óbitos, ou 23 pessoas por dia a perder a vida, e 103 mil feridos em quase 186 mil acidentes. A PRF estima que, somados os registros em vias urbanas e estradas estaduais, o total de mortos tenha alcançado 50 mil somente no ano passado, quase tanto quanto o número de soldados americanos que tombaram em toda a Guerra do Vietnã.

     Isso corresponde a algo entre 20 a 25 mortos por cada grupo de cem mil habitantes, bem distante da relação registrada em países nos quais a guerra do trânsito parece ter sido contida em limites aceitáveis, sete óbitos por grupo de cem mil. Mesmo que em 2013 tenha sido consignada uma queda nos índices de violência nas estradas, como captou o relatório da PRF, o Brasil ainda está longe de atingir a meta estabelecida pelas Nações Unidas para o país, de, até 2020, reduzir à metade a estatística sobre mortos/feridos/acidentes.

    A evidência de que mesmo com a Lei Seca em vigor o país não consiga reduzir drasticamente os registros do flagelo das estradas não significa que a legislação seja ineficiente. Ao contrário, não fosse o endurecimento do CTB, por certo a curva de tragédias seria ascendente - portanto, com números ainda mais apavorantes que os atuais. A questão reside, entre outras razões, no fato de, por leniência, descaso ou inapetência do poder público por ações de fiscalização mais rígida, esperar-se que os efeitos da Lei 11.705, por si só, sejam bastantes para conter grande parte dos abusos no trânsito. As estatísticas mostram que não são. A Lei Seca pode ter atingido seu limite de eficácia.

     O comportamento do brasileiro ao volante, em grande medida, ainda é de desrespeito a normas e desapreço pela vida alheia. Não por acaso, as infrações mais comuns são excesso de velocidade, ultra-passagens temerárias e outras nas quais estão implícitos riscos assumidos, álcool à parte. Uma cultura inapropriada, que, para ser revertida, implica punições sistemáticas, fiscalização permanente e ações educativas - um desafio de que não se pode desviar para reduzir a níveis aceitáveis os atuais indicadores de uma carnificina que o país precisa enfrentar e acabar.

                                                                                                    O Globo - Editorial - 19/01/14

Disponível em http://oglobo.globo.com/opiniao/e-preciso-ir-alem- da-lei-seca-no-transito-11333839#ixzz2qe4kA2eq

“... reduzir à metade a estatística sobre mortos/ feridos/acidentes.” – 3º parágrafo. Está destacado o uso do acento grave, indicativo de crase, que também é obrigatório em:
Alternativas
Q433890 Português
 Leia o texto a seguir: 

“Está se tornando frequente, escutarmos sobre gravações de conversas do advogado com seu cliente. Nos últimos meses, como é de conhecimento da grande maioria, tal a divulgação nos veículos de comunicação, ocorreram gravações de áudio e vídeo em parlatórios, ocorre, que estes são locais destinados a conversas reservadas entre advogados e clientes presos, um verdadeiro absurdo”. 

(Disponível em:< http://www.luizfelipemagalhaes.com.br/artigo_ler.php?id=24> acesso em: 06 de maio de 2014)

Analise as informações a seguir a respeito do trecho lido:
I – O uso da vírgula no trecho “Está se tornando frequente,” constitui um desvio da seguinte regra gramatical: não se separam termos sintáticos diretamente ligados entre si, como sujeito e verbo e verbo e objeto, por exemplo.
II – O texto apresenta problemas em sua formulação sintática, como a expressão “ocorre, que”, típica da linguagem oral e inadequada a um comentário escrito. Em seu lugar, ficaria mais apropriado começar uma nova oração usando uma conjunção com valor semântico de oposição, como por exemplo: Contudo, estes são locais...
III – No trecho: “destinados a conversas”, a preposição “a” deveria receber acento grave indicativo de crase de acordo com as regras da norma padrão.
IV – A expressão “um verdadeiro absurdo” foi colocada em uma posição que prejudica a clareza e a coesão textuais. Para evitar a ambiguidade, o autor poderia introduzir uma nova oração, deixando clara sua opinião, como por exemplo: “Essa situação é um verdadeiro absurdo”.
V – O texto está bem redigido, visto que não apresenta problemas em sua formulação, o autor expressou-se de forma clara e objetiva, revelando sua indignação.
Estão corretas as afirmativas feitas em:
Alternativas
Q432977 Português
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No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o próximo item.
É facultativo o emprego do sinal indicativo de crase em “A partir do século XVII” (L.2).
Alternativas
Q432920 Português
No texto "A proibição da cobrança já constava em regulamento de TV por assinatura que entrou em vigor em junho. O texto confuso do documento, porém, dava margem à diferentes interpretações - a ABTA, por exemplo, entendeu que poderia continuar cobrando a mesma coisa.", o uso do acento grave está:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: MPE-SC Prova: FEPESE - 2014 - MPE-SC - Procurador do Estado |
Q430272 Português
Texto 2

Estamos todos surdos

Nós, brasileiros, temos uma enorme relutância em conviver com opiniões contrárias das nossas

Meu tio Élvio falava tão rápido e com um sotaque tão forte - mineirês da roça misturado a alguma coisa parecida com dialeto italiano da roça - que quase ninguém o entendia. Honesto, trabalhador, devotava-se por inteiro à família. Pouco porém participava da vida em comunidade, porque as sentenças que pronunciava, ininteligíveis, muitas vezes o colocavam em situações bastante complicadas, já que o interlocutor, não atinando com suas declarações, buscava adivinhá-las e depreendia o que melhor lhe aprouvesse. Só para se ter uma ideia do tamanho do problema, somente ao morrer descobrimos que seu nome não era Élvio, e sim Elmo. Mas, então, tarde demais. Se algum dia for a Rodeiro, verá inscrito em seu túmulo Élvio Gardone e entre parênteses Elmo Cardon.

Lembrei-me  de meu tio porque cada vez mais me assusta  a dificuldade que encontramos no dia a dia de manter diálogos, devido à perigosa incapacidade que estamos desenvolvendo de ouvir o outro. Não sei qual a explicação, mas tenho percebido que as pessoas apenas querem falar, falar, falar, e não lhes interessa saber o que outro pensa a respeito do assunto em pauta. Em geral, são como fontes, que no breu da noite continuam a verter água, impossibilitadas de refletir a paisagem em torno, encantadas unicamente pelo barulho que fazem e que a escuridão amplifica.

Mais estranho ainda é que, em tempos de redes sociais, essa dificuldade de compreensão se estende até mesmo aos textos escritos. Ou seja, as pessoas tomam um trecho e, ou por o  lerem de maneira desatenta ou por simplesmente não saberem interpretá-lo, rechaçam-no  de maneira peremptória, encontrando nele coisas que não estão ali consignadas. E assim se destroem amizades, erguem-se desavenças, mancham-se reputações. Aliás, nós, brasileiros, temos uma enorme relutância em conviver com opiniões contrárias ou divergentes das nossas. Somos cordiais com todos aqueles que, de alguma maneira, comungam conosco pontos de vista similares, mas basta o menor sinal de contrariedade para demonstrarmos toda a nossa intolerância. Como não estamos acostumados ao exercício do diálogo, ao invés de buscar convencer o outro com argumentos, partimos imediatamente para a tentativa de aniquilá-lo, utilizando subterfúgios como a chacota, o sarcasmo, a desinformação e até mesmo a canalhice  pura e simples.

RUFATTO, Luiz. Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/ 2014/08/12/opinion/1407871072_537360.html. Acessado em 18 de agosto de 2014.

Considere os excertos abaixo e analise as afirmativas a seguir, com base no texto 2.

I. “Meu tio Élvio falava tão rápido e com um sotaque tão forte– mineirês da roça misturado a alguma coisa parecida com dialeto italiano da roça – que quase ninguém o entendia.” (primeiro parágrafo)

II. “Só para se ter uma ideia do tamanho do problema, somente ao morrer descobrimos que seu nome não era Élvio, e sim Elmo.” (primeiro parágrafo)

III. “Lembrei-me de meu tio porque cada vez mais me assusta a dificuldade que encontramos no dia a dia de manter diálogos, devido à perigosa incapacidade que estamos desenvolvendo de ouvir o outro.” (segundo parágrafo)

Analise as afirmativas:

1. Em I, os termos sublinhados são adjetivos que qualificam os substantivos que os antecedem.

2. Em I, os travessões são usados para intercalar uma explicação valorativa do autor, podendo ser corretamente substituídos, sem prejuízo de sentido, por vírgulas.

3. Em II, construção “e sim” envolve dois deslizes gramaticais: além de estar indevidamente antecedida por vírgula, é uma expressão coloquial que quebra o tom formal do texto, devendo ser substituída por “mas”.

4. Em III, o uso do sinal indicativo de crase é opcional, pois a locução prepositiva “devido a” não exige o emprego obrigatório de crase.

5. Em III, o autor, com fins argumentativos, evoca uma experiência pessoal para ilustrar uma situação de caráter geral.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q430148 Português
A respeito das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o  item  que se segue.

Em “a privatização” (l.1) e em “a cobrança” (l.1-2), o emprego do sinal indicativo de crase é opcional.
Alternativas
Q430144 Português
Com referência a ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o  item .

Em “inversa à” (l.7), o sinal indicativo de crase é empregado porque a palavra “inversa” exige complemento regido pela preposição a; e, antes de “necessidade”, há elipse de termo precedido de artigo definido feminino.
Alternativas
Q428552 Português
No que se refere às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o  item.  

Dado o sentido indefinido associado a “certa”, no trecho “a certa distância” (l.7), o emprego do acento grave, indicativo de crase, no “a” prejudicaria a correção gramatical do texto.
Alternativas
Q428545 Português
Com relação aos aspectos linguísticos apresentados no texto, julgue o  item  subsequente.

Sem prejuízo da coerência e da correção gramatical do texto, a expressão “às frases de efeito” (l.2) poderia ser substituída por a frases de efeito.
Alternativas
Q428467 Português
Em qual das alternativas o sinal de crase é facultativo?
Alternativas
Q426704 Português
Julgue os itens referentes à descrição gramatical, identificando-os como CERTOS ou ERRADOS.

I. Na linha 1, empregam-se vírgulas para indicar o deslocamento por intercalação de um termo na chamada ordem direta da oração.

II. O emprego de “porque”, na linha 6, indica a relação de causa e efeito entre, respectivamente, os enunciados consequente e antecedente.

III. Na linha 9, o emprego do acento grave indicativo de crase é facultativo, pois sua ausência não implica alteração do sentido do enunciado.

IV. Na linha 17, flexiona-se a forma “estão” na 3ª pessoa do plural por causa da concordância com o sujeito composto.

O resultado é:
Alternativas
Q426129 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

Qualidades da boa linguagem na redação forense

A boa linguagem é um dever pessoal do operador do Direito
que se mantém preocupado em expressar as ideias com pre-
cisão, sem sacrificar o estilo solene que deve nortear a lin-
guagem forense.
É claro que, para levar a cabo tal mister, não se pode utilizar
a fala pedante, com dizeres mirabolantes, na qual sobeja a
terminologia enrolativa, que vem de encontro à precisão ne-
cessária à assimilação do argumento aduzido. A linguagem
hermética e "centrípeta" só agrada ao remetente, não ao
destinatário. Com efeito, o preciosismo é vício de linguagem
marcado pela afetação. Deve-se evitar sacrificar a ideia, fu-
gindo do natural, a fim de causar "impressão", sem lograr
transmitir o pensamento com clareza. [...]
Ademais, é comum encontrar operadores do Direito que opi-
nam sobre regência de verbos, concordância de nomes, uso
de crase e ortografia, sem que se deem ao trabalho de se
dedicar à intrincada tarefa de assimilar as bases da gramáti-
ca do idioma doméstico. Encaixam-se, portanto, no perfil de
ousados corretores que, no afã de corrigirem, extravasam,
na verdade, um descaso com o idioma, ao contrário do que
pensam exteriorizar: domínio do português. Não é por acaso
que, segundo os árabes, "nascemos com dois olhos, dois ou-
vidos, duas narinas e ...uma boca". É para ter mais cuidado
no falar...
Com notável propriedade, Theotonio Negrão ("Revista de
Processo", 49/83, p.5) assevera que "o operador do direito
que não consegue ter linguagem correta não consegue ex-
pressar adequadamente seu pensamento”. Em entrevista ao
Jornal do Advogado (OAB), em 8 de junho de 2001, Miguel
Reale, ao ser inquirido sobre quais eram os pré-requisitos
para o exercício da carreira do advogado, respondeu:
"Em primeiro lugar, saber dizer o direito. Nos concursos fei-
tos para a Magistratura, para o Ministério Público e assim por
diante, a maior parte das reprovações são devidas à forma
como se escreve. Há uma falha absoluta na capacidade de
expressão. Então, o primeiro conselho que dou é aprender a
Língua Portuguesa. Em segundo lugar, pensar o Direito
como uma ciência que envolve a responsabilidade do advo-
gado por aquilo que diz e defende. Em terceiro lugar, vem o
preparo adequado, o conhecimento técnico da matéria”.
Como se nota, o desconhecimento do vernáculo torna o ad-
vogado um frágil defensor de interesses alheios, não sendo
capaz de convencer sobre o que arrazoa, nem postular ade-
quadamente o que intenciona. Pode até mesmo se ver priva-
do de prosseguir na lide, caso elabore uma petição inicial
ininteligível ou em dissonância com as normas cultas da lín-
gua portuguesa, uma vez que o Código de Processo Civil, no
artigo 156, obriga o uso do vernáculo em todos os atos e ter-
mos do processo.
Assim, aquele que peticiona deve utilizar uma linguagem
castiça, procurando construir um texto balizado em parâme-
tros que sustentem a boa linguagem. A comunicação huma-
na precisa ser eficiente, devendo o usuário da linguagem es-
tar atento para as virtudes de estilo ou qualidades do léxico
de rigor. [...]
Na oração "Assim, requer o Autor à Vossa Excelência...", há
vício gramatical quanto à crase, uma vez que se deve grafar
"Assim, requer o Autor a Vossa Excelência...", sem o sinal
grave indicador da contração, uma vez que não há crase an-
tes de pronome de tratamento.
Nesse diapasão, observe a frase: "Arquive-se os autos". O
equívoco é palmar, na medida em que o sujeito da oração é
"autos", devendo o verbo concordar com o sujeito. Portanto,
procedendo à correção: "Arquivem-se os autos". [...]
A concisão é qualidade inerente à objetividade e justeza de
sentido no redigir. Como se sabe, falar muito, com prolixida-
de, é fácil; o difícil e invulgar é falar tudo, com concisão. A
sobriedade no expor, traduzindo o sentido retilíneo do pensa-
mento, sem digressões desnecessárias e manifestações su-
pérfluas, representa o ideal na exposição do pensar. Não há
como tolerar arrazoados e petições gigantes e repetitivas,
vindo de encontro aos interesses perquiridos pelo próprio
subscritor do petitório, embora, às vezes, não perceba o re-
sultado. [...]
Nas peças forenses, é comum encontrarmos expressões su-
pérfluas, cuja simples supressão importaria em aperfeiçoa-
mento da frase. Observe o exemplo abaixo:
"O acusado foi citado por edital, por não ter sido encontrado
pessoalmente".
Procedendo ao devido enxugamento frasal, ter-se-ia:
"O acusado foi citado por edital, por não ter sido
encontrado".
Na mesma esteira, deve-se evitar o uso excessivo de advérbios
de modo. Evite, portanto, "precariamente", "tocantemente", "tan-
gentemente", "editaliciamente". Observe os exemplos:
"Eles foram editaliciamente citados" (Corrigindo: Eles foram
citados por edital.); ou "Tangentemente a esse caso, ..."
(Corrigindo: No que tange a esse caso...).
Posto isso, faz-se mister a preservação da boa linguagem,
evitando-se distanciar dos postulados acima expendidos, a
fim de que possa o causídico alcançar o que se busca: o êxi-
to na arte do convencimento.

SABBAG, Eduardo de Moraes. Qualidades da boa linguagem na redação
forense. Disponível em: imagem-004.jpg. Acesso: 8
maio 2012. [Adaptado].
No trecho É claro que, para levar a cabo tal mister, não se pode utilizar a fala pedante, com dizeres mirabolantes, na qual sobeja a terminologia enrolativa, que vem de encontro à precisão necessária à assimilação do argumento aduzido, o referente de na qual é:
Alternativas
Q425770 Português
imagem-002.jpg

Com relação às ideias e a aspectos gramaticais desse texto, julgue
o item.
Na linha 2, o emprego do acento indicativo de crase em “à segurança pública” justifica-se pela regência do termo “difusas” e pela presença do artigo definido a antes de “segurança pública”.
Alternativas
Q425213 Português
Em “e pode levar à frustração,” (Texto II, L. 3), o uso do sinal indicativo da crase é obrigatório de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Essa obrigatoriedade se verifica na palavra destacada em:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: AL-PE Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo |
Q425048 Português

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.


                Vitalino


        A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via no terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ... 

        Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc. 

        Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru.

        Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer. 

        Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima de minhas forças


*plasmar = moldar, modelar 

*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 

*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 

(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481) 


Vitalino começou, aos seis anos, a modelar suas figurinhas de barro, à ...... .
O segmento que completa a lacuna da frase acima, corretamente introduzido pelo à, com o sinal indicativo de crase, é:
Alternativas
Q424919 Português
A sentença em que o sinal indicativo de crase está usado corretamente é:
Alternativas
Q424784 Português
Mercado fecha portas para jovens com pouco ensino
Nem nem” pouco escolarizado preocupa

Érica Fraga

De cada 10 jovens entre 17 e 22 anos que não comple- taram o ensino fundamental, 3 continuam longe da escola e sem emprego. Essa situação piorou nos últimos anos e preocupa especialistas e o governo.

O maior temor é que essa fatia da população se torne mais vulnerável a riscos como os de inserção precária no mercado de trabalho e envolvimento com crime.

“Eles estão cada vez mais distantes da escola e, para entrar no mercado de trabalho, enfrentam a concorrência dos jovens que estão se tornando mais escolarizados”, diz Naercio Menezes, do Insper.

Os jovens que não trabalham nem estudam, conhecidos como “nem nem” (do espanhol “ni ni”), despertaram a atenção de pesquisadores brasileiros nos últimos anos. Menezes constatou, por exemplo, em 2010, que a proporção de jovens brasileiros com esse perfil estava crescendo de forma geral.

Em estudo, ele concluiu que essa expansão ocorreu em todas as faixas de escolaridade, mas foi maior entre os jovens com menos anos de estudo.

Para Menezes e outros pesquisadores que estudam os “nem nem”, como a economista Joana Monteiro, da FGV/Rio, a expansão da fatia desse grupo como um todo em relação ao total de jovens não é motivo para alarme. Menezes ressalta que essa situação, entre os jovens, é normalmente transitória.

Monteiro enfatiza em estudo sobre o tema que, entre os “nem nem” com mais de 19 anos, há uma fatia grande de mulheres que trabalham em casa e têm filhos. Mas os dois demonstram preocupação com a parcela significativa de jovens com poucos anos de estudo que têm ficado à margem da expansão da escolaridade e do mercado de trabalho.

“Esse grupo merece atenção especial porque sua situação pode virar um problema social, à medida que sua volta para a escola ou inserção no mercado de trabalho vão ficando mais difíceis”, afirma Monteiro.

O estudo do Insper mostra que, além do maior ritmo de entrada, os jovens com baixa escolaridade ficam mais tempo fora da escola e do mercado de trabalho. Mas há muitos casos de jovens que deixam de ser “nem nem” e, depois, voltam a essa condição.

Para a pesquisadora Ana Lúcia Kassouf, da USP, é preciso tornar a escola mais atraente para evitar a evasão dos jovens. Ela diz que o abandono dos estudos aumenta riscos como o de envolvimento com o crime. “Os jovens que estão fora da escola e sem trabalhar vêm em maior escala de famílias com renda baixa e se tornam mais vulneráveis a riscos como o da criminalidade”, diz. “É preciso mostrar a eles que a escola traz um retorno no futuro”.

(Adaptado de: Caderno “Mercado”, do jornal Folha de S.Paulo. Domingo, 25 de agosto de 2013, p. B10)

Sobre o uso de acentos gráficos no texto, apresentam-se as seguintes afirmações:


I. A regra de acentuação que determina que a palavra precária seja acentuada é a mesma utilizada para acentuar concorrência: ambas são paroxítonas terminadas em ditongo.

II. Na transcrição do depoimento da pesquisadora, no último parágrafo, a ausência do acento grave, tanto em a riscos como em a eles, justifica-se pela mesma regra: não ocorre crase antes de pronomes.

III. No sétimo parágrafo, aparece o acento indicador de crase na locução adverbial à margem, pelo mesmo motivo por que aparece na frase: Cada vez mais jovens têm vivido às custas dos pais.

Está correto o que se afirma APENAS em
Alternativas
Q424676 Português
Em “e pode levar à frustração,” (l 3), o uso do sinal indicativo da crase é obrigatório de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa.

Essa obrigatoriedade se verifica na palavra destacada em:
Alternativas
Respostas
5581: E
5582: C
5583: B
5584: C
5585: E
5586: B
5587: B
5588: E
5589: C
5590: C
5591: C
5592: A
5593: C
5594: B
5595: E
5596: B
5597: E
5598: E
5599: A
5600: B