Questões de Concurso
Sobre crase em português
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O que move a humanidade em direção à vida de colméia? Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a possibilidade de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples. Sua primeira função foi de local de proteção, de armazenagem de alimentos e de entreposto de trocas. A segurança urbana permitiu o desenvolvimento do trabalho especializado, que liberou as pessoas para se engajarem em atividades como as artes, a ciência, a religião e a inovação tecnológica. A lei é a essência da vida urbana desde os tempos babilônicos. Primeiro, porque as cidades são centros de comércio e essa atividade exige regulamentos. Segundo, porque elas atraem diferentes tipos de moradores, que precisam viver juntos e dependem de normas comuns de comportamento.
O lugar que melhor sintetiza a urbanização em escala global é a megalópole. Esse é o nome que se dá aos aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de habitantes. Um em cada 25 habitantes do planeta vive em uma das dezenove megalópoles existentes. Seus moradores desfrutam uma vasta gama de serviços especializados, comércio disponível noite e dia,
programas culturais para todos os gostos, infinitas alternativas de lazer - mas o trânsito pode ser tão congestionado que se torna difícil usufruir as ofertas, ou a preocupação com a segurança é tal que obriga os pais a criar os filhos sob um controle extenuante. Essa situação é agravada pelo fato de quinze desses gigantes estarem localizados em países pobres ou emergentes.
(Adaptado de Thomaz Favero. Veja. 16 de abril de 2008, p.111)
O uso das crases em "às terças-feiras à noite" (l.16) justifica- se exclusivamente por se tratar de palavras femininas.
Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das estruturas lingüísticas e das idéias do texto acima.
é mais essencial para a identidade de uma pessoa do que o
conjunto de experiências armazenadas em sua mente. E a
facilidade com que ela acessa esse arquivo é vital para que
possa interpretar o que está à sua volta e tomar decisões. Cada
vez que a memória decai, e conforme a idade isso ocorre em
maior ou menor grau, perde-se um pouco da interação com o
mundo. Mas a ciência vem avançando no conhecimento dos
mecanismos da memória e de como fazer para preservá-la.
Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que
será uma realidade a manipulação da mente humana. Isso já
está sendo feito em animais. Cientistas brasileiros e americanos
demonstraram ser possível apagar, em laboratório, certas
lembranças adquiridas por cobaias. Tudo indica que as mesmas
técnicas podem ser usadas também para conseguir o efeito
inverso: ampliar a capacidade de reter fatos e experiências na
mente. Há pouco tempo pesquisadores da Universidade da
Califórnia detalharam como as proteínas estão relacionadas ao
surgimento de novas lembranças nos neurônios e à modificação
das já existentes.
Como ocorreu com o DNA no século passado, os códigos
fisiológicos que regulam a memória estão sendo decifrados.
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados
Unidos, nada menos que um quinto do financiamento em pesquisas
médicas do governo federal vai para as tentativas de
compreender os mecanismos do cérebro. Os estudos sobre a
memória têm um lugar destacado nesse esforço científico.
Afinal de contas, mantê-la em perfeito funcionamento tornou-se
uma preocupação central nas sociedades modernas, em que
dois fenômenos a desafiam: o primeiro é a exposição a uma
carga excessiva de informações, que o cérebro precisa processar,
selecionar e, se relevantes, reter para uso futuro; o segundo
é o aumento da expectativa de vida, que se traduz numa
população mais vulnerável a distúrbios associados à perda de
memória.
Um dos caminhos investigados pelos cientistas para
deter as degenerações que resultam em perda mnemônica é
induzir a produção de novos neurônios - a neurogênese. Até
pouco tempo atrás, acreditava-se que as células do cérebro não
se regeneravam. Esse mito foi derrubado e hoje se sabe que
em algumas estruturas cerebrais o nascimento de células
nervosas é um fenômeno comum. O experimento indica que,
se os cientistas conseguirem estimular de maneira controlada a
neurogênese, poderão aplicar essa técnica tanto para
compensar a morte de células causada por uma doença
degenerativa como, em tese, para melhorar a capacidade de
memorização de uma pessoa saudável. Esse será, certamente,
um dia inesquecível.
(Diogo Schelp. Veja. 13 de janeiro de 2010, pp. 79-87, com
adaptações)
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:
Acerca dos elementos gramaticais presentes no texto, julgue os itens
que se seguem.
A respeito da organização do texto, julgue os itens a seguir.
Julgue os seguintes itens com relação à organização das ideias
no texto.
Com relação a vocabulário e aspectos gramaticais do texto IV,
julgue C ou E.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas das linhas 07, 08 e 21.
I. Senhora Juíza, informamos à Vossa Excelência que a reunião terá início às 10 horas.
II. Face à necessidade de buscar outras testemunhas, a audiência que está ocorrendo desde as 16h30 será estendida até às 20 horas.
III. À exceção dos temas referentes ao direito intertemporal e à interpretação de normas de transição, todos os assuntos serão abordados.
IV. Se assim fosse, estaríamos conferindo à lei efeito retroativo para alcançar situação anterior à sua vigência.
V. Entendeu-se que alterações advindas com a nova lei, no que diz respeito à alínea b, inciso II, do art. 506, têm o condão de retificar a errônea remissão à mesma lei, art. 524.
As regras anunciadas pela UnB (Universidade de
Brasília) para seu programa de cotas raciais para negros e
pardos dão bem a medida da inconsistência desse sistema. Os
candidatos que pretendem beneficiar-se das cotas serão
fotografados "para evitar fraudes".
Uma comissão formada por membros de movimentos
ligados à questão da igualdade racial e por "especialistas no
tema" decidirá se o candidato possui a cor adequada para
usufruir da prerrogativa.
Para além do fato de que soa algo sinistra a criação de
comissões encarregadas de avaliar a "pureza racial" de alguém,
faz-se oportuno lembrar que, pelo menos para a ciência, o
conceito de raça não é aplicável a seres humanos. Os recentes
avanços no campo da genômica, por exemplo, já bastaram para
mostrar que pode haver mais diferenças genéticas entre dois
indivíduos brancos do que entre um branco e um negro. (...)
Esta Folha se opõe à política de cotas por entender que
nenhuma forma de discriminação, nem mesmo a chamada
discriminação positiva, pode ser a melhor resposta para o grave
problema do racismo. A filosofia por trás das cotas é a de que
se pode reparar uma injustiça através de outra, manobra que
raramente dá certo. (...)
(Folha de S. Paulo. 22/03/2004, p. A-2)
No período acima, será obrigatório o uso do sinal indicativo da crase, se se substituir a expressão destacada por
Assinale a alternativa em que NÃO se encontra a ocorrência da regra acima mencionada.