Questões de Concurso Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

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Q3042184 Português
O termo “ou” insere, na fala do terceiro quadro, uma ideia de
Alternativas
Q3038816 Português
“Em meio à pandemia, com empresas fechando postos de trabalho, escolas operando a distância e idosos precisando de cuidados extras, a participação das mulheres no mercado de trabalho alcançou o patamar mais baixo dos últimos 30 anos. Os hábitos e a cultura da sociedade têm impedido muitas mulheres não só de trabalhar, mas até de procurar emprego”.
(https://www.estadao.com.br/infograficos/economia,com-pandemia-participacaodas-mulheres-no-mercado-de-trabalho-e-a-menor-em-30-anos). 
Assinale a alternativa correta sobre o trecho em destaque. 
Alternativas
Q3036816 Português

Texto CB1A1


        Um projeto de lei que determina critérios mínimos de qualidade para escolas públicas de educação básica foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, em abril deste ano. Conforme estabelece o projeto de lei, o poder público deverá equipar todas as unidades do ensino básico com bibliotecas, laboratórios de ciências e informática, acesso à Internet, quadras poliesportivas cobertas, instalações com condições adequadas de acessibilidade, energia elétrica, abastecimento de água potável, esgoto sanitário e manejo de resíduos sólidos.


        “As condições listadas não constituem luxo ou privilégio, mas requisitos necessários ao estabelecimento de um padrão mínimo de qualidade nas escolas brasileiras e garantia do exercício digno do direito público subjetivo à educação básica”, justifica o autor da proposta.


        “O que há no projeto é o mínimo para que uma escola funcione, atendendo os estudantes e os profissionais da educação com dignidade. A ausência de laboratórios, de Internet, de bibliotecas e de uma estrutura física adequada é algo que impacta diretamente na qualidade da educação oferecida aos estudantes, uma vez que a educação não é uma transmissão de conhecimento, mas sim a construção deste”, considera a secretária de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade.


        “Um ar-condicionado, por exemplo, em algumas regiões do país, não é questão de luxo. É uma condição que faz parte dessa estrutura mínima e digna para que a educação aconteça... A falta disso traz prejuízos drásticos tanto no aprendizado dos estudantes quanto no cotidiano dos profissionais da educação”, reforça Guelda Andrade.


Internet: <https://cnte.org.br> (com adaptações).



Julgue o próximo item, a respeito dos sentidos e aspectos linguísticos do texto CB1A1. 


O termo “Conforme” (segundo período do primeiro parágrafo) poderia ser substituído por Consoante, sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto. 

Alternativas
Q3036222 Português

Instrução: Leia o Texto I e II para responder a questão.


Texto I


Quem foi Lidia Poët? Conheça a história real por trás de “As Leis de Lidia Poët”, da Netflix


    Com o intuito de diversificar seu catálogo, a Netflix divulgou em seu catálogo a íntegra da série “As Leis de Lidia Poët”, drama de época que mostra as lutas diárias de uma advogada em um tempo sombrio para as mulheres. O interesse crescente pela série faz com que muitas pessoas pesquisem o que é fato por trás do enredo de “As Leis de Lidia Poët“. Conheça, a seguir, detalhes sobre a vida da mulher que inspirou o drama: 

    Nascida em uma pequena aldeia italiana no ano de 1855, Lidia Poët estudou na Faculdade de Direito da Universidade de Torino e se formou aos 25 anos. Posteriormente, ela atuou em um escritório de advocacia até que recebesse sua inscrição na Ordem dos Advogados de Turim, após 2 anos de formada. 

    Desde que foi aprovada, contudo, o destaque de Lidia Poët em um meio majoritariamente masculino não agradou os demais homens do grupo, que recorreram à aceitação. Mesmo que tenha sustentado seus pontos com altivez, Lidia teve seu acesso negado por um procurador-geral, que argumentou que mulheres não poderiam ocupar o posto. Posteriormente, ela recorreu a outros tribunais, que voltaram a negar seu direito de exercer a profissão por ser mulher. 

    Desde então, Lidia Poët passou a ser um exemplo internacional da luta das mulheres por justiça, especialmente dentro da carreira de Direito – um meio até hoje machista. As fortes posições de Lidia renderam debates na sociedade da época e, graças a ela, o papel da mulher Italiana no Direito passou a ser discutido. 

    Os homens afirmavam que os únicos que apoiavam o trabalho de Lidia eram “celibatários solteiros”. Na época, um Ministro da Justiça argumentou que não era favorável à inserção de mulheres em profissões de destaque, pois estas não pertenciam à aristocracia. A partir de então, passou-se a discutir o papel do marido na responsabilidade pelos atos de suas mulheres como advogadas e como as palavras masculinas se adaptariam à prática do Direito. 

    Nos dias restantes de sua vida, Lidia Poët continuou lutando pelo direito internacional das mulheres. Foi apenas em 1919, contudo, que as mulheres puderam ocupar lugares de destaque no Direito. Um ano depois, com 65 anos de idade, ela conseguiu finalmente adquirir o título de advogada. 

Disponível em: https://sobresagas.com.br/conheca-historia-real-por-tras-as-leis-de-lidia-poet-netflix/. Acesso em: 22 de março de 2024.


Texto II

“Dizem que nós fomos silenciosas historicamente. Mentira. Nós fomos silenciadas”, diz Cármen Lúcia em sessão do Dia da Mulher


Supremo Tribunal Federal realiza sessão especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Única ministra mulher da Corte falou sobre a luta pela igualdade de gênero. 

    A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou em discurso nesta quintafeira (7), em homenagem ao Dia da Mulher, que as mulheres foram silenciadas ao longo da história. 

    Cármen Lúcia é a única mulher entre os 11 ministros do tribunal. Em toda a história de 132 anos do STF, ela é uma das três mulheres que já foram ministras. As outras duas são as ministras aposentadas Rosa Weber e Ellen Gracie. 
    "Dizem que nós fomos silenciosas historicamente. Mentira. Nós fomos silenciadas, mas sempre continuamos falando, embora muitas vezes não sendo ouvidas", afirmou a ministra.

    Nesta sessão especial, o STF tem na pauta processos relativos aos direitos das mulheres. Entre eles, a ação que questiona o uso, em processos na Justiça, de estratégias de desqualificação e culpabilização das vítimas de crimes sexuais.

Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/03/07/dizem-que-nos-fomos-silenciosas-historicamente-mentira-nos-fomos-silenciadas-diz-carmen-lucia-em-sessao-do-dia-da-mulher.ghtml. Acesso em: 22 de março de 2024.

“‘Dizem que nós fomos silenciosas historicamente. Mentira. Nós fomos silenciadas, mas sempre continuamos falando, embora muitas vezes não sendo ouvidas’, afirmou a ministra.” (Texto II)
É CORRETO afirmar que a conjunção em destaque instaura um valor de sentido de:
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Q3033295 Português

Leia o texto a seguir.


TOMARA

Vinicius de Moraes


Tomara

Que você volte depressa

Que você não se despeça

Nunca mais do meu carinho

E chore, se arrependa

E pense muito

Que é melhor se sofrer junto

Que viver feliz sozinho 


Tomara

Que a tristeza te convença

Que a saudade não compensa

E que a ausência não dá paz


E o verdadeiro amor de quem se ama

Tece a mesma antiga trama

Que não se desfaz 


E a coisa mais divina

Que há no mundo

É viver cada segundo

Como nunca mais.

O efeito de sentido produzido pelo uso da conjunção “e”, em vários momentos do poema se dá:
Alternativas
Q3033221 Português
A conjunção "MAS" pode ser trocada sem prejuízo de sentido por:
Alternativas
Q3031806 Português
 Nobel de Química 2022 vai para trio que desenvolveu
 ferramenta criativa para construção de moléculas



 Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

 A respeito do texto, julgue o item a seguir. 


Na linha 37, o vocábulo “contudo” é considerado uma conjunção.

Alternativas
Q3031802 Português
 Nobel de Química 2022 vai para trio que desenvolveu
 ferramenta criativa para construção de moléculas



 Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

 A respeito do texto, julgue o item a seguir. 


Na linha 17, a palavra “que” após “permitiu” é uma conjunção integrante.

Alternativas
Q3031040 Português
Veja a importância da leitura para a saúde mental e neurológica

   Com frequência, ouve-se dizer que a leitura é fundamental para uma boa educação, o que é algo inegável. Livros acadêmicos, religiosos, contos, poesias, romances e, até mesmo, aqueles pertencentes à cultura pop oferecem ao leitor um conhecimento amplo e diversificado sobre diversos assuntos, bem como uma melhoria no vocabulário.
    Contudo, um tema que também deveria ser mais debatido é sobre a importância da leitura para a saúde mental e neurológica. Isso porque ela trabalha diferentes regiões do cérebro, que vão desde a área visual até a de processamento e memorização. Por isso, oferece diversos benefícios a curto e longo prazo. Segundo o Dr. Lucas Pizetta de Amorim, psiquiatra da Clínica Revitalis, o hábito de ler aprimora o foco, a concentração e a atenção aos detalhes.
   A longo prazo, por sua vez, a atividade promove o retardo do declínio cognitivo. “Estudos indicam que pessoas que leem regularmente têm um risco menor de desenvolver doenças neurodegenerativas como a demência e o Alzheimer”, acrescenta.
   Além disso, a Dra. Priscila Mageste, médica do sono e curadora de Neurologia na Conexa – ecossistema digital de saúde integral –, revela que, a longo prazo, o hábito de ler beneficia a neuroplasticidade (capacidade cerebral de aprender e se reprogramar), o que leva a melhoras no aprendizado e na interpretação.
   Assim como a saúde neurológica, o bem-estar da mente também é beneficiado pela leitura. Andrea Deis, gestora empresarial e especialista em Neurociências, comenta que a atividade ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse, bem como aprimorar as habilidades interpessoais.
    Além disso, esse hábito influencia o comportamento empático. “A leitura nos permite vivenciar diferentes perspectivas e experiências por meio das histórias. Isso pode aumentar nossa empatia e capacidade de compreender emocionalmente o outro”, explica Carolina Porfírio, psicóloga e coordenadora de Saúde Mental na Conexa.
    Para obter os benefícios da leitura, não basta apenas ler uma página de livro por dia, é preciso regularidade. De acordo com Marta Siqueira, psicanalista e psicoterapeuta, o período mínimo indicado de leitura é de quatro horas semanais, podendo ser dividido em sessões diárias de 30 a 60 minutos.
    A profissional também ressalta que, caso precise ler por muito tempo em um determinado dia, o indicado é realizar intervalos de 15 a 20 minutos a cada uma hora. Isso porque o cérebro só consegue se manter concentrado em qualquer atividade por um período de até 90 minutos seguidos. Após isso, ele fica sobrecarregado e a concentração começa a cair.
   Além de estipular um tempo para a leitura, também é preciso encontrar espaços e momentos adequados para a prática. Marta Siqueira comenta que o recomendado é um ambiente iluminado e silencioso. Em relação aos períodos, a profissional sugere os intervalos durante o dia, de manhã e antes de dormir. “Ler antes de dormir pode ajudar a relaxar e melhorar a qualidade do sono. Ler pela manhã pode ser uma ótima maneira de começar o dia com uma mente fresca”, complementa. 
   Adquirir o hábito de ler diariamente requer um pouco de tempo e técnicas certas. Segundo a especialista em Neurociências Andrea Deis, começar com leituras leves e com temas que te interessam, bem como participar de clubes do livro e utilizar aplicativos digitais para ler, são táticas que podem te ajudar nessa empreitada.
   Outra dica é variar o gênero e os autores lidos. “Explore diferentes tipos de livros. Se você não está gostando de um livro, não hesite em abandoná-lo. A diversidade de leituras mantém o hábito interessante e estimulante”, pontua a psicóloga Carolina Porfírio.
   Muitas pessoas que não apresentam o costume de ler já podem ter sido leitoras assíduas um dia. Contudo, esse hábito saudável pode ter sido deixado de lado. A psicoterapeuta Marta Siqueira explica que isso ocorre devido a três fatores principais: falta de propósito, o indivíduo não entende o que a leitura acrescentará em sua vida; falta de tempo, compromissos diários podem reduzir o tempo disponível para leitura; distrações digitais, uso excessivo das redes sociais.
  Portanto, para reverter essa situação, a profissional recomenda estabelecer um propósito inabalável, estimular-se com pequenas recompensas, reduzir o tempo nas redes sociais e colocar a leitura na agenda.
(Disponível em: https://jovempan.com.br/edicase/ Acesso em: julho de 2024.)
[...] começar com leituras leves e com temas que te interessam, bem como participar de clubes do livro e utilizar aplicativos digitais para ler, são táticas que podem te ajudar nessa empreitada.” (10º§) Sobre a locução conjuntiva “bem como” no trecho anterior, assinale a afirmativa correta.
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Q3030887 Português
A inveja

Inveja não olha de frente. Quem olha de frente tem prazer no que vê. Quem olha de lado olha com olho mau.

   Gosto de tomates. Resolvi plantar uns tomateiros lá em Pocinhas do Rio Verde (MG). Amadureceu o primeiro tomate, todo vermelho, com exceção de um pontinho preto na casca. Nem liguei para o ponto preto. Colhi o tomate e me preparei para comê-lo. Dei a primeira dentada e cuspi. O que havia dentro dele era um verme branco, grande, enrugado, gordo por haver comido toda a polpa do tomate.
   Foi essa a imagem que me veio à memória quando me preparava para falar sobre o mais terrível de todos os demônios. Ninguém suspeita. Ele vai comendo por dentro as coisas boas que crescem no nosso quintal. Eu sempre digo: demônios fazem ninhos no corpo. Cada um tem sua preferência. Neste caso a que me refiro, o demônio faz seu ninho nos olhos. E ele não gosta de coisas ruins e feias. Como o verme, ele prefere os tomates. Gosta de coisas bonitas. E o resultado é que, quando uma coisa bonita que cresce no nosso quintal (note bem: o demônio só faz sua obra no nosso quintal) é tocada pelo olho onde mora o verme ela imediatamente murcha, apodrece, cai. E aí vêm as moscas.
    O demônio que se aloja nos olhos se chama inveja. Inveja vem do latim invidere que, segundo o dicionário Webster, quer dizer “olhar pelos cantos dos olhos”. Inveja não olha de frente. Quem olha de frente tem prazer no que vê. Quem olha de lado olha com olho mau.
   Olho mau, olho gordo: muita gente tem medo desse olhar. Não precisa. O verme da inveja nunca faz nada com os tomates da horta alheia. Ele só come os tomates da horta da gente.
    Explico. Fernando Pessoa diz que a inveja “dá movimento aos olhos”. Olho de inveja não olha numa direção só. Lembre-se do que eu disse: que o olho onde se aninha o verme da inveja só gosta de ver coisas bonitas. Então é assim que acontece. Eu tenho um belo tomate crescendo no meu quintal. É certo que não há vermes dentro dele. Vai dar uma deliciosa salada. Mas, antes, vou mostrar o meu tomate para meu vizinho… Um pouco de exibicionismo faz bem para o ego. Mas aí eu olho para o quintal do vizinho. Ele também cultiva tomates. Vejo o tomate que cresce no tomateiro dele. Lindo! Vermelhíssimo, mais bonito que o meu. É nesta hora que o verme entra no meu olho. Meus olhos se movimentam. Voltam-se para o meu tomate que era minha alegria e orgulho. Já não é mais. Vejo-o agora mirrado, pequeno murcho. E ele corresponde: apodrece repentinamente e cai… Perdi o prazer da minha salada.
   Esse movimento dos olhos é a maldição da comparação. Quando eu comparo o meu “bom-bom-mesmo-mais-que-suficiente-para-me-fazer-feliz” com o “bom” maior do outro, fico infeliz. E o que antes me dava felicidade passa a me dar infelicidade. Com a comparação tem início a infelicidade humana. Isso acontece com tudo. Comparo minha casa, meu carro, minhas roupas, meu corpo, minha inteligência e até mesmo meu filho.
   Frequentemente os filhos são vítimas no jogo de inveja dos seus pais. Aquele meu filho, que é a minha alegria, delícia de criança, com um jeitinho só dele e que me encanta… Mas o filho do vizinho tira notas mais altas que o meu, é campeão de natação, é mais forte, mais alto e não é gordinho… Então, meu olho se movimenta e o verme se aninha. E se dá o mesmo com meu tomate: apodrece.

(ALVES, Rubem. Revista Psique. Em: maio de 2009.)
Mas o filho do vizinho tira notas mais altas que o meu, é campeão de natação, é mais forte, mais alto e não é gordinho...” (7º§) A expressão destacada exprime ideia de: 
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Q3030434 Português

Leia o texto I para responder à questão.


Texto I


Uso de linguagem simples no meio jurídico pode cumprir função de democratizar a informação


    Mutatis mutandis, data venia, quantum debeatur e outras expressões como essas poderiam facilmente ser nomes de feitiços da saga Harry Potter, como o clássico Avada Kedavra, que fez sucesso nos anos 2000. No entanto, a origem dos termos mencionados é bem menos empolgante. Derivadas do latim, essas palavras podem ser estranhas para a maioria da população, mas são recorrentes no meio jurídico. Apesar da roupagem complicada, esses são termos que expressam conceitos simples. Data venia, basicamente, significa “discordo”. Mutatis mutandis é sinônimo de “mudando o que tem que ser mudado”, termo usado para indicar que uma lei ou medida deve ser adaptada para ser aplicada em uma determinada situação. Já a expressão quantum debeatur é usada para dizer “quanto se deve”. Palavras rebuscadas, sentidos comuns.
    O professor Daniel Pacheco, da Faculdade de Direito da USP em Ribeirão Preto, aponta que o modo de falar usado no Direito é arcaico e se trata de uma herança ultrapassada que remonta aos tempos da Roma antiga. “No Brasil, o Direito vem da tradição romana, então se adota aqui o chamado sistema romano-germânico. E lá na Roma antiga, 2 mil anos atrás, se tinham fórmulas que deviam ser repetidas exatamente iguais aos modelos pelos advogados e juízes. Então, o advogado que ia participar de alguma audiência deveria falar daquela exata forma que estava prescrita, qualquer coisa diferente daquilo seria um erro. Trata-se de uma tradição muito engessada e isso se estendeu ao longo dos anos, virou cultura da área. Em um passado mais recente, a pessoa que estudava Direito normalmente era aquela pessoa mais culta, que dominava a língua portuguesa muito bem e gostava de mostrar essa erudição quando trabalhava. Então se criou essa ideia, que se tem até hoje, de que usar uma linguagem inacessível, falar de forma complicada e complexa, é sinônimo de competência”, explica.
    Para uma parcela dos profissionais da área, o uso desse tipo de linguagem afasta o público geral das discussões e decisões tomadas no meio jurídico e o desintegra do restante da sociedade. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, afirma que “quase tudo o que decidimos pode ser explicado em uma linguagem simples, que as pessoas consigam entender, ainda que para discordar, mas para discordar daquilo que entenderam”. Sendo assim, uma das maiores bandeiras de sua gestão é o Pacto Nacional pela Linguagem Simples no Judiciário, que já conta com a adesão de mais de 70 tribunais e órgãos da Justiça brasileira. 
    O professor explica que a manutenção do uso desse vocabulário tradicional do Direito não faz sentido para os dias atuais e não traz retornos positivos. “Esse é o tipo de coisa que as pessoas apenas continuam fazendo sem refletir por quê. Vamos fazer um paralelo: advogado, jurista de modo geral, tradicionalmente sempre usou gravata, que é uma vestimenta que foi criada na Rússia, um país muito frio, para deixar a pessoa mais aquecida. Não faz sentido nenhum a gente usar aqui no Brasil, que é um país tropical. Mas as pessoas usam, sem questionar muito. Porque sempre foi assim, sempre se usou e prevalece a tradição”.
    “O processo é nada mais do que uma relação de diálogo. Um diálogo das partes, dos advogados, do promotor de Justiça com o juiz. Então, sendo um diálogo, qual é a coisa mais importante que existe nessa situação? É que a comunicação seja bem- -feita. Então, não adianta nada escrever um texto cheio de mesóclise, com inversões, bem complicado, e que ninguém consiga entender muito bem o que está sendo dito. Isso, inclusive, prejudica a própria relação processual. Porque se eu, como advogado, escrevo uma petição, e o juiz não consegue entender direito o que eu escrevi, eu estou prejudicando o meu cliente. É o contrário do que se pensava antigamente. Então, a gente não está fazendo um próprio algoritmo, a gente está prejudicando o nosso cliente. 
    Daniel Pacheco entende que a linguagem simples pode cumprir uma função de democratização da informação. “Frequentemente, eu sou convidado pela mídia para explicar decisões judiciais. Então, às vezes, o juiz dá uma decisão que não é muito clara para quem não é da área jurídica, e as pessoas me pedem para explicar o que o juiz decidiu. Ele deu o que a pessoa pediu ou não deu? Mandou prender ou não mandou prender? O que aconteceu? O que é esse caso? Então, ficam sempre muitas dúvidas, e eu acho que você usar a linguagem simples tem esse outro efeito que é muito benéfico, que é democratizar o que foi decidido pelo Judiciário. Tem que ser uma linguagem que qualquer pessoa que é alfabetizada, uma pessoa comum, consiga entender. Não pode acontecer isso de alguém precisar pedir o auxílio de um advogado para explicar o que foi dito lá”, finaliza.


(RAMOS, Regis. Uso de linguagem simples no meio jurídico pode cumprir função de democratizar a informação. Jornal da USP, 2024. Disponível em:
<https://jornal.usp.br/radio-usp/uso-de-linguagem-simples-no-meio-juridico/ Acesso em: 20/10/2024. Adaptado.)


Analise o fragmento a seguir: “[...] Porque se eu, como advogado, escrevo uma petição, e o juiz não consegue entender direito o que eu escrevi, [...]” (5º§). A conjunção e introduz valor lógico-semântico de:
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Q3029382 Português
Educação em saúde e sua importância

A garantia do bem-estar social é um dever dos governos; os cidadãos, por sua vez, têm de estar atentos às políticas e, também, assumir as suas responsabilidades

Correio Braziliense | 26/08/2024


   A garantia do bem-estar social é um dever dos governos em todas as suas instâncias. Os cidadãos, por sua vez, têm de estar atentos às políticas voltadas para isso e, também, precisam assumir as suas responsabilidades. Na atualidade, a educação em saúde ganha importância. Os desafios que as mudanças climáticas e o modo de vida colocam nessa área exigem da humanidade uma ampla conscientização. O aumento da INCIDÊNCIA de algumas doenças, a maior circulação de vírus e o registro de enfermidades que já haviam sido controladas, como sarampo e poliomielite, são um sinal de alerta.

   Entre profissionais e estudiosos, a educação comunitária e participativa na saúde conquista espaço nas discussões e reflexões. Muito além de traçar DIRETRIZES para o serviço público, esse conceito deve ser compreendido como um caminho de transformação da sociedade. Criar e aprimorar a consciência crítica das pessoas a respeito de seus problemas de saúde são ações necessárias por parte das instituições. Mas, com a disponibilidade de se conectar facilmente com as informações corretas e com a tecnologia mais acessível, cada um pode fazer a diferença no contexto coletivo.

  No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o envolvimento individual é determinante para o sucesso. A concretização dos projetos nacionais, e as suas melhorias, fica mais efetiva quando o usuário toma parte do processo, dando sua contribuição para a busca de soluções. Um exemplo é o Programa Saúde da Família, iniciativa que rende benefícios diversos, porém só alcança todo o seu potencial com o envolvimento do cidadão aliado à atividade educativa.

  O controle de endemias no país, com a dengue aparecendo em destaque no cenário, também depende das pessoas, já que o combate à transmissão passa pela eliminação do Aedes aegypti, [____] se PLORIFERA em imóveis particulares e comerciais, além de locais [____] o acúmulo de sujeira e de INTULHOS se estabelece em decorrência da atitude humana. Campanhas de vacinação, de aleitamento materno e de prevenção de doenças são outros modelos [____] só alcançam seus objetivos com a associação entre gestores e moradores.

   O desafio é grande, e a estratégia de elevar a qualidade de vida das populações, especialmente as mais vulneráveis, pede ações multidisciplinares que incluam a orientação dos agentes e o cumprimento das prescrições por parte dos assistidos. Por outro lado, as propostas de educação em saúde não podem ficar travadas nas INTENÇÕES, sem que haja a dedicação concreta dos governos para que sejam aplicadas. Muito menos podem se restringir à formação dos profissionais.

    Educação em saúde abrange uma gama de ações: investimento, conscientização em níveis público e privado, palestras em escolas e outras instituições, orientações médicas, campanhas e disseminação de conhecimento. Tudo implementado em conjunto e com a adoção de hábitos saudáveis pela população. Apenas com um esforço de empoderamento das pessoas, fazendo com que participem ativamente de suas jornadas de saúde, os resultados ideais serão percebidos, e o Brasil vai conseguir elevar o bem-estar de seus cidadãos.


EDUCAÇÃO em saúde e sua importância. Correio Braziliense, 26 de agosto de 2024. Visão do Correio. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/08/6927528-visao-do-correioeducacao-em-saude-e-sua-importancia.html. Acesso em: 27 ago. 2024. Adaptado.
Analise o excerto a seguir.

“Mas, com a disponibilidade de se conectar facilmente com as informações corretas e com a tecnologia mais acessível, cada um pode fazer a diferença no contexto coletivo.” (2º parágrafo)

Qual é o sentido veiculado pelo trecho sublinhado no excerto, considerando-se o contexto do parágrafo em que ele ocorre?
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Q3028649 Português
Paulo Freire, o mentor da Educação para a consciência.

Por Márcio Ferrari 01/10/2008


Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno.

Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.

Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil.

Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos.

“Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los. [...]

“Os homens se educam entre si mediados pelo mundo", escreveu. Isso implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor. Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar.

"Uma das grandes inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo", diz José Eustáquio Romão, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.

A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização preconizado por Freire e está no âmago de seu método de alfabetização, formulado inicialmente para o ensino de adultos. Basicamente, o método propõe a identificação e catalogação das palavras-chave do vocabulário dos alunos - as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua como, por exemplo, "tijolo" para os operários da construção civil.

Diante dos alunos, o professor mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do desdobramento em sílabas das palavras geradoras. O conjunto das palavras geradoras deve conter as diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e a escrita. "Isso faz com que a pessoa incorpore as estruturas linguísticas do idioma materno", diz Romão. Embora a técnica de silabação seja, hoje, vista como ultrapassada, o uso de palavras geradoras continua sendo adotado com sucesso em programas de alfabetização em diversos países do mundo.

[...]

https://novaescola.org.br
“Embora a técnica de silabação seja hoje vista como ultrapassada [...].” 9º§
É CORRETO afirmar que a conjunção “embora” pode ser substituída, sem que haja prejuízo do sentido de concessão, por
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Q3028343 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Paris 2024 obriga muçulmanas a escolherem entre fé e esporte e COI se cala


As conquistas no esporte avançam um pouco, sem deixar de dar alguns passos para trás. As Olimpíadas de Paris são um outdoor desse diagnóstico. As atletas de origem muçulmana não poderão competir de hijab nas Olimpíadas de Paris. Ou seja, de maneira discriminatória, serão obrigadas a escolher entre a fé e o esporte.


Em junho, a Anistia Internacional se manifestou mais um vez contra a proibição imposta às mulheres muçulmanas de usarem o véu nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A decisão foi tomada ainda em 2023 pelo governo francês, atingindo a autonomia esportiva e também direitos humanos.


Uma medida evidentemente discriminatória. Primeiro porque ninguém deve dizer o que as mulheres podem ou não vestir; segundo, porque de acordo com as normas internacionais de direitos humanos, as restrições à expressão de religiões ou crenças, como a escolha do vestuário, só são aceitáveis em circunstâncias muito específicas. 


Uma decisão que vai na contramão do movimento recente do esporte em direção da proteção direitos humanos e no combate a toda discriminação. Ela traz efeitos importantes na participação esportiva e contraria a ideia do esporte como sendo algo inclusivo e acessível.


Juntamente outros organismos internacionais, a Anistia expôs ao COI o problema. No entanto, a resposta foi decepcionante. O Comitê disse que essa era uma "decisão do Estado francês".


Autonomia esportiva e direitos humanos atacados, com a força do Estado e a conivência do movimento esportivo. Logo ele, que recentemente avançou no entendimento entre esporte e fé.


(https://www.uol.com.br/esporte/colunas/lei-em-campo/2024/07/23/paris-2024-obriga-muculmanas-a-escolherem-entre-fe-e-esporte-e-coi-se-ca la.htm)

"Em junho, a Anistia Internacional se manifestou mais um vez contra a proibição imposta às mulheres muçulmanas de usarem o véu nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos." Em relação à análise sintática do trecho, marque (V) para verdadeiro e (F) para falso nas afirmativas abaixo: 

(__) O trecho é formado por período composto.
(__) O sujeito da forma verbal "manifestou" é indeterminado.
(__) O verbo "usar" é transitivo direto e indireto sendo objeto direto "o véu" e objeto indireto "jogos olímpicos e Paralímpicos".
(__) "Em junho" tem valor de adjunto adverbial de tempo.
(__) A conjunção "e" é aditiva e liga a segunda oração à primeira.

A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Lagoa Seca - PB Provas: CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Advogado | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Advogado (CREAS) | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Arquiteto e Urbanista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Cirurgião Dentista PCD - CEO | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Cirurgião Dentista Periodontista - CEO | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Cirurgião Dentista - GSF | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Educador Físico da Saúde | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Assistente Social em Saúde | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Assistente Social - CREAS | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Assistente Social - CEMAE | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Auditor Fiscal | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Enfermeiro | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Cirurgião Dentista Bucomaxilofacial - CEO | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Engenheiro Agrônomo | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Engenheiro Civil | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Farmacêutico | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Fonoaudiólogo - CEMAE | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Mediador Pedagógico - SEMAE | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Médico do Trabalho | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Assistente Social | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Médico Neurologista - CEMAE | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Médico Plantonista | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Médico Veterinário | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Médico - GSF | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Psicopedagogo Clínico Institucional - CEMAE | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Psicólogo Clínico Infantil - CAPS | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Psicólogo Clínico - CREAS | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Psicólogo Clínico - CEMAE | CPCON - 2024 - Prefeitura de Lagoa Seca - PB - Terapeuta Ocupacional - CEMAE |
Q3027115 Português

Para responder à questão, leia o texto V.


Texto V


Q10_12.png (333×345)

Fonte: Quino. Mafalda . Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/39617671711906286/. Acesso em: 25 jul. 2024.

Ainda com relação ao enunciado presente no último quadrinho da tira (“Bem que dizem que repartir é morrer um pouco"), analise as assertivas abaixo. 
I- As duas ocorrências da palavra que correspondem à mesma função sintática. II- A segunda ocorrência da palavra que atende à função sintática de conjunção integrante. III- Os verbos repartir e morrer estão no infinitivo. IV- Em “Bem que dizem”, tem-se uma oração sem sujeito. 
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q3027071 Português

Para a questão, leia o texto que segue.


Q7_8.png (757×242)


Fonte: WATTERSON, Bill. . Calvin e Haroldo Disponível em: cultura.estadao.com.br-geral.20-tiras-de-calvin-e-hharoldo-para-refletir-sobre-a-vida-e-sobre-omundo. Acesso em: 23 jul. 2024.

Avalie o que é pedido sobre o trecho abaixo.
Quando a gente  novos significados às palavras, o nosso velho idioma se transforma em um código excludente!”
Gramaticalmente, os termos em destaque se qualificam como:
Alternativas
Q3027054 Português

Leia o pensamento a seguir.


"A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade."

(CLARICE LISPECTOR)

A conjunção "MAS" pode ser trocada sem prejuízo de sentido por:
Alternativas
Q3026402 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Clara de ovo aumenta aderência de grafeno a fios de algodão


Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um fio de algodão banhado em grafeno que utiliza a clara do ovo de galinha para aumentar a eficiência e reduzir os custos na produção de fios condutores de eletricidade, fundamentais para o desenvolvimento de roupas eletrônicas.

A geometria em forma de colmeia da molécula de grafeno proporciona uma forte coesão entre seus átomos de carbono. Assim, podem se estruturar em uma única camada, resultando em um material fino, leve, resistente e com grande condutividade térmica e elétrica. Associá-lo aos fios de algodão seria uma eficiente alternativa para a produção de fios têxteis com condutividade elétrica. Esses fios poderiam ser utilizados em sensores flexíveis e roupas eletrônicas, por sua vez usadas para controle térmico, monitoramento dos sinais vitais ou acesso à internet.

O grafeno, porém, não adere com facilidade ao algodão e é preciso repetir até 80 vezes o processo de imersão e secagem dos fios em óxido de grafeno, um líquido, para obter o resultado desejado. O processo é demorado e caro, o que motivou a equipe da UFPE, coordenada pela química Patrícia Araújo, a buscar alternativas.

A polidopamina, um polímero autoaderente, e o álcool polivinílico, um polímero sintético hidrossolúvel, foram testados com certo sucesso pelo grupo e reduziram para 10 a quantidade de imersões necessárias para cobrir o algodão com grafeno. A albumina sérica bovina, uma proteína do sangue da vaca, apresentou resultados melhores, com apenas uma imersão, mas sua extração é difícil e cara.

Os pesquisadores testaram a clara do ovo de galinha como uma fonte mais acessível da proteína e de custo menor. O tratamento dos fios com a albumina de ovo reduziu para cinco a necessidade de imersão, alcançando uma resistência elétrica ideal de 80 Ω.g/cm² (ohm, representado pela letra grega ômega, a unidade de medida para resistência elétrica, multiplicado por grama dividido por centímetro ao quadrado). Esse valor se manteve o mesmo após os fios serem submetidos a 104 testes de flexão, nos quais eles são dobrados, e cinco de lavagem, para avaliar a adesão do revestimento, como detalhado em um artigo publicado em março na revista Materials Research.

"Mesmo com uma maior necessidade de imersão do que com a albumina sérica bovina, a vantagem da clara de ovo é muito grande", comenta Araújo. "A albumina bovina é de 40 a 50 vezes mais cara". Os pesquisadores estão em busca de parcerias com empresas para ampliar a escala de produção dos fios condutores.

Uma equipe da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), campus de Juazeiro, na Bahia, encontrou outra forma de tornar os fios de algodão capazes de produzir e armazenar energia: revesti-los com uma camada dupla de nanotubos de carbono e grafeno e depois cobri-los com um polímero plástico. O processo foi descrito em um artigo publicado em abril de 2018 na revista ACS Applied Materials & Interfaces. Trata-se de uma técnica mais complexa e cara do que a proposta pelos pesquisadores da UFPE.

FLORESTI, Felipe. Clara de ovo aumenta aderência de grafeno a fios de algodão. Revista Pesquisa FAPESP.

Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/clara-de-ovo-aumenta-a derencia-de-grafeno-a-fios-de-algodao/ Acesso em: 18 jun., 2024.
Analise o seguinte trecho, retirado do texto:
O grafeno, porém , não adere com facilidade ao algodão e é preciso repetir até 80 vezes o processo de imersão e secagem dos fios em óxido de grafeno, um líquido, para obter o resultado desejado. O processo é demorado e caro, o que motivou a equipe da UFPE, coordenada pela química Patrícia Araújo, a buscar alternativas.
Assinale a alternativa que correta e respectivamente classifica as relações de sentido destacadas no excerto:
Alternativas
Q3026143 Português

Leia o texto e responda a questão.


    Dança popular no Brasil, quadrilha junina é oficializada como manifestação da cultura nacional


    Um dos mais tradicionais e característicos estilos de dança do Brasil, a quadrilha junina junta-se a outros marcos, como as escolas de samba, o forró e as próprias festas juninas e, a partir desta segunda-feira (24/6), passa a ser reconhecida como manifestação da cultura nacional. A Lei Nº 14.900, que oficializa a decisão, foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra Margareth Menezes (Cultura) e publicada no Diário Oficial da União.

     As raízes das quadrilhas juninas têm origem nas danças de salão europeias, que chegaram ao Brasil pela corte portuguesa no início do século XIX. A “quadrille” surgiu em Paris, no século XVIII, como dança de salão composta por quatro casais. Era dançada pela elite europeia e veio para o Brasil durante o período da Regência, por volta de 1830, onde tornou-se febre no ambiente aristocrático.

    A partir da corte carioca, a quadrilha foi ganhando muito espaço junto ao povo e passou a incorporar elementos culturais, religiosos e folclóricos nacionais. Nesse processo de adaptação, ampliou o número de pares dançantes, abandonou os passos e ritmos franceses, e, ao longo do tempo, as músicas e o casamento caipira, que antecede a dança, foram sendo incorporadas. 

No trecho “Um dos mais tradicionais e característicos estilos de dança do Brasil” a conjunção e estabelece sentido de:
Alternativas
Respostas
61: D
62: B
63: C
64: A
65: A
66: A
67: C
68: C
69: C
70: D
71: B
72: C
73: D
74: D
75: C
76: A
77: A
78: A
79: A
80: D