Questões de Concurso Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

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Q2725146 Português

Leia o texto e responda às questões de números 08 a 14.


Comandante aposentado não deixa o cockpit


Shigekazu Miyazaki está usando o tempo livre de sua aposentadoria a 25 mil pés. Ele foi piloto da maior companhia aérea japonesa por quatro décadas, mas deixou o posto ano passado, ao completar 65 anos, idade-limite para voar pela empresa.

Mas, em vez de jogar golfe ou pescar, agora Miyazaki é piloto de uma companhia regional do Japão. “Nunca pensei que ainda estaria voando aos 65 anos, mas eu continuo saudável, amo voar, então, enquanto eu puder, por que não?”

O envelhecimento dos trabalhadores está forçando um questionamento sobre a trajetória profissional e também sobre a sustentação da Previdência no Japão. O país tem a maior expectativa de vida do mundo, pouca imigração e uma minguante população de jovens trabalhadores, reflexo de décadas de queda na taxa de natalidade.

Isso torna os trabalhadores mais velhos ainda mais importantes para a economia. Mais da metade dos homens japoneses com mais de 65 anos executa algum tipo de trabalho remunerado, comparado com um terço dos americanos e 10% em alguns países da Europa.

A economia japonesa está começando a se recuperar graças à demanda das exportações, mas a escassez de trabalhadores pode limitar esse crescimento. A taxa de desemprego é de 2,8%.

Ao mesmo tempo, a geração que começa a se aposentar pressiona a Previdência Social e força o governo a estudar o aumento da idade mínima para conceder o benefício.

Os trabalhadores mais velhos também ajudam a explicar a estagnação da renda no Japão. Os mais velhos costumam receber muito menos do que o salário do pico de suas carreiras. Essa queda acaba reduzindo os aumentos que um jovem recebe ao longo do crescimento profissional.

Para Miyazaki, por exemplo, a escolha de continuar voando é um luxo. No novo emprego, recebe um terço do salário de antes de se aposentar.

(New York Times. Publicado pela Folha de S.Paulo em 30.07.2017. Adaptado)

No 2º parágrafo, em – ...mas eu continuo saudável, amo voar, então, enquanto eu puder, por que não? –, os termos destacados expressam, correta e respectivamente, as ideias de:

Alternativas
Q2724869 Português

HELENA


A noite foi cruel para todos. D. Úrsula, profundamente abatida pela dor e pelas vigílias, não consentiu, ainda assim, que outras mãos amortalhassem Helena; ela mesma lhe prestou esse derradeiro e triste obséquio. A morte não diminuíra a beleza da donzela; pelo contrário, o reflexo da eternidade parecia dar-lhe um encanto misterioso e novo. Estácio contemplou-a com os olhos exaustos, o padre com os seus úmidos. Melchior suportara a dor até ao momento da definitiva separação; agora, que a moça se ia de vez, deixou-se abater enfim, ao pé daqueles pálidos restos, despojo último de generosas ilusões.

No dia seguinte, prestes a sair o enterro, as senhoras deram à donzela morta as despedidas derradeiras. D. Úrsula foi a primeira que lhe prestou esse dever; seguiu-se Eugênia e seguiram as outras. Estácio viu-as subir, uma a uma, o estrado em que repousava a essa. Depois, quando ia fechar-se o féretro, caminhou lentamente para ele; trepou ao estrado, e pela última vez contemplou aquele rosto, - sede há pouco de tanta vida, - e a coroa de saudades que lhe cingia a cabeça, em vez de outra, que ele tinha direito de pousar nela. Enfim, inclinou-se também, e a fronte do cadáver recebeu o primeiro beijo de amor.

(ASSIS, Machado de. Helena. Disponível em: machado.mec.gov.br)

Com base no texto 'HELENA', leia as afirmativas a seguir:


I. Em “ela mesma lhe prestou esse derradeiro e triste obséquio”, o pronome oblíquo “lhe” refere-se à personagem Helena.

II. A expressão “pelo contrário” tem valor semântico de oposição. Já a palavra “enfim”, no último período, exprime valor conclusivo.

III. No trecho “ela mesma lhe prestou esse derradeiro e triste obséquio”, o pronome “esse” refere-se ao ato de amortalhamento feito por D. Úrsula.


Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q2724865 Português

HELENA


A noite foi cruel para todos. D. Úrsula, profundamente abatida pela dor e pelas vigílias, não consentiu, ainda assim, que outras mãos amortalhassem Helena; ela mesma lhe prestou esse derradeiro e triste obséquio. A morte não diminuíra a beleza da donzela; pelo contrário, o reflexo da eternidade parecia dar-lhe um encanto misterioso e novo. Estácio contemplou-a com os olhos exaustos, o padre com os seus úmidos. Melchior suportara a dor até ao momento da definitiva separação; agora, que a moça se ia de vez, deixou-se abater enfim, ao pé daqueles pálidos restos, despojo último de generosas ilusões.

No dia seguinte, prestes a sair o enterro, as senhoras deram à donzela morta as despedidas derradeiras. D. Úrsula foi a primeira que lhe prestou esse dever; seguiu-se Eugênia e seguiram as outras. Estácio viu-as subir, uma a uma, o estrado em que repousava a essa. Depois, quando ia fechar-se o féretro, caminhou lentamente para ele; trepou ao estrado, e pela última vez contemplou aquele rosto, - sede há pouco de tanta vida, - e a coroa de saudades que lhe cingia a cabeça, em vez de outra, que ele tinha direito de pousar nela. Enfim, inclinou-se também, e a fronte do cadáver recebeu o primeiro beijo de amor.

(ASSIS, Machado de. Helena. Disponível em: machado.mec.gov.br)

Com base no texto 'HELENA', leia as afirmativas a seguir:


I. A palavra “todos”, no primeiro período do texto, é um pronome relativo que estabelece uma relação exofórica com o leitor não citado.

II. No último período do texto (“Enfim, inclinou-se também...”), a palavra “enfim” tem valor semântico conclusivo.

III. O texto apresenta uma profunda sondagem psicológica das personagens, o que fica evidente com os questionamentos realizados por D. Úrsula.


Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q2724729 Português

AS QUESTÕES 1 A 10 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO

TEXTO

AMOSTRA DA CIÊNCIA LOCAL

1 O homem vivia tranquilo,

2 Em paz com a vida e com ele.

3 Um belo dia, entretanto,

4 Resolve escrever um artigo

5 Sobre o Brasil, bem cuidado.

6 Mas Brasil se escreverá

7 Com "s" mesmo, ou com “z”?

8 Ele vai no dicionário:

9 Dá com "s" e dá com "z".

10Telefona à Academia:

11 "Ninguém sabe não senhor,

12 Talvez com "s", ou com "z".

13 Tira dinheiro do bolso,

14 Numas notas vem escrito

15 Com "s" a palavra Brasil,

16 Noutras vem mas é com "z",

17 O homem vai ao vizinho,

18 Sujeito modesto e sábio

19 "Não sei dizer não senhor,

20 Só sei que meu filho Pedro

21 Esteve um ano no Hospício

22 Porque queria saber

23 Justamente o que você

24 Quer saber e não consegue."

25 O homem perde a paciência,

26 Tira uma faca do bolso,

27 Boa faca pernambucana.

28 - Não quero mais me amolar,

29 Aqui deve estar escrito

30 "Fabricado no Brasil."

31 Conforme estiver aqui,

32 D'agora em diante, afinal,

33 Mesmo que seja com "s"

34 (Prefiro que seja com "z")

35 Escreverei a palavra;

36 A faca será juiz. -

37 O homem olha pra faca,

38 Meu Deus! era made in Germany.

39 Segura o homem na faca,

40 A faca enterrou no corpo

41 E o filólogo morreu.

MURILO MENDES

“Mesmo que” (v.33) inicia uma declaração.

Alternativas
Respostas
236: B
237: A
238: D
239: B
240: B