Questões de Concurso Sobre crase em português

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Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Banco da Amazônia Provas: CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Administração | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Arquitetura | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Biblioteconomia | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Pedagogia | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Jornalismo | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Psicologia Clínica | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Contabilidade | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Psicologia do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Técnologia da Informação | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Economia | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Engenharia Agronômica | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Engenharia de Pesca | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Engenharia Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Engenharia Naval | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Medicina do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Estatística | CESPE / CEBRASPE - 2006 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Área: Engenharia Mecânica |
Q2096525 Português



Marcílio de Freitas. Amazônia e ecologia: diversidade e transdisciplinaridade. Rio de Janeiro: Vozes, 2004, p.43-5 (com adaptações). 

Com referência a aspectos gramaticais e semânticos do texto, julgue o item que se segue.


Na estrutura “às questões ecológicas” (l.10), é obrigatório o emprego do sinal indicativo da crase.

Alternativas
Q2096306 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Antes do dia partir...

Por Martha Medeiros





(Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/~jobis/m-antes.htm – texto adaptado especialmente para esta prova). 
Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 01, 18 e 19. 
Alternativas
Q2096056 Português

Crescer em Rede

Por Luciana Allan


(Disponível em: https://exame.com/blog/crescer-em-rede/– texto adaptado especialmente para esta prova.)

Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 06, 20 e 41.
Alternativas
Q2095817 Português
Leia o texto.

Caso do canário

Casara-se havia duas semanas. Por isso, em casa dos sogros, a família resolveu que ele é que daria cabo do canário:

– Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos deu tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é diferente, ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele, durante o noivado.

– Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um pássaro só porque o conheço há menos tempo do que vocês?

– Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? É para ele não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom, vá.

O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe com doçura:

– Vai, meu bem.

Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se da gaiola. O canário nem sequer abriu o olho. Jazia a um canto, arrepiado, morto-vivo. É, esse está mesmo na última lona e dói ver a lenta agonia de um ser tão precioso, que viveu para cantar.

– Primeiro me tragam um vidro de éter e algodão. Assim ele não sentirá o horror da coisa.

Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com infinita delicadeza, aconchegou-o na palma da mão esquerda e, olhando para outro lado, aplicou-lhe a bolinha no bico. Sempre sem olhar para a vítima, deu-lhe uma torcida rápida e leve, com dois dedos no pescoço.

E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humana uma droga. As pessoas da casa não quiseram aproximar-se do cadáver. Coube à cozinheira recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse saudade e remorso em ninguém. Não havendo jardim para sepultar o corpo, depositou-o na lata de lixo.

Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome naquela casa enlutada? O sacrificador, esse, ficara rodando por aí, e seu desejo seria não voltar para casa nem para dentro de si mesmo. 

No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o caminhão, e recebeu uma bicada voraz no dedo.

– Ui! Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com uma fome danada?

– Ele estava precisando mesmo era de éter – concluiu o estrangulador, que se sentiu ressuscitar, por sua vez.

Carlos Drummond de Andrade
Assinale a alternativa em que as duas frases estão corretas. Considere a regência verbal, a pontuação, a crase e a concordância verbal ou nominal. 
Alternativas
Q2095532 Português
Leia o texto.

A língua é instituição social, e como tal é instrumento da sociedade, o mais rico e complexo dos instrumentos humanos. Todavia, mesmo enquanto mero caráter instrumental, pode prescindir do critério de correção? Todo instrumento implica um uso correto ou incorreto, eficaz ou ineficaz. O erro é inerente à condição humana e será descartável em matéria tão delicada e sutil como a linguagem? A experiência quotidiana ensina que todo falante a cada passo comete erros (orações mal formadas, ambiguidades às vezes cômicas, etc.) e se corrige a si próprio. A correção é inerente a todo ato de comunicação.

Angel Rosenblat
Assinale a alternativa em que a crase foi usada de maneira correta.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FEPESE Órgão: IPRECON - SC Prova: FEPESE - 2022 - IPRECON-SC - Contador |
Q2094808 Português
Leia o texto.

(…) era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas não descansavam, era um subir e fechar a cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo no capinzal dos fundos, por trás da estalagem ou no recanto das hortas.

Aluísio Azevedo. O cortiço – fragmento
Assinale a alternativa em consonância com nossa gramática normativa.
Alternativas
Q2094732 Português
Em relação ao uso do acento indicativo da crase, analise os itens a seguir.
I. A ciência permite à humanidade combater a desinformação diante da natural apreensão provocada por uma pandemia.
II. No Brasil, o sanitarista Oswaldo Cruz adotou medidas impopulares no combate à febre amarela.
III. O tratamento dado a pandemia no Brasil tem sido especialmente catastrófico para nós.
Escolha a única alternativa correta
Alternativas
Q2094344 Português

 A questão  refere-se ao texto. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Os estágios curriculares obrigatórios: aprender a ser professor é responsabilidade de todos.

Por Roberta Flaborea Favero




(Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2020/01/31/estagios-obrigatorios-professor/ - Texto especialmente adaptado para esta prova.)

Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 03, 35 e 36. 
Alternativas
Q2094226 Português


Internet: <www.economia.uol.com.br> (com adaptações).

Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item:


Na segunda linha do sexto parágrafo, em “a proporção dos que esperam inflação alta em 2023”, a locução conjuntiva “a proporção dos” deveria vir com crase.

Alternativas
Q2094163 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

O que faz um bom orientador educacional
(Disponível em: https://escolasexponenciais.com.br/inovacao-e-gestao/o-que-faz-o-orientadoreducacional/ - texto especialmente adaptado para esta prova.)
Quanto à necessidade ou não do uso da crase, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 12 (duas ocorrências), 13 e 30 (duas ocorrências). 
Alternativas
Q2094125 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

Terras Indígenas protegem a floresta

A conservação ambiental das Terras Indígenas é uma estratégia de ocupação territorial estabelecida pelos povos indígenas. Os povos indígenas ajudam a ampliar a diversidade da fauna e da flora local porque têm formas únicas de viver e ocupar um lugar.

Pesquisas recentes têm mostrado que os povos indígenas tiveram um papel fundamental na formação da biodiversidade encontrada na América do Sul. Muitas plantas, por exemplo, surgiram como produto de técnicas indígenas de manejo da floresta, como a castanheira, a pupunha, o cacau, o babaçu, a mandioca e a araucária. No caso da castanha-do-pará e da araucária, essas árvores teriam sido distribuídas por uma grande área pelos povos indígenas antes da ocupação europeia no continente.

O manejo desses povos sobre a biodiversidade teve um papel fundamental na formação de diferentes paisagens no Brasil, seja na Amazônia, no Cerrado, no Pampa, na Mata Atlântica, na Caatinga, ou no Pantanal. Os povos indígenas sempre usaram os recursos naturais sem colocar em risco os ecossistemas. Esses povos desenvolveram formas de manejo adequadas e que têm se mostrado muito importantes para a conservação da biodiversidade no Brasil. Esse manejo incluiu a transformação do solo pobre da Amazônia em um tipo muito fértil, a Terra Preta de Índio. Estima-se que pelo menos 12% da superfície total do solo amazônico teve suas características transformadas pelo homem neste processo.

No sul do Brasil, por exemplo, a TI Mangueirinha ajuda a conservar uma das últimas florestas de araucária nativas do mundo, enquanto que no Sul da Bahia, os Pataxó da TI Barra Velha ajudam a proteger uma das áreas remanescentes de maior biodiversidade da Mata Atlântica. Na Amazônia, maior Bioma brasileiro, enquanto 20% da floresta já foi desmatada, nos últimos 40 anos, juntas as Terras Indígenas perderam apenas 1,9% de suas florestas originais.

E não é só para a conservação das florestas que os povos indígenas e seus territórios são importantes. Em um momento em que cientistas chamam a atenção para o declínio da biodiversidade e da diversidade de plantas cultivadas, a agrobiodiversidade tem os povos indígenas como guardiões fiéis. O Alto Rio Negro é um grande centro de diversidade de plantas cultivadas, sendo que o sistema agrícola dos índios dessa região foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural do Brasil.

A lista dos produtos dessa agrobiodiversidade é bastante extensa, muitas plantas presentes hoje em nossas mesas nos foram apresentadas pelos sistemas agrícolas dos povos indígenas. Açaí, amendoim, diversas espécies de batata e de pimentas, assim como, uma grande quantidade de sementes de milho e feijão, para citar algumas.

Não é só sobre plantas cultivadas que os conhecimentos dos povos indígenas se estendem. É por isso que cientistas ligados à Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (Ipbes) têm se debruçado sobre o papel dos conhecimentos indígenas sobre a biodiversidade. O Ipbes é uma entidade internacional criada em 2012 e tem, entre seus princípios, reconhecer a contribuição dos conhecimentos indígenas para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas.

A importância das Terras Indígenas na conservação da biodiversidade forçou a formulação de um marco legal para promover a gestão ambiental dos territórios indígenas, por meio da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI). Hoje, a grande luta dos povos indígenas é para que o conjunto de leis derivado desse reconhecimento seja cumprido, garantindo a manutenção de suas terras livres de invasores e em condições ambientais que lhes permitam viver de acordo com seus modos de vida.

https://terrasindigenas.org.br/pt-br/faq/tis-e-meio-ambiente
A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:
Alternativas
Q2089497 Português

O ciclo da vida


    Recorro à minha profissão de tradutora, que exerci intensamente por longo tempo, para apresentar aqui versos da poetisa americana Edna St. Vincent Millay, falecida, sobre a morte: “Não me resigno quando depositam corações amorosos na terra dura. É assim, assim será para sempre: entram na escuridão os sábios e os encantadores. Coroados de lírios e louros, lá se vão: mas eu não me conformo. Na treva da tumba lá se vão, com seu olhar sincero, o riso, o amor; vão docemente os belos, os ternos, os bondosos; vão‐se tranquilamente os inteligentes, os engraçados, os bravos. Eu sei. Mas não aprovo. E não me conformo”.

    Conformados ou não, a morte é algo que precisaríamos aceitar, com mais ou menos dor, mais ou menos resistência, mais ou menos inconformidade. E esse processo, mais ou menos demorado, mais ou menos cruel, depende da estrutura emocional e das crenças de cada um.

     O ciclo da vida e morte é um duro aprendizado. Nós, maus alunos.

    Não escrevo sobre o tema pela morte de um ou outro, em acidentes, por doença dolorosa, ou mesmo dormindo, morte abençoada. Morrem mais pessoas aqui de morte violenta do que em guerras atuais. A banalização da morte, portanto a desvalorização da vida, é espantosa. Escrevo porque ela, a senhora Morte, é cotidiana e estranha, ao menos para a maioria de nós. Há alguns anos, menininha ainda, uma de minhas netas me perguntou com a perturbadora simplicidade das crianças: “Por que eu não tenho vovô?”. Respondi, como costumo, da maneira mais natural possível, que o vovô tinha morrido antes de ela nascer, que estava em outro lugar, e, acreditava eu, ainda sabendo da gente, sempre cuidando de nós – também dela. Continuei dizendo que a vida das pessoas é como a das plantas e dos animais. Nascem, crescem, umas morrem muito cedo, outras ficam bem velhinhas, umas morrem por acidente, ou doença, ou simplesmente se acabam como uma vela se apaga.

    Falar é fácil, eu dizia a mim mesma enquanto comentava isso com a criança. O drama da vida não se encerra com o baque da morte, mas começa, nesse instante outra grande indagação.

    Recordo a frase, atribuída a Sócrates na hora em que bebia cicuta, condenado pelos cidadãos de Atenas a se matar: “Se a morte for um sono sem sonhos, será bom; se for um reencontro com pessoas que amei e se foram, será bom também. Então, não se desesperem tanto”. Precisamos de tempo para integrar a morte na vida. Talvez os mortos vivam enquanto lembrarmos suas ações, seu rosto, a voz, o gesto, a risada, a melancolia, os belos momentos e os difíceis. Enquanto eles se repetirem no milagre genético, em filhos, e netos, ou se perpetuarem em fotografias e filmes. Enquanto alguém os retiver no pensamento, os mortos estarão de certa forma vivos? Porque morrer é natural, deveria ser simples: mas para quase todos nós, é um grande e grave enigma.

(Lya Luft. Revista Veja. Em: agosto de 2014. Adaptado.)

Em “Recorro à minha profissão de tradutora, que exerci intensamente por longo tempo, [...]” 1º§, o sinal indicativo de crase é facultativo, opcional. Entretanto, a crase é obrigatória em:
Alternativas
Q2088790 Português
Analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa CORRETA quanto ao uso da crase.
I – Vamos à piscina. II – À medida que o tempo passa, fico mais feliz. III – Não vendemos à prazo.
Alternativas
Q2088650 Português
Assinale a alternativa, onde o acento indicador de crase, não tem cabimento.
Alternativas
Q2088517 Português

Olhos para ver um mundo novo a cada dia


    Em maio de 2019, o quadro “Meules”, do pintor francês Claude Monet (1840-1926), foi vendido na tradicional casa de leilões Sotheby’s, em Nova York, por nada menos que US$ 110,7 milhões (mais de R$ 580 milhões), um recorde para quadros do Impressionismo. O estilo, segundo os leiloeiros, é marcado por, entre outras coisas, contornos pouco definidos, cores não misturadas e ênfase na representação precisa da luz natural.

    Mas Monet tinha ainda outra “característica” que o aproximava de outros expoentes do estilo, como Pierre Auguste Renoir, Paul Cezanne e Edgar Degas: eles eram míopes. E de acordo com artigo do neurocirurgião Noel Dan, publicado em 2003 no Journal of Clinical Neuroscience, é tentador atribuir o desenvolvimento do Impressionismo, “ao menos em parte, à visão míope de seus praticantes”. A afirmação, claro, desperta até hoje debates acalorados entre especialistas, tanto em oftalmologia quanto em arte.

    Já numa chave mais médica e menos romantizada, a miopia é um distúrbio visual que faz com que a imagem entre em foco antes de chegar à retina. Isso faz com que objetos vistos a alguma distância pareçam desfocados – a visão parece embaçada. Segundo a AAO (Academia Americana de Oftalmologia, na sigla em inglês), se nada for feito para impedir o avanço da miopia, até 2050 metade da população mundial (que, lembremos, no mês passado alcançou 8 bilhões de pessoas) poderá ter a visão afetada por ela. O problema nada tem de trivial: ainda, segundo a AAO, o custo da miopia em perda de produtividade está estimado em cerca de US$ 244 bilhões por ano.

    No Brasil, dados de um levantamento feito pelo Hospital de Olhos mostram um aumento de 23% nos diagnósticos de miopia para pacientes com idades entre zero e doze anos no primeiro semestre deste ano: foram 538, contra 425 no mesmo período de 2021. Especialistas apontam como possíveis causas o uso excessivo de aparelhos eletrônicos (celulares, tablets, computadores etc.). Alguns talvez tenham ouvido de mães, tias ou avós para não assistir TV muito perto da tela. Embora seja tentador achar que elas poderiam estar certas desde o início, não há comprovação científica para se estabelecer uma relação de causa e efeito entre a exposição a telas e mais casos de miopia. Mas uma meta-análise publicada na revista especializada The Lancet sugere uma associação desse tipo.

    O fato desse avanço da miopia entre crianças possivelmente ter relação com a exposição a telas de gadgets é causa para alguma preocupação. Afinal, estamos rumando a um futuro em que as telas serão cada vez mais presentes nas vidas de todos. A pandemia deu um vislumbre disso: aulas passaram a ser ministradas via on-line – e as crianças, então, ficaram bem mais tempo com olhos voltados às telinha. Sem poderem sair de casa, jogos de celular, ou em consoles ligados à TV, filmes, desenhos animados e outras formas de diversão se tornaram a regra. Até para os adultos foi assim, com as muitas reuniões de trabalho em videoconferências.  

    E não se trata de uma tendência vista apenas no Brasil e nem que tenha surgido agora, claro. Reportagem do The New York Times já do ano passado lembrava que, em 2020, o Jama (Jornal da Associação Médica Americana, na sigla em inglês) trouxe um editorial intitulado “2020 como o ano da miopia de quarentena” (em tradução livre). O texto diz que lockdowns precisam considerar “um planejamento cuidadoso de atividades internas e, de preferência, não restringir as brincadeiras ao ar livre em crianças pequenas”. Isso ajudaria a controlar “uma onda de miopia de quarentena”.

    Por mais que nossas atividades, no trabalho, no estudo e na vida pessoal, estejam atreladas a dispositivos digitais e suas telas, o corpo humano tem limites: não é sem consequências – como o avanço da miopia tem mostrado – que nos expomos a toda e qualquer inovação sem considerar possíveis desdobramentos. A moderação precisa encontrar espaço: para as crianças, isso pode significar algum tempo longe das telas. Brincar em espaços abertos, em que possam tentar enxergar coisas ao longe, é uma excelente alternativa para preservar seus olhos. Há muito mais lá fora para se ver do que cabe nas telinhas, e elas precisam ter olhos saudáveis para descobrir o mundo a cada dia.


(Cláudio L. Lottenberg*, Veja. Disponível em: https://veja.abril.com.br/ coluna/coluna-claudio-lottenberg/olhos-para-ver-um-mundo-novo-acada-dia/15 dez 2022. * Mestre e doutor em Oftalmologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), é presidente institucional do Instituto Coalizão Saúde e do conselho do Hospital Albert Einstein.)

E de acordo com artigo do neurocirurgião Noel Dan, publicado em 2003 no Jornal of Clinical Neuroscience, é tentador atribuir o desenvolvimento do Impressionismo, ‘ao menos em parte, à visão míope de seus praticantes’.” (2º§) Observando o trecho destacado anteriormente; em relação ao emprego do sinal indicativo de crase, é correto afirmar que: 
Alternativas
Q2088467 Português

Aquilo por que vivi


    Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo oceano de angústia, chegando às raias do desespero.

    Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase – um êxtase tão grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta da solidão – essa solidão terrível através da qual a nossa trêmula percepção observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime.

    Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui.

    Amor e conhecimento, até ao ponto em que são possíveis, conduzem para o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta a terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos desvalidos a constituir um fardo para seus filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa irrisão o que deveria de ser a vida humana. Anseio por aliviar o mal, mas não posso, e também sofro.

    Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.

(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967. Adaptado.)

Em “Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, em curso instável, por sobre profundo oceano de angústia, chegando às raias do desespero.” (1º§), o sinal indicativo de crase foi empregado corretamente. Entretanto, tal fato NÃO ocorre em: 
Alternativas
Q2088263 Português
1.png (751×580) 

Moisés Zylbersztajn. Muito além do maker: esforços contemporâneos de produção de novos e efetivos espaços educativos. In: Clarissa Teixeira,
Ana Cristina Ehlers e Marcio de Souza. Educação fora da caixa: tendência para a educação no século XXI. Florianópolis-SC: Bukess, 2015,
p. 197-198 (com adaptações).

Considerando a manutenção da correção gramatical e a coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item. 


“as necessidades” (linha 2) por às necessidades

Alternativas
Q2088212 Português
Quanto ao uso da crase, assinale a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Q2088022 Português
No que se refere ao correto uso da crase, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:  
I – Sairemos às quatro horas da manhã. II – À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar aqui. III – Quero um molho à moda italiana. 
Alternativas
Q2087644 Português

Texto para responder à questão.


Bem-formada, nova geração chega mal-educada às empresas, diz filósofo


BBC Brasil – Qual é o papel dos pais para que a busca pelo propósito dos jovens seja mais realista?

Mario Sergio Cortella – Alguns pais e mães usam uma expressão que é “quero poupar meus filhos daquilo que eu passei”. Sempre fico pensando: mas o que você passou? Você teve que lavar louça? Ou está falando de cortar lenha? Você está poupando ou está enfraquecendo? Há uma diferença. Quando você poupa alguém é de algo que não é necessário que ele faça.

    Tem coisas que não são obrigatórias, mas são necessárias. Parte das crianças hoje considera a tarefa escolar uma ofensa, porque é um trabalho a ser feito. Ela se sente agredida que você passe uma tarefa.

    Parte das famílias quer poupar e, em vez de poupar, enfraquece. Estamos formando uma geração um pouco mais fraca, que pega menos no serviço. Não estou usando a rabugice dos idosos, ‘ah, porque no meu tempo’. Não é isso, é o meu temor de uma geração que, ao ser colocada nessa condição, está sendo fragilizada.

(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-36959932.)


No título do texto “Bem-formada, nova geração chega mal- -educada às empresas, diz filósofo”, o sinal indicativo de crase justifica-se:
Alternativas
Respostas
1681: C
1682: D
1683: A
1684: A
1685: B
1686: C
1687: A
1688: C
1689: E
1690: A
1691: A
1692: B
1693: C
1694: D
1695: B
1696: D
1697: C
1698: B
1699: E
1700: C