“Qualquer grupo está permeado por questões de poder. O poder é
inerente ao ser humano. E isso porque o poder é político. E o homem é um
animal político. Para Weber, o poder está nas relações de mando e obediência, na relação
entre empregador e empregado. Para Foucault, o poder só pode ser
conquistado com barganha. Segundo essa concepção do pensador francês,
o poder é uma relação desigual de trocas, onde os mais privilegiados dão o
mínimo (pequenos benefícios) para os menos privilegiados, que são
condicionados a serem submissos. Essas coisas mínimas fazem com que os
menos privilegiados fiquem passíveis. Somado essa atitude à outras
práticas, podemos dizer que é assim que se criam corpos dóceis. Já para
Pagès, a organização estimula a formação de um ideal coletivo. Com esse
coletivo, surge algo parecido como uma “coerção própria”. Isto é, o sujeito
não se sente digno e capaz de pertencer ao coletivo. A partir daí, ele
obedece às regras. Também se criam corpos dóceis dessa forma, afastando
a possibilidade desses sujeitos serem críticos. Quer dizer, eles são críticos,
mas estão inseridos dentro de um contexto que permite sua criticidade”.
Fonte: Costa, Lucas Carneiro. Relações de poder e gestão escolar na
contemporaneidade. 10 de junho de 2020. Disponível em: <https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/relacoes-de-poder-egestao-escolar-na-contemporaneidade/> Data de acesso: 10/8/2021
Nesse sentido, as relações de poder na escola envolvem, EXCETO: