Questões de Concurso
Sobre temas educacionais pedagógicos em pedagogia
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A opção de se introduzir o ensino de história desde os primeiros ciclos do ensino fundamental explicita uma necessidade presente na sociedade brasileira e acompanha o movimento existente em algumas propostas curriculares elaboradas pelos estados. (...) A demanda pela história deve ser entendida como uma questão da sociedade brasileira; ao conquistar a cidadania assume seu direito de lugar e voz, e busca no conhecimento de sua história o espaço de construção de sua identidade.
(BRASIL, 1998, p. 4-5)
Nesse sentido, o texto dos PCNs apresentava um encaminhamento de construção de uma identidade, com viés nacionalista, que determina, de certa maneira, os elementos de formação e de escolhas dos processos teórico metodológicos que seriam inseridos no cotidiano educativo. Dentro dessa concepção, é necessário que o ensino de história:
“[...] o conteúdo substancial da educação, sua fonte e sua justificação última: a educação não é nada fora da cultura e sem ela.” A educação não terá sentido nem condições de existir fora da cultura, uma vez que é função do trabalho docente a transmissão e perenização da cultura. O fazer pedagógico não pode fugir ao trabalho material da cultura, pois estabelece as relações com o passado e o presente e, assim, mantém a cultura viva e atualizada. Nesse nível mais geral, educação e cultura aparecem como duas faces recíprocas de uma mesma realidade, na qual uma não pode ser pensada sem a outra; entretanto, cabe considerar e refletir sobre qual cultura o currículo está contemplando e o porquê de tais conhecimentos serem considerados como conhecimento cultural.
(Forquin, 1993, p. 14.)
Culturas infantis e juvenis; etnias minoritárias ou sem poder; o mundo feminino; as sexualidades; a classe trabalhadora e o mundo das pessoas pobres; o mundo rural e ribeirinho são exemplos de culturas minoritárias que foram, ao longo do tempo, contempladas apenas como conteúdos curriculares complementares. Nesse contexto:
A diversidade étnico-cultural nos mostra que os sujeitos sociais, sendo históricos, são, também, culturais. Essa constatação indica que é necessário repensar a nossa escola e os processos de formação docente, rompendo com as práticas seletivas, fragmentadas, corporativistas, sexistas e racistas ainda existentes.
(GOMES e SILVA, 2006, p. 25.)
A formação continuada deveria ser uma premissa em qualquer profissão. Mas quando se trata do caso específico de um professor, que se prepara do ponto de vista teórico e pedagógico para o ingresso no mundo educacional, essa questão é premente. Em relação às questões ligadas à diversidade étnico-cultural, em se tratando especificamente do professor da área de história:
A linha, cada vez mais tênue que separa o espaço virtual e o espaço físico, estimula que compreendamos a necessidade de um espaço híbrido para o ensino-aprendizagem. O blended learning (tipo de aprendizagem que combina o ensino remoto e presencial com o objetivo de reunir o melhor de ambos os métodos para chegar a uma aprendizagem mais eficiente) aponta uma mescla entre o ensino presencial e o online e está presente em muitas escolas e universidades pelo país.
(Moran, 2018.)
A defesa de um ambiente híbrido tanto no que diz respeito à história quanto às demais disciplinas visa mesclar modos de aprendizagens indutivos e dedutivos, como também atividades síncronas e assíncronas, ou seja:
Texto I
Na teoria, os meios educacionais almejam a aprendizagem significativa, mas na prática: “[...] a aprendizagem que muitas vezes ainda ocorre na escola é outra: a aprendizagem mecânica, aquela praticamente sem significado, puramente memorística, que serve para as provas e é esquecida, apagada, logo após”.
(Moreira, 2012, p. 12.)
Texto II
Para quando a aprendizagem é arbitrária ela se resume a uma memorização, o que ele chama de aprendizagem mecânica, na qual o aluno tende rapidamente a esquecer, pois não relacionou o que aprendeu com o que já sabia, daí a arbitrariedade, e, também, por não ter aprendido o conceito em sua substância, só sabe reproduzi-lo da forma que memorizou.
(NODA, M., 2005.)
Para que se consiga fugir dos protótipos de aprendizagens e avaliações mencionadas nos textos anteriores, é necessário que:
[...] Houve um tempo em que o ensino da história nas escolas não era mais do que uma forma de educação cívica. Seu principal objetivo era confirmar a nação no estado em que se encontrava no momento, legitimar sua ordem social e política – e ao mesmo tempo seus dirigentes – e inculcar nos membros da nação – vistos, então, mais como súditos do que como cidadãos participantes – o orgulho de a ela pertencerem, respeito por ela e dedicação para servi-la.
(LAVILLE, 1999, p. 26.)
Ao considerar que o ensino de história, atualmente, não está mais especificamente a serviço da manutenção do status quo das elites e da afirmação do Estado, é preciso partir do pressuposto de que a disciplina sofreu mudanças ao longo do tempo. Essas mudanças:

(Disponível em: https://despertasaocaetano.com.br. Acesso em: julho de 2024.)
Na imagem, destaca-se uma situação do cotidiano que fere o direito à acessibilidade em virtude da presença da seguinte barreira:
Os alunos da escola estadual T.L.P. fizeram uma visita à cidade de Pirenópolis, uma pequena cidade situada no interior do estado de Goiás. A visita não foi um mero passeio. Ela teve um sentido pedagógico. É que a professora de história mobilizou outros colegas docentes da escola para um projeto de trabalho conjunto que, assim, contou também com as áreas de língua portuguesa, geografia e educação física. Foram duas breves reuniões de preparação. Os alunos leram previamente sobre a história da cidade e no passeio foram guiados pela professora de história que concedia a palavra e alternava os momentos de coordenação com os outros colegas quando o que estava em jogo era algo de suas especialidades. Entre a língua portuguesa praticada no século XVIII, as descobertas sobre a mineração do ouro na região e as danças típicas daquela comunidade, um mundo de aprendizagens e vivências foram construídas por alunos e professores. Todo o trabalho pedagógico foi organizado em conjunto com os próprios alunos que, inclusive, se envolveram nos processos de avaliação e autoavaliação do que foi realizado. Para os professores, havia um intuito em tudo isso: favorecer a aprendizagem e a autonomia dos estudantes.
O caso em questão evidencia uma ação docente qualificada no âmbito da educação escolar ao abordar dois elementos interligados: o da organização do trabalho pedagógico e o da ação conjunta entre os professores. A posição dos dois elementos mencionados e seu desenvolvimento permitem, igualmente, duas inferências, a saber:
R.M é pedagoga, trabalha numa escola pública de ensino médio e ocupa pela primeira vez o cargo de coordenadora pedagógica em sua instituição. É início do ano letivo e a direção da escola demanda a elaboração do projeto pedagógico da unidade. Para tanto, R.M. teve uma ideia: buscar uma empresa de consultoria que pudesse bem elaborar o projeto pedagógico da escola. Ela procurou uma empresa, combinou datas e recebeu no prazo combinado o projeto pronto dez dias antes do início do ano letivo. Ela considerava ser importante fazer o projeto chegar à escola antes do início do ano letivo para que os professores pudessem se inteirar do seu conteúdo e melhor aplicá-lo ao planejamento de suas respectivas disciplinas.
O caso descrito acima aborda o tema da elaboração do projeto pedagógico dos estabelecimentos de ensino. Considerando o caso descrito e o que preconiza a legislação nacional, a pedagoga R.M
Segundo Morais e Lima (2018, p. 101), “o trabalho de campo se configura como importante referencial para o desenvolvimento do conhecimento geográfico. Ele está presente nesta ciência desde a sua sistematização. Embora seja utilizado com maior ou menor evidência em diferentes períodos da história, ele sempre deixou suas marcas”.
(MORAIS, Eliana M. B. de; LIMA, Cláudia V. de. Trabalho de campo e ensino de geografia: proposições metodológicas para o ensino dos componentes físico-naturais do espaço na geografia. In: MORAIS, E. M. B. de; ALVES, A. O.; ASCENÇÃO, V. de O. R. (Orgs.). Contribuições da geografia física para o ensino de geografia. Goiânia: C&A Alfa Comunicação, 2018, p. 101-120.)
A respeito do trabalho de campo como metodologia para o ensino de geografia, assinale a afirmativa correta.