Questões de Concurso Sobre educação física

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Q2572206 Educação Física
De acordo com Valter Bracht (1999) o tratamento do corpo na EF sofreu e sofre influências externas da cultura e da sociedade, mas também internas, ou seja, da própria instituição escolar.

“Nesse sentido, o corpo sofre a ação, sofre várias intervenções com a finalidade de adaptá-lo às exigências das formas sociais de organização da produção e da reprodução da vida. Alvo das necessidades produtivas (corpo produtivo), das necessidades sanitárias (corpo “saudável”), das necessidades morais (corpo deserotizado), das necessidades de adaptação e controle social (corpo dócil). O déficit de dignidade do corpo vinha de seu caráter secundário perante a força emancipatória do espírito ou da razão. Mas esse mesmo corpo, assim produzido historicamente, repunha a necessidade da produção de um discurso que o secundarizava, exatamente porque causava  um certo mal-estar à cultura dominante. Ele precisa, assim, ser alvo de educação, mesmo porque educação corporal é educação do comportamento que, por sua vez, não é corporal, e sim humano. Educar o comportamento corporal é educar o comportamento humano.

(Bracht, Valter. "A constituição das teorias pedagógicas da educação física." Cadernos Cedes 19 (1999): 69-88.)

Com base nas teorias críticas e pós-críticas, as construções históricas da Educação Física (EF) tratam o corpo e a educação corporal da seguinte forma:
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Q2572197 Educação Física
O livro Metodologia do Ensino de Educação Física (SOARES, 1992) foi um grande divisor de águas para a organização da Educação Física Escolar, ao trazer o conceito de cultura corporal: “A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área denominada aqui de cultura corporal. Ela será configurada com temas ou formas de atividades, particularmente corporais, [...]. O estudo desse conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem”.

SOARES, C. L. et al Metodologia do Ensino de Educação Física – São Paulo: Cortez, 1992.

Acerca do trato da cultura corporal na escola, os autores da obra defendem que os conteúdos
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Q2572195 Educação Física
“[...] não há como garantir que ninguém, em nenhuma circunstância, esteja definitivamente incluído em qualquer lugar que seja. [...] “seria utópico, irreal e ingênuo dizer isso”, posto que “Não basta somente estar presente fisicamente numa sala de aula, por exemplo, e não ter a oportunidade de participar efetivamente do processo ensino-aprendizagem ali ocorrido, bem como não ter reconhecida sua singularidade” (p.55). Considerando o caráter processual e dialético desse conceito inclusivo/excludente, essa afirmação nos leva a pensar que a exclusão, também não é definitiva, desde que estratégias sejam pensadas para ampliar a participação de todos, respeitando suas particularidades. A lógica dialética do conceito inclusivo/excludente se distancia da ideia de se pensar a inclusão como normatização, homogeneização ou mera adaptação e destaca a contrariedade e a reversibilidade nesses processos dinâmicos.”

(FONSECA, Michele Pereira de Souza da; RAMOS, Maitê Mello Russo. Inclusão em movimento: discutindo a diversidade nas aulas de educação física escolar. In: PONTES JUNIOR, José Airton de Freitas (Org.). Conhecimentos do professor de educação física escolar [livro eletrônico]. Fortaleza, CE: EdUECE, 2017, p 184-208.)

De acordo com a reflexão das autoras, são estratégias importantes a serem adotadas na Educação Física escolar para promover a inclusão:
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Q2572191 Educação Física
“4,3 milhões de estudantes não-brancos da rede pública – pretos, pardos e os indígenas– ficaram sem atividades escolares durante a pandemia, quase três vezes mais que os 1,5 milhões de estudantes brancos sem atividades. Uma das razões é que, no Brasil, 39% dos estudantes de escolas públicas não têm computador, enquanto 91% dos estudantes de escolas particulares possuem computador.”

(Rede de Pesquisa Solidária da Universidade de São Paulo. Disponível em: https://redepesquisasolidaria.org/wpcontent/uploads/2020/09/boletimpps_22_28agosto.pdf ).

A pandemia foi uma experiência inédita e inesperada para os habitantes do planeta, delicada, complexa, sem “preparação prévia”, que afligiu a humanidade desde o final de 2019, e nos confrontou com o desconhecido. No entanto, com seu ineditismo, a pandemia acabou por exacerbar, radicalizar e dar visibilidade a problemas e opressões estruturais em escalas mundial e nacional bastante conhecidos, há muito, problemas que ao longo da história não foram objeto de políticas públicas de enfrentamento para sua superação – o racismo e suas nefastas consequências para todas as vidas humanas; a iníqua distribuição de renda; a desigualdade de acesso aos bens da educação, da cultura, da saúde, da economia. E a pandemia trouxe também problemas sociais novos.

(Adaptado de VAGO, Tarcísio Mauro. Uma polifonia da Educação Física para o dia que nascerá: sonhar mais, crer no improvável, desejar coisas bonitas que não existem e alargar fronteiras. In CARVALHO, Rosa Malena de Araújo; PALMA, Alexandre; CAVALCANTI, André dos Santos Souza. (organizadores). Educação Física, soberania popular, ciência e vida. Niterói : Intertexto, 2022. p. 38-54)

Sobre a relação entre a Educação Física e os persistentes problemas sociais brasileiros, Taffarel (2022) reflete que:
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Q2572190 Educação Física
“Cabe aqui ressaltarmos o fato de que o esforço de se lançar mão da Educação Física como elemento educacional - ainda que de conformidade com uma visão de saúde corporal, saúde física, eugênica - enfrentava barreiras arraigadas nos valores dominantes do período colonial, sustentáculos do ordenamento social escravocrata, que estigmatizaram a Educação Física por vinculá-la ao trabalho manual, físico, desprestigiadíssimo em relação ao trabalho intelectual, este sim, afeto à classe dominante, enquanto o outro se fazia pertinente única e tão somente aos escravos”.
(CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1989).

Segundo Cavalcanti (2023) os movimentos históricos que buscam a superação da realidade social segregadora não iniciaram hoje. Os saberes emancipatórios produzidos pelos africanos e pelos afro-brasileiros nos ajudam a construir outras formas de resistência.
Sobre a Educação Física o autor explica que
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1936: C
1937: E
1938: C
1939: E
1940: C