Questões de Concurso Comentadas para vunesp

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Q2204447 Pedagogia
Conforme o artigo 6º , parágrafo único, da Resolução CNE/CP nº 01/2004 (Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana), os casos que caracterizem racismo serão tratados como
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Q2204446 Pedagogia
Clara e Lúcia são professoras de ensino básico I (PEB I) e, há alguns anos, elas têm trabalhado com ênfase na alfabetização, nos primeiros anos do ciclo I do ensino fundamental. Elas possuem concepções diferentes sobre como trabalhar alfabetização e letramento.
Assinale a alternativa que contém a concepção que Clara ou Lúcia devem ter, em consonância com a perspectiva de Magda Soares (2004) sobre alfabetização e letramento.
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Q2204445 Pedagogia
Ao observarmos com cuidado os livros didáticos, podemos verificar que eles não costumam incluir, entre os conteúdos selecionados, os debates, as discordâncias, os processos de revisão e de questionamento que marcam os conhecimentos e os saberes em muitos de seus contextos originais. Dificilmente encontramos, em programas e em materiais didáticos, menções às disputas que se travam, por exemplo, no avanço do próprio conhecimento científico (Moreira; Candau, 2007). A esse processo em que os estudantes têm acesso apenas aos produtos acabados do conhecimento escolar, Moreira e Candau (2007) chamam de
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Q2204443 Pedagogia
A avaliação em Matemática tem sido, historicamente, caracterizada pelo medo. Ao tratar de planejamento e avaliação em Matemática, Verônica Gitirana (2003), na obra Práticas avaliativas e aprendizagens significativas (In: Silva et. all, 2003), propõe como forma de sistematização da avaliação do processo de aprendizagem
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Q2204442 Pedagogia
Ana é professora de ensino básico (PEB I) e tem se dedicado a ensinar matemática de modo mais dinâmico e criativo para os seus alunos. Ela decidiu ler a obra Ensinar matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais. Nela, Panizza (2006) afirma que embora os números naturais sejam usados cotidianamente em diversas circunstâncias
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Q2204441 Pedagogia
Na história do pensamento ocidental é recorrente a dicotomia entre razão e emoção, entre intelecto e sentimentos. Uma das consequências dessa dicotomia nas práticas pedagógicas é a dissociação entre o ensino e as relações entre os sujeitos na escola, entre professores e alunos. Rompendo essa falsa dicotomia, Vygotsky e Wallon são estudiosos que tratam da relação entre cognição e afetividade. Acerca da cognição e afetividade em Vygotsky e Wallon, Marta Kohl e Heloysa Dantas (In: La Taille, Oliveira e Dantas, 1992), afirmam que
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Q2204440 Pedagogia
Segundo Ilma Passos Veiga (2009), o que se espera da escola hoje é uma educação de qualidade, tendo como sustentáculos o projeto político-pedagógico (PPP) e a gestão democrática. Assinale a alternativa que expressa corretamente a concepção da autora sobre o projeto político-pedagógico.
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Q2204438 Pedagogia
Na obra Práticas avaliativas e aprendizagens significativas, Jussara Hoffmann (In: Silva; Hoffmann; Esteban, 2003) defende que a avaliação da aprendizagem deve levar em conta
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Q2204437 Pedagogia
Pensar a história da escolarização de jovens e adultos permite aos educadores compreender melhor a luta pelo direito à educação para essa parcela da população. Haddad e Di Pierro (2000) apresentam uma visão panorâmica do tema ao longo dos cinco séculos da história posteriores à chegada dos portugueses às terras brasileiras. Eles afirmam que, ao final do Império, 82% da população com idade superior a cinco anos era analfabeta. Segundo Haddad e Di Pierro (2000), o ponto alto do movimento de reconhecimento do direito de todos à escolarização e da correspondente responsabilização do setor público pela oferta gratuita de ensino aos jovens e adultos ocorreu com
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Q2204436 Pedagogia
Sasseron e Carvalho (2011) apontam a alfabetização científica como um dos objetivos centrais do ensino de Ciências em toda a formação básica. As autoras fazem uma síntese de habilidades necessárias para a classificação de uma pessoa como alfabetizada cientificamente. Dentre essas habilidades, Sasseron e Carvalho (2011) apontam
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Q2204435 Pedagogia
No artigo “Multimodalidade na alfabetização”, Frade, Araújo e Glória (2018) discutem sobre como as crianças, em processo de alfabetização, atuam em ambientes digitais com a linguagem verbal e outros recursos multimodais em eventos de uso de jogos, de produção de quadrinhos e de leitura de literatura digital e digitalizada. Para Frade, Araújo e Glória (2018), o conceito de letramento ou letramentos deve ser compreendido como o uso social da leitura e da escrita de textos que empregam a linguagem verbal, mas também
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Q2204434 Pedagogia
De acordo com Ainscow (2009), o maior desafio do sistema escolar em todo o mundo é o da inclusão educacional. O autor faz uma revisão de diferentes perspectivas sobre educação inclusiva e propõe um avanço com base na ideia de que inclusão é
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Q2204433 Pedagogia
Para António Nóvoa (2009), “o campo da formação de professores está particularmente exposto a um efeito de moda. E a moda é, como todos sabemos, a pior maneira de enfrentar os debates educativos. Os textos, as recomendações, os artigos e as teses sucedem-se a um ritmo alucinante, repetindo os mesmos conceitos, as mesmas ideias, as mesmas propostas”. Diante desse quadro, Nóvoa (2009) defende a necessidade de uma formação de professores construída
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Q2204432 Pedagogia
Neusi Berbel (2011) e José Moran (2015) são autores que discutem o uso de metodologias ativas na educação. Para a primeira, as metodologias ativas têm o potencial de levar alunos a aprendizagens para a autonomia. Para o segundo, no âmbito de uma cultura digital, um modelo que favorece a autonomia é a aula invertida. De acordo com Moran (2015), a aula invertida consiste em
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Q2204431 Pedagogia
Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação verdadeira sobre a educação pública de tempo integral, de acordo com Ana Maria Cavaliere (2014).
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Q2204430 Pedagogia
Na escola, o professor é um grande intermediador que pode contribuir tanto para a promoção da autonomia dos alunos como para a manutenção de comportamentos de controle sobre os mesmos. Na acepção de Neusi Berbel, uma característica das atividades que concorrem para a promoção da autonomia dos alunos é
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Q2204429 Pedagogia
Ocimar Alavarse (2009) problematiza a adoção dos ciclos como forma de organização do ensino fundamental enquanto política pública de educação para a democratização da escola. Para o autor, a organização do ensino fundamental em ciclos
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Q2204428 Pedagogia
No entendimento de Ilma Passos Veiga (2009) a gestão democrática da escola pública poderá constituir um caminho para a melhoria da qualidade do ensino se for concebida como um mecanismo capaz de inovar as práticas educativas da escola. Para tanto, a escola conta com instâncias colegiadas, entre elas o Conselho de Escola, a Associação de Pais e Mestres (APM), o Conselho de Classe, dentre outros. Segundo Veiga (2009), a gestão democrática exige uma ruptura na prática administrativa da escola com o enfrentamento das questões
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Q2204427 Pedagogia
Desde o final da década de 1970 o Brasil conseguiu a quase universalização da escolarização das crianças de 7 anos. Mesmo assim, ainda se faz necessário construir respostas adequadas para explicar o maciço fracasso da escola que, apesar de atender a quase totalidade das crianças, ainda não conseguiu oferecer a elas um espaço social onde adquiram conhecimentos culturais, artísticos e científicos, além de valores e habilidades para viver de forma cidadã o século XXI.
(Barbosa, 2007)
A partir desse diagnóstico sobre a escola brasileira, como alternativa, Barbosa (2007) propõe a construção de um projeto de escolarização que
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Q2204413 Português
O menino que escrevia versos

    – Ele escreve versos!
    Apontou o filho, como se entregasse criminoso na esquadra. O médico perguntou:
    – Há antecedentes na família?
    – Desculpe, doutor?
    O médico explicou em pormenores. Dona Serafina respondeu que não. O pai da criança, mecânico de nascença e preguiçoso por destino, nunca espreitara uma página. Lia motores, interpretava chaparias. Tratava-a bem, mas a doçura mais requintada que conseguira tinha sido em noite de núpcias:
    – Serafina, você hoje cheira a óleo Castrol!
    Ela hoje até se comove com a comparação: perfume de igual qualidade qual outra mulher ousa sequer sonhar? Pobres que fossem esses dias, para ela, tinham sido lua-de- -mel. O filho fora confeccionado nesses namoros de unha suja, restos de combustível manchando o lençol.
    A oficina mal dava para o pão e para a escola do miúdo. Mas eis que começaram a aparecer, pelos recantos da casa, papéis rabiscados com versos. O filho confessou, sem pestanejar, a autoria do feito.
     O pai logo sentenciara: havia que tirar o miúdo da escola. Aquilo era coisa de estudos a mais, perigosos contágios, más companhias. Pois o rapaz, em vez de se lançar no esfrega- -refrega com as meninas, se acabrunhava nas penumbras e, pior ainda, escrevia versos. Que se passava: mariquice intelectual? Ou carburador entupido, avarias dessas que a vida do homem fica em ponto morto?
     Dona Serafina defendeu o filho e os estudos. O pai, conformado, exigiu que ele fosse examinado.
    – O médico que faça revisão geral, parte mecânica e elétrica. Que se afinasse o sangue, calibrasse os pulmões, lhe espreitassem o nível do óleo. O que urgia era terminar com aquela vergonha familiar.
     Olhos baixos, o médico escutou tudo e aviava a receita.
Com enfado, dirigiu-se ao menino:
    – Dói-te alguma coisa?
    – Dói-me a vida, doutor.
    A resposta o surpreendeu.
    – E o que fazes quando te assaltam essas dores?
    – O que melhor sei fazer, excelência, sonhar.
   Serafina desferiu um tapa na nuca do filho. Não lembrava o que o pai lhe dissera sobre os sonhos? Que fosse sonhar longe! Mas o filho reagiu: longe, por quê? Perto o sonho aleijaria alguém? O pai teria, sim, receio de sonho. E riu-se, acarinhando o braço da mãe.
   O médico estranhou o miúdo. Custava a crer, visto a idade. O menino exemplificaria os sonhos, mas o doutor interrompeu-o dizendo que não tinha tempo e que ali não era uma clínica psiquiátrica.
    A mãe, desesperada, pediu que o doutor olhasse o caderninho dos versos, a ver se ali catava o motivo de tão grave distúrbio. Contrafeito, o médico aceitou e propôs que voltasse na próxima semana.
    Na semana seguinte, o médico, sisudo, perguntou ao menino se ele havia escrito mais versos.
    – Isto que faço não é escrever, doutor. Estou, sim, a viver. Tenho este pedaço de vida – disse, apontando um novo caderninho.
    O médico chamou a mãe, à parte. Que aquilo era mais grave do que se poderia pensar. O menino carecia de internamento urgente. Ele assumiria as despesas, o menino ficaria em sua clínica para o tratamento.
    Hoje quem visita o consultório raramente encontra o médico. Manhãs e tardes ele se senta num recanto do quarto onde está internado o menino. Quem passa pode escutar a voz do filho do mecânico que vai lendo, verso a verso, o seu próprio coração. E o médico, abreviando silêncios:
    –Não pare, meu filho. Continue lendo...

(Mia Couto, O menino que escrevia versos. Adaptado)
Assinale a alternativa cuja frase construída a partir do texto está de acordo com a norma-padrão de pontuação.
Alternativas
Respostas
5201: A
5202: C
5203: B
5204: D
5205: E
5206: E
5207: C
5208: B
5209: A
5210: E
5211: C
5212: A
5213: B
5214: D
5215: A
5216: E
5217: D
5218: C
5219: B
5220: B