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Q2752059 Português

Leia o trecho de texto a seguir para responder às questões 12 e 13.


  1. Preconizo que um príncipe não tenha outro objeto de preocupações nem outros pensamentos
  2. a absorvê-lo, e que tampouco se aplique pessoalmente a algo que fuja aos assuntos da guerra
  3. e à organização e disciplina militares, porquanto apenas estes concernem à única arte atinente
  4. ao seu comando. [...] Essa arte é de tal importância [...] que não somente ela afirma no poder
  5. aqueles que têm o principado do berço, mas não raro faz com que homens em condição
  6. (fortuna) privada ascendam a esta dignidade.

MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Porto Allegre: L&PM, 1999

A respeito dos vínculos de coesão textual estabelecidos por alguns pronomes, pode-se afirmar:


I- “O” (-lo) e “SEU” (linhas 2 e 4), referem-se, ambos, a um mesmo referente citado no início do trecho.

II- “...ela afirma no poder aqueles que têm o principado do berço,” (linhas 4 e 5). A palavra destacada é um pronome relativo e tem como referente “ela” (linha 5).

III- O pronome “AQUELES” (linha 5) tem como referente um elemento extratextual.

IV- “ESTA” (linha 6) está empregado em desacordo com a norma gramatical, para se adequar à norma deveria ter sido usado “ESSA”, pois refere-se a um elemento textual já citado no texto.


Está CORRETO o que se afirma em

Alternativas
Q2752055 Português

Leia o texto a seguir para responder à questão 8.


Leia um trecho de um poema de Patativa do Assaré


Eu e o sertão

Sertão, argúem te cantô,

Eu sempre tenho cantado

E ainda cantando tô,

Pruquê, meu torrão amado,

Munto te prezo, te quero

E vejo qui os teus mistéro

Ninguém sabe decifrá.

A tua beleza é tanta,

Qui o poeta canta, canta,

E inda fica o qui cantá.


(EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)

Sobre o fragmento do texto “Eu e o sertão”, coloque V para as proposições verdadeiras, e F para as Falsas.


( ) A linguagem utilizada no poema é repleta de informalidade, regionalismos, sem seguir a norma padrão, termos aglutinados, com redução fonética, resultado da tentativa de expressar com fidelidade o modo particular de falar do povo, expressão verbal de sua cultura e variação linguística.

( ) Este modelo de registro linguístico mostra a inferioridade e nível baixo de escolaridade de um grupo social.

( ) O texto é um poema com características ditas populares.

( ) O registro dos vocábulos presentes nos versos apontam para a variedade linguística de grupos que habitam determinada região brasileira.

( ) No texto, predomina a valorização da linguagem coloquial, ou seja, aquela usada de modo informal, desrespeitando o padrão culto da língua, este considerado como o único aceitável dentro do recurso estilístico utilizado na linguagem poética.


O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa

Alternativas
Q2752054 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

Sob o aspecto da organização microestrutural, o texto apresenta mecanismos variados de coesão referencial para garantir a textualidade.


Analise as justificativas apresentadas na sequência e assinale V, para Verdadeiro ou F, para Falso.


( ) “Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” (Linha 12) O pronome demonstrativo “aquilo” explicita e confirma o que se disse antes.

( ) Ocorre retomada por meio do pronome relativo em destaque no trecho: (linhas 3-4). “De resto não é bem uma greve, é um lockout, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno”.

( ) Em: “Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para...” (linha 16). Os pronomes destacados têm o mesmo referente textual.

( ) Em: “Eu não quis detê-lo....” (Linha 16) Ocorre retomada do pronome pessoal “ele” (linha 16) por meio do pronome oblíquo “o” para evitar repetição e se ajustar à norma culta da língua.

( ) Ocorre retomada por meio do pronome relativo, conforme ilustrado em: “...além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar...” (linha 22).


A sequência CORRETA é:

Alternativas
Q2752053 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

Leia as afirmações sobre os recursos linguísticos empregados no texto.


I- “Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento...” (linha 1). O autor, ao empregar “faço” e “abro” no presente do indicativo, confirma a sua certeza diante do fato expresso pelo verbo.

II- “— Não é ninguém, é o padeiro!” (Linha 09). O uso do artigo “O” revela uma referência imprecisa ao substantivo “mudanças”.

III- “...acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.” (Linha 4 e 5) O sujeito sintático do verbo destacado é classificado como indeterminado.

IV- “Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo (linha 16)”. O verbo destacado é classificado como intransitivo.

V- “No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera...” (linha 2), o termo destacado é classificado sintaticamente como adjunto adverbial.


Está CORRETO o que se afirma apenas em

Alternativas
Q2752052 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 7.


O padeiro


  1. Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento — mas
  2. não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre
  3. a “greve do pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o
  4. trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem
  5. o que do governo.
  6. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
  7. de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a
  8. campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
  9. —Não é ninguém, é o padeiro!
  10. Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
  11. “Então você não é ninguém?”
  12. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha
  13. de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
  14. perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém, não, senhora, é o padeiro”.
  15. Assim ficara sabendo que não era ninguém…
  16. Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava
  17. falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
  18. noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina —
  19. e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina,
  20. como pão saído do forno.
  21. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para
  22. casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal
  23. e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele
  24. homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.


BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.p. 319.

Em “Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.” (Linhas 16-17).


Nos enunciados acima, a relação semântica entre a oração introduzida pelos conectivos destacados e a oração imediatamente anterior é, respectivamente, de

Alternativas
Respostas
601: A
602: A
603: A
604: C
605: A