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Q2741673 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace(palavra que quer dizer tanto o gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa. Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num potlatch indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.

(RIBEIRO, Renato J. )

Após fazer concessão a comentário que tende a conduzir a outra conclusão, o autor retoma a linha de orientação argumentativa do texto com as seguintes palavras:

Alternativas
Q2741671 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace(palavra que quer dizer tanto o gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa. Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num potlatch indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.

(RIBEIRO, Renato J. )

Em relação ao ponto de vista emitido no período imediatamente anterior, o papel argumentativo do enunciado: “Nossos tempos privatizaram muito do que era público.” (§ 1) é:

Alternativas
Q2741670 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace(palavra que quer dizer tanto o gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa. Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num potlatch indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.

(RIBEIRO, Renato J. )

Para persuadir o leitor a concluir como ele, vale-se o articulista de todas as estratégias argumentativas a seguir, COM EXCEÇÃO DE:

Alternativas
Q2741451 História

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Qual a opção que melhor expressa esta cultura?

Alternativas
Q2741450 História

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O historiador faz uma crítica à história tradicional. Como ficou conhecida a principal contribuição de Braudel para o pensamento histórico?

Alternativas
Q2741449 História

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Baseado no texto acima, é correto afirmar que:

Alternativas
Q2741448 História

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Identifique a opção que melhor retrata a superioridade cultural dos gregos, naAntiguidade Clássica.

Alternativas
Q2741447 História
A Igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval. Com relação à cultura, é correto afirmar que:
Alternativas
Q2741446 História

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O trecho expressa elementos do modernismo brasileiro iniciado em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Quanto ao movimento modernista, é correto afirmar que:

Alternativas
Q2741445 História
No dia 13 de janeiro de 2010, o Museu Nacional de Belas Artes completou 73 anos. Foi criado pela Lei nº 378, de 12 de janeiro de 1937, e sua inauguração se deu no dia 19 de agosto de 1938, com a presença do então presidente Getúlio Vargas. Como parte da comemoração dos 73 anos, o MNBA iniciou uma exposição com 5 obras do pintor Frans Post, de grande importância histórica, por registrar a fauna e a flora pernambucana, e os imponentes engenhos de açúcar. Esse artista chegou ao Brasil através:
Alternativas
Q2741444 História
Na península Ibérica, o Renascimento assumiu características especiais, sendo às vezes influenciado pelas artes mouras e pelo cristianismo. Em Portugal, destacou-se entre outros o criador do teatro nacional português, autor do “Auto da Barca do Inferno”, que foi:
Alternativas
Q2741443 História

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Identifique a opção que melhor expressa o Renascimento.

Alternativas
Q2741442 História

A despedida dos quiosques.

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O texto retrata o momento em que o Rio de Janeiro passava por grande reforma urbana levada a cabo pelo então Prefeito Pereira Passos e pelo Presidente da República Rodrigues Alves, que ficou conhecida como: “Bota abaixo”. Estas medidas contrariaram profundamente a população da época, que as rechaçou através de um movimento popular denominado:

Alternativas
Q2741441 História
O público cinematográfico, acostumado às chanchadas como “Nem Sansão Nem Dalila”, de Carlos Manga, foi surpreendido, em 1955, com um filme inteiramente diferente. Era “Rio, 40 Graus,” de Nelson Pereira dos Santos. Utilizando uma linguagem direta e despojada, o filme enfocava a população pobre dos morros cariocas. Nascia o Cinema Novo. Essa corrente cinematográfica nacional expressava:
Alternativas
Q2741440 História

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Ninguém melhor do que Noel Rosa para servir de exemplo, de quem traduziu o Rio nos seus costumes, na sua malandragem, nas favelas e nos seus bairros (particularmente a sua Vila Isabel) com tanta beleza poética e musical e com críticas sociais e políticas contundentes como fez com tanta propriedade no samba “Não tem tradução”. Quando ironiza os pobres de espírito que se deslumbravam com os modismos estrangeiros, já presentes em sua época, a fala de Noel transcende, mantendo-se atual, mais do que nunca no mundo globalizado de hoje, porque expressa a crítica:

Alternativas
Q2741439 História
A influência do positivismo de Augusto Comte, foi maior do que o próprio poderia imaginar que ocorresse no Brasil. O positivismo chega a aparecer na música popular, como nesse samba de Noel Rosa e Orestes chamado Positivismo, que dizia: “O amor vem por princípio, / E a ordem por base./ O progresso deve vir por fim. Contrariando a lei de Augusto Comte,/ Tu foste ser feliz longe de min.” Além da música popular, que segmento da sociedade foi influenciado pelas ideias do filósofo francêsempleno ocaso do Império:
Alternativas
Q2741438 História
No dia 24 de agosto de 1954, horas depois do suicídio de Vargas, a capital da República foi palco de intensas agitações que tomaram conta das ruas próximas ao Palácio do Catete, descambando para a violência contra os segmentos antigetulistas. A ameaça pairava contra a sede dos jornais Tribuna da Imprensa e O Globo e da embaixada americana. Durante o segundo governo Vargas, ocorreu uma forte oposição interna e externa a sua política nacionalista, através da(o):
Alternativas
Q2741437 História

Abaixo o João Bobão.

Os principais meios de comunicação, como cinema, teatro e televisão, têm contribuído para a produção e difusão desses estereótipos, tornando-os senso comum entre os brasileiros. Quem não se lembra do Filme 'Carlota Joaquina', de Carla Camurati, ou da minissérie 'O Quinto dos Infernos', da TV Globo, paródias sobre esse momento histórico? E de seus personagens, o bobão D. João e a ninfomaníaca, grotesca e ambiciosa D. Carlota?

Os anos de permanência da Corte no Brasil (1808-1821) trouxeram mudanças radicais na vida e nos costumes da antiga colônia. Nesse processo, D. João, longe de ser um bobalhão, mostrou-seumpolítico hábil.

Na verdade, D. João foi um grande estrategista político e introduziu uma série de transformações no espaço urbano da capital, investindo na mudança da fisionomia do Rio de Janeiro. No plano cultural, várias foram as iniciativas, destacando-se a:

Alternativas
Q2741436 História

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“Guernica”, a obra-prima de Pablo Picasso, é uma representação das atrocidades fascistas cometidas na Guerra Civil Espanhola. A que corrente da vanguarda europeia pertencia o artista?

Alternativas
Q2741435 História

Julinho, o compositor fantasma.

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O texto acima estabelece um panorama da cultura durante os “anos de chumbo”. No plano político e cultural, a era Médici caracterizou-se pela(o):

Alternativas
Respostas
2821: C
2822: D
2823: E
2824: D
2825: A
2826: B
2827: D
2828: D
2829: D
2830: B
2831: A
2832: D
2833: A
2834: B
2835: B
2836: A
2837: C
2838: E
2839: C
2840: E