Questões de Concurso
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Momentos de crise civilizatória como o que estamos vivendo valorizam, certamente, o papel da Educação. Educação em um sentido amplo. Momentos de transição podem fornecer elementos significativos para uma reflexão sobre uma nova escola. Uma escola que possa superar a atual, ainda calcada nos velhos paradigmas da civilização em crise, e que não conseguiu solucionar os problemas propostos pela própria. Uma escola que ainda se encontra fundamentada apenas no discurso oral e na escrita, centrada em procedimentos dedutivos e lineares, e que praticamente desconhece o universo audiovisual que domina o mundo contemporâneo.
A sociedade, ainda meio perplexa com os avanços do mundo tecnológico e da comunicação, começa a apresentar sinais de incorporação, aceitação e até de intimidade com os novos procedimentos desta nova era. Porém, para Nelson Pretto o papel reservado à escola:
A Educação dentro de uma sociedade não se manifesta como um fim em si mesmo, mas sim como um instrumento de manutenção ou transformação social. Assim sendo, ela necessita de pressupostos, de conceitos que fundamentem e orientem os seus caminhos.
Para Luckesi, as relações entre Educação e Filosofia parecem ser quase “naturais”. Enquanto a Educação trabalha com o desenvolvimento dos jovens e das novas gerações de uma sociedade, a Filosofia é a reflexão sobre o que e como devem ser ou desenvolver estes jovens e esta sociedade.
A sociedade dentro da qual a Educação se encontra deve possuir alguns valores norteadores de sua prática. Não é e nem pode ser a prática educacional que estabelece os seus fins. Quem o faz é:
Em uma aula tradicional, reprodutiva, o professor ensina e o aluno aprende, cada um no seu lugar.
Pedro Demo diz que se deve trabalhar não apenas a abordagem instrucionista do conhecimento e da aprendizagem, mas ir mais além, extrapolando a fronteira do que é ensinado e buscando, de forma proativa, uma maior riqueza na abordagem de fenômenos que necessitam gerar conhecimento e aprendizagem que vão além das fronteiras das disciplinas. O autor sugere que o ideal seria adotar uma postura não linear e complexa para a aprendizagem. Nesse sentido:
Vivemos hoje em uma destas épocas limítrofes na qual toda a antiga ordem das representações e dos saberes oscila para dar lugar a imaginários modos de conhecimento e estilos de regulação social ainda pouco estabilizados. Vivemos um destes raros momentos em que, a partir de uma nova configuração técnica, quer dizer, de uma nova relação com o cosmos, um novo estilo de humanidade é inventado. (…) Palavras, frases, letras, sinais ou caretas interpretam, cada um à sua maneira, a rede das mensagens anteriores e tentam influir sobre o significado das mensagens futuras. O sentido emerge e se constrói no contexto. É sempre local, datado, transitório. A cada instante, um novo comentário, uma nova interpretação, um novo desenvolvimento podem modificar o sentido que havíamos dado a uma proposição quando ela foi emitida inicialmente.
Pierre Lévy chama esse processo de:
Paulo Freire ressalta, na obra Pedagogia da Tolerância, algumas dicotomias presentes no processo educativo.
A primeira dicotomia é a maneira mecanicista de pensar o aprender e o ensinar. A relação entre aprender e ensinar é dialética, quer dizer, ensinar não é uma mera transferência de informações. A segunda dicotomia que Freire apresenta é a separação entre aprender e ensinar. Para ele ensinar e aprender se constituem numa relação que produz conhecimento. Não há separação entre teoria e prática. Quem aprende também ensina, e quem ensina aprende a ensinar. A terceira dicotomia que Freire nos mostra é a separação entre ensinar os conhecimentos existentes, e produzir novos conhecimentos. Não há como ensinar sem pesquisar. A pesquisa é parte fundamental do ato de ensinar.
Dessa maneira, o ato de ensinar é um(a):
Laurinda Ramalho de Almeida, em seu livro “As relações interpessoais na formação de professores”, faz uma reflexão buscando superar a barreira que existe entre as diferentes áreas do conhecimento. A autora considera que valores da vida devem estar presentes e articulados na formação dos professores que estejam dispostos a educar a pessoa integral.
Para tanto, a autora enfatiza a necessidade da presença de três fatores fundamentais:
A Pedagogia da Virtualidade está apoiada na apropriação tecnológica em razão dos princípios da educação popular, que tem por objetivo o encaminhamento para a conformação de uma sociedade aberta e democrática que, por sua vez, deve sustentar-se na ética e na vontade política dos sujeitos. No contexto da natureza política da educação aliada ao uso criativo da Internet, fica demonstrada a possibilidade de uma ação transformadora, por meio de um sistema que facilite o espaço de intervenção, a partir de uma ótica sócio-histórica com a qual sejam potencializados os recursos pedagógicos, sobretudo com um suporte em rede que esteja apoiado, na sua programação, em situações reais.
Um dos desafios da Pedagogia da Virtualidade é:
O educador e a educadora devem ter consciência de que sua ação como alfabetizador e alfabetizadora é uma ação política. (Paulo Freire)
Assim, é dever da educadora e do educador:
Para Freinet, a atividade é o que orienta a prática escolar, e o objetivo final da educação é formar cidadãos para o trabalho livre e criativo, capaz de dominar e transformar o meio e emancipar quem o exerce. Um dos deveres do professor, segundo o autor, é criar uma atmosfera laboriosa na escola, de modo a estimular as crianças a fazer experiências, procurar respostas para suas necessidades e inquietações, ajudando e sendo ajudadas por seus colegas e buscando no professor alguém que organize as tarefas.
Freinet apresentou um confronto entre a escola tradicional e a escola proposta por ele, em que:
O Método Montessori parte do concreto rumo ao abstrato. Para tornar esse processo o mais rico possível, a educadora italiana desenvolveu materiais didáticos que constituem um dos aspectos mais conhecidos de seu trabalho. São objetos simples, mas muito atraentes, e projetados para provocar o raciocínio. Há materiais pensados para auxiliar todo tipo de aprendizado, do sistema decimal à estrutura da linguagem.
Esse material tem, ainda, o caráter peculiar de ser:
Em relação à estrutura de participação (padrão dominante das atuações) proposta por Colomina, Onrubia e Rochera nos segmentos de interatividade, estruturas de participação e mensagens de uma sequência didática:
I O professor explica a informação nova no quadro-negro / Os alunos seguem a explicação e tomam nota.
II Os alunos fazem individualmente exercícios do livro-texto selecionados pelo professor / O professor passeia pela sala e oferece ajuda espontaneamente ou a pedido dos alunos.
III O professor designa um aluno para ir ao quadro-negro / O aluno vai e escreve a resposta do exercício / O professor avalia a resposta do aluno / Os outros alunos acompanham e copiam a resposta correta.
IV O professor faz perguntas a alunos individuais ou ao conjunto da turma / Os alunos respondem por designação do professor ou espontaneamente / O professor avalia as respostas dos alunos e anota as respostas corretas no quadro em forma de lista de “conteúdos essenciais” do tema / Os alunos copiam a lista elaborada pelo professor.
Estão corretos os itens: