Questões de Concurso Comentadas para coseac

Os princípios determinados no artigo 206 da Constituição Federal de 1988 já apontavam para a perspectiva da educação inclusiva, quando propõe:

Pedro Demo (2001) defende que a melhor maneira de aprender não é escutar aula, mas pesquisar e elaborar com mão própria, sob orientação do professor. Para ele, a pesquisa é um princípio educativo. A aula tem apenas a função de promover a pesquisa e, consequentemente, favorecer que aluno elabore o próprio conhecimento. Nesta perspectiva, a pesquisa é 

Historicamente, o conceito de Educação Inclusiva invade o cenário mundial como um paradigma educacional, a partir dos anos 90, com a Declaração de Salamanca (1994), que surge em detrimento de uma educação de caráter segregacionista ou integrativo adaptador. A expressão educação inclusiva foi interpretada no Brasil com mais ênfase na sua relação com a Educação especial e seu alunado, entretanto ela é mais abrangente e abarca outros grupos como afro-brasileiros, deficientes, povos ciganos, entre tantos outros. Assim, para viabilizar a concepção de inclusão no sistema educacional brasileiro dos alunos com necessidades educacionais especiais é necessário que se tenha clareza sobre alguns aspectos, tais como:
I auxiliar tecnicamente professores envolvidos com a educação desses alunos. II proporcionar e ampliar o acesso e permanência desses alunos nas classes especiais.  III conscientizar os demais alunos da importância do aprendizado em conjunto, embora com objetivos diferentes. IV estimular a criatividade da comunidade escolar para envolvê-los no processo educativo e não apenas colocá-los no espaço escolar. V possibilitar sua adaptação à escola e à sociedade.
Dos itens acima relacionados, estão corretos, apenas:

Atualmente as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) são consideradas como componente essencial de muitas atividades humanas. Entretanto, podem gerar exclusão digital e transformarem-se em exclusão social. Em relação às TICs, avalie se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir:
( ) O alcance da inclusão digital significa mudar a educação na direção de práticas que priorizem a participação, em detrimento à aula expositiva. ( ) A ação docente frente às TICs tem que ser caracterizada como mediadora para que possa permitir a inclusão digital. ( ) A formação docente no âmbito dos projetos de inclusão digital focada no uso de hardwares e softwares assegura êxito no domínio das metodologias de ensino aprendizagem. ( ) As TICs geraram mudanças na forma de conhecer o mundo, transformando o modelo de conhecimento de “centro único” numa “rede” com pressupostos teóricos e culturas diferentes que priorizam informações e não conhecimento.
A sequência correta, de cima para baixo, é:

Há quase três décadas discute-se a necessidade imposta pelo advento das tecnologias da informação e da comunicação de repensar os caminhos da aprendizagem. O acesso ao grande número de informações que as novas tecnologias permitem alcançar, dependem cada vez mais de dispositivos intelectuais para categorizar estas informações. Logo, é inegável que as TICs podem contribuir para os desenvolvimentos de habilidades cognitivas e, consequentemente para a capacidade de aprender. Hoje, nas escolas, as práticas pedagógicas e o uso da TICs precisam ser repensadas, pois:
I as habilidades de comunicação e expressão e criação que os jovens aplicam no uso de tecnologias digitais não se transferem automaticamente a outros âmbitos de aprendizagem. II o uso das TICs como potencializadora da aprendizagem pelo acesso à informação depende apenas dos recursos tecnológicos disponíveis e do seu emprego de forma recorrente. III o emprego das tecnologias na educação potencializa a sala de aula, tornando-a um espaço de confluência de diferentes saberes, experiências e de diálogo entre os alunos. IV as atividades que envolvem a exploração e a investigação do mundo são ampliadas com o uso das TICs, porque estas oferecem diferentes possibilidades e meios para ter acesso ao mundo.
Das afirmativas acima, pode-se dizer que estão corretas, apenas: 

A Utilização de tecnologias está entre as novas competências a serem exigidas para os professores. No entanto, o uso das TICs, por si só, não promove mudanças no processo de ensino e aprendizagem. Para que essas mudanças ocorram é necessário que as TICs sejam utilizadas como

A educação online teve como seu principal desafio dar suporte à interação coletiva síncrona e assíncrona que permitisse realizar a educação mediada por computadores conectados em rede. Consolidada esta modalidade, é possível apontar os seus principais benefícios. Neste sentido avalie se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir:
( ) Associa a inovação tecnológica à inovação pedagógica, abrindo caminho para a comunicação, a colaboração e a construção negociada e compartilhada dos conhecimentos.
( ) Cria ambientes de aprendizagem, estimula a participação ativa, transformando as relações e os resultados do ensinar e do aprender.
( ) Modifica a percepção do mundo, o acesso às informações e as habilidades de investigar, analisar, trocar saberes, a motivação e a autoestima.
( ) Ressignifica o papel do educador como mediador do processo de aprendizagem, na medida em que a relação professor-aluno se estabelece pela troca de saberes.
( ) Garante acesso a todos, ainda que sem políticas e sem estruturas organizacionais para apoiar a colaboração e o planejamento de estratégias em rede para todos os participantes.


A sequência correta, de cima para baixo, é:

A avaliação, durante muito tempo no campo da educação, foi utilizada como sinônimo de medir, limitando-se a momentos estanques e buscando alcançar resultados apenas no final do processo. Para repensar esta forma de avaliar, é necessário

Os alunos de determinada classe recebem como tarefa, a elaboração de um texto que expresse a síntese da discussão realizada em sala. Ao longo da tarefa, o professor percorre as carteiras, lê em voz alta ou silenciosamente algumas sínteses, comenta as adequações e inadequações na escrita, tanto no aspecto sintático como ortográfico, faz sugestões e pede que as correções ou melhorias, sejam feitas após a aula. De acordo com a descrição da situação, a prática avaliativa realizada traduz uma concepção:

Para HOFFMANN (2013), a avaliação da aprendizagem ocorre no contexto próprio da diversidade. Ela é sempre de caráter singular no que se refere aos estudantes, uma vez que as posturas avaliativas inclusivas ou excludentes afetam seriamente os sujeitos educativos. Nesse sentido, a avaliação na perspectiva mediadora significa que o acompanhamento ao estudante é realizado de forma a 

A avaliação institucional é um campo de disputa que ultrapassa as questões mais aparentes e formais da organização e do gerenciamento das instituições educativas. Portanto, segundo HOFFMAN (2013), a melhor avaliação é aquela que 

Paulo Freire defendeu ao longo de suas obras uma educação participativa, democrática, em que a escola formasse para a cidadania, como está na Constituição Federal (1988) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996). A sua metodologia, centrada no diálogo, considera que é preciso ensinar e aprender com uma visão crítica, não havendo outra forma de se construir a autonomia do aluno. Para tanto, o docente deve saber que:
I ensinar é criar as possibilidades para que o aluno construa ou reconstrua conhecimentos.
II respeitar a diversidade é fundamental para que cada aluno se aproprie da sua identidade e aja com autonomia.
III valorizar o conteúdo programático e a disciplina formal exigida pela ciência, é essencial para a formação do aluno.
IV apreender a realidade circundante e problematizá-la é tarefa mais complexa e geradora de novos saberes.
Das afirmativas acima, estão corretas, apenas: 

A discussão sobre o papel e as competências docente não são recentes. Ao longo da evolução do ensino, diferentes teorias foram apresentadas e, nelas, o educador assumia um determinado papel. A teoria social crítica da aprendizagem pôs por terra a neutralidade da ação pedagógica, uma vez que ela está vinculada a uma conjuntura de poder, história e contexto social. É com base nesta teoria que Henry Giroux discute o papel do professor em oposição a visão tradicional. Para ele, é fundamental que o docente seja visto como 

Na sala de aula do professor Arthur, os alunos formam grupos de no máximo quatro componentes e recebem um desafio: criar um robô. Para executar a tarefa e cumprir o desafio autonomamente, discutem os conteúdos envolvidos na montagem, revezam as parcerias, gerenciam os conflitos, aprendem a lidar com as diferenças, explicam os erros, consertam os defeitos. Atento, o professor atua como mediador de questionamentos que envolvem os conteúdos racionais e atitudinais, motivando os alunos a utilizarem seus conhecimentos. O professor Arthur demonstra competência para:
I realizar trabalhos em equipe, envolvendo os alunos como responsáveis pela sua própria aprendizagem.
II transferir para os alunos a responsabilidade de escolher o que querem fazer e aprender, estimulando a autonomia.
III estimular os alunos a trabalhar cooperativamente, compreendendo a importância do trabalho individual para o grupo.
IV motivar os alunos, reforçando a decisão de aprender e estimulando o desejo de saber.
Das afirmativas acima, estão corretas, apenas:

É preciso reconhecer que os professores não possuem apenas saberes, mas também competências profissionais que não se reduzem ao domínio dos conteúdos a serem ensinados. Tais competências assumem cada vez mais relevância em função das transformações pelas quais vem passando os sistemas educacionais. Dentre estas competências, PERRENAUD (2001) destaca a de organizar e estimular situações de aprendizagem. Isto significa:
I conhecer os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem. II verificar ao final de cada sequência didática o que foi retido pelo aluno. III trabalhar a partir das representações dos alunos. IV envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento.
Das afirmativas acima, estão corretas, apenas:

O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização. Avalie as afirmativas abaixo relativas às recomendações feitas para a elaboração do currículo e assinale se são verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Nos anos iniciais deve ocorrer a articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil, prevendo tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos. ( ) As atividades desenvolvidas devem ser organizadas em torno dos interesses manifestos pelas crianças, de suas vivências mais imediatas para que, com base nessas vivências, elas possam, progressivamente, ampliar essa compreensão, o que se dá pela mobilização de operações cognitivas cada vez mais complexas e pela sensibilidade para apreender o mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar. ( ) Nos anos finais, a progressão do conhecimento deve ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender. ( ) As propostas pedagógicas devem assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a promover uma maior integração entre elas. ( ) Em todas as etapas de escolarização, a escola deve estar atenta aos fatores que dificultam a convivência cotidiana e a aprendizagem, conduzindo ao desinteresse e à alienação e, não raro, à agressividade e ao fracasso escolar, dialogando com a diversidade de formação e vivências para enfrentar com sucesso os desafios de seus propósitos educativos.

A sequência correta, de cima para baixo, é

A BNCC (2017) assegura as aprendizagens essenciais que devem ser operacionalizadas através dos currículos. Estes devem considerar a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, bem como a realidade local, o contexto, a comunidade, as características dos alunos e das famílias. O processo de elaboração dos currículos envolve, entre outras ações:

I Contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas.
II Selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem etc.
III Construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para definir que alunos devem ou não prosseguir nos estudos.
IV Avaliar constantemente os professores, indicando a necessidade ou não de capacitações para melhoria do seu desempenho.

Das afirmativas acima, estão corretas, apenas:

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2017) é um documento que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Tais aprendizagens devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Na BNCC, competência é definida como a mobilização de

O Projeto Político-Pedagógico da escola é um documento que revela posicionamento filosófico, político e educacional balizador da ação docente, bem como da sua equipe técnico-administrativa. Assim, o PPP referendado por uma concepção de educação transformadora deve trazer como fundamento uma didática: 

Segundo PADILHA (2002), pensar o planejamento educacional e, em particular, o planejamento visando ao projeto políticopedagógico da escola é, essencialmente, exercitar nossa capacidade de tomar decisões coletivamente. Para o autor este planejamento não é tarefa fácil e exige um esforço coletivo, um sistema de comunicação efetivo, atribuição de papéis, definição de princípios e estratégias concretas.
Portanto, devem estar previstos no Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola: 

I levantamento das necessidades e expectativas de todos os segmentos escolares.
II definição de médio e longo prazo, excluindo as ações de curto prazo.
III organização administrativa, pedagógica e financeira da escola.
IV avaliação periódica para o redimensionamento das propostas contidas no referido PPP. 

Das afirmativas acima, pode-se dizer que estão corretas, apenas: