Questões de Concurso Para coseac

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Q2495784 Pedagogia
Para Luckesi, existem duas condições necessárias a todo pesquisador e avaliador, sendo uma delas
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Q2495783 Pedagogia
O livro O que é Educação, de Carlos Brandão, discute de forma abrangente e crítica os diversos aspectos que envolvem o processo educativo, desde sua concepção até suas práticas sociais e políticas. Nesse sentido, o principal enfoque do livro é a apresentação de
Alternativas
Q2495782 Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
Assinale a opção que NÃO representa uma atribuição do Conselho Tutelar, conforme o art. 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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Q2495780 Literatura

A questão é baseadas nos textos 4, 5 e 6.


TEXTO 4

Vício na fala


Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados


ANDRADE, Oswald de. Pau-brasil. 4 ed. São Paulo: Globo, 2000. p.80.



TEXTO 5

Poema autobiográfico


Quando eu nasci meu

pai batia sola

minha mãe pisava milho no pilão

para o angu das manhãs.


Eu sou um trabalhador

Ouvi o ritmo das caldeiras...

Obedeci ao chamado das sirenes...

Morei num mocambo do “Bode”

e hoje moro num barraco na Saúde...


Não mudei nada...


TRINDADE, Solano (1908-1974). Poemas antológicos de Solano Trindade. São Paulo: Nova Alexandria, 2007. p.52.



TEXTO 6

Mestre Amaro


O bater do martelo do mestre José Amaro cobria os rumores do dia que cantava nos passarinhos, que bulia nas árvores açoitadas pelo vento. Uma vaca mugia por longe. O martelo do mestre era forte, mais alto que tudo. O pintor Laurentino foi saindo. E o mestre, de cabeça baixa, ficara no ofício. Ouvia o gemer da filha. Batia com mais força na sola. Aquele Laurentino sairia falando da casa dele. Tinha aquela filha triste, aquela Sinhá de língua solta. Ele queria mandar em tudo como mandava no couro que trabalhava, queria bater em tudo como batia naquela sola. A filha continuava chorando como se fosse uma menina. O que era que tinha aquela moça de trinta anos? Por que chorava, sem que lhe batessem? Bem que podia ter tido um filho, um rapaz como aquele Alípio, que fosse um homem macho, de sangue quente, de força no braço. Um filho do mestre José Amaro que não lhe desse o desgosto daquela filha. 
[...] O mestre José Amaro sacudiu o ferro na sola úmida. Mais uma vez as rolinhas voaram com medo, mais uma vez o silêncio da terra se perturbava com o seu martelo enraivecido. Voltava outra vez à sua mágoa latente: o filho que lhe não viera, a filha que era uma manteiga derretida. Sinhá, sua mulher era culpada de tudo. [...] O pai fizera sela para o imperador montar. E ele ali, naquela beira de estrada, fazendo rédea para um sujeito desconhecido.

REGO, José Lins do. Fogo Morto. 77 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2014. p. 39-40

A produção romanesca da segunda fase do modernismo brasileiro, na qual se insere José Lins do Rego, recebeu, com frequência, a designação de neonaturalista ou neorrealista. Contudo, diferentemente dessa produção, o romance naturalista do século XIX adotou, como princípio, a construção
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Q2495779 Literatura

A questão é baseadas nos textos 4, 5 e 6.


TEXTO 4

Vício na fala


Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados


ANDRADE, Oswald de. Pau-brasil. 4 ed. São Paulo: Globo, 2000. p.80.



TEXTO 5

Poema autobiográfico


Quando eu nasci meu

pai batia sola

minha mãe pisava milho no pilão

para o angu das manhãs.


Eu sou um trabalhador

Ouvi o ritmo das caldeiras...

Obedeci ao chamado das sirenes...

Morei num mocambo do “Bode”

e hoje moro num barraco na Saúde...


Não mudei nada...


TRINDADE, Solano (1908-1974). Poemas antológicos de Solano Trindade. São Paulo: Nova Alexandria, 2007. p.52.



TEXTO 6

Mestre Amaro


O bater do martelo do mestre José Amaro cobria os rumores do dia que cantava nos passarinhos, que bulia nas árvores açoitadas pelo vento. Uma vaca mugia por longe. O martelo do mestre era forte, mais alto que tudo. O pintor Laurentino foi saindo. E o mestre, de cabeça baixa, ficara no ofício. Ouvia o gemer da filha. Batia com mais força na sola. Aquele Laurentino sairia falando da casa dele. Tinha aquela filha triste, aquela Sinhá de língua solta. Ele queria mandar em tudo como mandava no couro que trabalhava, queria bater em tudo como batia naquela sola. A filha continuava chorando como se fosse uma menina. O que era que tinha aquela moça de trinta anos? Por que chorava, sem que lhe batessem? Bem que podia ter tido um filho, um rapaz como aquele Alípio, que fosse um homem macho, de sangue quente, de força no braço. Um filho do mestre José Amaro que não lhe desse o desgosto daquela filha. 
[...] O mestre José Amaro sacudiu o ferro na sola úmida. Mais uma vez as rolinhas voaram com medo, mais uma vez o silêncio da terra se perturbava com o seu martelo enraivecido. Voltava outra vez à sua mágoa latente: o filho que lhe não viera, a filha que era uma manteiga derretida. Sinhá, sua mulher era culpada de tudo. [...] O pai fizera sela para o imperador montar. E ele ali, naquela beira de estrada, fazendo rédea para um sujeito desconhecido.

REGO, José Lins do. Fogo Morto. 77 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2014. p. 39-40

O realismo atribuído a personagens ficcionais constitui um efeito da linguagem literária e, portanto, não deve ser dissociado do emprego de procedimentos de construção da narrativa, como exemplifica a composição de mestre Amaro por José Lins do Rego. Nesse sentido, no texto 6, a 
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Respostas
491: B
492: B
493: A
494: D
495: C