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AS ARAPUCAS DA GRAFIA
Por Josué Machado. Adaptado de: http://revistalingua.uol.com.br/textos/112/as-arapucas-da-grafia338198-1.asp Acesso em: 29 mar 2015.
A revista de circulação nacional manteve na Europa por anos um correspondente que escrevia magnificamente bem. Dados precisos, texto encadeado, elegante. Perfeito, não fosse o fato de suas reportagens chegarem temperadas por palavras como "gazolina"; "acessor" (por "assessor"); "excessão" (exceção); "obcessão" (obsessão), etc. Fora as gozações, que já tinha grafado "gosações", não havia o que fazer, pois as qualidades de repórter e redator suplantavam de longe os escorregões. Sofria de deficiência muito específica, que não o tornava menos respeitado pelos colegas.
Isso ocorreu antes do advento dos computadores com corretores de grafia. Os erros da grafia nos textos do correspondente servem para provar que esse é o aspecto menos importante da redação, embora desvios ortográficos causem estranheza e em geral estejam ligados à falta de escolaridade e leitura. Pois não há dúvida - dizem os sábios - de que é com leitura que se gravam na mente as estruturas da língua e, claro, o vocabulário e a grafia. É preciso ler, portanto. E escrever.
Sempre. Quem não puder enfrentar o texto de autores considerados bons, os clássicos ou nem tanto, que leia os ruins [...].
Tudo serve para melhorar o vocabulário e fixar os blocos estruturais da língua. Haverá quem veja tais conselhos com reserva, mas é melhor ler textos medíocres do que não ler nenhum. A percepção visual de uma palavra costuma ser produtiva. E talvez o começo pela leitura mais fácil e ruim seja um estímulo para chegar à boa. É uma esperança.
Esperanças à parte, a maioria das pessoas que comete espalhafatosos erros de grafia quase certamente tem pouca familiaridade com leitura e língua escrita. Como demonstram levantamentos feitos por escolas e empresas. Algumas, aliás, estão adotando o ditado para selecionar (ou eliminar) candidatos a emprego. Como se fazia no 1o grau da escola antiga. De todo modo, melhor que o ditado não seja o filtro final de escolha, porque muita gente capaz de escrever bem, como nosso correspondente, pode claudicar na grafia. Verdade que ele era um caso raro, mas pode haver surpresas.
Assinale a alternativa correta. O autor, nesse texto, defende a ideia de que:
Sob ponto de vista da Ergonomia, é correto afirmar:
Assinale a alternativa correta:
Leia o texto a seguir para responder às próximas 3 (três) questões.
O homem que espalhou o deserto
Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras. Um quintal enorme, que parecia uma chácara onde o menino passava o dia cortando folhas. A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o menino apanhava seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome filhinho, venha brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia a dia constante, de manhã à noite.
Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. À noite, com uma pedra de amolar, afiava bem os cortes, preparando-as para as tarefas do dia seguinte. Às vezes, deixava aberta a janela, para que o luar brilhasse nas tesouras polidas.
A mãe, muito contente, apesar do filho detestar a escola e ir mal nas letras. Todavia, era um menino comportado, não saía de casa, não andava em más companhias, não se embriagava aos sábados como os outros meninos do quarteirão, não frequentava ruas suspeitas onde mulheres pintadas exageradamente se postavam às janelas, chamando os incautos. Seu único prazer eram as tesouras e o corte das folhas.
Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior. Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.
Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha afugentado os pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que de nada adiantaria podar as folhas. Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.
Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro. Levou dez dias, porque não estava acostumado a manejar machados, as mãos calejaram, sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.
Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvore, capões, matos, atacava, limpava, deixava os montes de lenha arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos dos terrenos não se importavam, estavam em via de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e precisavam de tudo limpo mesmo.
E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento. Onde quer que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para organizar uma agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para guardar machados, abrigar seus operários devastadores. Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.
E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então, o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E enquanto as árvores eram plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras proibidas. São Paulo: Global, 2002.
Com relação à concordância verbal e nominal, observe os seguintes períodos retirados do texto.
“Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras.”
“Importou tratores e máquinas especializadas do estrangeiro.”
I. Existem alguns verbos particulares como haver e fazer que são denominados impessoais e não têm sujeito. Tais verbos ficam sempre na terceira pessoa do singular.
II. O verbo haver quando empregado com o sentido de existir ou acontecer tem sujeito com o qual, evidentemente, concorda.
III. No segundo período, o adjetivo especializadas concorda com o substantivo mais próximo dele (máquinas). De acordo com a regra, teríamos outra possibilidade de concordância: “tratores e máquinas especializados”. Nesse caso, como os substantivos são de gêneros diferentes, prevalece o adjetivo no masculino plural.
Assinale a alternativa correta:
No MS Excel as Tabelas Dinâmicas são utilizadas para
Em gestão Financeira o CAPM é um dos instrumentos úteis para
As grandes redes de varejo exercem grande influência nas decisões estratégicas de diversas indústrias. No Modelo das Cinco forças de Porter esta situação é ilustrada através do:
Um dos indicadores financeiros relevantes é Ebitda, em português Lajida. O Ebitda avalia:
O sistema de Custeio Baseado em Atividades (ABC) foi desenvolvido para eliminar algumas lacunas de sistemas tradicionais como o Centro de Custos. Um dos pontos que justificariam a utilização do Sistema ABC é:
O ferro fundido apresenta características da estrutura química com reflexo direto no comportamento de suas propriedades mecânicas. Uma característica da estrutura do ferro fundido e um reflexo suas propriedades são, respectivamente:
As abordagens atuais de gerenciamento de projetos propõem o uso de algumas técnicas como a engenharia simultânea e a engenharia do valor. São objetivos destas técnicas, respectivamente:
Pode ser considerado um exemplo de erro sistemático:
Na análise de sistemas termodinâmicos a análise das propriedades, ou variáveis, de estado é fundamental. São propriedades de estado:
A engenharia de métodos passou por uma série de desenvolvimentos desde os trabalhos do casal Gilbreths e de Taylor no início do século XX. Uma mudança profunda dos primeiros trabalhos em relação ao cenário atual da engenharia de métodos é:
Comparando os processos de Soldagem TIG (Tungsten Inert Gas) e MIG (Metal Inert Gas) é possível considerar que:
Uma máquina térmica devido a problemas de isolamento e excesso de atrito gera um rendimento de 10%. A quantidade de calor para fornecer um trabalho de 10.000 J é:
Assinale a alternativa correta. Qual a sequência de cores do padrão 568-A para crimpagem de cabos?
Qual a velocidade de transmissão de uma conexão Firewire de segunda geração?
Um switch layer 2 é capaz de interpretar e transmitir dados em quais camadas do modelo OSI?
O protocolo IP (Internet Protocol) é um protocolo de comunicação utilizado para comunicação entre duas máquinas em uma rede, os endereços IP 192.168.0.1 e 192.168.0.2 perecem a que camada do modelo OSI? Assinale a alternativa correta