Questões de Concurso Para ufmg

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Ano: 2016 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2016 - UFMG - Assistente em Administração |
Q1096597 Português
Violência contra a mulher, gênero e machismo

Adriano Senkevics

    A violência contra a mulher é um tema imprescindível quando se discute a situação das mulheres no Brasil. Entre outros, porque os indicadores sobre essa temática são assustadores: a cada cinco minutos, uma mulher é agredida no país, segundo o Mapa da Violência 2012 (WAISELFISZ, 2012). Em parâmetros internacionais, o Brasil é o 7º país com as maiores taxas de homicídio feminino entre 84 nações, assassinando 4,4 mulheres em cem mil, perdendo apenas para El Salvador, Trinidad e Tobago, Guatemala, Rússia, Colômbia e Belize.
   O mesmo documento aponta que as unidades da federação onde se concentram as taxas de homicídio feminino, calculadas em número de mulheres vítimas de homicídio entre cem mil mulheres, são Espírito Santo (taxa de 9,8), Alagoas (8,3) e Paraná (6,4). Nas melhores posições, Santa Catarina (3,5), São Paulo (3,2) e Piauí (2,5). Ainda, vê-se, pelo gráfico abaixo, que o homicídio de mulheres cresceu vertiginosamente nos últimos 30 anos.


   Notamos um crescimento até o ano de 1996, quando as taxas mantiveram alguma estabilidade até 2006. Neste ano, foi promulgada a lei Maria da Penha (lei 11.340/06), que, em seu primeiro ano de vigência, acompanhou uma queda no número desses casos. Logo a espiral de violência foi retomada, mostrando que só essa política não tem sido suficiente.
    Estaríamos equivocados se pensarmos que essas agressões acontecem principalmente nas ruas ou no espaço público de forma geral. Pelo contrário, 68% das agressões documentadas em postos de atendimento ocorrem no próprio ambiente doméstico, em geral pelo cônjuge ou familiares da vítima.
    Para compreender o porquê desses dados, é necessário tecer uma análise articulada a uma problemática de gênero. Já dizia a feminista brasileira Heleieth Saffioti (2004, p. 81) que a violência de gênero “não ocorre aleatoriamente, mas deriva de uma organização social de gênero, que privilegia o masculino”.
  É sabido que uma histórica desigualdade de gênero marca nossa sociedade, transparecendo-se nos diferentes setores, e que essa desigualdade tem sido em alguma medida questionada e modificada, basta pensarmos, por exemplo, que, se há um século o acesso das mulheres à educação era restrito, hoje elas são maioria em muitos cursos do ensino superior.
    Porém, é válido ressaltar que mesmo esses avanços convivem com os aspectos mais tradicionais das relações de gênero. Muda-se o contexto, mas a ideologia atrelada à forma de se entender o masculino e o feminino é praticamente a mesma.
    A violência de gênero, seja na forma lesão corporal, de assédio sexual ou de assédio moral, está relacionada à manutenção de uma relação desigual de poder, que autoriza (mesmo com a ilegalidade do ato em si) aos homens a violação do corpo e dos direitos das mulheres, em virtude da reafirmação de uma masculinidade que se coloca, em âmbito público ou privado, superior às mulheres.
    É o que acontece com o estupro ou com os assobios e provocações que muitos homens disparam a torto e direito às mulheres nas ruas. Por mais que não vá existir nenhum relacionamento entre os dois, o homem, ao chamar a mulher de “gostosa!”, está reproduzindo a ideia de que, na sua posição masculina, tem o direito de julgar, avaliar ou mesmo de controlar a sexualidade e o corpo de outrem. Em todos esses casos, estamos falando menos de afeto ou de sexo, e sim de poder.
  Assim, quando nos deparamos com o alto índice de violência contra a mulher, não devemos olhar apenas o lado da vítima – e de uma sociedade que “produz” mulheres violentadas – mas com igual atenção para o agressor, nos questionando sobre o que levaria à produção de homens ofensores, agressores ou estupradores; para resumir em uma palavra: de homens machistas.
     Para enfrentar esse problema, a lei Maria da Penha ou o aumento da segurança podem até contribuir, mas de longe não resolvem. É preciso mais do que prestar assistência às vítimas ou punir os agressores, embora esses dois aspectos sejam essenciais. É necessário, portanto, desconstruir essa masculinidade, questionar esse “modo de ser homem” que reproduz e legitima uma opressão sexista, aqui entendida como a violência de gênero, mas que poderia se estender a qualquer caso em que uma diferença sexual seja utilizada para dar razão a uma desigualdade de gênero.
   Essa reflexão deve partir de todas as pessoas, homens e mulheres, e demanda repensar nossas práticas, atitudes e comportamentos: em que medida reproduzimos o machismo no nosso dia-a-dia? Não é uma reflexão simples, pois, se as desigualdades de gênero estivessem colocadas como um inimigo visível, seria fácil combatê-las. Mas é justamente por estarem inseridas na nossa cultura e concepção do masculino e do feminino, que elas se perpetuam. Romper esse ciclo é um desafio, como também uma grande necessidade.

Disponível em: https://ensaiosdegenero.wordpress.com/2012/09/13/violencia-contra-a-mulher-genero-e-machismo/ . Acesso em: 20 jul. 2016.
Leia o seguinte trecho:
“A violência contra a mulher é um tema imprescindível quando se discute a situação das mulheres no Brasil.”
Todos os trechos a seguir servem como argumentos para comprovar tal afirmação, EXCETO:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2016 - UFMG - Assistente em Administração |
Q1096596 Português
Violência contra a mulher, gênero e machismo

Adriano Senkevics

    A violência contra a mulher é um tema imprescindível quando se discute a situação das mulheres no Brasil. Entre outros, porque os indicadores sobre essa temática são assustadores: a cada cinco minutos, uma mulher é agredida no país, segundo o Mapa da Violência 2012 (WAISELFISZ, 2012). Em parâmetros internacionais, o Brasil é o 7º país com as maiores taxas de homicídio feminino entre 84 nações, assassinando 4,4 mulheres em cem mil, perdendo apenas para El Salvador, Trinidad e Tobago, Guatemala, Rússia, Colômbia e Belize.
   O mesmo documento aponta que as unidades da federação onde se concentram as taxas de homicídio feminino, calculadas em número de mulheres vítimas de homicídio entre cem mil mulheres, são Espírito Santo (taxa de 9,8), Alagoas (8,3) e Paraná (6,4). Nas melhores posições, Santa Catarina (3,5), São Paulo (3,2) e Piauí (2,5). Ainda, vê-se, pelo gráfico abaixo, que o homicídio de mulheres cresceu vertiginosamente nos últimos 30 anos.


   Notamos um crescimento até o ano de 1996, quando as taxas mantiveram alguma estabilidade até 2006. Neste ano, foi promulgada a lei Maria da Penha (lei 11.340/06), que, em seu primeiro ano de vigência, acompanhou uma queda no número desses casos. Logo a espiral de violência foi retomada, mostrando que só essa política não tem sido suficiente.
    Estaríamos equivocados se pensarmos que essas agressões acontecem principalmente nas ruas ou no espaço público de forma geral. Pelo contrário, 68% das agressões documentadas em postos de atendimento ocorrem no próprio ambiente doméstico, em geral pelo cônjuge ou familiares da vítima.
    Para compreender o porquê desses dados, é necessário tecer uma análise articulada a uma problemática de gênero. Já dizia a feminista brasileira Heleieth Saffioti (2004, p. 81) que a violência de gênero “não ocorre aleatoriamente, mas deriva de uma organização social de gênero, que privilegia o masculino”.
  É sabido que uma histórica desigualdade de gênero marca nossa sociedade, transparecendo-se nos diferentes setores, e que essa desigualdade tem sido em alguma medida questionada e modificada, basta pensarmos, por exemplo, que, se há um século o acesso das mulheres à educação era restrito, hoje elas são maioria em muitos cursos do ensino superior.
    Porém, é válido ressaltar que mesmo esses avanços convivem com os aspectos mais tradicionais das relações de gênero. Muda-se o contexto, mas a ideologia atrelada à forma de se entender o masculino e o feminino é praticamente a mesma.
    A violência de gênero, seja na forma lesão corporal, de assédio sexual ou de assédio moral, está relacionada à manutenção de uma relação desigual de poder, que autoriza (mesmo com a ilegalidade do ato em si) aos homens a violação do corpo e dos direitos das mulheres, em virtude da reafirmação de uma masculinidade que se coloca, em âmbito público ou privado, superior às mulheres.
    É o que acontece com o estupro ou com os assobios e provocações que muitos homens disparam a torto e direito às mulheres nas ruas. Por mais que não vá existir nenhum relacionamento entre os dois, o homem, ao chamar a mulher de “gostosa!”, está reproduzindo a ideia de que, na sua posição masculina, tem o direito de julgar, avaliar ou mesmo de controlar a sexualidade e o corpo de outrem. Em todos esses casos, estamos falando menos de afeto ou de sexo, e sim de poder.
  Assim, quando nos deparamos com o alto índice de violência contra a mulher, não devemos olhar apenas o lado da vítima – e de uma sociedade que “produz” mulheres violentadas – mas com igual atenção para o agressor, nos questionando sobre o que levaria à produção de homens ofensores, agressores ou estupradores; para resumir em uma palavra: de homens machistas.
     Para enfrentar esse problema, a lei Maria da Penha ou o aumento da segurança podem até contribuir, mas de longe não resolvem. É preciso mais do que prestar assistência às vítimas ou punir os agressores, embora esses dois aspectos sejam essenciais. É necessário, portanto, desconstruir essa masculinidade, questionar esse “modo de ser homem” que reproduz e legitima uma opressão sexista, aqui entendida como a violência de gênero, mas que poderia se estender a qualquer caso em que uma diferença sexual seja utilizada para dar razão a uma desigualdade de gênero.
   Essa reflexão deve partir de todas as pessoas, homens e mulheres, e demanda repensar nossas práticas, atitudes e comportamentos: em que medida reproduzimos o machismo no nosso dia-a-dia? Não é uma reflexão simples, pois, se as desigualdades de gênero estivessem colocadas como um inimigo visível, seria fácil combatê-las. Mas é justamente por estarem inseridas na nossa cultura e concepção do masculino e do feminino, que elas se perpetuam. Romper esse ciclo é um desafio, como também uma grande necessidade.

Disponível em: https://ensaiosdegenero.wordpress.com/2012/09/13/violencia-contra-a-mulher-genero-e-machismo/ . Acesso em: 20 jul. 2016.
O principal objetivo do texto é
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025280 Mecânica
As aciarias a oxigênio se caracterizam por:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025279 Mecânica
Entre as reações características que ocorrem no alto-forno, tem-se:
(1) C + O2 = CO2 (2) C + CO2 = 2 CO (3) 3 Fe2O3 + CO = 2 Fe3O4+ CO2 (4) Fe3O4 + CO = 3 FeO + CO2 (5) FeO + CO = Fe + CO2 I - A reação (1) gera energia no alto-forno. II - A reação (2) aumenta a temperatura do alto-forno. III - Nas reações (3), (4) e (5), os óxidos de ferro são reduzidos. IV - Somente na reação (5) o óxido de ferro é reduzido.
Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025278 Mecânica
Assinale a alternativa que corresponde à matéria-prima que origina, respectivamente, o coque metalúrgico e o reator em que esse material é utilizado.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025277 Mecânica
Em uma usina siderúrgica, o processo de sinterização tem como finalidade:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025276 Mecânica
Para se reduzir um óxido de ferro por carbono, são necessários:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025275 Mecânica
Assinale a alternativa que contém componentes presentes em erros de medição.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025274 Mecânica
O micrômetro é um instrumento de medição que possui uma escala e um tambor com dados em milímetros. A menor unidade de medição do tambor é igual a 0,01 mm, conforme a figura a seguir.
Imagem associada para resolução da questão
Considerando essas características, a medição mostrada na figura e a sua incerteza são iguais a:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025273 Mecânica

A corrosão eletrolítica pode gerar danos severos em instalações metálicas.

A corrosão eletrolítica é gerada

Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025272 Mecânica
A proteção catódica é muito utilizada na proteção contra a corrosão de instalações metálicas enterradas, submersas ou em contato com eletrólitos. Considere as seguintes afirmações acerca desse método de proteção: I - Na proteção catódica galvânica, são utilizados metais de sacrifício, que agem como ânodo no sistema, impedindo a corrosão do cátodo. II - A proteção catódica consegue proteger as instalações metálicas da corrosão mesmo sem nenhum tipo de revestimento. III - Os ânodos galvânicos normalmente utilizados na proteção catódica são metais como Cr, Au e Pt.
Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025271 Mecânica
A corrosão galvânica é um importante mecanismo de corrosão em metais, e ocorre pelo contato de metais com diferentes potenciais de eletrodo. Considere as seguintes reações e potenciais padrões de redução. O contato entre dois desses metais pode gerar uma pilha galvânica.
Imagem associada para resolução da questão
Com base nas informações da tabela, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025270 Mecânica
Um ensaio de impacto Charpy foi realizado em dois aços diferentes, aço 1 e aço 2, em temperaturas distintas, apresentando transição frágil-dúctil. O gráfico abaixo mostra a energia absorvida nas diferentes temperaturas de ensaio.
Imagem associada para resolução da questão
Com base nesse ensaio, é CORRETO afirmar:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025269 Mecânica
O método de ensaio de dureza consiste em um penetrador de diamante, com formato piramidal quadrado e ângulos entre as faces opostas igual a 136º , como ilustrado no esquema abaixo: Imagem associada para resolução da questão Trata-se do método

Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025268 Mecânica
Sobre os ensaios mecânicos de tração uniaxial, dureza e impacto, é CORRETO afirmar:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025267 Mecânica

Considere o gráfico que foi obtido com um ensaio uniaxial de tração em um material metálico para responder a questão.



A tensão versus deformação é visível em duas regiões da curva com comportamento mecânicos distintos, denominadas elástica e plástica. Sobre essas regiões, é CORRETO afirmar:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025266 Mecânica

Considere o gráfico que foi obtido com um ensaio uniaxial de tração em um material metálico para responder a questão.



Com o ensaio de tração, é possível obter informações sobre o comportamento mecânico dos metais. As propriedades mecânicas 1, 2 e 3 indicadas no gráfico se referem ao:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025265 Mecânica
São considerados materiais (1) metálicos, (2) cerâmicos, (3) poliméricos e (4) compósitos, respectivamente:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025264 Mecânica
Duas importantes classificações gerais de ligas ferrosas são aços carbono e aços inoxidáveis. Sobre essas classes de ligas, é CORRETO afirmar:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Técnico em Metalurgia |
Q1025263 Mecânica
Defeitos cristalinos estão presentes em praticamente todos os materiais metálicos e possuem papéis importantes nas suas propriedades. São exemplos de defeitos pontuais, lineares e superficiais,respectivamente:
Alternativas
Respostas
2701: C
2702: B
2703: C
2704: A
2705: D
2706: B
2707: B
2708: C
2709: A
2710: D
2711: A
2712: C
2713: B
2714: C
2715: D
2716: A
2717: D
2718: B
2719: C
2720: C