Questões de Concurso
Comentadas para prefeitura do rio de janeiro - rj
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“Discurso -- conversação musical --, por definição, não pode ser nunca um monólogo. Cada aluno traz consigo um domínio de compreensão musical quando chega a nossas instituições educacionais. Não os introduzimos na música; eles são bem familiarizados com ela, embora não a tenham submetido aos vários métodos de análise que pensamos ser importantes para seu desenvolvimento futuro.”
(Swanwick, Keith “Ensinando Música Musicalmente”).
Após essa afirmativa, o autor destaca o psicólogo Jerome Bruner no apontamento do que denomina se constituir em “energias naturais que sustentam a aprendizagem espontânea” da qual não podemos nos eximir de sua compreensão. São elas:
Texto: Patíbulos virtuais
Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.
Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.
O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.
Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]
Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.
Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.
Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.
José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY
“O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Menor que os mosquitos comuns, o Aedes aegypti é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. O macho, como os de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas de objetos, próximos a extensas superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência.”
Fonte: http://drauziovarella.com.br/letras/a/aedes-aegypti/ (grifo nosso)
Considerando os conceitos básicos de ecologia e a estrutura dos ecossistemas, o trecho em destaque se refere ao:
Observe a sequência de imagens a seguir:
Fonte: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/EOUrbana/PracaXV_txt.htm (acesso 19/03/2016)
Antes de levar os alunos para um passeio pedagógico pela
cidade, é importante promover uma atividade em sala de aula, a
fim de prepará-los e motivá-los para o processo de observação
da paisagem. A leitura das imagens acima constitui uma proposta
que, do ponto de vista do ensino da Geografia, permite ao aluno:
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Joaqu%C3%ADn_Torres_Garc%C3%ADa_- _América_Invertida.jpg
Em uma aula para o 5º ano, o professor apresenta a obra do artista uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949), produzida em 1941, e sua explicação: “a ponta da América, desde agora, prolongando-se, assinala insistentemente o Sul, nosso norte” (Joaquín Torres García. Universalismo construtivo).
Após a aula, os alunos devem perceber a crítica que o artista faz:
Ao lecionar no 3º ano do Ensino Fundamental, a professora apresenta as seguintes imagens e comentários: I. Este é um mosaico romano da região de Duga, na Tunísia (século II), no qual dois escravos (com roupas típicas de escravos e amuleto contra mau-olhado no pescoço) carregam jarras de vinho, água, toalhas e um cesto de flores.
II. “Um jantar brasileiro”, do francês Jean-Baptiste Debret, pintada em 1827, é uma famosa obra onde pode-se observar o trabalho doméstico dos escravos no Brasil Imperial. Uma das escravas abana seus senhores enquanto outros dois aguardam, provavelmente, para retirar a mesa quando terminarem de jantar.
Tomando como base as imagens e as explicações, os alunos
devem concluir que:
Em 1954, quando o cerco se apertou ainda mais sobre Getúlio Vargas, o presidente agiu mais energicamente. Seu gesto teve consequências imediatas. A massa urbana saiu às ruas em todas as grandes cidades, atingindo os alvos mais expressivos de seu ódio, como jornais de oposição e a representação diplomática dos Estados Unidos no Rio de Janeiro.
Adaptado de FAUSTO, Boris. Historia Concisa do Brasil. Sao Paulo: EDUSP, 2002. p. 231.
Em uma aula para alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, sobre a consolidação da democracia no Brasil, o professor aborda, como tema central, os anos finais do segundo governo Vargas. Nesse sentido, destaque os dois últimos gestos políticos desse governo.
“Ontem a Serra Leoa,
A Guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas da amplidão...
Hoje... o porão negro, o fundo
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...”
Fonte: Castro Alves In: Maria Belintane Fermiano e Adriane Santarosa dos Santos. Ensino de Historia para o Fundamental 1: teoria e pratica. Sao Paulo: Contexto: 2014. p. 162.
Ao utilizar o poema de Castro Alves para uma aula sobre escravidão, o aspecto que o professor procurou destacar dessa realidade histórica é o: