Questões de Concurso Para comperve - ufrn

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Ano: 2019 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2019 - UFRN - Estatístico |
Q2045079 Estatística
Dentre as doenças cardiovasculares, o acidente vascular cerebral (AVC) é uma das mais incapacitantes. Estudos apontam que a maior parte dos casos ocorre em pessoas acima de 65 anos e que os fatores de risco incluem tabagismo, obesidade, sedentarismo, dieta, diabetes, consumo de álcool, estresse, depressão e hipertensão. Uma pesquisa com o objetivo de identificar associações entre faixa etária e fatores de risco para o AVC foi realizada na cidade de Natal-RN, tendo como população alvo os residentes de Natal com idade entre 18-90 anos. A divulgação da pesquisa relata que foi utilizada uma amostra do tipo aleatória simples composta por 500 indivíduos com idade entre 18-90 anos, sendo 53% do gênero feminino e 47% do gênero masculino. A coleta de dados ocorreu em locais públicos de Natal. Considerando as informações fornecidas sobre a pesquisa, a amostragem
Alternativas
Ano: 2019 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2019 - UFRN - Estatístico |
Q2045078 Estatística
Um censo escolar com 100% de cobertura coletou dados sobre os cursos de ensino superior no Brasil em um determinado ano. Os dados indicam que o número total de matrículas de pessoas do sexo feminino foi 3% maior que o número total de matrículas de pessoas do sexo masculino. O mesmo censo apresenta dados desagregados para diversas variáveis, como grau acadêmico (bacharelado, licenciatura, tecnólogo), unidade da federação, curso, entre outras.
Tendo como objetivo uma análise detalhada e completa sobre a desigualdade de gênero com base nos dados desse censo escolar, é correto afirmar que
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Ano: 2019 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2019 - UFRN - Estatístico |
Q2045077 Estatística
A pró-reitoria de graduação de uma instituição de ensino superior está desenvolvendo uma pesquisa de opinião para avaliar a percepção de alunos de graduação sobre mudanças feitas nos critérios para a determinação de rendimento acadêmico.
Tendo como objetivo a construção de um questionário para a pesquisa descrita, considere as afirmativas abaixo.
I A ordem de apresentação das perguntas no questionário pode influenciar o resultado da pesquisa.
II Para reduzir o número de questões, é recomendado abordar mais de um objetivo na mesma pergunta.
III O pré-teste do questionário pode ser dispensado, pois o público alvo da pesquisa constitui-se de alunos de graduação.
IV É importante que os métodos de análise dos dados sejam considerados na etapa de construção do questionário.
Em relação à construção desse questionário, estão corretas as afirmativas
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Ano: 2019 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2019 - UFRN - Estatístico |
Q2045076 Estatística
A pró-reitoria de graduação de uma instituição de ensino superior está desenvolvendo uma pesquisa de opinião para avaliar a percepção de alunos de graduação sobre mudanças feitas nos critérios para a determinação de rendimento acadêmico.
Tendo como objetivo a construção de questões para a pesquisa descrita, considere as afirmativas abaixo.
I Perguntas abertas permitem uma maior possibilidade de variedade de opções de respostas, porém as respostas são mais difíceis de tabular, agrupar, processar e podem gerar mais erros em comparação com perguntas fechadas.
II Perguntas fechadas consomem mais tempo do respondente e do entrevistador, porém as respostas são mais fáceis de tabular, agrupar, processar e podem gerar menos erros em comparação com perguntas abertas.
III A escala tipo Likert é comumente utilizada para avaliar percepção, mas cálculos de médias com essa escala devem ser tratados com cautela devido à sua natureza ordinal.
IV A escala numérica contínua gera uma menor possibilidade de variedade de opções d e respostas em comparação com a escala tipo Likert, mas cálculos de médias com escala numérica contínua são de fácil interpretação.
Em relação à construção de um questionário para a pesquisa descrita, estão corretas as afirmativas
Alternativas
Ano: 2019 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: UFRN Prova: COMPERVE - 2019 - UFRN - Estatístico |
Q2045056 Português
Um silêncio que MATA
Cláudia Maria França Pádua

       A agressividade é a arma que o indivíduo utiliza para manifestar seu ódio. Existem vários tipos de violência, e os estudos desse tipo de comportamento são constantes com o intuito de descobrir as causas que levam o ser humano a cometer tal infração e que causam indignação aos olhos atentos da sociedade.

         Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres. Em 2013, 13 mulheres morreram, todos os dias, vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas pelo parceiro ou ex-companheiro (Mapa da Violência 2015). Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas, diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. E, curiosamente, um estudo recente revelou que 90% concorda que quem presencia ou toma conhecimento de um estupro e fica calado também é culpado. Um percentual relevante, mas por que ainda há tanto silêncio?

       Cinco tipos de violência enquadram todos esses estudos: 1 - violência psicológica: causa danos à autoestima da vítima, podendo ocorrer em casa, na escola, no trabalho, proporcionando humilhação, desvalorização, ofensa, chantagem, manipulação, constrangimento e outros; 2 - violência física: causa danos ao corpo da vítima, podendo ocorrer sob a forma de socos, pontapés, chutes, amarrações e mordidas, impossibilitando defesa; 3 - violência moral: qualquer conduta que proporcione calúnia, difamação ou injúria; 4 - violência sexual: esta não se limita somente ao estupro propriamente dito, mas a atos de violência proibitivos, como, por exemplo, não uso de contraceptivos, obrigação de práticas sexuais, "encoxada" nos transportes públicos, exploração do corpo de adolescentes e pedofilia; 5 - violência simbólica: utilização feminina como "objeto de desejo" (propagandas, outdoors etc.), traçando uma imagem negativa da mulher. O alerta que ecoa é que a violência é silenciosa. Ela ocorre nas residências, nos espaços públicos e em qualquer lugar onde a mulher é assediada.

     O assédio é um comportamento criminoso e deve ser severamente tratado como tal. Seu desenvolvimento relaciona-se com a carência emocional ou com a separação, na infância, do elo materno. A partir desse momento, criam-se, no indivíduo, condutas antissociais, um desajuste afetivo, que podem levá-lo ao cometimento de crimes para sentir prazer no sofrimento dos outros e gerar uma excitação cortical, causando-lhe grande satisfação da libido e de seu ego malformado por uma personalidade psicopática e doentia, na qual os impulsos do mal ganham lugar e ímpeto para cometer tais absurdos. Nesse exato momento, instaura -se o grau de periculosidade do agressor. Portanto, muitas vezes, senão na maioria delas, o agressor sabe que está cometendo um delito e sente, inclusive, prazer nesse comportamento.

         É necessário que as autoridades realizem emergencialmente políticas que inviabilizem esse avanço, para que esse crime não faça parte das principais estatísticas, em que 22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio em 2018. Vítimas com ensino médio e superior relatam, em seus depoimentos, terem sofrido algum tipo de assédio em maior número do que aquelas com ensino fundamental. O caso mais comum citado pela maioria das mulheres entrevistadas é o de comentários desrespeitosos na rua.
       
        Sabemos que, desde a Idade Média, a violência psicológica e moral contra as mulher es era muito comum, e a violência física se valia até mesmo dos mais diferentes instrumentos de tortura utilizados nas mulheres de forma cruel e sem condenação aos torturadores. O "estripador de seios", por exemplo, costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras aquecidas por brasas eram usadas para arrancar-lhes os seios. E existiram tantos outros instrumentos cruéis que marcaram a história mundial e registraram como a mulher foi e ainda é tratada.

         No Brasil, a tortura se divide em duas fases: a primeira se estende do Brasil Império até a nossa Constituição Federal de 1988. A produção de prova se fazia, até aquela época, de forma brutal, e a escravatura, legalizada, tornava o ambiente adequado à violação da dignidade humana. O Código Criminal de 1830 previu o aumento da dor física, como agravante, e o termo "tortura", que aparece na Lei Penal Brasileira em 1940, quando é arrolada entre os meios cruéis que agravam o delito.

        A segunda fase se inicia com a Constituição de 1988, sob o desrespeito sistemático às liberdades fundamentais do homem, ocorrido nas décadas anteriores. Tipificada finalmente a tortura como crime em nossa legislação, espera-se que as formas mais silenciosas, como as violências psicológica, moral e simbólica, recebam um olhar atento para sua erradicação. Infelizmente, nosso país ainda caminha a passos lentos na recrudescência de leis mais efetivas, em que o respeito deveria permanecer como palavra-chave.
       
       As mulheres têm, sim, exercido sua voz, mas mergulham, por vezes, em um conformismo de cultura social que não deverá mais ser aceito e precisa urgentemente ser resolvido com políticas públicas adequadas e conscientização. Afinal, não se pode ficar inerte diante da violência que assola o país e gera incredulidade. Sabemos que as palavras têm a força da razão, enquanto a crueldade emana do poder do ódio e da anomia.

PÁDUA, Cláudia Maria França. Um silencia que mata. Psique, ciência e vida. São Paulo: Editora Escala, Ed. 158, abr. 2019. p. 18-19. [Adaptado]. 
Prioritariamente, o texto objetiva
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Respostas
1491: A
1492: C
1493: D
1494: B
1495: A