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Q1276071 Português
Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.

‘Tempos Anormais’

    Vocês vão entender o título no final. Volto ao tema diante da repercussão da última coluna, que tratava da sessão do STF que julgou o pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula. Por causa principalmente de um termo muito usado pelos ministros — “teratológico” —, poucas vezes recebi tantas mensagens, inclusive de colegas, a começar por minha diretora, que se referiu criticamente “ao uso vaidoso e pretensioso de nosso idioma”.
    De Brasília, a também jornalista Patrícia Pinheiro mandou uma divertida crônica que termina assim: “muito obrigada por me fazer saber o que é teratológico e por me lembrar que temos dicionário em casa!”. Gerson Camarotti, que estava no plenário da Corte cobrindo a sessão, conta que perguntou para todos os companheiros o que era teratologia.
    “Só fiquei mais tranquilo depois de perceber que eles também desconheciam aquela palavra da moda no Supremo. Você esclareceu a minha dúvida”. Então, digamos, foi uma retribuição a quem várias vezes por semana, no “Em pauta”, da GloboNews, esclarece as minhas dúvidas políticas.
    Houve quem me gozasse: “Vai dizer que na Academia vocês também não usam termos difíceis?” Como outras instituições, temos os nossos códigos e usamos, sim, mas internamente, entre os pares, não em sessões televisionadas. A propósito, o poeta e acadêmico Geraldo Carneiro comentou que os juízes — “com exceção do Barroso e às vezes da Cármen Lúcia — têm a mania teratológica de falar difícil”.
Inclemente, ele lembrou os personagens que Molière chamou de “preciosas ridículas”. “Jamais usam o gerúndio, ao contrário de Camões, Vieira, Eça, Machado etc. Têm horror à fala das ruas, assim como têm horror ao cidadão comum”.
    Dos inúmeros comentários recebidos, o mais surpreendente foi um, por sinal bemhumorado, transmitido através do WhatsApp de meu amigo Roberto D’Avila, porque o remetente não tinha meu endereço. Adivinhem de quem? Do ministro Luís Roberto Barroso, confessando ter apreendido o sentido de “mal secreto” lendo meu livro sobre a inveja com esse título. Ele usou a expressão contra o seu desafeto no famoso bate-boca da véspera (ainda bem que não citou o autor. Já imaginaram eu metido nessa briga como que tomando o partido contra um dos lados?. E que lado! Tremo só de pensar).
    Barroso se disse “triste” com o episódio, acrescentando, que “ainda assim o humor ajuda”. E terminou com um exemplo para ajudar na definição do polêmico adjetivo: “teratológicos são os nossos tempos. Completamente anormais”.
    Quanto a isso, não há dúvida.
                    Zuenir Ventura - O Globo, 28/03/2018
Para o desenvolvimento do texto, o autor fez uso dos seguintes recursos, EXCETO:
Alternativas
Q1276070 Português
Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.

‘Tempos Anormais’

    Vocês vão entender o título no final. Volto ao tema diante da repercussão da última coluna, que tratava da sessão do STF que julgou o pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula. Por causa principalmente de um termo muito usado pelos ministros — “teratológico” —, poucas vezes recebi tantas mensagens, inclusive de colegas, a começar por minha diretora, que se referiu criticamente “ao uso vaidoso e pretensioso de nosso idioma”.
    De Brasília, a também jornalista Patrícia Pinheiro mandou uma divertida crônica que termina assim: “muito obrigada por me fazer saber o que é teratológico e por me lembrar que temos dicionário em casa!”. Gerson Camarotti, que estava no plenário da Corte cobrindo a sessão, conta que perguntou para todos os companheiros o que era teratologia.
    “Só fiquei mais tranquilo depois de perceber que eles também desconheciam aquela palavra da moda no Supremo. Você esclareceu a minha dúvida”. Então, digamos, foi uma retribuição a quem várias vezes por semana, no “Em pauta”, da GloboNews, esclarece as minhas dúvidas políticas.
    Houve quem me gozasse: “Vai dizer que na Academia vocês também não usam termos difíceis?” Como outras instituições, temos os nossos códigos e usamos, sim, mas internamente, entre os pares, não em sessões televisionadas. A propósito, o poeta e acadêmico Geraldo Carneiro comentou que os juízes — “com exceção do Barroso e às vezes da Cármen Lúcia — têm a mania teratológica de falar difícil”.
Inclemente, ele lembrou os personagens que Molière chamou de “preciosas ridículas”. “Jamais usam o gerúndio, ao contrário de Camões, Vieira, Eça, Machado etc. Têm horror à fala das ruas, assim como têm horror ao cidadão comum”.
    Dos inúmeros comentários recebidos, o mais surpreendente foi um, por sinal bemhumorado, transmitido através do WhatsApp de meu amigo Roberto D’Avila, porque o remetente não tinha meu endereço. Adivinhem de quem? Do ministro Luís Roberto Barroso, confessando ter apreendido o sentido de “mal secreto” lendo meu livro sobre a inveja com esse título. Ele usou a expressão contra o seu desafeto no famoso bate-boca da véspera (ainda bem que não citou o autor. Já imaginaram eu metido nessa briga como que tomando o partido contra um dos lados?. E que lado! Tremo só de pensar).
    Barroso se disse “triste” com o episódio, acrescentando, que “ainda assim o humor ajuda”. E terminou com um exemplo para ajudar na definição do polêmico adjetivo: “teratológicos são os nossos tempos. Completamente anormais”.
    Quanto a isso, não há dúvida.
                    Zuenir Ventura - O Globo, 28/03/2018
Como outras instituições, temos os nossos códigos e usamos, sim, mas internamente (...).” 4º §
Os termos sublinhados acima têm, respectivamente, a ideia de:
Alternativas
Q1276069 Português
Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.

‘Tempos Anormais’

    Vocês vão entender o título no final. Volto ao tema diante da repercussão da última coluna, que tratava da sessão do STF que julgou o pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula. Por causa principalmente de um termo muito usado pelos ministros — “teratológico” —, poucas vezes recebi tantas mensagens, inclusive de colegas, a começar por minha diretora, que se referiu criticamente “ao uso vaidoso e pretensioso de nosso idioma”.
    De Brasília, a também jornalista Patrícia Pinheiro mandou uma divertida crônica que termina assim: “muito obrigada por me fazer saber o que é teratológico e por me lembrar que temos dicionário em casa!”. Gerson Camarotti, que estava no plenário da Corte cobrindo a sessão, conta que perguntou para todos os companheiros o que era teratologia.
    “Só fiquei mais tranquilo depois de perceber que eles também desconheciam aquela palavra da moda no Supremo. Você esclareceu a minha dúvida”. Então, digamos, foi uma retribuição a quem várias vezes por semana, no “Em pauta”, da GloboNews, esclarece as minhas dúvidas políticas.
    Houve quem me gozasse: “Vai dizer que na Academia vocês também não usam termos difíceis?” Como outras instituições, temos os nossos códigos e usamos, sim, mas internamente, entre os pares, não em sessões televisionadas. A propósito, o poeta e acadêmico Geraldo Carneiro comentou que os juízes — “com exceção do Barroso e às vezes da Cármen Lúcia — têm a mania teratológica de falar difícil”.
Inclemente, ele lembrou os personagens que Molière chamou de “preciosas ridículas”. “Jamais usam o gerúndio, ao contrário de Camões, Vieira, Eça, Machado etc. Têm horror à fala das ruas, assim como têm horror ao cidadão comum”.
    Dos inúmeros comentários recebidos, o mais surpreendente foi um, por sinal bemhumorado, transmitido através do WhatsApp de meu amigo Roberto D’Avila, porque o remetente não tinha meu endereço. Adivinhem de quem? Do ministro Luís Roberto Barroso, confessando ter apreendido o sentido de “mal secreto” lendo meu livro sobre a inveja com esse título. Ele usou a expressão contra o seu desafeto no famoso bate-boca da véspera (ainda bem que não citou o autor. Já imaginaram eu metido nessa briga como que tomando o partido contra um dos lados?. E que lado! Tremo só de pensar).
    Barroso se disse “triste” com o episódio, acrescentando, que “ainda assim o humor ajuda”. E terminou com um exemplo para ajudar na definição do polêmico adjetivo: “teratológicos são os nossos tempos. Completamente anormais”.
    Quanto a isso, não há dúvida.
                    Zuenir Ventura - O Globo, 28/03/2018
Sobre o uso do termo “teratológico”, o autor apresenta:
Alternativas
Q1276068 Pedagogia
A tendência pedagógica que retira o professor e os conteúdos disciplinares do centro do processo pedagógico e coloca o aluno como fundamental, que deve ter sua curiosidade, criatividade, inventividade, estimulados pelo professor, que deve ter o papel de facilitador do ensino é a tendência:
Alternativas
Q1276067 Pedagogia
Analise as afirmativas abaixo em relação as Diretrizes Curriculares Nacionais.
I. São normas obrigatórias que buscam promover a equidade de aprendizagem, garantindo que conteúdos básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar de levar em consideração os diversos contextos nos quais eles estão inseridos. II. São definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica. III. São definições que não visam preservar a questão da autonomia da escola e da proposta pedagógica. IV. São normas obrigatórias para a Educação Básica que têm como objetivo orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino, norteando seus currículos e conteúdos mínimos.
Está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Respostas
2081: A
2082: B
2083: C
2084: C
2085: B