Questões de Concurso
Para rbo
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Rubião interrompeu as reflexões para ler a notícia. Que era bem escrita, era. Trechos havia que releu com muita satisfação. O diabo do homem parecia haver assistido à cena. Que narração! Que viveza de estilo! Alguns pontos estavam acrescentados – confusão de memória – mas o acréscimo não ficava mal.
Identifique a afirmação correta quanto ao texto.
Indique a alternativa que preenche corretamente as lacunas do seguinte período:
A ______ da obrigação e a ______ não permitiam que ele percebesse a ______ do ______ .
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama. (...)
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama. (...)
Assinale a alternativa que classifica corretamente o sujeito e o predicado da oração abaixo.
Devagar se vai ao longe.
I. O fato de o ato de escrever ser um momento em que aquele que escreve se vê sozinho frente ao papel, tendo em mente apenas uma imagem de um possível interlocutor, faz com que haja necessidade de uma maior preocupação em relação à coesão. II. Não passava de um modesto caçador de preá. Era Bentinho Alves, do Alves de Arió do Pará. Em dia de semana gastava os olhos no pilulador da Farmácia Brito. Em tempo de feriado consumia as vistas no rasto das preás. III. Mas por detrás estão as velhas casas, pequenas e tortas, pintadas de cores vivas, como desenhos infantis, com seus varais carregados de toalhas de mesa, saias floridas, panos vermelhos e amarelos combinados harmoniosamente pela lavadeira que ali os colocou. IV. Era o casarão clássico das antigas fazendas negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o muramento, de pedra até meia altura e dali em diante, de pau-a-pique. Esteios de cabriúva entremostravam-se, picados a enxó, nos trechos donde se esboroara o reboco. Janelas e portas em arco, de bandeiras em pandarecos. V. Estou numa esquina de Copacabana, são duas horas da madrugada. Espero uma condução que me leve para casa. À porta de um “dancing”, homens conversam, mulheres entram e saem, o porteiro espia sonolento. Outras se esgueiram pela calçada, fazendo a chamada vida fácil. VI. É preciso distinguir a forma dos livros e seu conteúdo. A forma dos livros irá evoluir, sem dúvida. O que hoje temos folhas encadernadas, aparadas, coladas, encapadas – isso vai mudar. Quem sabe, teremos as palavras não para ver, como nos livros, mas para ouvir. Ou para as duas coisas ao mesmo tempo? Antigamente, não havia livros, e sim rolos de papiro. Depois vieram os manuscritos raros e com certeza caríssimos, só acessíveis a uns poucos privilegiados.
I. Ele bebeu meio copo de café e comeu meia fatia de pão. II. É necessária paciência com as crianças. III. É proibido entrada de pessoas estranhas. IV. Vitamina é boa para a saúde. V. Há provas bastantes para condenar o acusado.
Estão corretas:
I. Um grupo entraram no salão. II. Perto de cem pessoas participaram da festa. III. Um e outro aluno fez o trabalho. IV. É duas da tarde. V. Devem existir alunos estrangeiros.
Estão corretas:
A - Intransitivo B - Transitivo direto C - Transitivo indireto D - Transitivo direto e indireto
I. Por que estão zombando deste garoto? II. Andei a tarde inteira pela praia. III. Todos gostam de elogios. IV. Ele deu-lhes a boa notícia. V. A festa acabou bem tarde. VI. Fiquei em casa durante a manhã. VII. Ainda não li o jornal de hoje.
Assinale a alternativa que classifica corretamente os verbos das orações abaixo de acordo com o código proposto:
A - verbo transitivo B - verbo de ligação
I. Seus cabelos estão molhados.
II. Ele não me entregou a carta.
III. João ficou emocionado com a notícia.
IV. Você quer mais um pedaço de bolo?
Texto para a questão: Leia o texto a seguir, de Clarice Lispector, e responda ao proposto:
Recebi uma lição de um de meus filhos, antes dele fazer 14 anos. Haviam me telefonado avisando que uma moça que eu conheci ia tocar na televisão, transmitido pelo Ministério da Educação. Liguei a televisão mas em grande dúvida.
Eu conhecera essa moça pessoalmente e ela era excessivamente suave, com voz de criança, e de um feminino-infantil. E eu me perguntava: terá ela força no piano? Eu a conhecera num momento muito importante: quando ela ia escolher a “camisola do dia” para o casamento. As perguntas que me fazia eram de uma franqueza ingênua que me surpreendia. Tocaria ela piano?
Começou. E, Deus, ela possuía a força. Seu rosto era um outro, irreconhecível. Nos momentos de violência apertava violentamente os lábios. Nos instantes de doçura entreabria a boca, dando-se inteira. E suava, da testa escorria para o rosto o suor. De surpresa de descobrir uma alma insuspeita, fiquei com os olhos cheios de água, na verdade eu chorava. Percebi que meu filho, quase uma criança, notara, expliquei: estou emocionada, vou tomar um calmante. E ele:
- Você não sabe diferenciar emoção de nervosismo?
Você está tendo uma emoção.
Entendi, aceitei, e disse-lhe:
- Não vou tomar nenhum calmante.
E vivi o que era para ser vivido.
In Jornal do Brasil, 1968.
Texto para a questão: Leia o texto a seguir, de Clarice Lispector, e responda ao proposto:
Recebi uma lição de um de meus filhos, antes dele fazer 14 anos. Haviam me telefonado avisando que uma moça que eu conheci ia tocar na televisão, transmitido pelo Ministério da Educação. Liguei a televisão mas em grande dúvida.
Eu conhecera essa moça pessoalmente e ela era excessivamente suave, com voz de criança, e de um feminino-infantil. E eu me perguntava: terá ela força no piano? Eu a conhecera num momento muito importante: quando ela ia escolher a “camisola do dia” para o casamento. As perguntas que me fazia eram de uma franqueza ingênua que me surpreendia. Tocaria ela piano?
Começou. E, Deus, ela possuía a força. Seu rosto era um outro, irreconhecível. Nos momentos de violência apertava violentamente os lábios. Nos instantes de doçura entreabria a boca, dando-se inteira. E suava, da testa escorria para o rosto o suor. De surpresa de descobrir uma alma insuspeita, fiquei com os olhos cheios de água, na verdade eu chorava. Percebi que meu filho, quase uma criança, notara, expliquei: estou emocionada, vou tomar um calmante. E ele:
- Você não sabe diferenciar emoção de nervosismo?
Você está tendo uma emoção.
Entendi, aceitei, e disse-lhe:
- Não vou tomar nenhum calmante.
E vivi o que era para ser vivido.
In Jornal do Brasil, 1968.
Texto para a questão: Leia o texto a seguir, de Clarice Lispector, e responda ao proposto:
Recebi uma lição de um de meus filhos, antes dele fazer 14 anos. Haviam me telefonado avisando que uma moça que eu conheci ia tocar na televisão, transmitido pelo Ministério da Educação. Liguei a televisão mas em grande dúvida.
Eu conhecera essa moça pessoalmente e ela era excessivamente suave, com voz de criança, e de um feminino-infantil. E eu me perguntava: terá ela força no piano? Eu a conhecera num momento muito importante: quando ela ia escolher a “camisola do dia” para o casamento. As perguntas que me fazia eram de uma franqueza ingênua que me surpreendia. Tocaria ela piano?
Começou. E, Deus, ela possuía a força. Seu rosto era um outro, irreconhecível. Nos momentos de violência apertava violentamente os lábios. Nos instantes de doçura entreabria a boca, dando-se inteira. E suava, da testa escorria para o rosto o suor. De surpresa de descobrir uma alma insuspeita, fiquei com os olhos cheios de água, na verdade eu chorava. Percebi que meu filho, quase uma criança, notara, expliquei: estou emocionada, vou tomar um calmante. E ele:
- Você não sabe diferenciar emoção de nervosismo?
Você está tendo uma emoção.
Entendi, aceitei, e disse-lhe:
- Não vou tomar nenhum calmante.
E vivi o que era para ser vivido.
In Jornal do Brasil, 1968.