Questões de Concurso
Para gualimp
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Observe a imagem a seguir extraída do Google Chrome e assinale a alternativa correta.
Acesso em 16/08/2019.
Leia e observe atentamente a charge a seguir:
Fonte: https://www.otempo.com.br/charges
Considerando o atual cenário social, econômico e político brasileiro, a charge apresentada revela o seguinte:
Tendo como referencial dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, considerando aspectos econômicos e de trabalho e rendimento do Município de Porciúncula (RJ) é correto afirmar que:
Acerca de seus conhecimentos sobre pronomes demonstrativos, analise os itens a seguir:
I. O pronome demonstrativo “este” é utilizado para se referir a uma situação próxima no tempo presente;
II. O pronome demonstrativo “esse” é utilizado para se referir a uma situação intermediária ou distante no tempo passado ou num futuro pouco distante;
III. “Este homem foi aquele que me dizia “que não me afligisse que eu ainda estava muito novo para curar-me”, os dois pronomes existentes na frase são exemplos de pronomes invariáveis”.
Dos itens acima:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Honestidade existe
Walcyr Carrasco
Um amigo carioca fez compras no Shopping Rio Sul e pegou um táxi para voltar. Quando desceu e entrou em seu prédio, descobriu que esquecera todas as sacolas no táxi. Deu um tapa na cabeça, de raiva.
– Como fiz uma besteira dessas?
Nesse instante, o taxista fez um sinal da porta.
– Ei, amigo. Acho que você esqueceu essas sacolas aqui.
Simples assim. Quando ele desceu, o taxista percebeu o lapso. Fez a volta na quadra, voltou.
Quando se conta uma história dessas, as pessoas ficam surpresas. Mas como? O taxista não ficou com as compras? Estamos tão acostumados com a falta de escrúpulos que um gesto de honestidade surpreende. Se alguém encontra dinheiro perdido e devolve, vira notícia de jornal. Como o casal de moradores de rua que espantou o país em 2012, ao devolver cerca de R$ 20 mil encontrados num saco plástico, abandonado por assaltantes de um restaurante japonês. Ou outras pequenas mas simbólicas situações, em que pessoas comuns encontraram dinheiro perdido e devolveram.
O espantoso é que a gente se espante com isso, que se torne notícia. A honestidade não deveria ser notícia, mas hábito. Crimes contra o patrimônio, corrupção, mortes violentas como a da mulher linchada em Guarujá, São Paulo, se tornaram tão habituais no noticiário que nos espantamos com a decência. E, no entanto, duas ou três gerações atrás, o homem preferia morrer a perder a honra. A palavra dada valia mais que a assinatura de um documento. Conheci gente, na minha infância, que perdeu tudo o que tinha para pagar dívidas contraídas no fio do bigode. Ter o nome sujo era uma vergonha. Para ter nome sujo, bastava não pagar uma dívida, atrasar um crediário, levar uma denúncia ou processo por inadimplência.
Sei que, hoje, ainda há muitos que se importam com isso. Cada vez mais, porém, tanto faz. O importante é se dar bem, mesmo que isso signifique dar um golpe no vizinho. Não sou especialista, mas há quem diga que a quebra de valores cresceu violentamente quando certo presidente declarou em rede pública que enormes quantias encontradas no caixa dois eram só “dinheiro não contabilizado”. Bem, meu objetivo aqui não é falar sobre o mau exemplo daqueles que elegemos e deveriam ser os guardiões da moralidade pública. Mas dizer que, sim, há esperança.
Na semana passada, estive em São José dos Ausentes, uma pequena cidade encravada no alto da serra gaúcha. É um dos poucos lugares no país onde neva. Tem pouco mais de 3 mil habitantes e uma paisagem indescritível, onde foi gravada A Casa das Sete Mulheres e os capítulos iniciais da novela O Profeta, ambos da TV Globo. Vive do gado, da plantação de batatas, da pesca de trutas e, em breve, da energia eólica – as primeiras torres já estão em instalação. Mais que com a paisagem, me espantei com o clima de honestidade, que relembra os valores antigos. Numa compra, a soma deu R$ 13. Entreguei R$ 14, já dizendo:
– Não precisa me dar o troco.
– Faço questão – respondeu a vendedora e sacou uma moeda de R$1.
Imaginava que, como sempre aqui no eixo Rio-São Paulo, não haveria troco! Lá, em São José, eles têm sim. Durante dias, a cada compra, por menor que fosse, eu recebia religiosamente as moedinhas de volta. Mais: ao chegar, percebi que nenhuma casa tinha grades, cerca eletrônica ou qualquer dispositivo de segurança. Muros baixos e jardins, uma prova de que os moradores não têm medo. A simpatia e a educação dos habitantes eram impressionantes. A dona do pequeno hotel em que fiquei, Mana, nos esperou com uma sopa quente às 2 da manhã, quando chegamos.
– Devem estar com frio, eu mesma fiz este capelete com galinha caipira.
Quando fui pagar a conta, a sopa estava lá. Sem nenhum custo extra por ser servida de madrugada, pela própria dona – que, soube depois, levantava às 5 horas para preparar o café da manhã dos hóspedes. E, bem... custou pouco mais de R$10 porque, de acordo com Mana, era o preço justo. A violência é raríssima. É possível sair à noite, andar a cidade toda, em paz. O que mais me surpreendeu foi descobrir que há moradores que deixam o carro com a chave no contato. O Secretário de Turismo, Alziro, certa vez perguntou a um senhor por que fazia isso. Não seria arriscado?
– É melhor, porque não esqueço onde está a chave – respondeu o proprietário.
Simples assim. Como São José dos Ausentes, em muitas cidades a honestidade ainda é a regra, não a exceção. Ainda bem.
As expressões sublinhadas nas frases abaixo, são características da linguagem:
“– Ei, amigo. Acho que você esqueceu essas sacolas aqui.”
“O espantoso é que a gente se espante com isso (...).”
“E, bem... custou pouco mais de R$10 porque, de acordo com Mana, era o preço justo.”
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Honestidade existe
Walcyr Carrasco
Um amigo carioca fez compras no Shopping Rio Sul e pegou um táxi para voltar. Quando desceu e entrou em seu prédio, descobriu que esquecera todas as sacolas no táxi. Deu um tapa na cabeça, de raiva.
– Como fiz uma besteira dessas?
Nesse instante, o taxista fez um sinal da porta.
– Ei, amigo. Acho que você esqueceu essas sacolas aqui.
Simples assim. Quando ele desceu, o taxista percebeu o lapso. Fez a volta na quadra, voltou.
Quando se conta uma história dessas, as pessoas ficam surpresas. Mas como? O taxista não ficou com as compras? Estamos tão acostumados com a falta de escrúpulos que um gesto de honestidade surpreende. Se alguém encontra dinheiro perdido e devolve, vira notícia de jornal. Como o casal de moradores de rua que espantou o país em 2012, ao devolver cerca de R$ 20 mil encontrados num saco plástico, abandonado por assaltantes de um restaurante japonês. Ou outras pequenas mas simbólicas situações, em que pessoas comuns encontraram dinheiro perdido e devolveram.
O espantoso é que a gente se espante com isso, que se torne notícia. A honestidade não deveria ser notícia, mas hábito. Crimes contra o patrimônio, corrupção, mortes violentas como a da mulher linchada em Guarujá, São Paulo, se tornaram tão habituais no noticiário que nos espantamos com a decência. E, no entanto, duas ou três gerações atrás, o homem preferia morrer a perder a honra. A palavra dada valia mais que a assinatura de um documento. Conheci gente, na minha infância, que perdeu tudo o que tinha para pagar dívidas contraídas no fio do bigode. Ter o nome sujo era uma vergonha. Para ter nome sujo, bastava não pagar uma dívida, atrasar um crediário, levar uma denúncia ou processo por inadimplência.
Sei que, hoje, ainda há muitos que se importam com isso. Cada vez mais, porém, tanto faz. O importante é se dar bem, mesmo que isso signifique dar um golpe no vizinho. Não sou especialista, mas há quem diga que a quebra de valores cresceu violentamente quando certo presidente declarou em rede pública que enormes quantias encontradas no caixa dois eram só “dinheiro não contabilizado”. Bem, meu objetivo aqui não é falar sobre o mau exemplo daqueles que elegemos e deveriam ser os guardiões da moralidade pública. Mas dizer que, sim, há esperança.
Na semana passada, estive em São José dos Ausentes, uma pequena cidade encravada no alto da serra gaúcha. É um dos poucos lugares no país onde neva. Tem pouco mais de 3 mil habitantes e uma paisagem indescritível, onde foi gravada A Casa das Sete Mulheres e os capítulos iniciais da novela O Profeta, ambos da TV Globo. Vive do gado, da plantação de batatas, da pesca de trutas e, em breve, da energia eólica – as primeiras torres já estão em instalação. Mais que com a paisagem, me espantei com o clima de honestidade, que relembra os valores antigos. Numa compra, a soma deu R$ 13. Entreguei R$ 14, já dizendo:
– Não precisa me dar o troco.
– Faço questão – respondeu a vendedora e sacou uma moeda de R$1.
Imaginava que, como sempre aqui no eixo Rio-São Paulo, não haveria troco! Lá, em São José, eles têm sim. Durante dias, a cada compra, por menor que fosse, eu recebia religiosamente as moedinhas de volta. Mais: ao chegar, percebi que nenhuma casa tinha grades, cerca eletrônica ou qualquer dispositivo de segurança. Muros baixos e jardins, uma prova de que os moradores não têm medo. A simpatia e a educação dos habitantes eram impressionantes. A dona do pequeno hotel em que fiquei, Mana, nos esperou com uma sopa quente às 2 da manhã, quando chegamos.
– Devem estar com frio, eu mesma fiz este capelete com galinha caipira.
Quando fui pagar a conta, a sopa estava lá. Sem nenhum custo extra por ser servida de madrugada, pela própria dona – que, soube depois, levantava às 5 horas para preparar o café da manhã dos hóspedes. E, bem... custou pouco mais de R$10 porque, de acordo com Mana, era o preço justo. A violência é raríssima. É possível sair à noite, andar a cidade toda, em paz. O que mais me surpreendeu foi descobrir que há moradores que deixam o carro com a chave no contato. O Secretário de Turismo, Alziro, certa vez perguntou a um senhor por que fazia isso. Não seria arriscado?
– É melhor, porque não esqueço onde está a chave – respondeu o proprietário.
Simples assim. Como São José dos Ausentes, em muitas cidades a honestidade ainda é a regra, não a exceção. Ainda bem.
“Se alguém encontra dinheiro perdido e devolve, vira notícia de jornal.”. A oração destacada está construída a partir de uma estrutura de:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Honestidade existe
Walcyr Carrasco
Um amigo carioca fez compras no Shopping Rio Sul e pegou um táxi para voltar. Quando desceu e entrou em seu prédio, descobriu que esquecera todas as sacolas no táxi. Deu um tapa na cabeça, de raiva.
– Como fiz uma besteira dessas?
Nesse instante, o taxista fez um sinal da porta.
– Ei, amigo. Acho que você esqueceu essas sacolas aqui.
Simples assim. Quando ele desceu, o taxista percebeu o lapso. Fez a volta na quadra, voltou.
Quando se conta uma história dessas, as pessoas ficam surpresas. Mas como? O taxista não ficou com as compras? Estamos tão acostumados com a falta de escrúpulos que um gesto de honestidade surpreende. Se alguém encontra dinheiro perdido e devolve, vira notícia de jornal. Como o casal de moradores de rua que espantou o país em 2012, ao devolver cerca de R$ 20 mil encontrados num saco plástico, abandonado por assaltantes de um restaurante japonês. Ou outras pequenas mas simbólicas situações, em que pessoas comuns encontraram dinheiro perdido e devolveram.
O espantoso é que a gente se espante com isso, que se torne notícia. A honestidade não deveria ser notícia, mas hábito. Crimes contra o patrimônio, corrupção, mortes violentas como a da mulher linchada em Guarujá, São Paulo, se tornaram tão habituais no noticiário que nos espantamos com a decência. E, no entanto, duas ou três gerações atrás, o homem preferia morrer a perder a honra. A palavra dada valia mais que a assinatura de um documento. Conheci gente, na minha infância, que perdeu tudo o que tinha para pagar dívidas contraídas no fio do bigode. Ter o nome sujo era uma vergonha. Para ter nome sujo, bastava não pagar uma dívida, atrasar um crediário, levar uma denúncia ou processo por inadimplência.
Sei que, hoje, ainda há muitos que se importam com isso. Cada vez mais, porém, tanto faz. O importante é se dar bem, mesmo que isso signifique dar um golpe no vizinho. Não sou especialista, mas há quem diga que a quebra de valores cresceu violentamente quando certo presidente declarou em rede pública que enormes quantias encontradas no caixa dois eram só “dinheiro não contabilizado”. Bem, meu objetivo aqui não é falar sobre o mau exemplo daqueles que elegemos e deveriam ser os guardiões da moralidade pública. Mas dizer que, sim, há esperança.
Na semana passada, estive em São José dos Ausentes, uma pequena cidade encravada no alto da serra gaúcha. É um dos poucos lugares no país onde neva. Tem pouco mais de 3 mil habitantes e uma paisagem indescritível, onde foi gravada A Casa das Sete Mulheres e os capítulos iniciais da novela O Profeta, ambos da TV Globo. Vive do gado, da plantação de batatas, da pesca de trutas e, em breve, da energia eólica – as primeiras torres já estão em instalação. Mais que com a paisagem, me espantei com o clima de honestidade, que relembra os valores antigos. Numa compra, a soma deu R$ 13. Entreguei R$ 14, já dizendo:
– Não precisa me dar o troco.
– Faço questão – respondeu a vendedora e sacou uma moeda de R$1.
Imaginava que, como sempre aqui no eixo Rio-São Paulo, não haveria troco! Lá, em São José, eles têm sim. Durante dias, a cada compra, por menor que fosse, eu recebia religiosamente as moedinhas de volta. Mais: ao chegar, percebi que nenhuma casa tinha grades, cerca eletrônica ou qualquer dispositivo de segurança. Muros baixos e jardins, uma prova de que os moradores não têm medo. A simpatia e a educação dos habitantes eram impressionantes. A dona do pequeno hotel em que fiquei, Mana, nos esperou com uma sopa quente às 2 da manhã, quando chegamos.
– Devem estar com frio, eu mesma fiz este capelete com galinha caipira.
Quando fui pagar a conta, a sopa estava lá. Sem nenhum custo extra por ser servida de madrugada, pela própria dona – que, soube depois, levantava às 5 horas para preparar o café da manhã dos hóspedes. E, bem... custou pouco mais de R$10 porque, de acordo com Mana, era o preço justo. A violência é raríssima. É possível sair à noite, andar a cidade toda, em paz. O que mais me surpreendeu foi descobrir que há moradores que deixam o carro com a chave no contato. O Secretário de Turismo, Alziro, certa vez perguntou a um senhor por que fazia isso. Não seria arriscado?
– É melhor, porque não esqueço onde está a chave – respondeu o proprietário.
Simples assim. Como São José dos Ausentes, em muitas cidades a honestidade ainda é a regra, não a exceção. Ainda bem.
Marque a palavra que apresenta o mesmo sentido do termo destacado na frase a abaixo:
“(...), se tornaram tão habituais no noticiário que nos espantamos com a decência.”.
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Honestidade existe
Walcyr Carrasco
Um amigo carioca fez compras no Shopping Rio Sul e pegou um táxi para voltar. Quando desceu e entrou em seu prédio, descobriu que esquecera todas as sacolas no táxi. Deu um tapa na cabeça, de raiva.
– Como fiz uma besteira dessas?
Nesse instante, o taxista fez um sinal da porta.
– Ei, amigo. Acho que você esqueceu essas sacolas aqui.
Simples assim. Quando ele desceu, o taxista percebeu o lapso. Fez a volta na quadra, voltou.
Quando se conta uma história dessas, as pessoas ficam surpresas. Mas como? O taxista não ficou com as compras? Estamos tão acostumados com a falta de escrúpulos que um gesto de honestidade surpreende. Se alguém encontra dinheiro perdido e devolve, vira notícia de jornal. Como o casal de moradores de rua que espantou o país em 2012, ao devolver cerca de R$ 20 mil encontrados num saco plástico, abandonado por assaltantes de um restaurante japonês. Ou outras pequenas mas simbólicas situações, em que pessoas comuns encontraram dinheiro perdido e devolveram.
O espantoso é que a gente se espante com isso, que se torne notícia. A honestidade não deveria ser notícia, mas hábito. Crimes contra o patrimônio, corrupção, mortes violentas como a da mulher linchada em Guarujá, São Paulo, se tornaram tão habituais no noticiário que nos espantamos com a decência. E, no entanto, duas ou três gerações atrás, o homem preferia morrer a perder a honra. A palavra dada valia mais que a assinatura de um documento. Conheci gente, na minha infância, que perdeu tudo o que tinha para pagar dívidas contraídas no fio do bigode. Ter o nome sujo era uma vergonha. Para ter nome sujo, bastava não pagar uma dívida, atrasar um crediário, levar uma denúncia ou processo por inadimplência.
Sei que, hoje, ainda há muitos que se importam com isso. Cada vez mais, porém, tanto faz. O importante é se dar bem, mesmo que isso signifique dar um golpe no vizinho. Não sou especialista, mas há quem diga que a quebra de valores cresceu violentamente quando certo presidente declarou em rede pública que enormes quantias encontradas no caixa dois eram só “dinheiro não contabilizado”. Bem, meu objetivo aqui não é falar sobre o mau exemplo daqueles que elegemos e deveriam ser os guardiões da moralidade pública. Mas dizer que, sim, há esperança.
Na semana passada, estive em São José dos Ausentes, uma pequena cidade encravada no alto da serra gaúcha. É um dos poucos lugares no país onde neva. Tem pouco mais de 3 mil habitantes e uma paisagem indescritível, onde foi gravada A Casa das Sete Mulheres e os capítulos iniciais da novela O Profeta, ambos da TV Globo. Vive do gado, da plantação de batatas, da pesca de trutas e, em breve, da energia eólica – as primeiras torres já estão em instalação. Mais que com a paisagem, me espantei com o clima de honestidade, que relembra os valores antigos. Numa compra, a soma deu R$ 13. Entreguei R$ 14, já dizendo:
– Não precisa me dar o troco.
– Faço questão – respondeu a vendedora e sacou uma moeda de R$1.
Imaginava que, como sempre aqui no eixo Rio-São Paulo, não haveria troco! Lá, em São José, eles têm sim. Durante dias, a cada compra, por menor que fosse, eu recebia religiosamente as moedinhas de volta. Mais: ao chegar, percebi que nenhuma casa tinha grades, cerca eletrônica ou qualquer dispositivo de segurança. Muros baixos e jardins, uma prova de que os moradores não têm medo. A simpatia e a educação dos habitantes eram impressionantes. A dona do pequeno hotel em que fiquei, Mana, nos esperou com uma sopa quente às 2 da manhã, quando chegamos.
– Devem estar com frio, eu mesma fiz este capelete com galinha caipira.
Quando fui pagar a conta, a sopa estava lá. Sem nenhum custo extra por ser servida de madrugada, pela própria dona – que, soube depois, levantava às 5 horas para preparar o café da manhã dos hóspedes. E, bem... custou pouco mais de R$10 porque, de acordo com Mana, era o preço justo. A violência é raríssima. É possível sair à noite, andar a cidade toda, em paz. O que mais me surpreendeu foi descobrir que há moradores que deixam o carro com a chave no contato. O Secretário de Turismo, Alziro, certa vez perguntou a um senhor por que fazia isso. Não seria arriscado?
– É melhor, porque não esqueço onde está a chave – respondeu o proprietário.
Simples assim. Como São José dos Ausentes, em muitas cidades a honestidade ainda é a regra, não a exceção. Ainda bem.
Classifica-se o texto como predominantemente:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Honestidade existe
Walcyr Carrasco
Um amigo carioca fez compras no Shopping Rio Sul e pegou um táxi para voltar. Quando desceu e entrou em seu prédio, descobriu que esquecera todas as sacolas no táxi. Deu um tapa na cabeça, de raiva.
– Como fiz uma besteira dessas?
Nesse instante, o taxista fez um sinal da porta.
– Ei, amigo. Acho que você esqueceu essas sacolas aqui.
Simples assim. Quando ele desceu, o taxista percebeu o lapso. Fez a volta na quadra, voltou.
Quando se conta uma história dessas, as pessoas ficam surpresas. Mas como? O taxista não ficou com as compras? Estamos tão acostumados com a falta de escrúpulos que um gesto de honestidade surpreende. Se alguém encontra dinheiro perdido e devolve, vira notícia de jornal. Como o casal de moradores de rua que espantou o país em 2012, ao devolver cerca de R$ 20 mil encontrados num saco plástico, abandonado por assaltantes de um restaurante japonês. Ou outras pequenas mas simbólicas situações, em que pessoas comuns encontraram dinheiro perdido e devolveram.
O espantoso é que a gente se espante com isso, que se torne notícia. A honestidade não deveria ser notícia, mas hábito. Crimes contra o patrimônio, corrupção, mortes violentas como a da mulher linchada em Guarujá, São Paulo, se tornaram tão habituais no noticiário que nos espantamos com a decência. E, no entanto, duas ou três gerações atrás, o homem preferia morrer a perder a honra. A palavra dada valia mais que a assinatura de um documento. Conheci gente, na minha infância, que perdeu tudo o que tinha para pagar dívidas contraídas no fio do bigode. Ter o nome sujo era uma vergonha. Para ter nome sujo, bastava não pagar uma dívida, atrasar um crediário, levar uma denúncia ou processo por inadimplência.
Sei que, hoje, ainda há muitos que se importam com isso. Cada vez mais, porém, tanto faz. O importante é se dar bem, mesmo que isso signifique dar um golpe no vizinho. Não sou especialista, mas há quem diga que a quebra de valores cresceu violentamente quando certo presidente declarou em rede pública que enormes quantias encontradas no caixa dois eram só “dinheiro não contabilizado”. Bem, meu objetivo aqui não é falar sobre o mau exemplo daqueles que elegemos e deveriam ser os guardiões da moralidade pública. Mas dizer que, sim, há esperança.
Na semana passada, estive em São José dos Ausentes, uma pequena cidade encravada no alto da serra gaúcha. É um dos poucos lugares no país onde neva. Tem pouco mais de 3 mil habitantes e uma paisagem indescritível, onde foi gravada A Casa das Sete Mulheres e os capítulos iniciais da novela O Profeta, ambos da TV Globo. Vive do gado, da plantação de batatas, da pesca de trutas e, em breve, da energia eólica – as primeiras torres já estão em instalação. Mais que com a paisagem, me espantei com o clima de honestidade, que relembra os valores antigos. Numa compra, a soma deu R$ 13. Entreguei R$ 14, já dizendo:
– Não precisa me dar o troco.
– Faço questão – respondeu a vendedora e sacou uma moeda de R$1.
Imaginava que, como sempre aqui no eixo Rio-São Paulo, não haveria troco! Lá, em São José, eles têm sim. Durante dias, a cada compra, por menor que fosse, eu recebia religiosamente as moedinhas de volta. Mais: ao chegar, percebi que nenhuma casa tinha grades, cerca eletrônica ou qualquer dispositivo de segurança. Muros baixos e jardins, uma prova de que os moradores não têm medo. A simpatia e a educação dos habitantes eram impressionantes. A dona do pequeno hotel em que fiquei, Mana, nos esperou com uma sopa quente às 2 da manhã, quando chegamos.
– Devem estar com frio, eu mesma fiz este capelete com galinha caipira.
Quando fui pagar a conta, a sopa estava lá. Sem nenhum custo extra por ser servida de madrugada, pela própria dona – que, soube depois, levantava às 5 horas para preparar o café da manhã dos hóspedes. E, bem... custou pouco mais de R$10 porque, de acordo com Mana, era o preço justo. A violência é raríssima. É possível sair à noite, andar a cidade toda, em paz. O que mais me surpreendeu foi descobrir que há moradores que deixam o carro com a chave no contato. O Secretário de Turismo, Alziro, certa vez perguntou a um senhor por que fazia isso. Não seria arriscado?
– É melhor, porque não esqueço onde está a chave – respondeu o proprietário.
Simples assim. Como São José dos Ausentes, em muitas cidades a honestidade ainda é a regra, não a exceção. Ainda bem.
Pelas características do texto, assinale a alternativa que indica o seu gênero.
É comum nos postos de combustível ver os preços com 03 casas decimais (imagem POSTO A). Porém, o padrão monetário de cobrança/pagamento trabalha com apenas 02 casas decimais (Imagem POSTO B). Supondo que o consumidor abasteça 9 litros e meio de gasolina comum em ambos os postos pagando o valor demonstrado na imagem, pode-se dizer que:
Assinale a alternativa em que o sujeito seja oculto:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Cem cruzeiros a mais
Fernando Sabino
Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a
mais. ________voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar- se
do guichê antes de encerrar-se o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.
- Eu?
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
- Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo ...
Ele _______ a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí?
O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O
próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o ___________. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou
conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à
recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam
receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois
então?
Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo!
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia
hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver.
- Questão _________.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que
falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível tem de dar entrada no protocolo.
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão
dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por
cima do vidro e foi-se embora.
FONTE: SABINO, Fernando. In: Para gostar de ler, São Paulo: Ática, 2001. vol. 3, p.73- 75.
Observe as palavras abaixo:
Janelinha – Recebedoria – Guichê – Protocolo – Vidro - Funcionário
Assinale a alternativa em que as palavras acima aparecem na ordem alfabética CORRETA:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Cem cruzeiros a mais
Fernando Sabino
Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a
mais. ________voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar- se
do guichê antes de encerrar-se o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.
- Eu?
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
- Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo ...
Ele _______ a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí?
O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O
próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o ___________. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou
conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à
recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam
receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois
então?
Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo!
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia
hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver.
- Questão _________.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que
falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível tem de dar entrada no protocolo.
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão
dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por
cima do vidro e foi-se embora.
FONTE: SABINO, Fernando. In: Para gostar de ler, São Paulo: Ática, 2001. vol. 3, p.73- 75.
O significado da palavra destacada em “O próximo da fila, já impaciente...” é:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Cem cruzeiros a mais
Fernando Sabino
Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a
mais. ________voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar- se
do guichê antes de encerrar-se o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.
- Eu?
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
- Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo ...
Ele _______ a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí?
O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O
próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o ___________. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou
conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à
recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam
receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois
então?
Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo!
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia
hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver.
- Questão _________.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que
falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível tem de dar entrada no protocolo.
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão
dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por
cima do vidro e foi-se embora.
FONTE: SABINO, Fernando. In: Para gostar de ler, São Paulo: Ática, 2001. vol. 3, p.73- 75.
Assinale a alternativa em que NÃO há presença de linguagem informal:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Cem cruzeiros a mais
Fernando Sabino
Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a
mais. ________voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar- se
do guichê antes de encerrar-se o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.
- Eu?
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
- Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo ...
Ele _______ a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí?
O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O
próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o ___________. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou
conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à
recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam
receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois
então?
Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo!
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia
hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver.
- Questão _________.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que
falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível tem de dar entrada no protocolo.
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão
dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por
cima do vidro e foi-se embora.
FONTE: SABINO, Fernando. In: Para gostar de ler, São Paulo: Ática, 2001. vol. 3, p.73- 75.
De acordo com o texto é INCORRETO afirmar que:
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Cem cruzeiros a mais
Fernando Sabino
Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a
mais. ________voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar- se
do guichê antes de encerrar-se o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.
- Eu?
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
- Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo ...
Ele _______ a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí?
O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O
próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o ___________. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou
conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à
recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam
receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois
então?
Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo!
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia
hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver.
- Questão _________.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que
falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível tem de dar entrada no protocolo.
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão
dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por
cima do vidro e foi-se embora.
FONTE: SABINO, Fernando. In: Para gostar de ler, São Paulo: Ática, 2001. vol. 3, p.73- 75.
As lacunas serão correta e respectivamente preenchidas por:
Observe a imagem abaixo:
Disponível em https://anidabar.wordpress.com/acessado em Out. 2019.
Observando os traços e as técnicas utilizadas e, no contexto das Artes Plásticas, a obra acima pode ser atribuída ao seguinte pintor brasileiro:
Observe as imagens abaixo:
Referência: CAVAQUINHO. Disponível em http://musiteca.com.br/.
Considerando a educação musical, e pela classificação das famílias ou naipes, o instrumento acima apresentado (imagens I e II) pertence à:
No Ensino Fundamental, através das aulas de Arte, espera-se que o aluno possa construir conceitos e noções a respeito de elementos das linguagens visuais: ponto, linha, cor, forma e espaço. E, para consolidar o desenvolvimento desta competência artística em seus alunos, o Professor deverá abordar o seguinte eixo norteador:
Com o intuito de ampliar saberes e conhecimentos dos alunos do Ensino Fundamental, o Professor poderá apresentar a seguinte definição:
“A última camada de tinta, verniz ou cera aplicada em um trabalho, ou seja, a finalização do trabalho”
No contexto das Artes, o fragmento acima conceitua: