Questões de Concurso Comentadas para fgv

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Q2801849 História

Na Tese 9, Walter Benjamin se refere a um quadro de Paul Klee intitulado Angelus Novus. Nele está representado um anjo que crava o seu olhar sobre algo do qual parece estar se afastando. Olhos arregalados, boca aberta e asas estiradas: para Benjamin, este é o retrato do anjo da história que, ao olhar para o passado, no lugar de ver uma cadeia de eventos, enxerga uma única catástrofe que amontoa escombros e os arremessa aos seus pés. Frente às ruínas, o anjo tem o intuito de despertar os mortos e juntar os destroços, mas do paraíso sopra uma tempestade que o atira em direção ao futuro de maneira inexorável. Para Benjamin o que chamamos de progresso é essa tempestade e a sua Tese 9 é uma alegoria que associa progresso a catástrofe.


A respeito desta associação nas Teses Sobre o Conceito de História (1940), analise as afirmativas a seguir.


I. A crítica de Benjamin à concepção progressiva e finalista da história se baseia na crítica à ideia de uma temporalidade contínua, homogênea e vazia, à qual contrapõe o conceito de “tempo do agora”, sem correspondência com a temporalidade linear das ciências naturais.

II. O sentimento de urgência presente nas Teses resulta do dilema pessoal que o autor vive em 1940 e também de seu programa historicista de, com base em instâncias metódicas, reconstituir objetivamente o patrimônio histórico e cultural do passado que a guerra e os fascismos estavam destruindo.

III. Ao “anjo da História”, incapaz de mudar o passado e eliminar a catástrofe da guerra, cabe resgatar a memória de cada “ruína” da história, vale dizer, de todas as etapas que foram necessárias para que a humanidade conquistasse a consciência do progresso como razão e liberdade.


Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Q2801838 História

As discussões sobre o ensino de História e sua relação com o livro didático vêm crescendo nos últimos anos e passam por revisões críticas como a elaborada por Luiz Estevam Fernandes e Marcus Vinicius de Morais em seu “Renovação da História da América” [in KARNAL, Leandro (Org.) História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas: Contexto, 2015]. Neste texto, os autores identificam três formas explicativas de apresentar os conteúdos de história da América Latina subjacentes às narrativas dos livros didáticos em circulação: a tradição lascasiana, a dos vencedores e vencidos e a cientificista.


A respeito dessas três tradições, leia o fragmento a seguir.


Jacques Soustelle, na década de 1950, incorporaria a tradição _____ de Leopold von Ranke e William Prescott, historiadores que forjaram a ideia da civilização espanhola como a dominante, capaz de se impor sobre uma civilização passiva, supersticiosa e mágica. Eduardo Galeano, na década de 1970, fez uma releitura da tradição _____, enfatizando a exploração da América Latina e o legado colonial de seus males sociais e políticos, sublinhando o caráter violento do processo de conquista. Por outro lado, a tradição _____ mescla elementos presentes nas outras duas e se apresenta como um memorial para a história do continente e de suas populações, acabando, no entanto, por fortalecer a tese do derrotismo e consolidar uma imagem da América e dos americanos em função do olhar do colonizador.


Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.

Alternativas
Q2801835 História

A concepção de moderno certamente causa um hiato profundo entre o discurso do professor e do aluno. Esse hiato não é acidental, pois a própria palavra moderno apresenta a ambiguidade de referir-se tanto ao que é atual como ao período imediatamente posterior à Idade Média Ocidental. Tomando o ponto de vista da classificação cronológica, entendeu-se o moderno como algo que se iniciava com a queda de Constantinopla (1453) e ia até a Revolução Francesa (1789). Sabemos das imensas limitações desses marcos (...).


KARNAL, Leandro. "A História Moderna e a sala de aula" in KARNAL, L. (Org.) História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas: Contexto, 2015, p. 127.


A respeito da problematização do conceito de moderno, referida pelo autor, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.


( ) A periodização da Época Moderna é uma operação historiográfica que identifica, no passado, o nascimento de nossa própria modernidade, qualificando-a com base em variáveis diversas como civilização, nacionalidade ou luta de classes.

( ) A periodização tem sempre um caráter convencional e o estudo das periodizações da Época Moderna, próprio do campo da história da historiografia, indica o que significou, em diferentes contextos, a passagem para a modernidade.

( ) A periodização oferece uma interpretação do processo histórico, na medida em que seleciona e ordena fatos e processos considerados constitutivos de uma época, e a da Época Moderna lida com um adjetivo (moderno) que a priori a qualifica positivamente.


As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Q2801834 História

Na coletânea organizada por Leandro Karnal sobre a História na sala de aula, o medievalista José Rivair Macedo destaca a importância de repensar a Idade Média que é ensinada na escola, na medida em que os temas mais enfocados continuariam sendo os da Idade Média Ocidental e ainda serviriam para legitimar uma visão predominantemente ocidental sobre a experiência histórica passada. José Rivair Macedo propõe, então, uma “descolonização” do ensino da Idade Média, com o intuito de “repensar alguns pontos sobre o que ensinar de História Medieval no Brasil”.


Com base nas propostas de J. Rivair Macedo, podemos afirmar que esta descolonização consiste em

Alternativas
Q2801833 História

“O Egito já não são apenas os faraós, mas também as muitas e muitas aldeias, não há apenas continuidade, mas mudança, mostra-se que ali conviviam povos e culturas variadas: egípcios, núbios, hícsos, hebreus, gregos, romanos. A Mesopotâmia já não é apenas o mundo dos déspotas precursores de Saddam Hussein, mas um local onde a variedade cultural produziu uma infinidade de reflexões, muitas delas profundamente enraizadas em nossa própria cultura. Os hebreus já não são apenas precursores do cristianismo, mas fazem parte de nossa própria maneira de conceber o mundo. A Antiguidade tampouco inicia-se com a escrita, mas, cada vez mais, busca-se mostrar como o homem possui uma História Antiga multimilenar, anterior à escrita em milhares de anos.”


FUNARI, Pedro Paulo “A renovação da História Antiga” in KARNAL, Leandro (Org.) História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. Contexto, 2015, p. 97.)


Nesse trecho, o autor se refere à renovação da História Antiga nos livros didáticos brasileiros ocorrida nas últimas três décadas. A respeito das inovações interpretativas que permitiram sua renovação, analise as afirmativas a seguir.


I. A revisão da concepção oitocentista da dualidade entre Oriente e Ocidente desconstruiu a visão eurocêntrica da História Antiga, até então considerada a etapa fundadora da História Universal.

II. A incorporação de novos temas, como, por exemplo, o das relações de gênero, ressignificou o estudo da História Antiga em função da relação entre o mundo contemporâneo em que vivemos e a experiência social da Antiguidade.

III. A crítica à hegemonia dos documentos escritos e a incorporação da cultura material, pelo estudo de edifícios, estátuas, cerâmica e pinturas, possibilitaram o fortalecimento de uma história política da Antiguidade.


Assinale:

Alternativas
Q2801832 História

Ao abordar o problema dos currículos de História nas escolas em um contexto global e multicultural, Marcos Silva e Selva G. Fonseca se perguntam o que ensinar no mundo multicultural e se apropriam do pensamento do educador Peter McLaren, que, ao ir além do termo crítico, defende o “multiculturalismo revolucionário, que não se limita a transformar a atitude discriminatória, mas se dedica a reconstituir as estruturas profundas da economia política, da cultura e do poder nos arranjos sociais contemporâneos. Ele não significa reformar a democracia capitalista, mas transformá-la, cortando as suas articulações e reconstruindo a ordem social do ponto de vista dos oprimidos”.


MCLAREN, Peter apud SILVA, Marcos e FONSECA, Selva G. Ensinar História no século XXI: em busca do tempo entendido. Campinas: Papirus, 2007, p. 46.


Para os autores, o multiculturalismo crítico e revolucionário é

Alternativas
Q2801831 História

“As licenciaturas curtas vêm acentuar, ou mesmo institucionalizar, a desvalorização e a consequente proletarização do profissional da educação. Isso acelera a crescente perda de autonomia do professor diante do processo de ensino e aprendizagem, na medida em que sua preparação para o exercício das atividades docentes é mínima ou quase nenhuma. (...) Assim, as licenciaturas curtas cumprem o papel de legitimar o controle técnico e as novas relações de dominação no interior da escola.”


FONSECA, 1993, apud SILVA, M. e FONSECA, S. G. Ensinar História no século XXI: em busca do tempo entendido. Campinas: Papirus, 2007, p. 30.


Ao historicizar a formação dos professores de História no Brasil, os autores se referem à instituição da licenciatura curta em estudos sociais, durante o período autoritário (1964-1985), como um exemplo de

Alternativas
Q2801830 História

“Lutai primeiro pela alimentação e pelo vestuário, e em seguida o reino de Deus virá por si mesmo”.


Essa frase de Hegel é citada antes da Tese 4, de Walter Benjamim, na qual o autor comenta a tese de Marx sobre a luta de classes. Longe de ser apenas “uma luta pelas coisas brutas e materiais, sem as quais não existem as refinadas e espirituais”, essa luta também significa a manifestação de coisas espirituais, que “questionarão sempre cada vitória dos dominadores”. Nesse sentido, o passado “tenta dirigir-se para o sol que se levanta no céu da história. O materialismo histórico deve ficar atento a essa transformação, a mais imperceptível de todas”.


BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito de História”, In: Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1993, pp.223-24.


As Teses de Benjamin exemplificam uma nova percepção da História e da temporalidade de uma geração de intelectuais que renovou o entendimento da tradição hegeliano-marxista, na primeira metade do século XX. Com base na citação, assinale a opção que caracteriza corretamente as teses de Benjamin sobre a História.

Alternativas
Q2801824 História

Diante dos sinais de esgotamento do “milagre econômico” e da ditadura militar, o governo Ernesto Geisel pôs em marcha o projeto de abertura “lenta, gradual e segura”, visando à transição para o regime democrático.


Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos passos deste processo.

Alternativas
Q2801822 História

A charge a seguir se refere à gestão de Delfim Netto à frente do Ministério da Fazenda no período conhecido como “milagre econômico” (1969-1973), quando ele teria afirmado ser necessário “fazer o bolo crescer para, depois, dividi-lo”.


Imagem associada para resolução da questão


As opções a seguir relacionam corretamente a mensagem da charge com o “milagre brasileiro”, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Q2801816 História

I. Art. 125 – Todo brasileiro que, não sendo proprietário rural ou urbano, ocupar, por dez anos contínuos, sem oposição nem reconhecimento de domínio alheio, um trecho de terra até dez hectares, tornando-o produtivo por seu trabalho e tendo nele a sua morada, adquirirá o domínio do solo, mediante sentença declaratória devidamente transcrita.


Constituição Federal de 16 de julho de 1934.


II. Art. 1 – Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola. § 1° Considera-se Reforma Agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade.


Estatuto da Terra, Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964.


Com base nos trechos citados, assinale a opção que interpreta corretamente a legislação brasileira sobre a questão agrária, entre 1934 e 1964.

Alternativas
Q2801813 História

Imagem associada para resolução da questão


Charge do caricaturista Belmonte in http://www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_charges.


A charge mostra o Presidente Getúlio Vargas em situações distintas durante a década de 1930. A respeito das incertezas e mudanças do quadro político dessa década, com base na charge, analise as afirmativas a seguir.


I. O primeiro quadro (1931) faz referência à aproximação entre os interesses centralizadores do Governo Provisório e o tenentismo, como exemplificado pela nomeação de Juarez Távora para o governo de São Paulo.

II. O segundo quadro (1935) faz referência aos dois polos opostos que dinamizavam o quadro político depois de promulgada a Constituição de 1934: a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Ação Integralista Brasileira (AIB).

III. O terceiro quadro (1937) faz referência ao fechamento do Congresso, à criação do Estado Novo e à unificação dos partidos políticos, sob a legenda da Ação Integralista Brasileira (AIB).


Assinale:

Alternativas
Q2801811 História

Observe a tabela sobre as taxas anuais de crescimento em setores da economia brasileira


Anos

Agricultura

Indústria

1920-1929

4,4%

2,8%

1933-1939

1,7%

11,2%

1939-1945

1,7%

5,4%


Apud FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995, p. 392.


Com base na tabela, assinale a opção que caracteriza corretamente o desempenho da economia brasileira, entre 1920 e 1945.

Alternativas
Q2801806 História

“A complexidade dos problemas morais e materiais inerentes à vida moderna alargou o poder de ação do Estado, obrigando-o a intervir mais diretamente, como órgão de coordenação e direção, nos diversos setores da atividade econômica e social.”


VARGAS, Getúlio, Discurso, 1938, vol.3, p.135-136.


As opções a seguir apresentam exemplos desse alargamento do poder do Estado, durante o governo Vargas (1930-1945), à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Q2801748 História

Com relação ao quadro geral das relações sociais características da Primeira República, assinale V para a afirmação verdadeira e F para a falsa.


( ) A organização do movimento operário em torno dos ideais anarquistas, em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, teve como efeito a aprovação de uma legislação trabalhista mínima, que garantia jornada de oito horas semanais e férias remuneradas.

( ) Os movimentos sociais como Canudos, na Bahia, e Contestado, em Santa Catarina, resultaram da combinação de conteúdo religioso e carência social, na medida em que seus líderes pregavam ideais ascéticos de vida combinados com o desprendimento de bens materiais como a posse da terra.

( ) O clientelismo representou a forma geral das relações sociopolíticas na Primeira República, tendo como exemplo a influência dos coronéis, que eram a base local de poder no âmbito dos municípios.


As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Q2801723 História

Comecemos pela expressão 'República Oligárquica'. Oligarquia é uma palavra grega que significa governo de poucas pessoas, pertencentes a uma classe ou família. De fato, embora a aparência de organização do país fosse liberal, na prática o poder foi controlado por um reduzido grupo de políticos em cada Estado.”


FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995, p. 61.


Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos mecanismos próprios da ordem oligárquica brasileira na Primeira República.

Alternativas
Q2801708 História

Imagem associada para resolução da questão


Pereira Neto, Revista Illustrada, 16/11/1889, apud B. Fausto. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995, p. 247.)


Com relação ao contexto intelectual próprio da passagem do Império para a República, com base na imagem, analise as afirmativas a seguir.


I. Os republicanos brasileiros, de orientação francesa, se inspiraram no uso de alegorias femininas para veicular ideais liberais, como a Marianne, vestida à romana, com túnica, sandálias e barrete frígio jacobino.

II. A figura feminina possuía um aspecto belicoso, indicado pelas armas que empunha e pelos louros da vitória encimados na bandeira do novo regime, em homenagem aos vitoriosos do 15 de novembro.

III. O visconde de Ouro Preto foi representado ajoelhado no ato de entrega do poder à República (a coroa), sustentada pelos militares, indicando que a nação brasileira alcançará o progresso sem guerra, em sintonia com a ideologia positivista.


Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Q2801703 História

I. (...) é o ditador do Paraguai, Francisco Solano López, que vai renovar as pretensões de Rosas, de formar no Prata um grande império, rival do Brasil. Para isso preparava-se solícita, mas dissimuladamente; e só aguardava agora, um pretexto para entrar em cena.


POMBO, Rocha. História do Brasil. Revista e atualizada por Hélio Vianna São Paulo: Melhoramentos, 1960.


II. Ovelha negra - Tal é o Paraguai aos olhos da burguesia inglesa e de outras burguesias europeias altamente desenvolvidas, e tal se torna, logo aos olhos de alguns cavalheiros que, no Prata e no Brasil, traficam e comercializam com as potências Ultramar, sem se preocuparem com outra coisa, a não ser seus interesses mesquinhos e restritos interesses de classe.


POMER, Léon. América latina: seus aspectos, sua história, seus problemas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1984, p. 12.


III. (...) para Solano López [a guerra] era a oportunidade de colocar o seu país como potência regional e ter acesso ao mar pelo porto de Montevidéu, graças a uma aliança com os blancos uruguaios e os federalistas argentinos representados por Urquiza.


DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 96.


A respeito das diferentes interpretações da Guerra do Paraguai contidas nos trechos acima, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.


( ) I e III associam os motivos da guerra à ação de indivíduos isolados, lançam estereótipos sobre o Paraguai de Solano López e exaltam a ação do Brasil na guerra.

( ) I e II problematizam os acontecimentos, consideram a influência do imperialismo britânico e caracterizam a singularidade política e econômica do Paraguai no contexto americano.

( ) II e III inserem o conflito nas relações internacionais da segunda metade do século XIX, em âmbito europeu e regional, e consideram os fatores estruturais, econômicos ou políticos, envolvidos no conflito.


As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Q2801699 História

As opções a seguir caracterizam corretamente o processo de expansão e modernização da economia cafeeira, na segunda metade do século XIX, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Q2801691 História

Leia os fragmentos a seguir.


I. (...) Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assemblea Geral Decretou, e Nós Queremos a Lei seguinte.

Art. 1º As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e as estrangeiras encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriaes do Brasil, tendo a seu bordo escravos (...), ou havendo-os desembarcado, serão apprehendidas pelas Autoridades, ou pelos Navios de guerra brasileiros, e consideradas importadoras de escravos.

Aquellas que não tiverem escravos a bordo, nem os houverem proximamente desembarcado, porêm que se encontrarem com os signaes de se empregarem no trafico de escravos, serão igualmente apprehendidas, e consideradas em tentativa de importação de escravos.


Coleção das leis do Império do Brasil, Rio de Janeiro, v. 1, parte 1, p. 267.


II. (...) Faz saber a todos os Subditos do Imperio, que a Assembléa Geral Decretou, e Ella Sanccionou a Lei seguinte: Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou portos do Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se:

1º Os escravos matriculados no serviço de embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permittida, emquanto empregados no serviço das mesmas embarcações.

2º Os que fugirem do territorio, ou embarcação estrangeira, os quaes serão entregues aos senhores que os reclamarem, e reexportados para fóra do Brazil. Para os casos da excepção nº 1º, na visita da entrada se lavrará termo do numero dos escravos, com as declarações necessarias para verificar a identidade dos mesmos, e fiscalisar-se na visita da sahida se a embarcação leva aquelles, com que entrou. Os escravos, que forem achados depois da sahida da embarcação, serão apprehendidos, e retidos até serem reexportados.


(Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)


Os fragmentos I e II correspondem, respectivamente,

Alternativas
Respostas
2041: A
2042: D
2043: E
2044: C
2045: D
2046: B
2047: E
2048: B
2049: C
2050: C
2051: A
2052: B
2053: D
2054: D
2055: E
2056: C
2057: E
2058: E
2059: A
2060: B