Questões de Concurso Para ufersa

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Q1843803 Serviço Social
Conforme o CFESS Manifesta – Produção que dá visibilidade aos posicionamentos do Conselho Federal de Serviço Social sobre diversos temas e fatos da sociedade brasileira e internacional, sobre o trabalho de assistentes sociais na relação com as políticas sociais e com a conjuntura – ao falar sobre os impactos do coronavírus no trabalho do/a assistente social, Brasília (23 de março de 2020), diz: “a maior parte da categoria de assistentes sociais trabalha em contato direto com a população, nos equipamentos públicos que, em situações de emergência em que estamos vivendo, precisam continuar em funcionamento para atender as demandas dos/as usuários/as” (Disponível em http://www.cfess.org.br/arquivos/2020Cf essManifestaEdEspecialCoronavirus.pdf. Acesso em: 16 set. 2021). Diante desse contexto, a Comissão de Orientação e fiscalização (COFI/CFESS) elaborou orientações para os/as profissionais que não podem ou não estão em isolamento social. Marque a alternativa que está em consonância com essa instrução. 
Alternativas
Q1843802 Serviço Social
O Movimento de Renovação do Serviço Social ocorrido de 1965 a 1975, no Brasil, foi pautado por peculiaridades diversas, dentre elas, a busca incessante por uma teoria que desse conta da realidade e sua complexidade. Além desse aspecto, o referido movimento trouxe também para a profissão outras questões que balizaram a busca pela ruptura com o tradicionalismo até então dominante no seio do Serviço Social. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta essas demais características.
Alternativas
Q1843801 Serviço Social
O Congresso da Virada, realizado em 1979, inaugurou publicamente a direção social da profissão no projeto de intenção de ruptura com o conservadorismo. Vale salientar que, para isso, foi necessária uma nova perspectiva, alicerçada no pensamento crítico, o que culminou na: 
Alternativas
Q1843800 Serviço Social
A década de 1990 foi um marco para o Serviço Social, pois houve a aprovação da Lei de Regulamentação da Profissão (Lei nº 8.662/1993, de 7 de junho de 1993) que, a partir de um acúmulo e amadurecimento, explana de forma clara as atribuições privativas do assistente social (Art. 5). Marque a alternativa abaixo que destaca essas atribuições.
Alternativas
Q1843799 Serviço Social
A Lei nº 8.662/1993, de 7 de junho de 1993, dispõe sobre a profissão de assistente social, explana e normatiza o exercício profissional. Ela destaca em seu Art. 4º as competências do profissional. Assinale a alternativa que traz as atribuições referentes à profissão.
Alternativas
Q1843798 Serviço Social
A reserva de vagas estabelecida pela Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012, de 29 de agosto de 2012) para as universidades federais e as instituições federais de ensino técnico de nível médio foi indubitavelmente um avanço no que diz respeito à inclusão. A referida lei é o reconhecimento de uma dívida histórica que o Brasil tem para com a população negra e indígena. Mesmo sendo uma lei recente, ela sofreu alteração pela Lei nº 13.409/2016, de 28 de dezembro de 2016. Assinale a modificação dada por essa lei. 
Alternativas
Q1843797 Serviço Social
A atuação dos/das assistentes sociais na política de educação está estreitamente vinculada à ampliação das condições de acesso e de permanência, sobretudo, da classe trabalhadora, nos distintos níveis e modalidades. O fazer profissional é pautado em um conjunto de competências específicas (explicitado no Subsídios para a atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação/ CFESS) que se expressam em ações que devem articular as diversas dimensões da atuação profissional. Marque abaixo a alternativa que versa sobre essas dimensões. 
Alternativas
Q1843796 Serviço Social
A educação, enquanto política social, se configura como um espaço de atuação do/a assistente social, em suas diferentes modalidades de ensino. No que tange às universidades federais e às instituições federais de ensino técnico de nível médio, estas desenvolvem a Política Nacional da Assistência Estudantil (PNAES) (Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010), que tem como objetivo: 
Alternativas
Q1843795 Direito Administrativo
Nos termos definidos na Lei nº 9.784/1999, 29 de janeiro de 1999, o administrado tem os seguintes direitos perante a administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, EXCETO: 
Alternativas
Q1843794 Direito Administrativo
Considerando o disposto na Lei nº 9.784/1999, 29 de janeiro de 1999, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Q1843793 Direito Administrativo
Nos termos da Lei nº 9.784/1999, de 29 de janeiro de 1999, que disciplina o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, são deveres do administrado perante a administração, EXCETO:
Alternativas
Q1843792 Direito Administrativo
No que concerne aos critérios de reposições e indenizações ao erário previstas na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, assinale a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Q1843791 Direito Administrativo
De acordo com a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, constituem indenizações do servidor público federal:
Alternativas
Q1843790 Direito Administrativo
A Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990 prevê as situações que justificam a aplicação de pena de demissão do servidor público. Nesse sentido, é hipótese de aplicação de pena de demissão, EXCETO:
Alternativas
Q1843789 Direito Administrativo
Analise as seguintes assertivas, considerando o disposto na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990:
I – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. II - A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos territórios e dos municípios. III - Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.
Considerando as assertivas, é possível afirmar:
Alternativas
Q1843788 Direito Administrativo
Segundo a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, todas as afirmativas abaixo estão corretas, EXCETO:
Alternativas
Q1843787 Direito Administrativo
Com base na Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, analise as assertivas a seguir:
I - O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 30 (trinta) dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. II - Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mínimo e máximo de 6 (seis) horas e 8 (oito) horas diárias, respectivamente. III - O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da administração.
Da análise das assertivas, marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1843786 Direito Administrativo
Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que atenderem aos requisitos estabelecidos em lei. De acordo com a Lei nº 8.112/1990, de 11 de dezembro de 1990, são requisitos exigidos, EXCETO: 
Alternativas
Q1843785 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Considerando a frase: “A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia”. No texto, pressupõe-se que: 
Alternativas
Q1843784 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos


BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ

25 JUL 2021 - 12:04 BRT


    Os Jogos Olímpicos de Tóquio acabam de começar e, com eles, as primeiras polêmicas sobre o vestuário das atletas. A que fez mais barulho tem a ver com a seleção norueguesa feminina de handebol de praia, que foi multada pela Comissão de Disciplina da Associação Europeia de Handebol por comparecer ao torneio usando top e short em vez do biquíni regulamentar, “com corte em um ângulo ascendente em direção à parte superior da perna” e “com uma largura lateral máxima de 10 centímetros”.

    A federação primeiro ameaçou multar as jogadoras norueguesas com 50 euros (306 reais) por pessoa e, mais tarde, desclassificá-las. Por isso, elas finalmente tiveram que disputar seu jogo contra a seleção da Hungria com o uniforme oficial. Ainda assim, aproveitaram a atenção captada pelo assunto para denunciar a hipersexualização exigida das esportistas. A foto grupal que elas fizeram com seus companheiros da equipe masculina diz tudo: elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa.

    Mas a patrulha da roupa feminina também vai no sentido oposto. Mês passado, a atleta paralímpica inglesa Olivia Breen recebeu uma advertência dos juízes no campeonato britânico por usar calcinhas esportivas “reveladoras demais”. “Não se deve fazer as mulheres se sentirem coibidas pela roupa que usam ao competir, e sim confortáveis e seguras”, denunciou Breen na época. Disse também que muitas outras atletas haviam lhe contado que receberam comentários similares por parte dos árbitros. Breen pensa em levar o mesmo microshort, da marca Adidas, aos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

    Assim que as provas começarem e ocorrerem as primeiras competições de ginástica artística e nado sincronizado, surgirão novamente as mesmas perguntas que se ouvem a cada quatro anos. É necessário que as atletas usem maquiagem? Que lugar as lantejoulas têm no cabelo em um uniforme esportivo? Por que uma atleta superdotada como Simone Biles precisa competir com laços no cabelo, como se estivesse num show infantil? Em 1978, uma professora estadunidense de Educação Física e Fisioterapia chamada Emily Wughalter batizou esse fenômeno de “the female apologetic” (“o pedido de desculpas feminino”). Ela argumentou que todos esses elementos, assim como, por exemplo, os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica, teriam sido implementados para afugentar os estereótipos de lesbiandade associados às atletas na época e, em geral, para que as mulheres conseguissem “ser perdoadas” pelo que entendiam como falta de feminilidade. Para compensar o fato de estarem se mostrando fortes, rápidas, ágeis e, de alguma forma masculinas, exigia-se que elas equilibrassem isso com “babados e rodopios”, segundo Wughalter.

    No entanto, para cada mulher esportista que batalha com sua federação para usar um uniforme mais parecido com o dos homens, existe outra que quer o contrário, e que não considera, como pensava Wugheiler, que usar maquiagem, cristais Swarovski na roupa de banho ou unhas compridas esteja em desacordo com sua excelência atlética. Sha’carri Richardson, a última estrela do atletismo feminino, é famosa por seu cabelo alaranjado e suas unhas criativas, que lembram as de Florence Griffith nos anos oitenta. A jogadora de futebol feminino Ali Krieger costuma jogar de maquiagem, que ela chama de “pintura de guerra”, embora isso não seja habitual no futebol. Outra corredora estadunidense, Shannon Rowbury, pinta os lábios de vermelho em cada prova porque considera que seja “empoderador”. A ginasta Aly Reisman disse algo parecido sobre o rímel: lhe dá confiança.

    Segundo outra professora canadense, Elizabeth Hardy, que atualizou o assunto do “pedido de desculpas feminino” no esporte, os meios de comunicação têm um papel importante na persistência desses estereótipos, sobretudo na elite, porque, para as atletas, é mais fácil conseguir cobertura e contratos com marcas que as patrocinem quando se encaixam num físico normativo. “Se enfatizam essa visão idealizada da feminilidade tradicional, garantem que permanecerão desejáveis para os homens”, escreveu Hardy numa análise sobre os papéis de gênero nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, a cobertura do vôlei de praia feminino, por exemplo, “concentrou-se nos corpos das atletas e não no esporte, o que demonstra que ser estereotipicamente atraente deveria ser mais importante para as atletas do que ser boa em seu esporte”.

    A professora também abordou em seu estudo um assunto mais polêmico. Há alguns anos, uma ótica mais inclusiva do esporte está se concentrando nas atletas que são mães e em como conseguem combinar ambos os papéis, ressaltando que é possível ser ao mesmo tempo atleta de elite e mãe. Nesta mesma semana, Ona Carbonell denunciou as dificuldades que a organização de Tóquio lhe impõe para continuar amamentando seu bebê de oito meses. Para Hardy, no entanto, se a imprensa se concentra muito em oferecer uma imagem protetora e maternal dessas esportistas, isso prejudica o papel delas como atletas e o esporte em geral. A professora cita como exemplo a capitã da equipe de curling de seu país. Jennifer Jones, uma estrela no Canadá, ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi em 2014, quando já tinha um filho de dois anos. “A posição do skip [o capitão] é dominante, autoritária dentro do curling. Porém, no enfoque dos meios de comunicação e das campanhas publicitárias que trabalham com Jones, ressalta-se seu lado protetor e seu papel de esposa e mãe, não seu sucesso como atleta, o que dá a impressão de que suas conquistas esportivas não são suficientemente válidas, que não são boas o suficiente. Isso é danoso para as jovens atletas, pois demonstra que as ambições esportivas não importam, porque ser mãe deveria ser a prioridade em sua vida e aquilo pelo qual você será conhecida.”

    Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo após parir ou que competem grávidas, como fez Serena Williams quando venceu um Aberto da Austrália sem que ninguém soubesse que estava esperando sua filha Olympia, poderia, segundo essa teoria, estar aumentando desnecessariamente as exigências e passando a mensagem de que ser apenas atleta, e não atleta e mãe, é menos importante.


EL PAÍS. Sexualização ou empoderamento? A patrulha de como as atletas se vestem volta aos Jogos Olímpicos. Disponível em: https://brasil.elpais.com/esportes/jogos-olimpicos/2021-07-25/a-desculpa-feminina-nos-jogos-olimpicos-e-a-eterna-polemica-sobre-como-as-atletas-se-vestem-maquiam-e-penteiam.html. Acesso em: 24 ago. 2021. Adaptado para fins didáticos.. 

Analise as frases e as afirmações sobre elas:
(I) “elas de biquíni, eles com camiseta sem manga e short no meio da coxa”. Os termos destacados referem-se, respectivamente, às jogadoras e aos jogadores noruegueses. (II) “Ela argumentou que todos esses elementos teriam sido implementados [...]”. O elemento destacado introduz uma oração subordinada substantiva. (III) “Elas equilibrassem isso com ‘babados e rodopios’”. A palavra destacada remete à expressão: “os segmentos de dança mais vistosos na ginástica rítmica”. (IV) “Enfatizar tanto o enorme mérito das atletas que conseguem voltar a treinar no nível máximo [...]”. O vocábulo destacado introduz uma oração subordinada adverbial.
Dentre as afirmativas acima, está CORRETA:
Alternativas
Respostas
81: A
82: C
83: D
84: C
85: D
86: D
87: A
88: B
89: A
90: B
91: A
92: C
93: D
94: B
95: D
96: A
97: C
98: B
99: B
100: A