Questões de Concurso
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No bloqueio do nervo mandibular pela técnica de Gow-Gates, não anestesiamos o nervo:
De acordo com a Lei Federal 8080/1990 são competências da direção estadual do SUS, com exceção de:
Analise a descrição abaixo:
“é uma aberração cromossômica que acomete o cromossoma 21. A principal etiologia dessa anomalia genética é a idade materna avançada durante a gravidez. Dentre as manifestações sistêmicas, encontrase a cardiopatia, o hipotireoidismo, a alteração da articulação atlantoaxial, a diminuição da audição, a doença de Alzheimer, a hipotonia muscular e as alterações oculares. As alterações bucais presentes nessa patologia são: o palato ogival, a macroglossia, a língua fissurada, a presença reduzida de cárie dentária, a prevalência aumentada de doença periodontal e a presença de dentes conoides, oligodontia e retardo na erupção dentária”.
Assinale a alternativa que identifica corretamente a anomalia genética descrita.
O paciente com o quadro de pulpite aguda apresenta clinicamente
Assinale a alternativa que corresponde a um sal anestésico contraindicado em pacientes com risco de metahemoglobinemia.
Assinale a alternativa que corresponde a uma técnica radiográfica extra-oral indicada para avaliação dos arcos zigomáticos em caso de trauma de face.
As questões de número 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.
MOÇA BONITA NÃO PAGA?
Maíra Zapater
Em junho de 2017, uma juíza do Distrito Federal, ao julgar uma ação proposta por um homem contra os organizadores de uma festa que cobrava preços diferentes para os ingressos de homens e mulheres, declarou ser ilegal a prática. À decisão, seguiu-se agora, em julho, nota técnica da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça reafirmando a ilegalidade da cobrança diferenciada e ressaltando que os estabelecimentos que não se adaptassem estariam sujeitos às sanções previstas no artigo 56 do Código de Defesa do Consumidor.
Ambas as determinações geraram polêmica (aliás, como parece acontecer com tudo – ou quase tudo – que envolva demandas feministas relacionadas à desigualdade de gênero). Se até então eram frequentes, nas conversas de bar travadas tanto nas mesas quanto nas redes sociais, afirmações tais como “nunca vi feminista reclamar na hora de entrar de graça ou pagar mais barato na balada!” (em geral proferida com sua gêmea siamesa “na hora de pedir serviço militar obrigatório, as feministas ficam quietas”), agora parece que o jogo virou, e os críticos preferem manifestar sua indignação dizendo que “as feministas querem impor sua ideologia pra todo mundo e obrigar as mulheres a pagarem mais caro na balada”, “vai acabar balada”, “nunca mais ninguém vai sair pra night”, “ninguém vai pegar mais ninguém”, “as feministas vão fazer fechar as casas noturnas” e por aí vai.
Piadas à parte, e sem entrar no mérito da (in)coerência das críticas, quero, na coluna de hoje, contribuir com argumentos para a discussão, sugerindo duas perguntas para, juntos, pensarmos sobre o assunto. Parece-me ser relevante refletir sobre dois aspectos: primeiro, é discriminatório cobrar preços diferentes para homens e mulheres na balada? E, segundo: se for discriminatório, o estabelecimento (que é privado) tem liberdade de discriminar seu público, cabendo ao consumidor exercer a sua liberdade de frequentar ou não o local conforme suas próprias convicções?
Os exemplos – ainda que hipotéticos – são sempre úteis para trazer à concretude abstrações por vezes nem tão acessíveis. Então, vamos lá: um exercício sempre eficaz para examinar se a questão de gênero faz ou não diferença em determinada situação é a inversão dos gêneros dos protagonistas. Pois imaginemos que uma determinada balada resolva cobrar mais barato o ingresso dos homens. O dono do estabelecimento justifica a adoção dessa política de preços afirmando preferir que haja maioria de homens no local, porque “como todo mundo sabe, muita mulher junta sempre acaba dando confusão” e que “ninguém gosta de estar numa festa em que só tenha mulher”. “Além disso”, continua ele, “todo mundo sabe que, quando a mulherada sai pra night, só quer saber de pegação e, com certeza, vai preferir ir a um lugar onde tenha o máximo possível de homens para escolher”.
A situação hipotética pareceu estranha, de alguma forma, com a inversão dos lugarescomuns em geral apresentados para justificar a cobrança mais barata para mulheres? Bom, se a narrativa ganhou conotações diferentes em decorrência dessa inversão, significa que há expectativas diferentes para homens e mulheres colocados em uma mesma situação social e que se construiu ali uma relação desigual entre homens e mulheres – e, portanto, (no mínimo, potencialmente) discriminatória e ilícita, já que a Constituição veda o tratamento desigual entre iguais (vale lembrar que o inciso II do artigo 5º da CF estabelece que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”, o que só reforça a invalidade jurídica do fator de discriminação com o qual se pretende justificar a cobrança diferenciada).
Pois bem. Assumindo que concordamos – eu e você, leitora e leitor – que há discriminação na prática de cobrar ingresso mais barato de mulheres nas festas e casas noturnas, resta pensar no segundo questionamento que propus acima: o estabelecimento privado tem a liberdade de adotar uma política considerada discriminatória, cabendo ao público consumidor escolher se quer ou não frequentar o local?
Ilustremos com outro exemplo hipotético (ou talvez menos fictício do que gostaríamos): imaginemos que o dono de uma casa noturna queira construir uma reputação de que seu estabelecimento seja um local “onde só vai gente bonita”. Para garantir que, segundo seus critérios subjetivos e seu “tino empresarial”, seja mantido um padrão estético mínimo nos frequentadores da casa, esse proprietário estabelece uma “cota máxima” para negros no local, estipulando um número limite de pessoas negras por noite, e determinando, ainda, que pessoas brancas têm direito a um ingresso com desconto. Esse empresário se justifica dizendo o seguinte: “Não é racismo, é só uma questão de gosto. Eu concordo com o padrão hegemônico de beleza que, em geral, vemos nas revistas, novelas e filmes e acho que as pessoas brancas são mesmo mais bonitas e que é muito mais agradável estar numa balada com maioria de pessoas brancas. É só a minha opinião. Quem não concordar e tiver uma opinião diversa, não é obrigado a vir na minha casa noturna”.
Teria o nosso empresário hipotético a liberdade de adotar uma política discriminatória por entender ser a mais lucrativa para o seu estabelecimento?
Aqui tocamos no sensível ponto dos limites entre a liberdade no campo privado e o dever de atuação do Estado quando há uma violação de direitos humanos entre particulares – sim, discriminar em razão de cor, raça, religião, gênero, orientação sexual etc. viola o direito à igualdade. Da mesma forma que a discriminação racial do segundo exemplo, a discriminação de gênero é também uma forma de violação – ainda que pareça vir disfarçada do “privilégio” de pagar mais barato um ingresso.
A ideia de uma presença majoritária de mulheres diz respeito a um tipo específico de balada, na qual, seguramente, as mulheres não gozam das mesmas prerrogativas de liberdade sexual que os homens – será que as moças que “saem pra pegação” são socialmente vistas da mesma maneira que os meninos na mesma situação? Ao defender a possibilidade de manutenção de cobrança diferenciada para mulheres, não estaremos a reafirmar estereótipos profundamente prejudiciais? E, de mais a mais, não é com essa alteração que “a balada ficou cara”, não é mesmo? Que tal revermos toda essa política de preços na qual se vendem “experiências” – e, claro, vai e paga quem pode e quem quer – mas tornando esse espaço de acesso público friendly* para mulheres da mesma forma que para os homens?
Disponível em: <http://justificando.cartacapital.com.br>. Acesso em: 11 jul. 2017.
*friendly = amigável
Considere o período:
Assumindo que concordamos (1º) – eu e você, leitora e leitor – que há discriminação na prática de cobrar ingresso mais barato de mulheres nas festas e casas noturnas, resta (2º) pensar (3º) no segundo questionamento que propus (4º) acima [...].
Nesse período, o verbo da oração principal é o
Com relação ao tempo de duração de ação aproximada dos anestésicos locais, avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas:
( ) Mepivacaína a 3% é considerada anestésico de curta duração, obtendo anestesia pulpar de aproximadamente 30 Minutos, usando técnica infiltrativa.
( ) Considera se anestésico de duração intermediária, para anestesia pulpar de aproximadamente 60 minutos: Lidocaína a 2% + adrenalina a 1:100.000.
( ) Considera se anestésico de longa duração, por bloqueio nervoso, para anestesia pulpar de aproximadamente 60 minutos: Prilocaína a 4%.
( ) Considera se anestésico de longa duração obtendo anestesia pulpar de mais de 90 minutos: Bupivacaína a 0,5% + adrenalina a 1:200.000 (por bloqueio nervoso).
Marque a opção que contenha a sequência CORRETA , de cima para
Matheus tem 6 anos e pesa 30 kg e compareceu ao consultório com quadro clínico que necessitava a utilização de anestesia local para a realização do procedimento. O cirurgião dentista optou por fazer uso da articaína 4% com adrenalina 1:200.000. Considerando que a dosagem máxima desse anestésico é de 5mg/Kg, qual é o número máximo de tubetes que o dentista pode fazer uso?
Sobre a história do local onde atualmente fica localizado o Município de Ourém, analise os itens seguintes e marque a alternativa correta:
I - Uma cachoeira impediu o navegador Pedro Teixeira de subir ainda mais o rio Xingu, em 1.616. Luiz de Moura fez o mesmo percurso e no período de 1725 a 1727 construiu ao lado direito da dita cachoeira a casa forte que originou a vila de Ourém.
II- A Casa Forte de Luiz de Moura foi construída no período de 01/03/1725 e concluída em 1727, data esta considerada como fundamental para a existência do grande Município do rio Guamá.
III- O local da construção da casa-forte teria sido na praça da matriz, em terreno levemente alçado sobre o nível das águas do Guamá, à margem direita, junto à cachoeira.
IV- A Casa Forte de Luiz de Moura e embrião de Ourém era toda em madeira de lei e aparelhada de armamentos com toda segurança e formosura.
Estão corretos somente os itens:
Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões:
A Trump o que é de César.
Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho, milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror político. Nada mau, repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão é uma . montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de sangue é visão que não poderia passar incólume em um pais que já teve quatro presidentes assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fás do presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra "Shakespeare” no nome.
Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.
O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.
Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual-masse o figurino cai bem, porque não vesti-lo?
(Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)
"Não, Shakespeare não precisa de terno e gravata para ser atual (...)". Há um erro na classificação morfológica em:
Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões:
A Trump o que é de César.
Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho, milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror político. Nada mau, repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão é uma . montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de sangue é visão que não poderia passar incólume em um pais que já teve quatro presidentes assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fás do presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra "Shakespeare” no nome.
Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.
O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.
Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual-masse o figurino cai bem, porque não vesti-lo?
(Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)
“(...) e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas”, | sobre fragmento só não se pode afirmar:
Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões:
A Trump o que é de César.
Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho, milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror político. Nada mau, repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão é uma . montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de sangue é visão que não poderia passar incólume em um pais que já teve quatro presidentes assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fás do presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra "Shakespeare” no nome.
Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.
O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.
Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual-masse o figurino cai bem, porque não vesti-lo?
(Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)
Alguns verbos rigorosamente impessoais quando usados no sentido figurado sofrem variações. Isso ocorre em:
Em um procedimento de remoção do elemento dental, é correto afirmar que:
Sobre o controle individual do biofilme dental podemos afirmar:
I. A remoção frequente do biofilme dental pelo próprio indivíduo representa a maior chance disponível para evitar a instalação e a progressão das doenças periodontais inflamatórias.
II. Estudos epidemiológicos, clínicos e microbianos têm comprovado uma forte correlação positiva entre a eficiência da higiene bucal, a melhora da condição gengival e a redução dos níveis de biomassa aderida ao dente.
III. O uso frequente da escova é sinônimo de limpeza evitando, por si só, a perda de dentes. O mais importante é a frequência do que a qualidade da limpeza.
Está(ão) CORRETA(S):
Responda verdadeiro (V) ou falso (F) sobre as diferenças entre dentes decíduos e permanentes e assinale a alternativa que traz a sequência correta:
( ) a raiz dos dentes decíduos é relativamente menor que a dos permanentes;
( ) o colo dos dentes decíduos é bem mais deprimido que nos dentes permanentes formando um estrangulamento;
( ) a dentição decídua é mais branco azulada devido à menor calcificação.
A superdosagem de anestésico local é algo com que o cirurgião dentista deve se preocupar durante a realização da anestesia. Em relação à superdosagem de anestésicos locais, é correto afirmar:
Os anestésicos locais são compostos químicos que bloqueiam de maneira reversível os potenciais de ação em todas as membranas excitáveis.
Em relação aos anestésicos locais, é correto afirmar:
Um cisto é classicamente conceituado como uma cavidade patológica revestida por epitélio que contém, usualmente, material líquido ou semi-sólido em seu interior. Os cistos ocorrem com mais frequência na maxila e na mandíbula que em qualquer outro osso, pois a maioria deles se origina de restos do epitélio odontogênico remanescentes da odontogênese. Sobre as características típicas dos cistos, identificadas por meio das radiografias panorâmicas, é CORRETO afirmar: