Questões de Concurso Comentadas para prefeitura de são joão nepomuceno - mg

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Q3069747 Pedagogia
Treinamento e desenvolvimento de pessoas são assuntos distintos, porém com algumas semelhanças e possuem técnicas em comum com objetivos diferentes. Treinamento é o processo de desenvolver qualidade nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. É o processo de ensinar aos novos empregados as habilidades básicas que eles necessitam para desempenhar seus cargos.

(Chiavenato 1999, p. 20.)

José é supervisor pedagógico de determinada escola pública e deseja desenvolver um treinamento com o propósito de aumentar a produtividade de sua equipe de professores influenciando suas condutas. Tem, ainda, a intenção de solucionar alguns problemas de relacionamentos no ambiente de trabalho, desejando capacitar seus docentes a observarem os aspectos como experiências, sentimentos e motivação pessoal. José não deseja padronizar o modo de agir de seus professores, mas disseminar os valores da organização e suas normas de conduta. O principal objetivo do treinamento é exercitar habilidades interpessoais, comunicativas e de empatia, facilitando o trabalho em equipe e melhorando o clima organizacional. Sobre as informações apresentadas na situação hipotética, é possível inferir que o Supervisor Pedagógico irá realizar um treinamento: 
Alternativas
Q3069746 Pedagogia
Catarina é professora de uma turma do quinto ano do ensino fundamental em uma escola pública que adotou uma política de educação inclusiva. Sua turma é composta por 25 crianças, entre elas estão matriculados: Fábio, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que tem dificuldades de comunicação e interação social e se sente facilmente sobrecarregado por estímulos sensoriais; Maria, com dislexia, que enfrenta desafios significativos na leitura e na escrita; e João com baixa visão, que precisa de abordagens próprias para que o aprendizado possa transcorrer da melhor maneira possível. Catarina está determinada a criar um ambiente de aprendizagem; no entanto, ela enfrenta vários desafios em relação à adaptação do currículo, desenvolvimento de atividades acessíveis e gestão do tempo para atender às necessidades de cada aluno. Sobre a situação hipotética apresentada e, ainda, considerando a promoção de um ambiente inclusivo e colaborativo de aprendizagem na sala de aula, analise as ações apresentadas a seguir.

I. A professora separa os alunos Fábio, Maria e João do restante da turma durante as atividades principais, fornecendo-lhes atividades alternativas em uma sala separada, pois assim eles realizarão atividades mais adequadas às suas dificuldades de aprendizagem. Portanto, Maria é enviada para uma sala de recursos para trabalhar individualmente, enquanto Fábio e João receberão tarefas simplificadas longe de seus colegas.

II. A professora adapta o ambiente da sala de aula para ser sensorialmente amigável e acessível para todos os alunos, quando cria uma área tranquila na sala de aula onde Fábio pode se retirar quando se sentir sobrecarregado. Também organiza a disposição dos móveis e materiais para garantir que João possa se mover facilmente pela sala. Para Maria, a professora fornece um ambiente de leitura com iluminação adequada e sem distrações.

III. A professora assegura a acessibilidade dos conteúdos pedagógicos e das tecnologias assistivas necessárias ao aprendizado dos alunos com deficiência. Portanto, a Fábio devem ser garantidos cronogramas estruturados para ajudar na comunicação e na organização do dia e ferramentas visuais; para Maria, textos em formatos acessíveis, utilização de tecnologias assistivas que facilitem a leitura; e para João, materiais disponíveis em formatos acessíveis, como textos com fontes grandes e em Braile, além de utilizar recursos de áudio.


Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q3069745 Pedagogia
A aula é constituída de um sistema complexo de significados, de relações e intercâmbios que ocorrem num cenário social que define demandas da aprendizagem.

(Veiga, 2008, p. 269.)

A aula é um projeto que busca aproximar a escola da realidade social por meio de um processo de colaboração entre os docentes e os discentes. Para tanto, a realidade é o ponto de partida e de chegada que se desenvolve com base nos seguintes questionamentos: para quê? O quê? Como? Com quê? Como avaliar? Para quem? Quem? Quando? Onde? Essas indagações incluem saberes, culturas, experiências e conhecimentos organizados em uma estruturação didática composta por objetivos, conteúdos, metodologias, recursos e avaliações. Considerando os elementos estruturantes na construção do plano de aula, Analise as afirmativas a seguir.

I. “______________ são os meios utilizados pelo docente para criar condições que favoreçam as aprendizagens dos discentes, contribuindo para o alcance dos fins da educação.”

II. “______________ compreende dispositivos que visam favorecer a construção de aprendizagens mais significativas, com abertura da cultura curricular às culturas locais.”

III. “_______________ representam o conjunto rico e variado de conhecimentos, que possibilitam ao aluno desenvolver suas capacidades, ao mesmo tempo que esclarece suas relações com os outros e com o meio onde vive.”

IV. “______________ são formulações que advêm das intencionalidades; guia que orienta o processo didático e devem incluir a capacidade humana cognitiva, afetiva, psicomotora de relações interpessoais e de inserção social.”

V. “________________, como orientadora de toda prática que acompanha o trabalho pedagógico, deve estar presente em todos os momentos da sala de aula; ela inicia, acompanha e finaliza o trabalho pedagógico.”


Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.
Alternativas
Q3069744 Pedagogia
Para Behar (2009, p. 2), as concepções e os modelos pedagógicos implicam em “um sistema de premissas teóricas que representam, explicam e orientam a forma como se aborda o currículo e que se concretizam nas práticas pedagógicas e nas interações professor aluno-objeto de conhecimento”. Considere uma sala de aula, onde o professor é o principal agente do processo de ensino-aprendizagem, sendo esse um desdobramento de suas capacidades técnicas e conceituais. O aluno é compreendido como um destinatário passivo dos conteúdos e saberes. Nessa perspectiva, ele é considerado “sem luz”, isto é, aquele que será iluminado pela ação docente. O professor estabelece uma tarefa fundamental: operacionalizar o currículo de forma organizada e sistêmica, a fim de ensinar os conteúdos e valores que serão legados às gerações mais novas. O relacionamento, as tendências e as abordagens pedagógicas entre o professor e o aluno ocorre de forma autoritária, haja vista que somente o docente é o detentor do conhecimento, hierarquizando não apenas as relações sociais, mas a própria lógica de construção do conhecimento. O saber prévio do aluno é desconsiderado nesse processo, pois a condução da aprendizagem está centrada na autoridade do professor. Logo, a avaliação é um mecanismo externo ao aluno, que deve ser capaz de reproduzir os ensinamentos do professor de forma fidedigna, o que implica em uma perspectiva de avaliação classificatória, seletiva e excludente, pois ela também é um instrumento do exercício da autoridade do professor em relação ao aluno. Considerando o exposto, é possível afirmar que se trata da abordagem de ensino na concepção: 
Alternativas
Q3069743 Pedagogia
[...] ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem com sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar. Ai daqueles e daquelas que em lugar de visitar de vez em quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o agora. Ai daqueles que em lugar desta viagem constante ao amanhã, se atrelam a um passado de exploração e de rotina.

(Paulo Freire.)

Sobre a história, o perfil e a atuação do supervisor pedagógico no Brasil, sabe-se que foi cercada de diferentes nuances e, muitas vezes, de polêmicas, acerca dos marcos evolutivos da história desse profissional. Considerando um desses marcos evolutivos quando a ação dos supervisores coincide com o final da década de 1970 e início dos anos 1980, tendo a escola sofrido a influência dos trabalhos de autores nacionais e estrangeiros, que representaram um novo movimento a respeito da escola e de sua função na sociedade. Surgiram indagações a respeito do papel da escola como um todo e da ação de seu especialista, principalmente do supervisor – profissional criticado por alguns professores, que delegavam a ele as ações de “impedimento” e de “fiscalização” do seu trabalho. Dessa forma, o supervisor não consegue enfrentar o conflito, pelo fato de estar acostumado ao pensamento linear e doutrinário, e tentava justificar sua permanência na escola refugiando-se em atividades burocráticas. Sobre a informação dada, trata-se da ação supervisora:
Alternativas
Q3069742 Pedagogia
A presença do supervisor escolar é importante no ambiente escolar devido seu olhar criterioso sobre a realidade de seu ambiente de ensino, com objetivo de realizar mudanças, transformando-se numa via de acesso para o sucesso da educação escolar. Assim, o supervisor escolar é o profissional responsável pela coordenação do trabalho pedagógico, assumindo um papel de liderança envolvido no processo de ensino-aprendizagem, rumo à educação de qualidade para todos.

(Medina, 1995.)

Sobre o exposto e, ainda, considerando o supervisor na contemporaneidade como instrumento de execução das políticas pedagógicas da escola, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3069741 Gestão de Pessoas
Conforme Berg, a palavra conflito vem do latim conflictus, que significa “choque entre duas coisas”, embate de pessoas, ou grupos opostos que lutam entre si, ou seja, é um embate entre duas forças contrárias. Aplicando à realidade, conflito é um estado antagônico de ideias, pessoas ou interesses e não passa, basicamente, da existência de opiniões e de situações divergentes ou incompatíveis. Afirma, ainda, que o conflito nos tempos atuais é inevitável e sempre evidente. Entretanto, compreendê-lo e saber lidar com ele é fundamental para o seu sucesso pessoal e profissional. (Berg, 2012, p.18). Sobre o exposto, os conflitos podem NÃO ser benéficos quando:  
Alternativas
Q3069740 Pedagogia
A ideia de planejamento está associada ao que se deseja realizar, transformar ou manter, pois as “concepções sobre planejamento tanto podem estar ligadas às ideias de transformação como às de manutenção de realidades ou situações existentes”
(Turra et al, 1995, p. 273.)

O planejamento de ensino é um processo contínuo de reflexão, previsão e decisão acerca da organização do trabalho pedagógico, com a finalidade de orientar a prática docente e aproximar o discente, dialeticamente, do que é concreto, ou seja, da realidade, buscando transformá-lo. Sobre o planejamento de ensino em uma perspectiva crítica e transformadora, analise as afirmativas a seguir.

I. Trata-se de uma forma do professor ter seu trabalho valorizado e compartilhado, contribuindo para a sua profissionalização docente.

II. É um meio para o professor visualizar o percurso do trabalho desenvolvido, identificar as fragilidades e replanejar as ações, bem como os avanços e a continuidade do concebido.

III. Refere-se à organização no âmbito escolar com base na realidade e especificidades de cada escola, devendo-se considerar as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação (CEE).

IV. Apresenta transparência ao trabalho docente e discente, favorecendo o acompanhamento e a avaliação desse trabalho pelos profissionais da escola, pelos estudantes e pela comunidade.


Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q3069739 Pedagogia
Para Candau (2012, p. 14), “o objeto de estudo da didática é o processo de ensino aprendizagem. Toda proposta didática está impregnada, implícita ou explicitamente, de uma concepção de ensino-aprendizagem”. A multidimensionalidade da didática, ocorre porque para pensarmos em um processo efetivo é necessária a articulação dos três elementos: o humano, o técnico, e o político-social. Imagine o Supervisor Pedagógico de determinada escola. Em seu cotidiano, observa que um professor mais antigo tem tido problemas de relacionamento com os alunos, pois sua única estratégia de ensino são aulas expositivas dentro de um modelo tradicional. Esse problema de relacionamento está prejudicando a construção do conhecimento e os alunos, em sua maioria, estão apresentando baixo rendimento. Os pais procuraram a escola e reclamaram que os filhos se sentem desmotivados e que as atividades propostas são cansativas e repetitivas, bem como não estimulam a reflexão e a criatividade, dificultando a aprendizagem. Em conversa com o professor para exposição do ocorrido, também são apresentadas discussões sobre aprendizagem, estratégias de ensino e novas metodologias; entretanto, observa-se que ele se mostra resistente e permanece alheio às reflexões e atividades propostas. O professor sinaliza que os alunos estão com baixo rendimento e que sabe os motivos: são dispersos, apáticos, não gostam de estudar e não realizam as atividades propostas de fixação do conteúdo. E, ainda, afirma que realiza um trabalho comprometido, pois segue o planejamento, não atrasa o conteúdo planejado, entrega todas as avaliações e atividades solicitadas com pontualidade, é assíduo e, por fim, indica que já está na escola há muitos anos, é um profissional sério e disciplinado e entende que os alunos devem se esforçar mais, pois isso significa que ele exige o melhor de cada um deles. Sobre a situação hipotética descrita, pode-se afirmar que o professor, no processo efetivo do ensino-aprendizagem, considera necessária(s) a(s) dimensão(ões): 
Alternativas
Q3069738 Pedagogia
Segundo Malcolm Knowles, andragogia é a arte e a ciência destinada a auxiliar os adultos a aprenderem e compreenderem o seu processo de aprendizagem dos adultos. O caráter voluntário da educação de adultos é um pressuposto fundamental da andragogia. (Holmes; Abington-Cooper, 2000). O exposto, é possível afirmar que a andragogia é baseada nos seguintes princípios, EXCETO:
Alternativas
Q3069712 Pedagogia
O conceito de transposição didática é uma tendência na prática do ensino da matemática cujo objeto de estudo é a compatibilização de conceitos e teorias muitas vezes complexas com a especificidade dos saberes escolares. Sendo assim, pode-se definir a transposição didática como:
Alternativas
Q3069711 Pedagogia
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a área da matemática está pautada por princípios decorrentes de estudos, pesquisas, práticas e debates desenvolvidos nos últimos anos. Dentre esses princípios, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3069708 Raciocínio Lógico
José empilhou algumas latas formando uma pilha triangular, conforme a imagem a seguir:


Imagem associada para resolução da questão


Sabendo que a camada superior tem apenas uma lata e que cada camada abaixo tem sempre uma lata a mais do que a camada imediatamente acima dela, quantas camadas são necessárias para empilhar 325 latas seguindo esse padrão lógico?
Alternativas
Q3069707 Matemática
Uma pessoa utilizou a mesma medida x para servir de base para a construção de 4 figuras; observe.
Figura 1 – quadrado de lado x. Figura 2 – triângulo equilátero de lado x. Figura 3 – círculo de diâmetro x. Figura 4 – losango de diagonais iguais a x.

Imagem associada para resolução da questão

Dentre as figuras relacionadas, aquela que tem maior valor de área é a:
Alternativas
Q3069703 Matemática

Gustavo irá dedetizar um cômodo retangular de sua residência com as seguintes medidas:



Imagem associada para resolução da questão


Para fazer esse serviço, fez cotação de preços em duas empresas. A empresa A cobra R$ 1,20 por metro quadrado dedetizado e a empresa B cobra R$ 4,00 para cada metro de perímetro do cômodo a ser dedetizado. Ao final da consulta, Gustavo constatou que o preço cobrado pelas duas empresas foi o mesmo. Dessa forma, é correto concluir que o cômodo possui quantos metros quadrados?

Alternativas
Q3069696 Pedagogia
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Na escola Viva Educação, os professores de língua portuguesa estão reavaliando os seus métodos de avaliação para alinhar-se melhor aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Eles observam que os alunos têm dificuldades em aplicar habilidades de leitura e produção textual em contextos diversos. Para melhorar a eficácia das avaliações, os professores decidem implementar novos métodos que considerem não apenas a gramática normativa, mas também a capacidade dos alunos de utilizar a linguagem de forma funcional e crítica em situações reais de comunicação. Com base no caso hipotético apresentado, trata-se de ação que os professores podem adotar para alinhar suas avaliações às diretrizes dos PCNs:
Alternativas
Q3069695 Pedagogia
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Em uma turma do 9º ano, os alunos estão com dificuldades em aplicar corretamente as regras de concordância verbal e nominal. O professor de língua portuguesa decide implementar atividades que envolvem análise de textos, exercícios de reescrita e criação de frases que exigem atenção à concordância. De acordo com essa situação hipotética e com base nos PCNs, trata-se de competência que o professor está priorizando ao planejar as atividades: 
Alternativas
Q3069694 Português
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Considerando o texto, analise as afirmativas a seguir.

I. O uso das aspas em “externo” (2º§) à própria disciplina indica que a palavra é utilizada em sentido figurado ou com uma conotação especial.

II. No trecho “[...] desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, [...]” (3º§), a palavra “desencadeiam” poderia ser substituída por “iniciam” sem prejuízo ao sentido original.

III. Em “[...] para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.” (3º§), a expressão “em suas condições de uso” refere-se às práticas de leitura e produção e de análise linguística.

IV. A expressão “[...] uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60” (2º§) utiliza o pronome relativo “que” para introduzir uma oração explicativa, especificando o tipo de clientela mencionado.

Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q3069693 Pedagogia
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Na escola estadual Nova Geração, os professores de língua portuguesa estão revisando o currículo à luz dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). O objetivo é tornar o ensino mais relevante e adaptado às necessidades sociais contemporâneas. Os professores se deparam com questões sobre como ensinar a disciplina de forma que responda às demandas da sociedade atual, levando em consideração tanto fatores sociais quanto avanços nas ciências da linguagem. Considerando o caso hipotético apresentado, refere-se a uma ação que os professores podem implementar para alinhar seu ensino às diretrizes dos PCNs:
Alternativas
Q3069667 Inglês
Conclusions and Recommendations


    Given the panorama of English instruction in Brazil, particularly in the states of Minas Gerais and Mato Grosso, and considering the results of the surveys conducted with universities and teachers in both states, some conclusions and recommendations could be drawn.

    Nationally, English instruction has been gaining importance and visibility through curriculum reform and the new model of upper secondary school. It is an enormously significant achievement that, for the first time, English has become mandatory in all public and private schools from 6th grade onward. The BNCC offers clarity on the competencies and abilities that students should develop at each education level. However, if, on the one hand, making English compulsory was an important step, on the other hand, the implementation of this policy is still incomplete. The main issue is the limited amount of instructional time in English in the national curriculum guidelines. As the cases of Mato Grosso and Minas Gerais illustrate, the result is that students have insufficient exposure to the language, with only two classes per week in secondary schools and one class per week in upper secondary. Under these conditions, it is unlikely that learners will develop full proficiency in the language, and teachers will have the instructional time to focus on all the necessary competencies and abilities required by the BNCC.

    Another important consideration is the link between initial training for English teachers and how it interacts with the routines and challenges of the classroom. There is room for improvement when considering the mismatch between the programs of study at universities and the pedagogical practice required of English teachers and strengthened ties and communication between State Education Departments and the teacher training programs at universities.

    Universities face additional challenges, such as the low English proficiency of students in the initial training courses. Initial training institutions face difficulties in thoroughly preparing future teachers regarding language proficiency and the pedagogical elements related to being an effective teacher. In this sense, the situation can create a vicious cycle; students leave schools with a low proficiency level in English, and those who decide to take the initial training courses to become English teachers and enter universities cannot fully develop proficiency as pedagogical competencies. Therefore, they enter schools not fully prepared to be teachers and face all the challenges of a classroom.

    Another critical challenge is class size and the heterogeneity of students’ ability levels, which could limit teachers’ ability to implement some pedagogical practices, such as working with practicing speaking. This is not only a challenge faced by English teachers, but all teachers and that policymakers need to keep in mind. In addition, teachers commonly work in more than one school at a time and sometimes teach other subjects to meet the required hours of instructional time stipulated in their contracts.

   The surveys with teachers demonstrated that many have never participated in a professional development session specifically designed for English teachers. For those who have, not all considered the helpful training to improve their knowledge and practice. This points to the fact that more attention needs to be paid to the continuous training courses offered to English teachers. These training courses should be frequent and address specific challenges, taking into account the pedagogical issues and areas that English teachers identify as most critical.

    Briefly, it is important to highlight the windows of opportunity that have been opened in Brazil with the BNCC and the new upper secondary model. Through their education ministries, state governments have made significant efforts to adapt their regional curricula to the competencies and abilities listed on the BNCC and implement the first pilots and designed pathways for upper secondary schools. It remains a question of how the rest of those two processes will be implemented, but there are positive signs that English may gain more importance at a national level. At least in Minas Gerais and Mato Grosso, there is already a movement to increase the importance of the discipline.

    While Minas Gerais has developed a few specific training courses for English teachers focused on improving their pedagogical knowledge through the program “Pathways for Educators” and intends to create a training pathway for upper secondary students focused in English, Mato Grosso has implemented English in all primary schools in the state and launched the program “More English,” with resources to help teachers and students. Those efforts are aligned with the national reforms and illustrate the political willingness of states to promote more actions to improve teachers’ and students’ proficiency in English.

    In these states and, to some extent, at the national level, the foundations have been set to put English instruction in the spotlight as a crucial discipline to the integral development of students. However, much work and resources are still needed to realize this goal. Therefore, the following recommendations are intended to advise decision-makers at universities and State Education Departments.


(Source: https://www.thedialogue.org/wp-content/. Access: October 2024.)
In 5º§, what is the possessive adjective “their” referring to?
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80: A