Questões de Concurso
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Enquanto a democracia liberal reconhece a existência de dois mercados, a democracia neoliberal reconhece apenas um. Para a democracia liberal, há dois mercados de valores: o mercado político e o mercado econômico. Já a democracia neoliberal dá total primazia ao mercado econômico e, por isso, o mercado dos valores políticos tem de funcionar como se fosse um mercado de ativos econômicos. (SANTOS, Boaventura de S. A difícil democracia. São Paulo: Boitempo, 2016,22 - Adaptado).
A partir do fragmento, pode-se afirmar que, no atual estágio da globalização, existe:
“A invenção da perspectiva em pintura, obra dos esforços conjuntos de Alberti e Bruneslleschi no século XV, foi um passo decisivo e um autêntico ponto crucial no longo caminho para a concepção moderna de espaço e os métodos modernos para implementá-la. A ideia de perspectiva está a meio caminho entre a visão de espaço firmemente assentada em realidades coletivas e individuais e seu posterior desenraizamento moderno. Tinha como garantido o papel decisivo da percepção humana na organização do espaço: o olho do observador era o ponto de partida de toda perspectiva; ele determinava o tamanho das distâncias mútuas de todos os objetos que entravam nesse campo e era o único ponto de referência para a localização dos objetos e do espaço”. (BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999, p.38).
Apesar de não ser geógrafo, Bauman utiliza, nesse fragmento, um dos mais importantes conceitos da geografia, que é o de:
I. Projeto Político-Pedagógico da escola, elaborado por profissionais da educação. II. Conselhos escolares que incluam membros da comunidade escolar e local. III. Diretrizes, objetivos e metas a serem implementadas nas diversas etapas e modalidades da educação básica e superior.
Está correto apenas o que se indica em:
1. estabeleçam mecanismos participatórios e centralizados para planejamento, revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e adultos com necessidades educacionais especiais. 2. atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus sistemas educacionais no sentido de se tornarem aptos a incluírem todas as crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais. 3. desenvolvam projetos de demonstração e encorajem intercâmbios em países que possuam experiências de escolarização inclusiva. 4. garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de treinamento de professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam a provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.
Estão corretos apenas os itens:
Texto para responder à questão.
Eu vos abraço milhões
De uma coisa posso me orgulhar, caro neto: poucos chegam, como eu, a uma idade tão avançada, àquela idade que as pessoas costumam chamar de provecta. Mais: poucos mantêm tamanha lucidez. Não estou falando só em raciocinar, em pensar; estou falando em lembrar. Coisa importante, lembrar. Aquela coisa de “recordar é viver” não passa, naturalmente, de um lugar-comum que jovens como você considerariam até algo meio burro: se a gente se dedica a recordar, quanto tempo sobra para a vida propriamente dita? A vida, que, para vocês, transcorre principalmente no mundo exterior, no relacionamento com os outros? Esse cálculo precisa levar em conta a expectativa de vida, precisa quantificar (como?) prazeres e emoções. É difícil de fazer, exige uma contabilidade especial que não está ao alcance nem mesmo das pessoas vividas e supostamente sábias. Que eu saiba, não há nenhum programa de computador que possa ajudar — e, mesmo que houvesse, eu não saberia usá-lo, sou avesso a essas coisas. Vejo-me diante de uma espinhosa tarefa: combinar muito bem a vivência interior, representada sobretudo pela recordação e pela re fle xã o , com a vivê n cia e xte rio r, inevitavelmente limitada pela solidão, pela incapacidade física, pelo fato de que tenho mais amigos entre os mortos do que entre os vivos. E, de novo, qual a fórmula adequada para essa combinação?
[...]
Não sei. Só sei que recordar é bom, e é das poucas possibilidades que me restam, de modo que recordo. É uma espécie de exercício emocional, é um estímulo para os meus cansados neurônios, mas é sobretudo um prazer. Um prazer melancólico, decerto, mas um prazer, sim, resultante da facilidade com que evoco pessoas, acontecimentos, lugares, uma facilidade que às vezes surpreende a mim próprio. Para alguns, mesmo não muito velhos, o rio da memória é um curso de água barrenta que flui, lento e ominoso, trazendo destroços, detritos, cadáveres, restos disso ou daquilo; para mim, não: é uma vigorosa corrente de água límpida e fresca.
SCLIAR, Moacyr. Eu vos abraço milhões. São Paulo: Companhia
das Letras, 2010, p. 7-8.