Questões de Concurso
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TEXTO 01
Pudor
Certas palavras nos dão a impressão de que voam, ao saírem da boca. "Sílfide", por exemplo. É dizer "Sílfide" e ficar vendo suas evoluções no ar, como as de uma borboleta. Não tem nada a ver com o que a palavra significa. "Sílfide", eu sei, é o feminino de "silfo", o espírito do ar, e quer mesmo dizer uma coisa diáfana, leve, borboleteante. Mas experimente dizer "silfo". Não voou, certo? Ao contrário da sua mulher, "silfo" não voa. Tem o alcance máximo de uma cuspida. "Silfo", zupt, plof. A própria palavra "borboleta" não voa, ou voa mal. Bate as asas, tenta se manter aérea, mas choca-se contra a parede. Sempre achei que a palavra mais bonita da língua portuguesa é "sobrancelha”. Esta não voa, mas paira no ar, como a neblina das manhãs até ser desmanchada pelo sol. Já a terrível palavra "seborreia" escorre pelos cantos da boca e pinga no tapete.
"Trilhão" era uma palavra pouco usada, antigamente. Uma pessoa podia nascer e morrer sem jamais ouvir a palavra "trilhão", ou só ouvi-la em vagas especulações sobre as estrelas do Universo. O "trilhão" ficava um pouco antes do infinito. Dizia-se "trilhão" em vez de dizer "incalculável" ou "sei lá". Certa vez (autobiografia) tive de responder a uma questão de Geografia no colégio. Naquele tempo a pior coisa do mundo era ser chamado a responder qualquer coisa no colégio. De pé, na frente dos outros e - o pior de tudo - em voz alta. Depois descobri que existem coisas piores, como a miséria, a morte e a comida inglesa. Mas naquela época o pior era aquilo. "Senhor Veríssimo!" Era eu. Era irremediavelmente eu. "Responda, qual é a população da China?" Eu não sabia. Estava de pé, na frente dos outros, e tinha que dizer em voz alta o que não sabia. Qual era a população da China? Com alguma presença de espírito eu poderia dizer: "A senhora quer dizer neste exato momento?", dando a entender que, como o que mais acontece na China é nascer gente, uma resposta exata seria impossível. Mas meu espírito não estava ali. Meu espírito ainda estava em casa, dormindo. "Então, senhor Veríssimo, qual é a população da China?" E eu respondi:
- Numerosa.
Ganhei zero, claro. Mas "trilhão", entende, era sinônimo de "numeroso". Não era um número, era uma generalização. Você dizia "trilhão" e a palavra subia como um balão desamarrado, não dava tempo nem para ver a sua cor. E hoje não passa dia em que não se ouve falar em trilhões. O "trilhão" vai, aos poucos, se tornando nosso íntimo. É o mais novo personagem da nossa aflição. Quantos zeros tem um trilhão? Doze, acertei? Se os zeros fossem pneus, o trilhão seria uma jamanta daquelas de carregar gerador para usina atômica parada. Felizmente vem aí uma reforma e outra moeda, com menos zeros e mais respeito. Senão chegaríamos à desmoralização completa.
- E o troco do meu tri? - Serve uma bala?
Desconfio que o que apressará a reforma é a iminência do quatrilhão. "Quatrilhão" é pior que "seborréia". Depois de dizer "quatrilhão", você tem que pular para trás, senão ele esmaga os seus pés. E "quatrilhão" não é como, por exemplo, "otorrino", que cai no chão e corre para um canto.
"Quatrilhão" cai, pesadamente, no chão e fica. Você tenta juntar a palavra do chão e ela quebra. Tenta remontá-la – fica "trãoliqua" e sobra o agá. A mente humana, ou pelo menos a mente brasileira, não está preparada para o "quatrilhão". As futuras gerações precisam ser protegidas do "quatrilhão". As reformas monetárias, quando vêm, são sempre para acomodar as máquinas calculadoras e o nosso senso do ridículo, já que caem os zeros, mas nada, realmente, muda. A próxima reforma seria a primeira motivada, também, por um pudor linguístico. No momento em que o "quatrilhão" se instalasse no nosso vocabulário cotidiano, mesmo que fosse só para descrever a dívida interna, alguma coisa se romperia na alma brasileira. Seria o caos.
E "caos", você sabe. É uma palavra chicle-balão. Pode explodir na nossa cara.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler
na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, 97-99).
Assinale a alternativa em que a concordância verbal está adequada, conforme as regras da língua portuguesa:
De acordo com o enunciado acima, as competências mais específicas para trabalhar a formação contínua no trato sobre a progressão das aprendizagens, avalie as afirmações a seguir.
I. Conceber e administrar situações - problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos. II. Trabalhar a partir das representações dos alunos. III. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino. IV. Administrar os recursos da escola. V. Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa.
É correto o afirmado em:
ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Brasília, DF: Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, 2019. Disponível em: https://www.gov.br>pt-br>crianca-e-adolescente.
Nessa direção, o ECA no Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer - Artigo 53 dispõe sobre os direitos da criança e do adolescente à educação visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Acerca desses direitos, avalie as afirmações a seguir.
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. II. Opinar sobre os dispositivos legais na (re)elaboração do regimento interno da escola. III. Direito de ser respeitado por seus educadores. IV. Participar na elaboração da proposta curricular do município. V. Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
É correto apenas o que se afirma em:
LDB: lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. - 4. ed. - Brasília, DF: Senado Federal, Coordenações de Edições Técnicas, 2020.
Considerando as competências específicas atribuídas ao Município, avalie as afirmações a seguir.
I. Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação. II. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados. III. Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino. IV. Oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino. V. Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas.
É correto o que se afirma em:
Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? / Maria Teresa Eglér Mantoan. — São Paulo: Moderna, 2003. — (Coleção cotidiano escolar)
Considerando o texto e os pressupostos de Mantoan quanto às tarefas fundamentais que a escola deve assumir na perspectiva da educação inclusiva, avalie as afirmações a seguir.
I. Recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos. II. Reorganizar pedagogicamente as escolas, abrindo espaços para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas, por professores, administradores, funcionários e alunos, porque são habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania. III. A inclusão é uma provocação, cuja intenção é melhorar a qualidade do ensino das escolas, atingindo todos os alunos a partir do processo da individualização de habilidades. IV. Garantir aos alunos tempo e liberdade para aprender, bem como um ensino que não segrega e que reprova a repetência. V. Formar, aprimorar continuamente e valorizar o professor, para que tenha condições e estímulo para ensinar a todos, sem exclusões e exceções.
É correto o que se afirma em:
REZENDE, Lúcia Maria Gonçalves de; VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Orgs.). Escola: espaço o projeto político-pedagógico. 8.ed. Campinas: Papirus, 2005. 200 p.
Nessa perspectiva, acerca dos enfoques apresentados acima sobre Projeto Político Pedagógico, avalie as afirmações a seguir.
I. O projeto político pedagógico, ao dar uma nova identidade à escola, deve contemplar a qualidade do ensino que se busca e implica em duas dimensões indissociáveis: a formal ou técnica e a política. II. Um projeto pedagógico de qualidade deve ser um processo participativo de decisões. III. A (re) elaboração do PPP da escola é atribuição exclusiva do gestor escolar, de forma a assegurar a dimensão administrativa. IV. Os movimentos do processo de construção do projeto pedagógico estão marcados por três movimentos distintos, porém interdependentes: ato situacional, ato conceitual e ato operativo. V. O projeto pedagógico é um exercício de autonomia da escola na busca pela qualidade com equidade e fortalecimento da escola através de práticas antiautoritárias baseada em quatro dimensões: administrativa, jurídica, financeira e pedagógica.
É correto apenas o afirmado em:
Sousa, G. R. de, Borges, E. M., & Colpas, R. D. (2020). Em defesa das tecnologias de informação e comunicação na educação básica: diálogos em tempos de pandemia. Plurais Revista Multidisciplinar, 5(1), 146-169. https://doi.org/10.29378/plurais.2447- 9373.2020.v5.n1.146-169
Considerando a situação apresentada e o método de ensino à luz dos Episódio de Aprendizagem Situados (EAS), como contribuição necessária de renovação educativa, tecnológica e crítica, avalie as afirmações a seguir.
I. O conceito de Episódio de Aprendizagem Situados (EAS) se origina no interior da reflexão do Mobile Learning/Aprendizagem móvel e nas atividades de microlearning/microatividades, impulsionadas pela cultura digital e suas fragmentações e recombinações de formatos textuais e transmidiáticos. II. Com a gênese no conceito de mobile learning e raízes na neurociência, no enativismo e na teoria da simplexidade, a proposta de ensinar por EAS parte dos fundamentos das neurociências para atualizar os saberes sobre como aprendemos. III. A aprendizagem nos fundamentos da EAS remete a três modalidades fundamentais que têm como pano de fundo as emoções: experiência/ensaio e erro, repetição/e exercício e imitação. IV. Os EAS inspiram-se nas concepções de Freinet, cuja principal ideia está na ligação a posteriori e no trabalho cooperativo entre os pares. V. Na metodologia EAS, os elementos estruturantes estão organicamente articulados, cujo ritmo o ternário da didática resultante da combinação: “encontre, elabore e compartilhe”, “compreenda, aja e reflita”, e “pesquise, compartilhe e apresente".
É correto o afirmado em:
Disponível em: http://www.construirnoticias.com.br/avaliacao-formativa-reguladora-intencionalidadecaracteristicas-e-principios%C2%B9/. Acesso em: 28/03/2021.
Nessa linha de pensamento, a avaliação da aprendizagem, ancorada numa perspectiva formativa reguladora, apresenta as seguintes intencionalidades, características e princípios:
I. O Mecanismo integrativo e orientador do trabalho docente e das aprendizagens. II. O gerar constantemente de informações para tomadas de decisões que intencionem o aperfeiçoamento do trabalho pedagógico e conscientizem os alunos de suas produções. III. Vai além da tradição de uma prática avaliativa punitiva e excludente que tanto está presente nas salas de aula e que tanto se faz imperativo superar. IV. Reforça a natureza tradicional da classificação dos alunos de forma sistemática na condução da reprovação. V. Favorece um pensar reflexivo e fundamentado não somente sobre o que se aprende, mas, principalmente, sobre como se está aprendendo.
Está correto o que é afirmado em:
Moura. D. P. Pedagogia de Projetos: Contribuições para Uma Educação Transformadora. Só Pedagogia.Virtuous Tecnologia da Informação,2008- 2021.Disponível em http://www.pedagogia.com.br/artigos/pedagogiadepr ojeros/index.php?pagina=2. Acesso em 26/03/2021
Considerando os projetos de trabalho como um dos "caminhos mais promissores para a organização do conhecimento escolar, a partir de problemas que emergem das reais necessidades dos alunos"; a metodologia do trabalho docente por projetos pode ser dividida em 4 etapas.
A alternativa que contém a sequência correta é:
I.P.A.VEIGA & J. C. S. ARAÚJO Revista de Educação PUC-Campinas, Campinas, n. 22, p. 41- 55, junho 2007
Nesse sentido, sob o ponto de vista ético, Tardif coloca em evidência algumas condições, tensões e dilemas que fazem parte do trabalho docente entre eles:
I. O trabalho com grupos de alunos, uma vez que levanta um problema ético particular, o da equidade do tratamento. II. O comportamento simbólico do ensino, já que, quando se ensina, ensina-se sempre numa língua, em função de discursos, de conhecimentos, de habilidades que os alunos devem dominar. III. As abordagens pedagógicas e as pseudoconcepções sobre o ensino. IV. A escolha dos meios utilizados pelo professor para controlar o ensino. V. A luta pela primazia da dimensão ética como construção neutra na profissionalização docente.
Está correto o que é afirmado em:
SANTOS, Emina Márcia Nery dos; LIMA, Francisco Willams Campos; VALE, Cassio. Decálogo da escola como espaço de proteção social: consolidando a função social da escola como espaço democratizante. Eccos - Revista Cientifica, São Paulo, n. 54, p. 1-18, e8338, jul./set. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.5585/eccos.n54.8338
O trecho acima é parte do artigo que, ao referenciar sobre o tema, classifica algumas condições estruturantes que podem potencializar a escola como espaço de proteção social. Pelo exposto, a função social da escola está pautada na:
I. Universalidade e obrigatoriedade. II. Inclusão. III. Linearidade e hierarquização curricular. IV. Meritocracia. V. Democratização.
Está correto apenas o que é afirmado em:
PERRENOUD, P. Construir competências desde a escola. Tradução. Bruno Charles Magne. Porto Alegre: Artmed, 1999a.
Nesse contexto, a partir do fragmento acima, avalie as afirmações que descrevem com precisão a noção de competências como tendência na produção dos currículos na perspectiva da pedagogia das competências a seguir:
I. A pedagogia das competências foca sua atenção na imprescindível condição de transmissão dos conhecimentos historicamente construídos e transmitidos de geração a geração. II. Na perspectiva da pedagogia das competências, o currículo é concebido como um agrupamento de assuntos para serem memorizados e uma sequência de exercícios a serem praticados até serem dominados pelos alunos. III. Competência é a capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles. IV. Uma abordagem por competências determina o lugar dos conhecimentos - eruditos ou não - na ação: eles constituem recursos, frequentemente determinantes, para identificar e resolver problemas, para preparar e para tomar decisões. V. Na pedagogia das competências, o papel da escola é ensinar conteúdos que o meio produtivo elegeu como importantes.
Está correto o que é afirmado em:
O número total de alunos nessas turmas é igual a:
TEXTO 03
O incômodo com o meio literário
Adhailton Lacet Porto - Magistrado
Publicado em: 05/04/2021 03:00 Atualizado em: 04/04/2021 20:39
(I) Quando comecei a ler com regularidade, ainda na adolescência, fiz algumas leituras desordenadas, sem orientação, para as quais ainda não estava preparado, lendo de Thomas Mann a Hermann Hesse, sem entender patavina, mesmo assim segui em frente. Achava escritores pessoas encantadas, livres de defeitos, imunes a picuinhas. Via o chamado “meio literário”, como verdadeiro paraíso da cultura e das amizades recíprocas e ajuda mútua.
(II) Estava enganado. Foram os próprios escritores que emitiram suas opiniões sobre o tal “meio literário”. Alguns famosos, com textos traduzidos para vários idiomas, outros nem tanto. O jornal literário “Rascunho” formulou a seguinte indagação: “O que mais te incomoda no meio literário?” Eis as respostas:
(III) Raphael Montes: “O esnobismo, as picuinhas e a hierarquia entre a dita ‘alta literatura’ e a literatura popular, de gênero”. Já Tabajara Ruas foi enfático: “Não frequento”.
(IV) A pernambucana ganhadora do Jabuti 2020, poeta Cida Pedrosa foi objetiva e genial: O “ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de Baudelaire”.
(V) Edney Silvestre: “A falta de reconhecimento e apoio a outros escritores brasileiros, à maneira que autores e músicos baianos fazem entre si, tal como os mineiros e gaúchos, dando sempre prioridade, inclusive em seus festivais, a autores de seus estados. Pergunte a um mineiro, um gaúcho ou um baiano qual o melhor escritor do país e verá: o citado será um conterrâneo”.
(VI) A poeta mineira Mônica de Aquino: “A necessidade atual, aumentada pelas redes sociais, de o próprio escritor fazer propaganda de si, de ser uma espécie de promoter e relações públicas, tendo que responder também a todos os acontecimentos públicos e políticos, em um engajamento obrigatório que, no entanto, muitas vezes não cria ou muda nada — já que falamos, nas redes, majoritariamente para quem já tem o pensamento próximo ao nosso”. Já o escritor vencedor do Jabuti 2020, categoria infantil, Otávio Júnior respondeu “A arrogância dos autores que não entendem o seu papel social no país, um país de não leitores”.
(VII) O escritor paulistano Tiago Ferro entende que no meio literário o incomoda a falta de um debate crítico. Por sua vez o carioca Maurício Lyrio, que também é diplomata assegura que “Convivo com o meio literário mais como diplomata do que como escritor. Como embaixador no México, me cabe promover a literatura brasileira, e tenho o prazer de juntar trabalho e arte apoiando a publicação de obras clássicas nossas, a participação de autores em eventos como a Feira de Guadalajara ou em leituras no Centro Cultural Brasil-México. Por ter outra profissão e não depender materialmente da literatura e de suas atividades (prêmios, bolsas, vendas), meu olhar talvez seja um pouco benigno em relação ao meio. Mas a verdade é que tenho mais prazer em conviver com o meio literário do que com muitos outros”.
(VIII) A curitibana radicada em São Paulo Sabina Anzuategui, que também ministra aula em oficina literária, disse que “Cresci apaixonada por livros, achando que escritores e editores eram pessoas especiais. Foi meio chocante descobrir que são pessoas como as outras. Por exemplo, amores literários não são recíprocos. Você pode adorar o livro de alguém, mas isso não significa que ele/a se interessará pelo seu”.
(IX) O carioca Paulo Lins que ficou bastante conhecido com o seu livro Cidade de Deus, também adaptado para o cinema e televisão, é outro que tem suas queixas: “São esses humanos que se acham melhores do que os outros. Acho ridículo gente que se acha importante porque é famosa. Também tenho bronca daqueles que se acham injustiçados”.
(X) Por esse pequeno mosaico podemos ver que a maioria dos profissionais da escrita carrega consigo um pouco de mágoa desse efervescente ambiente que é o literário. Tenho para mim que em outras profissões as queixas sobre o “meio” não diferem muito da dos literatos. Porque, como já disse o filósofo, sobre humanos, demasiadamente humanos.
(Acesso em 6 de abril de 2021 – com Adaptações).
https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/o
piniao/2021/04/o-incomodo- com-o-meio-literario.html
I. “Por esse pequeno mosaico podemos ver que a maioria dos profissionais da escrita carrega consigo um pouco de mágoa desse efervescente ambiente que é o literário. (décimo parágrafo)” - Há a possibilidade de acrescentar-se uma vírgula após “mosaico”, isolando assim um adjunto adverbial deslocado. II. “Por sua vez o carioca Maurício Lyrio, que também é diplomata assegura que [...]” (sétimo parágrafo)” – Nesse trecho, verificam as seguintes incorreções gramaticais: a ausência de sinal de vírgula, marcando o deslocamento do adjunto adverbial (“Por sua vez”); a ausência da vírgula após “diplomata”, gerando uma incorreção gramatical, uma vez que deixaria de marcar o oração adjetiva intercalada. III. O jornal literário “Rascunho” formulou a seguinte indagação: “O que mais te incomoda no meio literário?” (segundo parágrafo). - As aspas foram usadas em “Rascunho” e em “O que mais te incomoda no meio literários”, tendo por base a mesma regra, ou seja, pelo mesmo motivo.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
TEXTO 02
Portugal bate EUA e se torna favorito dos brasileiros que querem trabalhar no exterior
Segundo levantamento da consultoria BCG, Canadá e Angola também desbancaram país norte-americano.
6.abr.2021 às 11h35 - Bárbara Blum - SÃO PAULO
Portugal, Canadá e Angola são os três destinos preferidos dos brasileiros para trabalhar fora, de acordo com o levantamento global da consultoria BCG (Boston Consulting Group).
O ranking, feito desde 2014, sempre contava com liderança dos Estados Unidos – desbancado pelo Canadá a nível global pela primeira vez em 2020.
Os dados são da terceira edição do "Decoding Global Talent 2020", que teve participação de 209 mil pessoas de 190 países. As edições anteriores se referem aos anos de 2014 e 2018.
Em ambas, o Canadá ficou em terceiro lugar, atrás de EUA, em primeiro, e Alemanha e Reino Unido, segundos colocados em 2018 e 2014, respectivamente.
https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2
021/04/portugal-bate-eua-e-se-torna-favorito-dos-brasileiros-que-querem-trabalhar-no-exterior.shtml
(acesso em 11 /04/ 2021)
I. Em “Portugal, Canadá e Angola são os três destinos preferidos dos brasileiros [...]”, usa-se a vírgula para separar termos de mesma função sintática; no caso em questão, a função de aposto. II. Em “O ranking, feito desde 2014, sempre contava com liderança dos Estados Unidos [...]”, usam-se as vírgulas para separar uma oração reduzida. III. Em “Os dados são da terceira edição do "Decoding Global Talent 2020", que teve participação de 209 mil pessoas de 190 países.”, usa-se a vírgula para separar uma oração adjetiva explicativa.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
Observe a tirinha a seguir e julgue os itens:
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#10/2/2021 . Acesso em: 20/04/2021
I. A preposição “de” (em “falando de política”) tem o valor semântico nocional (em específico, de assunto).
II. No último quadrinho, em relação às regras ortográficas atuais com o Novo Acordo Ortográfico, há um desvio.
III. O termo “uma coisa estranha” – objeto direto na oração em que figura – desempenha papel catafórico em relação ao termo “enjôo”, que aparece no segundo quadrinho.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):