Questões de Concurso
Comentadas para prefeitura de barretos - sp
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O Presidente da República, Michel Temer, assinou, nesta sexta-feira (29), decreto que fixa o valor do salário mínimo em 2018. A medida será publicada ainda nessa sexta em edição extra do “Diário Oficial da União”. O reajuste valerá a partir de 1° de janeiro e é o menor em 24 anos. Também é menor do que a estimativa que havia sido aprovada pelo Congresso Nacional. Com isso, o governo prevê economizar R$ 3,3 bilhões no ano que vem.
(G1.com.br – 29.12.17 – Acesso em 09.02.18. Adaptado)
O valor do novo salário mínimo é de
Dois ex-prefeitos da região foram presos na manhã desta terça-feira (07.11) durante uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) de Jales (SP). A operação investiga fraudes e desvios de recursos públicos ocorridos durante a administração das duas figuras públicas. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão.
(A Gazeta de Barretos Regional – 07.11.17 – Acesso em 09.02.18. Adaptado)
A PF nomeou a ação de Operação
Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ferramenta do ministério do Trabalho que monitora o comportamento do mercado de trabalho em todo o país, na cidade de Barretos, de janeiro a novembro do ano passado (2017),
(Jornal de Barretos – 04.01.18 – Acesso em 09.02.18. Adaptado)
A cidade de Barretos recebeu, ontem (09.12.17), a visita do príncipe da família real do Brasil, Dom Luiz Phillippe de Orleans e Bragança. Em relação à família real, Dom Phillippe afirmou que não está na linha de sucessão, faz parte da linha legítima, sendo trisneto da Princesa Isabel, tetraneto de Pedro II, pentaneto de Pedro I e hexaneto de Dom João Sexto.
(www.regiaonews.net – 10.12.17 – Acesso em 09.02.18. Adaptado)
O motivo de sua visita a Barretos foi
Vivemos tempos histéricos. Não que isso seja o fim dos tempos. A democracia liberal permite aos cidadãos serem tão hiperbólicos quanto desejarem.
Apesar de o exagero ser permitido, não creio que seja bom conselheiro. Ao contrário, penso que uma análise equilibrada dos fatos é o ponto de partida necessário para decisões sábias.
(Hélio Schwartsman. Tempos de histeria. Folha de S.Paulo. 29.10.2017. Adaptado)
Recentemente, acabei me detendo num debate sobre o conceito de reputação. Antes a reputação era apenas boa ou ruim e, diante do risco de ter uma má reputação, muitos tentavam resgatá-la com o suicídio ou com crimes de honra. Naturalmente, todos desejavam ter uma boa reputação.
Mas há muito tempo o conceito de reputação deu lugar ao de notoriedade.
O que conta é ser “reconhecido” pelos próprios semelhantes, mas não no sentido do reconhecimento como estima ou prêmio, mas naquele mais banal que faz com que alguém possa dizer ao vê-lo na rua: “Olhe, é ele mesmo!”. O valor predominante é aparecer e naturalmente o meio mais seguro é a TV. E não é necessário ser um renomado economista ou um médico agraciado com o prêmio Nobel, basta confessar num programa lacrimogêneo que foi traído pelo cônjuge.
Assim, gradualmente, foi aceita a ideia de que para aparecer de modo constante e evidente era preciso fazer coisas que antigamente só garantiam uma péssima reputação. E não é que as pessoas não almejem uma boa reputação, mas é muito difícil conquistá-la, é preciso protagonizar um ato heroico, ganhar um Nobel, e estas não são coisas ao alcance de qualquer um. Mais fácil atrair interesse, melhor ainda se for mórbido, por ter ido para a cama por dinheiro com uma pessoa famosa ou por ter sido acusado de peculato. Passaram-se décadas desde que alguém teve a vida destruída por ter sido fotografado algemado.
O tema da perda da vergonha está presente em várias reflexões sobre os costumes contemporâneos.
Ora, este frenesi de aparecer (e a notoriedade a qualquer custo, embora o preço seja algo que antigamente seria a marca da vergonha) nasce da perda da vergonha ou perde-se o senso de vergonha porque o valor dominante é aparecer seja como for, ainda que o preço seja cobrir-se de vergonha? Sou mais inclinado para a última hipótese. Ser visto, ser objeto de discurso é um valor tão dominante que as pessoas estão prontas a renunciar àquilo que outrora se chamava pudor (ou sentimento zeloso da própria privacidade).
Também é sinal de falta de vergonha falar aos berros ao celular, obrigando todo mundo a tomar conhecimento das próprias questões particulares, que antigamente eram sussurradas ao ouvido. Não é que a pessoa não perceba que os outros estão ouvindo, é que inconscientemente ela quer que a ouçam, mesmo que suas histórias privadas sejam irrelevantes.
Li que não sei qual movimento eclesiástico quer retornar à confissão pública. Claro, que graça pode ter contar as pró- prias vergonhas apenas para o confessor?
(Umberto Eco. Por que só a Virgem Maria? Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida. Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)
Recentemente, acabei me detendo num debate sobre o conceito de reputação. Antes a reputação era apenas boa ou ruim e, diante do risco de ter uma má reputação, muitos tentavam resgatá-la com o suicídio ou com crimes de honra. Naturalmente, todos desejavam ter uma boa reputação.
Mas há muito tempo o conceito de reputação deu lugar ao de notoriedade.
O que conta é ser “reconhecido” pelos próprios semelhantes, mas não no sentido do reconhecimento como estima ou prêmio, mas naquele mais banal que faz com que alguém possa dizer ao vê-lo na rua: “Olhe, é ele mesmo!”. O valor predominante é aparecer e naturalmente o meio mais seguro é a TV. E não é necessário ser um renomado economista ou um médico agraciado com o prêmio Nobel, basta confessar num programa lacrimogêneo que foi traído pelo cônjuge.
Assim, gradualmente, foi aceita a ideia de que para aparecer de modo constante e evidente era preciso fazer coisas que antigamente só garantiam uma péssima reputação. E não é que as pessoas não almejem uma boa reputação, mas é muito difícil conquistá-la, é preciso protagonizar um ato heroico, ganhar um Nobel, e estas não são coisas ao alcance de qualquer um. Mais fácil atrair interesse, melhor ainda se for mórbido, por ter ido para a cama por dinheiro com uma pessoa famosa ou por ter sido acusado de peculato. Passaram-se décadas desde que alguém teve a vida destruída por ter sido fotografado algemado.
O tema da perda da vergonha está presente em várias reflexões sobre os costumes contemporâneos.
Ora, este frenesi de aparecer (e a notoriedade a qualquer custo, embora o preço seja algo que antigamente seria a marca da vergonha) nasce da perda da vergonha ou perde-se o senso de vergonha porque o valor dominante é aparecer seja como for, ainda que o preço seja cobrir-se de vergonha? Sou mais inclinado para a última hipótese. Ser visto, ser objeto de discurso é um valor tão dominante que as pessoas estão prontas a renunciar àquilo que outrora se chamava pudor (ou sentimento zeloso da própria privacidade).
Também é sinal de falta de vergonha falar aos berros ao celular, obrigando todo mundo a tomar conhecimento das próprias questões particulares, que antigamente eram sussurradas ao ouvido. Não é que a pessoa não perceba que os outros estão ouvindo, é que inconscientemente ela quer que a ouçam, mesmo que suas histórias privadas sejam irrelevantes.
Li que não sei qual movimento eclesiástico quer retornar à confissão pública. Claro, que graça pode ter contar as pró- prias vergonhas apenas para o confessor?
(Umberto Eco. Por que só a Virgem Maria? Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida. Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)
• E não é que as pessoas não almejem uma boa reputação, mas é muito difícil conquistá-la, é preciso protagonizar um ato heroico, ganhar um Nobel, e estas não são coisas ao alcance de qualquer um.
Assinale a alternativa que substitui corretamente as
expressões destacadas nos trechos “… não almejem
uma boa reputação… / … é preciso protagonizar um ato
heroico…”, de acordo com a norma-padrão de emprego
e de colocação de pronomes.