Neus Sanmartí, na obra Avaliar para Aprender (2009),
pergunta: “as provas externas são um instrumento
útil para a melhoria do ensino e de seus resultados?
Então, afirma ele que, “responder a essa pergunta implica um debate completo” e acrescenta que a melhoria
dos resultados de um sistema educacional depende de
muitas variáveis, as quais explicita no texto. Dirce Nei
Teixeira de Freitas(2007) pesquisa a avaliação da educação básica no Brasil, contribuindo para a compreensão
de como emergiu, de 1930 a 1988, a “medida-avaliação”
na regulação dessa educação e de como, no período
1988-2002, é instituída a “medida-avaliação-informação”
como norma de uma nova regulação educacional. Analisando os desdobramentos do Sistema de Avaliação da
Educação Básica – SAEB, com o surgimento de sistemas também nos estados e municípios, apoiados tecnicamente pelo Inep, Freitas cita Locatelli que, à frente da
Diretoria de Avaliação desse Instituto Nacional, em 2000,
considerava o que deveria ser feito “caso a intenção fosse mesmo usar a avaliação para melhorar a educação”.
Júlio, preparando-se para o concurso de diretor de escola, leu essas duas obras e alegrou-se em constatar que,
nas duas, aparecem entendimentos a respeito da relação
entre avaliação externa e melhoria da educação, os quais
são próximos e coerentes entre si, e confirmam hipótese
que ele, Júlio, tem sobre essa relação, entendimento
esse que consiste em reconhecer que, em tal relação,