Questões de Concurso Comentadas para ifn-mg
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Leia o texto a seguir.
Só sou verdadeiramente livre quando todos os seres humanos que me cercam, homens e mulheres, são igualmente livres. A liberdade do outro, longe de ser um limite ou a negação da minha liberdade, é, ao contrário, sua condição necessária e sua confirmação. Apenas a liberdade dos outros me torna verdadeiramente livre, de forma que, quanto mais numerosos forem os homens livres que me cercam, e mais extensa e ampla for sua liberdade, maior e mais profunda se tornará minha liberdade. Ao contrário, é a escravidão dos homens que põe uma barreira na minha liberdade, ou, o que é a mesma coisa, é sua animalidade que é uma negação da minha humanidade porque, ainda uma vez, só posso considerar-me verdadeiramente livre quando minha liberdade, ou o que quer dizer a mesma coisa, quando minha dignidade de homem, meu direito humano, que consiste em não obedecer a nenhum outro homem e a só determinar meus atos de acordo com minhas próprias convicções, refletidos pela consciência igualmente livre de todos, me são confirmados pela aprovação de todos.
BAKUNIN, Michael Alexandrovich. Textos anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 2014, p. 44. [Adaptado].
O texto endossa as posturas de qual movimento intelectual?
Leia o texto a seguir.
Mulatinhas da Bahia
Que toda a noite em bolandas
Correis ruas, e quitandas
Sempre em perpétua folia,
Porque andais nesta porfia,
Com quem de vosso amor zomba?
Eu logo vos faço tromba,
Vós não vos dais por achado,
Eu encruzo o meu rapado,
Vós dizeis arromba, arromba.
G. DE MATOS. Apud: ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul: Séculos XVI e XVII. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 352. [Adaptado].
O texto apresenta qual característica do estereótipo colonial
da mulher brasileira?
O governo vendia trigo para o Ocidente, mesmo com uma população faminta, e importava equipamentos e técnicos especializados. As pesquisas mostram que, nas décadas de 1930 e 1940, houve grande intercâmbio econômico da URSS com o Ocidente. No início da década de 1930, afirma Blackburn, mais da metade das exportações inglesas e americanas de máquinas foi para a União Soviética, sendo que, em alguns itens, chegou à cifra de 90%. Até meados dos anos 40, a importação maciça de tecnologia ocidental constituiu a base do crescimento soviético. Nesse período, Stalin conseguiu explorar as contradições entre os países capitalistas desenvolvidos, obtendo, assim, acesso às tecnologias, máquinas, equipamentos e mão-de-obra especializada. O início da Guerra Fria e a unificação dos interesses políticos do Ocidente capitalista, em conflito com a URSS a partir de 1947, no entanto, bloquearam as alternativas econômicas soviéticas, contribuindo para o início da estagnação.
FERREIRA, Jorge. O Socialismo Soviético. In: FILHO, Daniel Aarão Reis (Org.). O Século XX – O Tempo das Crises: Revoluções, Fascismos e Guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000– Volume II, p. 87 e 88. [Adaptado].
O governo russo tomou tais atitude com o objetivo de
A União Soviética, onde os serviços públicos pré-revolucionários haviam sido exterminados durante a revolução, e onde o regime pouco havia se incomodado com questões constitucionais durante o período de mudança revolucionária, chegou a dar-se ao trabalho de promulgar em 1936 uma constituição inteiramente nova e muito minuciosa (“um véu de frases e preceitos liberais encobrindo a guilhotina escondida no fundo”), fato que foi aclamado na Rússia e no exterior como o fim do período revolucionário. No entanto, a publicação da Constituição coincidiu com o início do gigantesco superexpurgo que, em menos de dois anos, liquidou a administração existente e apagou todos os vestígios de vida normal e da recuperação econômica conseguida durante os quatro anos que se seguiram à liquidação dos kulaks e à coletivização forçada da população rural. Daí por diante, a Constituição stalinista de 1936 teve exatamente o mesmo papel que a Constituição de Weimar sob o regime nazista.
ARENDT, Hannah. O Totalitarismo no Poder. In: Origens do Totalitarismo. Antissemitismo, Imperialismo, Totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 439-511.
Conforme o texto, a aproximação entre o regime soviético e o nazista se deu de que forma?