Questões de Concurso
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As diversas correntes da chamada geografia crítica, embora díspares em vários aspectos, convergiam na oposição à realidade social injusta e desigual. Desse modo, a geografia, segundo Yves Lacoste, tornou-se uma prática social em relação à superfície terrestre.
Elisée Reclus e Piotr Kropotkin notabilizaram-se ao propor uma geografia libertária e anarquista, que se colocava contra as estruturas de poder, sendo marginalizados em sua época por não enaltecerem o Estado nacional.
No século XIX, na Prússia, Alexander von Humboldt e Karl Ritter foram os responsáveis pelos primeiros processos de sistematização da geografia, enquanto Friedrich Ratzel tornou-se o principal expoente da institucionalização da ciência na França, criando o que se denominaria possibilismo geográfico.
Na geografia do Ensino Fundamental, em razão da ainda reduzida maturidade intelectual e emocional do aluno, não deve ser estimulado o uso do conhecimento geográfico para exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
Para a geografia do Ensino Fundamental, a Base Nacional Comum Curricular considera como uma questão de menor importância a apropriação, pelo aluno, dos conceitos geográficos, focando quase exclusivamente no desenvolvimento do senso crítico sobre a realidade que cerca esse aluno.
Uma das finalidades da geografia escolar é superar as dicotomias epistemológicas entre as áreas física e humana da ciência geográfica, propiciando ao aluno a compreensão das diferentes conexões entre os elementos do meio geográfico.
As ciências humanas e sociais no Ensino Médio devem estimular as percepções dos alunos acerca de temas que extrapolem o conteúdo formal, tradicionalmente estudado; assim, a valorização das epistemologias indígenas, negras, interculturais e queer, das lutas sociais, entre outras, deve estar presente em sala de aula.
A implantação de regimes satélites da União Soviética em diversos países do Leste europeu levou a significativas melhorias no padrão de vida e nos salários dos trabalhadores ocidentais, o que visava a afastar esses trabalhadores, suas lideranças e suas organizações dos partidos comunistas, que ganhavam força no continente.
Os acordos de Bretton Woods, em 1944, representaram uma tentativa de gerir a economia global do pós-guerra, criando o padrão-ouro, o Fundo Monetário Internacional e instituições de caráter político, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo Milton Santos, os países subdesenvolvidos, entendidos como países pobres, chegaram a essa situação não por acaso, mas como parte de um planejamento estratégico, levado a efeito por agentes impositores, em diferentes períodos históricos e diferentes espaços.
Enquanto liberais, como Adam Smith, louvaram o capitalismo como uma forma de produção que geraria o desenvolvimento e tornaria o trabalhador livre, Karl Marx apontava os laços de exploração e de dominação que permaneciam, na forma da mais valia e da alienação.
Nos séculos de XVI a XIX, houve o surgimento, a consolidação e a decadência da fase mercantilista do capitalismo, que seria, a partir apenas do neocolonialismo, sucedida pela etapa industrial.
A população brasileira é majoritariamente urbana, sendo as regiões Sudeste e Centro-Oeste as mais urbanizadas, segundo o último censo realizado pelo IBGE.
No último censo demográfico realizado pelo IBGE, o de 2010, constatou-se que a densidade demográfica dos estados brasileiros se coadunava com a população absoluta: São Paulo e Rio de Janeiro lideravam em ambos os quesitos.
Pedro Pinchas Geiger, considerando a divisão oficial do IBGE inadequada para a análise geográfica do Brasil, propôs, nos anos 1960, a divisão do País em complexos regionais, tomando como base os contrastes étnicos e sociais que as diversas áreas do território apresentavam.
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2022, a região Sudeste possui mais de 50% da população nacional, apesar do declínio de suas taxas de natalidade, refletido nos últimos censos demográficos.
Desde a proclamação da República, o Brasil já vivia um processo de integração territorial; gradualmente, a população deixava de ser predominantemente litorânea e iniciava um processo de fixação no interior, com a expansão para o Oeste, especialmente durante o ciclo do café.
Os contrastes regionais que se percebem no Brasil atualmente são consequência, entre outros fatores, de decisões governamentais de interesse das elites políticas e econômicas ao longo da história.
Lugar é um conceito geográfico de importância apenas relativa, que o professor de geografia pode desconsiderar em sua práxis docente, na medida em que é desconectado das experiências e aspirações dos alunos.
O ensino da geografia tem papel essencial na compreensão, pelo aluno, do lugar em que vive, que deve ser articulada com uma perspectiva global.