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Q476475 Português
                                                                                                            Caso de Chá

   A casa da velha senhora fica na encosta do morro, tão bem situada que dali se aprecia o bairro inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive ao abandono. O jardineiro despediu-se há tempos; hortelão, não se encontra nem por um milagre. A velha moradora resigna-se a ver crescer a tiririca na propriedade que antes era um brinco. Até cobra começou a passear entre a folhagem, com indolência; é uma cobrinha de nada, mas sempre assusta.
   O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para matá-la. A boa senhora reluta, mas não pode viver com uma cobra tomando banho de sol junto ao portão, e a bicha é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os fregueses. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a carrocinha de verduras.
   — Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta.
   — Muito agradecido, mas vai incomodar a madame.
   — Incomoda não, meu filho.
   A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retirá-la, trazendo legumes frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons amigos.
   — Madame gosta de chá?
   — Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
   — Pois eu sou doido por chá. Mas está tão caro que nem tenho coragem de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com este terreno todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns pés, pouquinha coisa, só para o meu consumo?
   Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é capinado, tudo ganha outro aspecto. Mão boa é a desse moço: o que ele planta é viço de imediato. A pequenina cultura de chá torna alegre outra vez a terra abandonada. Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. A velha senhora sente prazer em ajudar o bom lavrador. Alegando que precisa fazer exercício, caminhando com cautela pois enxerga mal, ela rega as plantinhas, que lhe agradecem a atenção prosperando rapidamente.
   — Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena quantidade. Mas o chá saiu tão bom que os parentes vivem me pedindo um pouco e eu não vou negar a eles. É pena madame não experimentar. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá.
   O filho da velha senhora chegou da Europa esta noite. Lá ficou anos estudando. Achou a mãe lépida, bem disposta.
   — E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de chá que um moço me pediu licença para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver que beleza que está.
   O verdureiro já havia saído com a carrocinha. A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura que, pelo esforço em comum, é também um pouco sua.
   O filho quase cai duro:
   — A senhora está maluca? Isso nunca foi chá, nem aqui nem na Índia. Isso é maconha, mamãe!

(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Caso de Chá”. In: Cadeira de Balanço: crônica. 8.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976, p. 7-8.)

Em “achou a mãe lépida, bem disposta”, o adjetivo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, pelo seu sinônimo
Alternativas
Q476473 Português
                                                                                                            Caso de Chá

   A casa da velha senhora fica na encosta do morro, tão bem situada que dali se aprecia o bairro inteiro, e o mar é uma de suas riquezas visuais. Mas o terreno em volta da casa vive ao abandono. O jardineiro despediu-se há tempos; hortelão, não se encontra nem por um milagre. A velha moradora resigna-se a ver crescer a tiririca na propriedade que antes era um brinco. Até cobra começou a passear entre a folhagem, com indolência; é uma cobrinha de nada, mas sempre assusta.
   O verdureiro que faz ponto na rua lá embaixo ofereceu-se para matá-la. A boa senhora reluta, mas não pode viver com uma cobra tomando banho de sol junto ao portão, e a bicha é liquidada a pau. Bom rapaz, o verdureiro, cheio de atenções para com os fregueses. Na ocasião, um problema o preocupa: não tem onde guardar à noite a carrocinha de verduras.
   — Ora, o senhor pode guardar aqui em casa. Lugar não falta.
   — Muito agradecido, mas vai incomodar a madame.
   — Incomoda não, meu filho.
   A carrocinha passa a ser recolhida nos fundos do terreno. Todas as manhãs o dono vem retirá-la, trazendo legumes frescos para a gentil senhora. Cobra-lhe menos e até não cobra nada. Bons amigos.
   — Madame gosta de chá?
   — Não posso tomar, me dá dispepsia, me põe nervosa.
   — Pois eu sou doido por chá. Mas está tão caro que nem tenho coragem de comprar. Posso fazer um pedido? Quem sabe se a madame, com este terreno todo sem aproveitar, não me deixa plantar uns pés, pouquinha coisa, só para o meu consumo?
   Claro que deixa. Em poucas horas o quintal é capinado, tudo ganha outro aspecto. Mão boa é a desse moço: o que ele planta é viço de imediato. A pequenina cultura de chá torna alegre outra vez a terra abandonada. Não faz mal que a plantação se vá estendendo por toda a área. A velha senhora sente prazer em ajudar o bom lavrador. Alegando que precisa fazer exercício, caminhando com cautela pois enxerga mal, ela rega as plantinhas, que lhe agradecem a atenção prosperando rapidamente.
   — Madame sabe: minha intenção era colher só uma pequena quantidade. Mas o chá saiu tão bom que os parentes vivem me pedindo um pouco e eu não vou negar a eles. É pena madame não experimentar. Mas não aconselho: se faz mal, não deve mesmo tocar neste chá.
   O filho da velha senhora chegou da Europa esta noite. Lá ficou anos estudando. Achou a mãe lépida, bem disposta.
   — E eu trabalho, sabe, meu querido? Todos os dias rego a plantação de chá que um moço me pediu licença para fazer no quintal. Amanhã de manhã você vai ver que beleza que está.
   O verdureiro já havia saído com a carrocinha. A senhora estende o braço, mostra com orgulho a lavoura que, pelo esforço em comum, é também um pouco sua.
   O filho quase cai duro:
   — A senhora está maluca? Isso nunca foi chá, nem aqui nem na Índia. Isso é maconha, mamãe!

(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Caso de Chá”. In: Cadeira de Balanço: crônica. 8.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976, p. 7-8.)

Assinale a opção que traz a correta classe gramatical da palavra destacada e a adequada divisão silábica.
Alternativas
Q476466 Pedagogia
Relacione as colunas corretamente:

1. Ordem Braille
2. Grafia Braille
3. Braille Integral (Grau 1)
4. Braille Abreviado ou Estenografado (Grau 2)
(  ) Escrita Braille em que um caractere pode representar duas ou mais letras, ou mesmo uma palavra inteira.
(  ) Escrita Braille em que se representa cada caractere correspondente no sistema comum de escrita.
(  ) Diz-se da representação específica, de acordo com uma área de conhecimento.
(  ) Sequência ordenada, conforme a disposição das sete séries do Alfabeto Braille.

Assinale a opção que mostra a ordem correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q476465 Pedagogia
Analise o fragmento a seguir.

“O primeiro sistema CSA utilizado formalmente no Brasil foi o Sistema _____ de comunicação, mas hoje _____ é muito mais utilizado, entre outras razões porque existe uma distribuidora no Brasil que fornece dicionários com signos em português, programas de informática para produção de pranchas e outras modalidades de apoio ao usuário.”
(REILY, 2004)

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
Alternativas
Q476464 Pedagogia
Analise o fragmento a seguir.

“A _____, em essência, diz que as pessoas deficientes tendem a ser rejeitadas pelas outras pessoas. Aquelas que rejeitam com mais vigor costumavam ser outras pessoas deficientes que não queriam se ‘identificar’, mas o movimento está mudando isso.”

Assinale a opção que completa corretamente a lacuna do fragmento acima.
Alternativas
Q476463 Pedagogia
Sobre a relação entre a educação e o papel das famílias de crianças com deficiência, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q476462 Pedagogia
“As instituições escolares, ao reproduzirem constantemente o modelo tradicional, não têm demonstrado condições de responder aos desafios da inclusão social e do acolhimento às diferenças, nem de promover aprendizagens necessárias à vida em sociedade, particularmente nas sociedades complexas do século XXI. Assim, neste século em que o próprio conhecimento e nossa relação com ele mudaram radicalmente, não se justifica que parte expressiva da sociedade continue apegada à representação da escola transmissora de conhecimentos e de valores fixos e inquestionáveis.” (PRIETO, 2006, p. 33)

Sobre o fragmento acima, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q476461 Pedagogia
Analise o fragmento a seguir.

“É um dos recursos privilegiados para aproximar o aluno com cegueira das variadas topografias do nosso planeta, das múltiplas configurações das aglomerações urbanas do país e da diversidade de estruturas arquitetônicas” (REILY, 2004)

O fragmento acima se refere
Alternativas
Q476460 Pedagogia
De acordo com o documento “Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva”, a respeito da formação do professor para atuar na Educação Especial, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q476459 Pedagogia
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares, sobre o processo avaliativo do aluno em face de suas necessidades especiais, analise as afirmativas a seguir.

I. Deve focalizar os aspectos do desenvolvimento (biológico, intelectual, motor, emocional, social, comunicacional e de linguagem).
II. Deve focalizar o nível de competência curricular (capacidades do aluno em relação aos conteúdos curriculares anteriores e a serem desenvolvidos).
III. Deve focalizar o estilo de aprendizagem (motivação, capacidade de atenção, interesses acadêmicos, estratégias próprias de aprendizagem, tipos preferenciais de agrupamentos que facilitam a aprendizagem e condições físico-ambientais mais favoráveis para aprender).

Assinale:
Alternativas
Q476458 Pedagogia
Leia o fragmento a seguir:

“A ideia de considerar _____ como um ‘contínuo’, mais do que como uma categoria que defina um modo de ‘ser’, ajuda-nos a compreender que, apesar das importantes diferenças que existem entre diferentes pessoas, todas elas apresentam alterações, em maior ou menor grau.” (RIVIÈRE, 2004)

Assinale a opção que completa corretamente a lacuna do fragmento acima.
Alternativas
Q476457 Pedagogia
Com relação à intervenção do professor em relação ao aluno com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q476456 Pedagogia
Leia o fragmento a seguir:

“O sucesso das propostas de _____ decorre da adequação do processo escolar à _____ dos alunos, e quando a _____ assume que as dificuldades experimentadas por alguns alunos são resultantes, entre outros, do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada.” (MANTOAN, 2007)

Assinale a alternativa cujos itens completam corretamente as lacunas do fragmento acima:
Alternativas
Q476455 Pedagogia
A respeito da criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), assinale a afirmativa incorreta.
Alternativas
Q476454 Pedagogia
No que tange à criação de campanhas no contexto da Educação Especial brasileira, no período de 1957 a 1993, analise as afirmativas a seguir.

I. A Campanha para a Educação do Surdo Brasileiro foi a primeira campanha a ser instituída e foi instalada no Instituto Nacional de Educação de Surdos, no Rio de Janeiro.
II. Em 1958, foi criada a Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes da Visão, vinculada à direção do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.
III. Foi instituída a Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes Mentais em 1960, por influência de movimentos liderados pela Sociedade Pestalozzi e pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, no Rio de Janeiro.

Assinale:
Alternativas
Q476453 Pedagogia
Com relação à história da Educação Especial brasileira, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

(  ) Pela Lei nº 839, de 26 de setembro de 1857, D. Pedro II fundou o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos no Rio de Janeiro.
(  ) No ano de 1874, o Hospital Estadual de Salvador (atual Hospital Juliano Moreira) iniciou a assistência aos deficientes mentais.
(  ) Até 1950, havia quarenta estabelecimentos de ensino regular mantidos pelo poder público que prestavam algum tipo de atendimento escolar especial a deficientes mentais.

As afirmativas são, respectivamente,
Alternativas
Q476452 Pedagogia
Com relação à história da Educação Especial no Brasil, analise as afirmativas a seguir.

I. No século XIX, alguns brasileiros deram início à organização de serviços de atendimento a cegos, surdos, deficientes mentais e deficientes físicos, inspirando-se em experiências realizadas na Europa e nos Estados Unidos da América.
II. A inserção da “educação de deficientes”, da “educação dos excepcionais” ou da “educação especial” ocorreu no final dos anos 50 e início da década de 60 do século XX, na política educacional do país.
III. Em setembro de 1854, por meio do Decreto Imperial nº 1.428, D. Pedro II fundou o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, na cidade do Rio de Janeiro.

Assinale:
Alternativas
Q476450 Pedagogia
A respeito do novo paradigma do ER, elaborado a partir da última década do século passado,analise as afirmativas a seguir.

I. Religião e conhecimento religioso passam a ser concebidos como patrimônios da humanidade, constituídos historicamente a partir de aspectos sociais e culturais.
II. O ER está pautado no reconhecimento da diversidade religiosa e propicia, na escola, o conhecimento sobre essa diversidade, própria da sociedade brasileira.
III. O ER assimila religião à igreja, salientando a necessidade do conhecimento histórico sobre o processo de institucionalização da religião em nossa sociedade.
Assinale:
Alternativas
Q476449 Pedagogia
Assinale a opção que caracteriza corretamente uma das transformações advindas da elaboração, em 1997, dos PCN de Ensino Religioso.
Alternativas
Q476448 Pedagogia
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso (PCNER) fornecem diretrizes para que escolas, professores e educandos possam debater o formato geral do Ensino Religioso, estabelecer a sua metodologia, seus fundamentos epistemológicos, bem como organizar seus conteúdos.
Assinale a opção que não indica um eixo propostos pelos PCNER.
Alternativas
Respostas
481: E
482: C
483: C
484: A
485: E
486: B
487: C
488: B
489: C
490: E
491: A
492: C
493: D
494: B
495: A
496: E
497: E
498: D
499: B
500: E