Questões de Concurso
Comentadas para colégio pedro ii
Foram encontradas 1.971 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
CORSINO, L. N.; AUAD, D. O professor diante das relações de gênero na Educação Física escolar. São Paulo: Cortez, 2012.
Tendo em vista esta questão, analise a situação a seguir:
Darci leciona para uma turma de sexto ano e tem o costume de separar a sua turma entre meninos e meninas. Sobre este costume, afirma: “promovo a igualdade, dividindo metade do tempo para cada grupo, assim todos têm o mesmo tempo de aula”.
Sobre o tipo de prática apresentada, os autores afirmam que
Pereira (2021, p. 19) aponta que a Lei n. 11.645/08 (BRASIL, 2008) alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) e substituiu a Lei n. 10.639/03 (BRASIL, 2003), com o objetivo de incluir a obrigatoriedade das temáticas de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nas instituições de Ensino Fundamental e Médio, sejam públicas ou privadas. Essa obrigatoriedade não tem sido cumprida em sua totalidade, apesar de a lei ter mais de dez anos. Um dos fatores que prejudica a aplicação da lei “é a resistência de muitos professores que não veem relação entre a disciplina e a temática, e/ou não se sentem preparados ou ainda obrigados a aplicá-la”.
PEREIRA, A. S. M. Práticas corporais indígenas: jogos, brincadeiras e lutas para a implementação da Lei
n. 11.645/08 na Educação Física escolar. Fortaleza: Aliás, 2021. Disponível em: https://ifce.edu.br.
Acesso em: 15 ago. 2022.
Segundo a autora, esse entendimento se baseia em questões relacionadas à
CASTRO, J. N. Singularidades em ruínas: o controle escolar dos corpos e das identidades em aulas de Educação Física. In: RIBEIRO, W. G.; SILVA, R. C. O.; DESTRO, D. S. (Org.) Educação Física e diferença: perspectivas e diálogos. Curitiba: CRV, 2021. Cap. 4, p. 75-100.
Quanto a esse tema, cabe ao(à) docente problematizar com os(as) estudantes
De acordo com Maldonado (2020, p. 182), ao tematizar os jogos e as brincadeiras de matriz indígena, existe a possibilidade de “outras vivências e debates com as crianças e, por consequência, a valorização da cultura dos povos originários durante as aulas de Educação Física”. Como exemplo, pode ser citada a leitura do livro infantil Kaba Darebu, escrito por Daniel Munduruku, que descreve várias características do povo indígena (alimentos, brincadeiras), tendo em vista as particularidades culturais de cada povo.
MALDONADO, D. T. Valorização da cultura negra, afro-brasileira e indígena nas aulas de Educação Física: por uma educação antirracista. In: Professores e professoras de Educação Física progressistas do mundo, uni-vos! Curitiba: CRV, 2020. v. 41, cap. 7, p.167-202.
Dentre as experiências pedagógicas apresentadas por Maldonado, outra possibilidade de recurso didático a ser utilizado no trabalho com essa turma é a
No início do trimestre, a professora anuncia que o conteúdo a ser tematizado seria "Capoeira e práticas corporais afro-brasileiras". Após seu anúncio, ouve de um aluno insatisfeito os seguintes questionamentos: – Professora, por que não handebol ou voleibol? Por que capoeira?
Então a professora problematiza esses discursos, demonstrando a importância da capoeira no currículo de Educação Física. Na sequência do diálogo, busca junto aos estudantes seus conhecimentos prévios sobre a capoeira, assim como ideias para a sua tematização. Foi quando uma estudante disse: – Professora, o servente da escola me disse que dá aulas de capoeira no bairro onde mora. Podemos chamá-lo para nos ensinar alguns movimentos? A professora adorou a ideia e juntos começaram a planejar essa imersão nas culturas afro-brasileiras.
O tema abordado na situação relatada dialoga com Nunes e Neiva (2016), que apontam pressupostos curriculares da Educação Física relativos aos estudos culturais.
NUNES, L. F.; NEIRA, M. G. Os estudos culturais e o ensino de Educação Física. In: NEIRA, M. G. (Org.). Educação Física cultural. São Paulo: Blucher, 2016. Cap. 6, p.105-126.
Com base em Nunes e Neira (2016), aponte quais pressupostos dos estudos culturais foram abordados diretamente no relato acima.
DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. (Org.). Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Segundo as autoras, adotar uma prática reflexiva como metodologia implica
De acordo com Nista-Piccolo e Moreira (2014, p. 95), para selecionar os melhores temas a serem trabalhados, “é importante que o/a professor/a analise o contexto em que as aulas acontecem, pedindo sugestões às próprias crianças sobre o que elas gostam de brincar e observando práticas de atividades com as quais elas mais se identificam”.
NISTA-PICCOLO, V. L.; MOREIRA, W. W. Corpo em movimento na educação infantil.
São Paulo: Cortez, 2014.
Assinale a alternativa cujo texto faz referência ao tema “atividades rítmicas e expressivas”.
Bossle (2021, p. 9) apresenta uma reflexão sobre como a educação libertadora de Paulo Freire pode nos inspirar ou nos desafiar, em um reposicionamento da Educação Física crítica. No texto, apresenta um estudo de um doutorando, que identifica uma brincadeira infantil, “capitão do mato” ou “feitor pega escravo”, que constava de uma obra destinada à Educação Física, do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental, que foi amplamente distribuída pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD):
O texto explica o que era o capitão do mato, o que era o feitor, e orienta que deve se escrever com giz no chão as palavras senzala e quilombo. A brincadeira consiste em organizar as crianças em três grupos, um de “capitães do mato”, outro grupo, na senzala e, outro, no espaço “quilombo”. Os “capitães do mato” devem perseguir os “escravos” que tentarem fugir da “senzala” para o “quilombo”. No texto ainda é apresentado que é possível trocar de papéis e que ela se constitui em atividade “lúdica”.
BOSSLE, F. Educação Física Escolar crítica e educação libertadora: reposicionamento pela pedagogia dooprimido no processo de descolonização curricular. Revista Brasileira de Educação Física Escolar, v. 1,p. 6-19, 2021. Disponível em: http://conbrace.org.br. Acesso em: 15 ago. 2022.
Esse exemplo de atividade reforça como a colonização, por meio de sua racionalidade epistemológica, sustenta os currículos e as práticas disciplinares e as naturalizam de forma mecanizada, sem questionar a compreensão histórica, o racismo e as lutas diárias dos negros por respeito e humanidade.
Na Educação Física escolar, a perspectiva da educação libertadora, de acordo com Paulo Freire, possibilita a compreensão de que
Castro (2021, p. 92) afirma que a escola coloca as singularidades em ruínas, pois “é nela que descobrimos que estamos acima do peso ou magros além do esperado, feios, baixos [...], inclusive, de forma violenta”, com especial destaque para a Educação Física, na qual os corpos ficam em evidência.
CASTRO, J. N. Singularidades em ruínas: o controle escolar dos corpos e das identidades em aulas de Educação Física. In: RIBEIRO, W. G.; SILVA, R. C. O.; DESTRO, D. S. (Org.) Educação Física e
diferença: perspectivas e diálogos. Curitiba: CRV, 2021. Cap. 4, p. 75-100.
Com base no exposto no texto de Castro, é correto afirmar que a escola coloca as singularidades em ruínas
Cavalcanti (2021) estabelece que afirmar as corporeidades negras de forma positiva é fundamental para que os sujeitos se engajem nas lutas antirracistas. Para esse fim, o autor apresenta narrativas acerca da necessidade de reconhecimento e representatividade das corporeidades negras nas práticas pedagógicas no cotidiano escolar.
CAVALCANTI, A. S. S. A cultura corporal na construção de práticas antirracistas: microações afirmativas
nos cotidianos de educação infantil. In: RIBEIRO, W. G.; SILVA, R. C. O.; DESTRO, D. S. (Org.) Educação
Física e diferença: perspectivas e diálogos. Curitiba: CRV, 2021.
Assinale a alternativa cuja narrativa apresenta uma prática que NÃO segue os parâmetros defendidos pelo autor.
O princípio da dignidade do ser humano é o paradigma maior de nossa Constituição para o respeito entre os cidadãos. A exigência de uma educação infantil de qualidade não pode se curvar aos ditames lentos de uma burocracia estatal guarnecidos por limitações financeiras. Eis porque a tensão entre direito e dever postula dos gestores e dos cidadãos a busca de um diálogo transparente e público em vista da proteção integral da criança como prioridade absoluta. (CURY, 2018, p. 75, grifo do autor)
CURY, C. R. Educação Infantil como dever do Estado. In: ABRAMOWICZ, A.; HENRIQUES, A. (Org.). Educação Infantil: a luta pela infância. Campinas: Papirus, 2018.
Com base no fragmento de texto, e tendo como referência a histórica luta pela Educação Infantil de qualidade e para todos, é correto afirmar que
Minha perspectiva é pensar de que maneira a criança pode ela própria interrogar sua infância, de que maneira a criança pode infletir, interrogar, subtrair a ideia de infância, e resistir a ela, quando esta se apresenta como um dispositivo fechado e, de certa maneira, garantidor de um funcionamento da sociedade. (ABRAMOWICZ, 2018, p. 41)
ABRAMOWICZ, A. Introdução – Panorama atual da Educação Infantil: suas temáticas e políticas.
In: ABRAMOWICZ, A.; HENRIQUES, A. (Org.). Educação infantil: a luta pela infância.
Campinas: Papirus, 2018.
Com base na leitura do texto, sobre a relação entre infância e institucionalização, é correto afirmar que
Era o momento mais aguardado do dia, o pátio, e a bola da turma sumiu. Foi feita uma reunião com as crianças para pensar como achar a bola. Algumas alternativas surgiram, foram debatidas e colocadas em votação. Com pequena margem de vantagem, ganhou a alternativa que previa a confecção de cartazes a serem espalhados pela escola, à procura da bola. (Registro da professora, 2022)
Com base nesse pequeno recorte do cotidiano, sobre a relação entre infância, letramento e Educação Infantil, é correto afirmar que a leitura e a escrita devem ser trabalhadas de modo fluido no cotidiano escolar, e a oportunidade do sumiço da bola
Três metamorfoses, nomeio-vos, do espírito: como o espírito se torna camelo e o camelo, leão e o leão, por fim, criança.
(...)
Inocência, é a criança, e esquecimento; um novo começo, um jogo, uma roda que gira por si mesma, um movimento inicial, um sagrado dizer “sim”.
Sim, meus irmãos, para o jogo da criação é preciso dizer um sagrado “sim”; o espírito, agora, quer a sua vontade, aquele que está perdido para o mundo conquista o seu mundo.
Nomeei-vos três metamorfoses do espírito: como o espírito tornou-se camelo e o camelo, leão e o leão, por fim, criança – Assim falou Zaratustra. E achava-se, nesse tempo, na cidade chamada A Vaca Pintalgada. (NIETZSCHE, 2006, p. 53)
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
É correta a inferência, com base no trecho acima, que se trata de uma ideia de infância
“Esse aqui não é igual ao Zoom que dá pra ver e passar os amigos” - comenta Jonas no encontro on-line da turma pela plataforma Google Meet. (Registro da professora, 2021)
A tecnologia está cada vez mais presente na rotina das crianças desde a mais tenra idade, seja em casa, seja na escola, o que leva a um novo campo de estudos, no qual se insere o trabalho de Sarmento e Barra, que se dedicam às interações desse público na rede.
SARMENTO, M.; BARRA, S. M. Os saberes das crianças e as interações na rede.
Revista Zero-A-Seis, Florianópolis: UFSC, v. 8, n.14, jul.-dez. 2006.
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br. Acesso em: 15 ago. 2022.
No contexto pandêmico da covid-19, as escolas públicas de Educação Infantil enfrentaram o dilema do trabalho remoto com as crianças pequenas. A respeito da relação das crianças com a internet e com os dispositivos tecnológicos, na perspectiva de Sarmento e Barra (2006), é correto afirmar que
[...] quando pensamos a escola como um espaço específico de formação inserida num processo educativo bem mais amplo, encontramos mais do que currículos, disciplinas escolares, regimentos, normas, projetos, provas, teses e conteúdos. A escola pode ser considerada, então, como um dos espaços que interferem na construção da identidade negra. O olhar lançado sobre o negro e sua cultura, na escola, tanto pode valorizar identidades e diferenças quanto pode estigmatizá-los, discriminá-los e até mesmo negá-los. (GOMES, 2003, p.171-172)
GOMES, N. L. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o
cabelo crespo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 167-182, jan.-jul. 2003.
Com base no trecho acima, assinale a alternativa cujas propostas NÃO estão de acordo com a Lei n. 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira na educação básica.
Considerando que vivemos uma situação de emergência planetária, será necessário pensar os objetivos da Educação em função de escolhas que envolvem novas formas de pensar a existência humana sobre a Terra.
TIRIBA, L. Crianças, natureza e Educação Infantil. 29ª Reunião Anual da Anped. Caxambu (MG), 2006.
Assinale a alternativa correta acerca do direito das crianças ao convívio com a natureza, de acordo com a perspectiva da autora.
Sem dúvida, a infância surgiu como um outro do adulto, assim como o negro foi estabelecido como outro do branco.
NOGUEIRA, R.; ALVES, L. Infância diante do racismo: teses para um bom combate.
Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 44, n. 2, 2019.
Analise as afirmativas a seguir, que tratam da relação adulto-criança, classificando-as como
verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Ainda encontramos na escola diversos modos de assujeitamento da criança às práticas do adulto, muitas vezes fundamentadas em uma concepção de criança como ser incompleto, segundo a qual o adulto é a figura de autoridade que sabe o que é melhor para elas.
( ) A relação vertical entre adulto e criança manifesta-se como uma das expressões de dominação na sociedade capitalista que se materializa em outras, tais como; empresário x trabalhador; gestor x professor; crianças brancas x crianças negras; crianças pequenas x crianças grandes.
( ) Atentar-se às manifestações infantis implica deslocamento por parte do adulto, logo, permitir que a criança brinque colabora para a construção de práticas horizontalizadas no cotidiano escolar.
A sequência correta é
Paulo Freire, em Pedagogia da autonomia, apresenta alguns saberes demandados pela prática educativa que se deseja ética. A pedagogia freiriana é fundamentada por uma concepção ética da educação na qual está presente uma certa concepção de ser. Em suas palavras:
Mulheres e homens, seres histórico-sociais, nos tornamos capazes de comparar, de valorar, de intervir, de escolher, de decidir, de romper, por tudo isso, nos fizemos seres éticos. Só somos porque estamos sendo. Estar sendo é a condição, entre nós, para ser. Não é possível pensar os seres humanos, longe, sequer, da ética, quanto mais fora dela. (FREIRE, 1996, p. 33)
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Um dos saberes da prática educativa proposto pela pedagogia freiriana preconiza que ensinar exige
NÓVOA, A. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 166, out.-dez. 2017.
Com base no destaque acima, é correto afirmar que cabe ao professor da Educação Infantil