Questões de Concurso Comentadas para colégio pedro ii
Foram encontradas 1.563 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Bossle (2021, p. 9) apresenta uma reflexão sobre como a educação libertadora de Paulo Freire pode nos inspirar ou nos desafiar, em um reposicionamento da Educação Física crítica. No texto, apresenta um estudo de um doutorando, que identifica uma brincadeira infantil, “capitão do mato” ou “feitor pega escravo”, que constava de uma obra destinada à Educação Física, do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental, que foi amplamente distribuída pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD):
O texto explica o que era o capitão do mato, o que era o feitor, e orienta que deve se escrever com giz no chão as palavras senzala e quilombo. A brincadeira consiste em organizar as crianças em três grupos, um de “capitães do mato”, outro grupo, na senzala e, outro, no espaço “quilombo”. Os “capitães do mato” devem perseguir os “escravos” que tentarem fugir da “senzala” para o “quilombo”. No texto ainda é apresentado que é possível trocar de papéis e que ela se constitui em atividade “lúdica”.
BOSSLE, F. Educação Física Escolar crítica e educação libertadora: reposicionamento pela pedagogia dooprimido no processo de descolonização curricular. Revista Brasileira de Educação Física Escolar, v. 1,p. 6-19, 2021. Disponível em: http://conbrace.org.br. Acesso em: 15 ago. 2022.
Esse exemplo de atividade reforça como a colonização, por meio de sua racionalidade epistemológica, sustenta os currículos e as práticas disciplinares e as naturalizam de forma mecanizada, sem questionar a compreensão histórica, o racismo e as lutas diárias dos negros por respeito e humanidade.
Na Educação Física escolar, a perspectiva da educação libertadora, de acordo com Paulo Freire, possibilita a compreensão de que
Castro (2021, p. 92) afirma que a escola coloca as singularidades em ruínas, pois “é nela que descobrimos que estamos acima do peso ou magros além do esperado, feios, baixos [...], inclusive, de forma violenta”, com especial destaque para a Educação Física, na qual os corpos ficam em evidência.
CASTRO, J. N. Singularidades em ruínas: o controle escolar dos corpos e das identidades em aulas de Educação Física. In: RIBEIRO, W. G.; SILVA, R. C. O.; DESTRO, D. S. (Org.) Educação Física e
diferença: perspectivas e diálogos. Curitiba: CRV, 2021. Cap. 4, p. 75-100.
Com base no exposto no texto de Castro, é correto afirmar que a escola coloca as singularidades em ruínas
Cavalcanti (2021) estabelece que afirmar as corporeidades negras de forma positiva é fundamental para que os sujeitos se engajem nas lutas antirracistas. Para esse fim, o autor apresenta narrativas acerca da necessidade de reconhecimento e representatividade das corporeidades negras nas práticas pedagógicas no cotidiano escolar.
CAVALCANTI, A. S. S. A cultura corporal na construção de práticas antirracistas: microações afirmativas
nos cotidianos de educação infantil. In: RIBEIRO, W. G.; SILVA, R. C. O.; DESTRO, D. S. (Org.) Educação
Física e diferença: perspectivas e diálogos. Curitiba: CRV, 2021.
Assinale a alternativa cuja narrativa apresenta uma prática que NÃO segue os parâmetros defendidos pelo autor.
O princípio da dignidade do ser humano é o paradigma maior de nossa Constituição para o respeito entre os cidadãos. A exigência de uma educação infantil de qualidade não pode se curvar aos ditames lentos de uma burocracia estatal guarnecidos por limitações financeiras. Eis porque a tensão entre direito e dever postula dos gestores e dos cidadãos a busca de um diálogo transparente e público em vista da proteção integral da criança como prioridade absoluta. (CURY, 2018, p. 75, grifo do autor)
CURY, C. R. Educação Infantil como dever do Estado. In: ABRAMOWICZ, A.; HENRIQUES, A. (Org.). Educação Infantil: a luta pela infância. Campinas: Papirus, 2018.
Com base no fragmento de texto, e tendo como referência a histórica luta pela Educação Infantil de qualidade e para todos, é correto afirmar que
Minha perspectiva é pensar de que maneira a criança pode ela própria interrogar sua infância, de que maneira a criança pode infletir, interrogar, subtrair a ideia de infância, e resistir a ela, quando esta se apresenta como um dispositivo fechado e, de certa maneira, garantidor de um funcionamento da sociedade. (ABRAMOWICZ, 2018, p. 41)
ABRAMOWICZ, A. Introdução – Panorama atual da Educação Infantil: suas temáticas e políticas.
In: ABRAMOWICZ, A.; HENRIQUES, A. (Org.). Educação infantil: a luta pela infância.
Campinas: Papirus, 2018.
Com base na leitura do texto, sobre a relação entre infância e institucionalização, é correto afirmar que