Questões de Concurso
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As funções orgânicas presentes na fórmula estrutural abaixo são
A plantação de um agricultor fica em um terreno em forma de trapézio retangular, cujas dimensões constam da figura a seguir
Sabendo que este agricultor utiliza diariamente, para irrigação, quatro litros de água por metro quadrado de plantação, a quantidade total de água utilizada em um dia para irrigar a plantação é, em litros,
Um reservatório em formato de cilindro é abastecido por uma fonte a vazão constante e tem a altura de sua coluna d’água (em metros), em função do tempo (em dias), descrita pelo seguinte gráfico:
Sabendo que a altura do reservatório mede 12 metros, o número de dias necessários para que a fonte encha o reservatório inicialmente vazio é
O gráfico abaixo apresenta o consumo de água de uma residência no primeiro semestre de 2016.
Com base nas informações apresentadas no quadro, é correto afirmar que
Informando os valores 10, 12, 13 e 17, respectivamente, nas células A1, A2, A3 e A4, numa planilha eletrônica que está sendo editada no Microsoft Office Excel 2013, e aplicando a seguinte fórmula na célula A5, o resultado obtido é
Fórmula: célula A5 |
=SOMA(SOMA(A1;A3)+MÉDIA(A2:A4);A3;A4) |
O parâmetro DBO é utilizado no tratamento de esgoto para determinar a quantidade de matéria orgânica presente. Com base em seus conceitos, é correto afirmar que
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 1 A 10.
O substituto da vida
1 Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me
2 sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de
3 escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, aplicava a caneta sobre os
4 xxxxxxxx ou fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo.
5 Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria
6 e ia à vida.
7 Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da
8 editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à
9 esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema à tarde – em 1968,
10 escapei do "Correio da Manhã", na Lapa, para assistir à primeira sessão de
11 "2001" no dia da estreia, em Copacabana, e voltei maravilhado à Redação para
12 contar a José Lino Grünewald.
13 Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a
14 máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia, ia
15 ao Centro da cidade varejar sebos ou fazia uma matinê com uma namorada. Só
16 reabria a máquina no dia seguinte.
17 Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de
18 mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo
19 às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em
20 jornais e revistas online, interesso-me por várias matérias e vou abrindo-as uma
21 a uma. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.
22 Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a
23 agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos,
24 a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de
25 pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a
26 vida. É por isto que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também.
Ruy Castro
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/01/1725103-o-substituto-davida.shtml?cmpid=compfb. Acesso em: 07 jan. 2016
Léxico:
“2001”: 2001- Uma odisseia no espaço, filme de Stanley Kübrick, lançado no Brasil em 1968.
José Lino Grünewald: poeta, tradutor, crítico de cinema, música popular brasileira e literatura, e jornalista brasileiro.
O vocábulo que ilustra o processo de formação de palavras por meio de empréstimo é
EXCERTO 3- QUESTÕES 11 a 15
- Ser multitarefa, uma outra dimensão do mesmo fenômeno, é visto como uma
- capacidade neste momento histórico, uma espécie de ganho evolutivo que tornaria a pessoa
- mais bem adaptada à sua época. É pergunta de questionários, qualidade apresentada por
- pessoas vendendo a si mesmas, exigência apontada pelos gurus do sucesso. Logo se
- tornará altamente subversivo, desorganizador, alguém ter a ousadia de afirmar: “Não, eu não
- sou multitarefa. Me dedico a uma coisa de cada vez”.
- Han, assim como outros filósofos contemporâneos, discorda dessa ideia – ou dessa
- propaganda. Ou, ainda, dessa armadilha. Para ele, a técnica temporal e de atenção
- multitarefa não representa nenhum progresso civilizatório. Trata-se, sim, de um retrocesso.
- excesso de positividade se manifesta também como excesso de estímulos, informações e
- impulsos. Modifica radicalmente a estrutura e a economia da atenção. Com isso, fragmenta e
- destrói a atenção. A técnica da multitarefa não é uma conquista civilizatória atingida pelo
- humano deste tempo histórico. Ao contrário, está amplamente disseminada entre os animais
- em estado selvagem: “Um animal ocupado no exercício da mastigação da sua comida tem de
- ocupar-se, ao mesmo tempo, também com outras atividades. Deve cuidar para que, ao
- comer, ele próprio não acabe comido. Ao mesmo tempo ele tem que vigiar sua prole e manter
- o olho em seu/sua parceiro/a. Na vida selvagem, o animal está obrigado a dividir sua atenção
- em diversas atividades. Por isso, não é capaz de aprofundamento contemplativo – nem no
- comer nem no copular. O animal não pode mergulhar contemplativamente no que tem diante
- de si, pois tem de elaborar, ao mesmo tempo, o que tem atrás de si”.
- A contemplação é civilizatória. E o tédio é criativo. Mas ambos foram eliminados pelo
- preenchimento ininterrupto do tempo humano por tarefas e estímulos simultâneos. Você
- executa uma tarefa e atende ao celular, responde a um WhatsApp enquanto cozinha, come
- assistindo à Netflix e xingando alguém no Facebook, pergunta como foi a escola do filho
- checando o Twitter, dirige o carro postando uma foto no Instagram, faz um trabalho enquanto
- manda um email sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tarefas ao mesmo tempo.
- Como se isso fosse um ganho – e não uma perda monumental, uma involução.
- Voltamos ao modo selvagem. Nietzsche (1844-1900), ainda na sua época, já
- chamava a atenção para o fato de que a vida humana finda numa hiperatividade mortal se
- dela for expulso todo elemento contemplativo: “Por falta de repouso, nossa civilização
- caminha para uma nova barbárie”.
Disponível em:<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/04/politica/1467642464_246482.html>.
Acesso em: 12 abr. 2017.
Julgue as afirmações abaixo.
I. O advérbio “ainda” (l. 8) expressa a ideia de tempo presente.
II. O futuro do pretérito, no verbo “tornar” (l. 2), marca também o distanciamento da autora em relação àquilo que é afirmado.
III. As palavras “propaganda” e “armadilha” (l. 8) revelam a falta de adesão da autora quanto à importância da técnica temporal e de atenção multitarefa.
IV. O pronome “você” (l. 22) é utilizado pela autora para estabelecer uma interlocução mais próxima com o leitor, como uma estratégia de convencimento.
Está correto o que se afirma em
EXCERTO 2- QUESTÕES 7 a 10
- Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade. Há
- tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta
- contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio.
- Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de
- ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao
- contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos
- de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um
- espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há
- mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba resta a
- ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas
- as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam,
- mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
- Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente de
- Sociedade do Cansaço. (...) Sobre nossa nova condição, Han diz: “A sociedade do trabalho e
- a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A
- dialética do senhor e escravo está, não em última instância, naquela sociedade na qual cada
- um é livre e capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma
- sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho.
- Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A
- especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia,
- vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração
- é possível mesmo sem senhorio”.