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Comentadas para professor - artes
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Na Finlândia, alunos agora ensinam tecnologia para professores e idosos
No pouco ortodoxo modelo de ensino que levou a Finlândia ao topo dos rankings globais de educação, uma inovadora inversão de papéis começa a tomar corpo: alunos estão dando aulas aos professores, para ensinar os mestres a otimizar o uso de tecnologias de informação e comunicação nas escolas.
O projeto OppilasAgentti (“Agentes Escolares”, em tradução livre) está sendo conduzido em cerca de cem escolas finlandesas, e a ideia é levar a nova experiência a um número cada vez maior do universo de 3.450 instituições de ensino do país.
Trata-se de um modelo para desenvolver as competências tecnológicas não apenas dos professores, mas de toda a comunidade escolar — e também do seu entorno: os alunos da escola Hämeenkylä, por exemplo, também estão dando aulas aos idosos de um asilo local sobre como usar redes sociais, iPads e outros dispositivos eletrônicos.
“Acreditamos que é importante ensinar nossas crianças a descobrir seus potenciais e a desenvolver seus valores, e mostrar a elas o impacto positivo que cada indivíduo pode exercer na sociedade”, observa Pasi Majasaari, diretor da escola Hämeenkylä, na cidade de Vantaa, próxima à capital Helsinki.
Os alunos do projeto têm entre 10 e 16 anos de idade. Pelo sistema, os estudantes interessados em participar se apresentam como voluntários e relatam suas competências e habilidades em determinadas áreas. As escolas também oferecem treinamento aos alunos, em aulas ministradas por especialistas de diferentes empresas finlandesas que revendem soluções tecnológicas para o sistema de ensino do país.
A partir daí, os estudantes produzem um mapeamento das necessidades digitais da escola, sob a orientação de um professor. Eles fazem então um planejamento das atividades necessárias e passam a atuar em três frentes. Na sala dos professores, os alunos dão aulas ocasionais sobre como usar diferentes dispositivos e aplicativos. Professores também podem contatar os estudantes para pedir assistência individual, a fim de solucionar pequenos problemas. E os alunos-mestres também atuam como professores assistentes nas salas de aula, para prestar ajuda tanto aos professores quanto a outros colegas de classe quando determinada lição envolve o uso de tecnologia.
Inverter o papel tradicional dos alunos nas escolas é mais um pensamento fora da caixa do celebrado sistema finlandês, que conquistou resultados invejáveis nos rankings mundiais de educação com um receituário que inclui menos horas de aulas, poucas lições de casa, férias mais longas e uma baixa frequência de provas.
(Claudia Wallin. www.bbc.com. Adaptado)
O termo “apreciação” costuma ser utilizado na arte educação como processo ou ato de designar e decodificar a obra de arte. De acordo com a Abordagem triangular de Ana Mae Barbosa, o termo “leitura” de obra de arte seria mais preciso que o anterior evitando, desta maneira, possíveis erros interpretativos.
Ante os argumentos de Barbosa a favor da substituição da nomenclatura “Apreciação” por “Leitura”, é INCORRETO afirmar:
A Base Nacional Curricular Comum − BNCC centraliza o componente curricular de artes voltado para o ensino fundamental nas linguagens de artes visuais, dança, teatro e música. Tal documento propõe que a abordagem das quatro linguagens citadas articule de maneira indissociável e simultânea às seguintes dimensões do conhecimento: criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão.
Dentro desse contexto é possível compreender a dimensão “expressão” como:
De acordo com o Artigo 26-A da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
De acordo com a lei, tais conteúdos deverão ser ministrados
O conhecimento dos outros sujeitos do processo, os alunos, não deve se restringir às questões psicológicas. Como indivíduos, eles fazem parte de segmentos culturais diferenciados, com seus códigos e articulações particulares que precisam ser localizados e respeitados. Trabalhar com a alternância de valores culturais e sociais é um exercício salutar e democrático. Aprendemos também com Paulo Freire que a hegemonia cultural é uma arma que deve ser conhecida para ser combatida e desmascarada tanto quanto possível.
(Adaptado de: COUTINHO, Rejane. A formação de Professores de Arte)
O conceito de “hegemonia cultural” a que se refere Coutinho se relaciona com a atuação do professor de artes como um tipo de dominação
E é esse programa inicial que funda o pensamento e a prática das “vanguardas” dos anos 1920: suprimir a arte enquanto atividade separada, devolvê-la ao trabalho, isto é, à vida que elabora seu próprio sentido.
(Adaptado de: RANCIÈRE, Jaques. A partilha do sensível: estética e política)
Considerando o excerto acima, são exemplos de vanguardas dos anos 1920:
Essa artista possui um talento vigoroso, fora do comum. Poucas vezes, através de uma obra torcida em má direção, se notam tantas e tão preciosas qualidades latentes. Percebe-se, de qualquer daqueles quadrinhos, como a sua autora é independente, como é original, como é inventiva, em que alto grau possui umas tantas qualidades inatas, das mais fecundas na construção duma sólida individualidade artística.
Entretanto, seduzida pelas teorias do que ela chama arte moderna, penetrou nos domínios de um impressionismo discutibilíssimo, e pôs todo o seu talento a serviço duma nova espécie de caricatura.
O trecho acima pertence à crítica “Paranóia ou mistificação”, publicada em O Estado de São Paulo em 20/12/1917, escrita por Monteiro Lobato.
A artista autora da exposição à que a crítica se refere é:
É esse o nome que dei às minhas obras desse período pois seu caráter é fundamentalmente orgânico. [...] Cada Bicho é uma entidade orgânica que se revela totalmente dentro de seu tempo interior de expressão. [...] É um organismo vivo, uma obra essencialmente atuante. Entre você e ele se estabelece uma interação total, existencial.
(Excerto de Bichos, texto de Lygia Clark)
Nos Bichos, obra fundante, Clark realiza plenamente o espaço neoconcreto como campo de experiência e da alteridade. A obra espera o Outro. [...] O Bicho é o indeterminado.
(Excerto de Lygia Clark, de Paulo Herkenhoff)
Os dois excertos acima, um da própria artista e outro do crítico de arte Paulo Herkenhoff, possibilitam interpretações de uma
mesma série, “Bichos”. Os dois excertos afirmam e concordam entre si sobre:
O ofício das baianas de acarajé, registrado como Patrimônio Imaterial Brasileiro pelo Iphan é a prática tradicional de produção e venda nos espaços públicos, em tabuleiro, das chamadas comidas de baiana, feitas com azeite de dendê... .
(Disponível em: http://portal.iphan.gov.br)
Os aspectos referentes ao ofício das baianas de acarajé e sua ritualização compreendem
Boris Hessen foi o primeiro cientista a apresentar uma visão materialista sobre o desenvolvimento da ciência, sendo bastante questionado e até ridicularizado quando assim o fez. Em 1931, o cientista soviético apresentou seu trabalho "As Raízes Sociais e Econômicas dos Principia de Newton" no II Congresso Internacional de História das Ciências, em Londres. Ao final de sua tese, ele afirmou que na época em que Newton formulou e formalizou as leis da mecânica (século XVIII):
“Havia necessidade de meios de comunicação convenientes, uma medida de tempo mais exata – especialmente devido ao contínuo aumento do ritmo das transações −, e de métodos exatos para contabilidade e medida (...) Comparando os principais problemas técnicos com os temas que dominavam a física desse período, chegamos à conclusão de que esses temas eram determinados principalmente pelas tarefas econômicas e técnicas que interessavam à nascente burguesia.”
(HESSEN, B. “As raízes sociais e econômicas dos Principia de Newton”. Revista de Ensino de Física, v. 6, n. 1, p. 37-55, 1984)
A ideia central de sua tese é que o desenvolvimento científico
Os conceitos físicos são criações livres do espírito humano; eles não são, como se poderia acreditar, determinados unicamente pelo mundo exterior. No esforço que fazemos para compreender o mundo, nós parecemos um pouco com uma pessoa que tenta compreender o mecanismo de um relógio completamente fechado: ela vê o mostrador e os ponteiros em movimento, ouve o tique-taque, mas não tem nenhum meio de abrir o relógio. Se ela for criativa, poderá construir uma imagem do mecanismo, considerando-o responsável por tudo o que ela observa; mas ela nunca estará segura de que sua imagem é a única capaz de explicar suas observações. Ela nunca estará em condições de comparar sua imagem com o mecanismo real e sequer poderá representar a possibilidade ou a significação de tal comparação. Assim o pesquisador também crê certamente que, à medida que seus conhecimentos aumentarão, sua imagem da realidade se tornará cada vez mais simples e explicará campos de impressões sensíveis sempre mais amplos. Ele poderá, assim, crer na existência de um limite ideal do conhecimento, que o espírito humano pode alcançar. Ele poderá chamar esse limite ideal de verdade objetiva.
(EINSTEIN, Albert. INFELD, Léopold. L’ évolution des idées en Physique. Trad. M. Solovine. Paris: Payot, 1978, p. 34-35)
Segundo o texto escrito no século XX, a partir de uma concepção contemporânea de ciência,
Observe e analise o infográfico abaixo:
De acordo com os dados apresentados no infográfico é correto concluir que, nessa avaliação em questão,
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Duas outras palavras que poderiam ser utilizadas em uma poesia concreta com proposta semelhante à de Augusto de Campos com referência à orientação espacial são
Considere o diálogo escrito por Brecht entre Galileu e seu jovem criado e aluno Andrea.
G – Você vê! O que é que você vê? Você não vê nada! Você arregala os olhos e arregalar os olhos não é ver. (Galileu põe uma bacia de ferro no centro do quarto.) Bem, isto é o Sol. Sente-se aí. (Andrea se senta na única cadeira; Galileu está de pé, atrás dele.) Onde está o Sol, à direita ou à esquerda?
A – À esquerda.
G – Como fazer para ele passar para a direita?
A – O Senhor carrega a bacia para a direita, claro.
G – E não tem outro jeito? (Levanta Andrea e a cadeira do chão, faz meia volta com ele.) Agora, onde é que o Sol está?
A – À direita.
G – E ele se moveu?
A – Ele, não.
G – O que é que se moveu?
A – Eu.
G – (berrando) Errado! A cadeira!
A – Mas eu com ela!
G – Claro. A cadeira é a Terra. Você está em cima dela. Esta aqui é a Terra; seus pés estão sobre ela; note que ao meio-dia o sol está sobre sua cabeça. Você entendeu isto?
(Disponível em: http://wwwp.fc.unesp.br/~lavarda/galileu/a_vida_de_ galileu_2012_03_19. pdf)
A teoria que Galileu tentava explicar para seu jovem aluno e que Brecht representa de forma dramática no ato da peça é o