Questões de Concurso Comentadas para professor - artes

Segundo Martins, Picosque e Guerra (2012), o assunto avaliação é extremamente polêmico e contemporâneo. Palavras como avaliação, autoavaliação, processo, produto, valor, nota, julgamento, etc. envolvem pessoas, sonhos, projetos de vida e, ainda, questões éticas. A avaliação compartilhada gera feedback para o professor.
Se os objetivos das aulas de arte são a produção e a leitura de textos visuais, sonoros e gestuais, a avaliação deve partir daí, de como os aprendizes se apropriam dessas linguagens.
Analise os procedimentos a seguir.
I. Verificar o modo como o aluno decodifica e interpreta os signos da linguagem cênica para expressar sentimento / pensamento.
II. Conduzir diálogo aberto para identificar o que causou frustração / satisfação e o que o aluno gostaria de continuar investigando em arte.
III. Perceber como o aluno exercita o pensamento cinestésico, simbolizando seu sentir / pensar por meio de movimentos expressivos e pulsações rítmicas.
IV. Identificar como o aluno expressa a visualidade do movimento, da profundidade, da perspectiva, da proporção, da deformação para premiar os melhores.
Apresentam procedimentos de avaliação em arte

“Onde está o desenho? Nas placas de trânsito, nos mapas, nas estampas de roupa, nas plantas de prédios, nas ilustrações, em projetos de todos os objetos de criação humana. O desenho é uma maneira de brincar no mundo, pensar o mundo, de estar no mundo, de se comunicar. O desenho pode ser um meio rápido de expressar algo ou uma modalidade elaborada de expressão artística.” (BARBIERI, 2012, p. 85).
A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta.

Na discussão da proposta para uma experiência em educação intercultural na escola, Candau (1998, p. 182) salienta que a cultura escolar se revela como “engessada”, pouco permeável ao contexto em que se insere, aos universos culturais das crianças e jovens a que se dirige e à multiculturalidade das nossas sociedades.
Partindo dessa visão, ao abordar o ensino da arte na escola numa perspectiva multicultural, alguns fatores devem ser considerados pelo professor.
A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.

“Nós não modelamos só com barro, nós modelamos também com nossos pensamentos, com nossas apreensões do mundo. [...] Nós podemos aprender a ver as coisas de dentro para fora. No meu modo de ver, isso poderia ser feito numa escola, em diferentes níveis (JARDIM, 2012).
Conforme pensamento do autor, sobre ações metodológicas em uma oficina de arte, assinale a alternativa incorreta.

“A formação do professor de arte é uma formação que fala da vida, dos sons do mundo, dos gestos, das pessoas, do movimento, das cores, das luzes, dos espaços, dos ambientes, dos cheiros, das texturas, das percepções. A área de artes como área de conhecimento exige permanente estudo. A experiência estética e a formação contínua da estética, como um todo, são uma parte pequena da área de artes. Existe um outro lado que é conhecer a história da arte, os jeitos de se fazer arte, as manifestações através dos tempos” (BARBIERI, 2012, p. 147).
Na leitura de uma imagem, cria-se um tecido de reflexões com várias camadas, em que os pensamentos se alternam entre procedimentos e conceitos.
A esse respeito, relacione a COLUNA II com a COLUNA I, associando os procedimentos descritos às suas descrições.

COLUNA I
I. O contato com a obra de arte e seus elementos constitutivos II. O que sabemos sobre o artista III. O que sabemos sobre arte IV. O que sabemos sobre história da arte V. Experiências de vida e jeito de olhar
COLUNA II
( ) Conexões com nosso imaginário singular e o universo simbólico coletivo. ( ) Percepção, interpretação e análise; diálogo com a obra. ( ) Biografia, poética e conceitos utilizados nas obras; outras obras realizadas ao longo de sua trajetória. ( ) Movimentos artísticos, outros artistas e outras obras que já tenhamos observado. ( ) Procedimentos de artes, modalidades artísticas, linguagens e nossas experiências com meios, ferramentas e suportes.
Assinale a sequência correta.

Isabel Marques (2012) aponta para a relação entre corpo, dança e etnia, que acaba criando generalizações e preconceitos, comuns no pensar e falar dos professores de dança, ao apresentar conclusões como “brancos são bons para danças clássica, moderna e contemporânea”, “negros e mestiços são aptos para danças populares brasileiras”, entre outros comentários. Para a autora,

Para Marques (2012), aprender danças populares de diversas regiões do Brasil, assim como danças populares de outros países,

Para Marques (2012), o trabalho de Rudolf Laban foi formular uma ciência da dança, a coreologia. Segundo a autora, com essa formulação, o coreógrafo e dançarino propõe

Toda ação humana envolve a atividade corporal. A criança é um ser em constante mobilidade e utiliza-se dela para buscar conhecimento de si mesma e daquilo que a rodeia, relacionando-se com objetos e pessoas.

(PCN-Arte, 1997)

Segundo o documento, a ação física é necessária para que a criança

Como sugestão para a escolha de conteúdos constantes no eixo A Dança como produto cultural e apreciação estética, os PCN-Arte (1997) indicam

Marques (2012) aponta para o ensino de dança sugerido por Laban que propunha práticas pedagógicas, nas quais as crianças pudessem, por si mesmas, “aprender fazendo” seus movimentos e danças “livres, naturais e espontâneas”. Para a autora, verifica-se nessa abordagem a influência de

Ao caracterizar as coreografias de Merce Cunningham, Marques (2012) aponta para a característica

Marques (2012) pontua a trajetória de Isadora Duncan como marcada pelo desenvolvimento de técnica corporal própria, cuja experiência

Segundo Fonterrada (2008), Platão e Aristóteles concordam no que diz respeito a crença de que a música molda o caráter do homem. (...) Para a autora, essa é a razão de o modo dórico ser o preferido na educação dos jovens, pois, segundo aquela doutrina, propicia equilíbrio e força moral, importante para a formação do cidadão e o fortalecimento da pólis.
Conclui a autora que, entre os gregos, a música é vista de duas maneiras. São elas:

Segundo os PCN-Arte (1997), a Educação Musical, criada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira de 1961, vigora efetivamente a partir de meados da década de 60. Com a Educação Musical passa a existir no ensino de música um outro enfoque, quando a música pode ser sentida, tocada, dançada, além de cantada. Utilizando jogos, instrumentos de percussão, rodas e brincadeiras, buscava-se um desenvolvimento auditivo, rítmico, a expressão corporal e a socialização das crianças que são estimuladas a experimentar, improvisar e criar.
Segundo o documento, essa concepção tinha como proposta

Experimentação, improvisação e composição a partir de propostas da própria linguagem musical (sons, melodias, ritmos, estilo, formas); de propostas referentes a paisagens sonoras de distintos espaços geográficos (bairros, ruas, cidades), épocas históricas (estação de trem da época da “Maria Fumaça”, sonoridades das ruas); de propostas relativas à percepção visual, tátil; de propostas relativas a ideias e sentimentos próprios e ao meio sociocultural, como as festas populares.
(PCN-Arte, 1998)

Esse conteúdo é apresentado no documento como alinhado ao eixo

Segundo Fonterrada (2008), Boécio, no século V, elaborou o tratado De institutione musica, na qual o autor reuniu as diferentes teorias da música. O autor descreve os efeitos da música no homem e define seu domínio. Para ele, existem os seguintes tipos de música: musica mundana, musica humana e musica constituta in instrumentos. A primeira, referia-se à música das esferas; a segunda, que une ao corpo o espírito eterno, e a terceira, que é

À medida que se desenvolve a arte técnica, o gesto humano vai sendo substituído pelo gesto técnico. A necessidade de ação física ou manual do artista se torna cada vez menor e, muitas vezes, reduz-se ao apertar de um botão. Onde fica a habilidade própria do artista, aquilo que diferenciava sua obra dos demais? Para Costa (2004), surge então novo conceito de gesto artístico, que é

Para Costa (2004), a estética medieval desenvolveu-se sob a marcante presença da Igreja na Europa e de suas preocupações religiosas. Do ponto de vista da elaboração visual, essa estética apresentava

O filósofo italiano Umberto Eco elaborou o conceito de obra aberta para definir a obra de arte. Segundo Costa (2004), o conceito aponta para