Questões de Concurso
Comentadas para telefonista
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I - PABX: os ramais dependem de uma telefonista para fazer ligações externas e precisam de auxílio para a comunicação entre si.
II - PAX: os ramais fazem ligação entre si automaticamente, não havendo troncos.
III - PBX: os ramais fazem ligações entre si automaticamente. A operadora atende as ligações da Central Pública, conectando-as aos ramais. As ligações de saída para a central pública se processam automaticamente.
De acordo com seus conhecimentos:
Eu preparo uma canção em que minha mãe se reconheça, todas as mães se reconheçam, e que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua que passa em muitos países. Se não se vêem, eu vejo e saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo como quem anda ou sorri. No jeito mais natural dois carinhos se procuram. Minha vida, nossas vidas formam um só diamante. Aprendi novas palavras e tornei outras mais belas. Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormecer as crianças.
Considerando as palavras em destaque (negrito) na segunda estrofe do poema:
I. “Rua” é uma palavra paroxítona, não acentuada porque termina em vogal A. II. “Países” é uma paroxítona, mas sua acentuação justifica-se pelo hiato formado no interior dessa palavra. III. “Vêem” é uma palavra paroxítona que também concentra um hiato. Com a Reforma Ortográfica em vigor a partir de 2016, esse acento será abolido. IV. “Saúdo” é uma palavra paroxítona, cuja acentuação está explicada pela presença do hiato.
Sobre essas afirmações, é correto dizer:
A PALAVRA
Rubem Braga
Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito - como não imaginar que, sem querer, feri alguém? (...)
Às vezes, também, a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.
Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que disse com naturalidade por que senti no momento - e depois esqueci.
Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava.
Um dia minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven - e o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro cor de ouro?
Alguma coisa que eu disse distraído - talvez palavras de algum poeta antigo - foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças.
Rio, novembro, 1959.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora do autor,1962.p.195-196
Todas as passagens abaixo admitem o uso da vírgula, com EXCEÇÃO de: