Questões de Concurso
Comentadas para professor
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1- exposição verbal dos conteúdos; 2- tempestade cerebral; 3- mapa conceitual; 4- memorização; 5- júri simulado; 6- oficina (laboratório ou workshop).
As estratégias que atendem uma metodologia ativa estão contidas em:
“De hoje em diante, que fique combinado que não haverá mais ‘índio’ no Brasil. Fica acertado que os chamaremos indígenas, que é a mesma coisa que nativo, original de um lugar. Certo? Bem, calma lá. Alguém me soprou uma questão: mais índio e indígena não é a mesma coisa? Pois é. Não, não é. Digam o que disserem, mas ser um indígena é pertencer a um povo específico, Munduruku, por exemplo. Ser ‘índio’ é pertencer a quê? É trazer consigo todos os adjetivos não apreciados em qualquer ser humano. Ela é uma palavra preconceituosa, racista, colonialista, etnocêntrica, eurocêntrica. Acho melhor não a usarmos mais, não é?”
Fonte: Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica Currículo da cidade: povos indígenas: orientações pedagógicas. – São Paulo: SME / COPED, 2019, p. 16.
“Ao mesmo tempo, a linguagem como produtora de conhecimento, ao não apresentar de maneira sistemática e elaborada elementos da história e da cultura africanas e afro-brasileiras, elimina não só a possibilidade de as crianças conhecerem tal história e cultura, como também leva à idéia de que não possuem importância, portanto sua ausência se torna normal, natural, a ponto de nem ser denunciada e desejada. Esse fato configura um círculo vicioso de silêncio e silenciamento, que dificulta a reflexão das crianças sobre as relações raciais no cotidiano escolar e, ao mesmo tempo, sobre o próprio pertencimento racial. Por extensão, que essas crianças reflitam e ajam sobre as discriminações experienciadas e percebidas no dia a dia.”
Fonte: Cavalleiro, E. Discriminação racial e pluralismo em escolas públicas da cidade de São Paulo. In: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD). Educação anti-racista: caminhos abertos pela lei federal nº 10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (MEC-SECAD), 2005. p. 99.
A partir dos excertos apresentados, um caminho eficaz que a escola deve assumir, considerando que o espaço escolar deve romper com práticas racistas e discriminatórias e promover uma educação que reconheça e promova a diversidade étnico-racial, é
“A relação entre educação básica e profissional no Brasil está marcada historicamente pela dualidade. Nesse sentido, até o século XIX, não há registros de iniciativas sistemáticas que hoje possam ser caracterizadas como pertencentes ao campo da educação profissional. O que existia até então era a educação propedêutica para as elites, voltada para a formação de futuros dirigentes.”
Fonte: Documento base da educação profissional técnica de nível médio integrada ao Ensino Médio, 2007, p. 10)
“Os Institutos Federais, com uma proposta singular de organização e gestão, no diálogo com as realidades regional e local e em sintonia com o global, costuram o tecido de uma rede social capaz de gerar, em resposta às demandas de desenvolvimento sustentável e inclusivo, arranjos e tecnologias educacionais próprios. Vislumbra-se que se constituam em marco nas políticas educacionais no Brasil, pois desvelam um projeto de nação que se pretende social e economicamente mais justa. Na esquina do tempo, essas instituições podem representar o desafio a um novo caminhar na produção e democratização do conhecimento.” (Pacheco, 2015, p. 27).
Com base na leitura dos excertos, é fundamental o entendimento de que a história da educação profissional no Brasil tem, na criação dos Institutos Federais, a afirmação do compromisso democrático, ético e cidadão de ruptura com a dualidade entre uma formação para a elite e outra para os trabalhadores. Nessa perspectiva, segundo Pacheco (2015), entre os conceitos fundamentais para a compreensão das concepções que orientam a criação dos Institutos Federais está:
Texto 1
“No que diz respeito à educação básica de jovens e adultos no Brasil, pode-se afirmar que predominam iniciativas individuais ou de grupos isolados, acarretando descontinuidades, contradições e descaso dos órgãos responsáveis (Moura, 2005). Por outro lado, a cada dia, aumenta a demanda social por políticas públicas perenes nessa esfera. Tais políticas devem pautar o desenvolvimento de ações baseadas em princípios epistemológicos que resultem em um corpo teórico bem estabelecido e que respeite as dimensões sociais, econômicas, culturais, cognitivas e afetivas do jovem e do adulto em situação de aprendizagem escolar (Cabello, 1998).” (Moura e Henrique, 2012, p. 115).
Texto 2
A história da educação de jovens e adultos no Brasil é marcada pela luta de diferentes segmentos sociais pela construção de políticas públicas eficazes e específicas para essa modalidade de ensino. No âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA foi instituído em 2005 para que as instituições federais de educação profissional ofertassem cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores e cursos técnicos de nível médio para a população jovem e adulta. (IFSP, 2024)
Após a leitura dos textos, analisando o que indicam os autores, entre os desafios enfrentados pelo PROEJA, destaca-se:
“O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade.” (Veiga, 2011, p. 12-13)
Ao abordar a construção do projeto político pedagógico da escola, Veiga destaca sete elementos básicos coerentes com os princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. Entre eles:
“A inclusão educacional requer professores preparados para atuar na diversidade, compreendendo as diferenças e valorizando as potencialidades de cada estudante de modo que o ensino favoreça a aprendizagem de todos. A inexistência desta formação gera o fenômeno da pseudoinclusão, ou seja, apenas da figuração do estudante com deficiência na escola regular, sem que o mesmo esteja devidamente incluído no processo de aprender. Estar matriculado e frequentando a classe regular não significa estar envolvido no processo de aprendizagem daquele grupo.”
Fonte: Pimentel, Susana Couto. O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. In: Org: Theresinha Guimarães Miranda eTeófilo Alves Galvão Filho. Formação de professores para a inclusão saberes necessários e percursos formativos. Salvador: EDUFBA, 2012, p. 140.
Após a leitura do excerto e a partir da tese defendida por Pimentel, analise que tipo de ação é necessária, em sua prática inclusiva, pelo docente:
“Outro saber necessário à prática educativa (...) é o que fala do respeito devido à autonomia do ser do educando. Do educando criança, jovem ou adulto. Como educador, devo estar constantemente advertido com relação a este respeito que implica igualmente o que devo ter por mim mesmo. (...) O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros.” (Freire, 2019, p. 58)
Paulo Freire discute alguns saberes necessários à prática educativa a partir de uma perspectiva progressista, tendo a autonomia do educando como um dos aspectos centrais. Para atuar de modo coerente com esse princípio, o educador, com base em Freire, deve:
Fonte: Adaptação da LBD - Lei n. 9.394/1996
Com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n. 9.394/1996, a educação profissional e tecnológica abrange:
( ) É exposto no texto que Freire é categórico ao afirmar que a superação de nossa inexperiência democrática é exclusivamente um problema de Educação e somente a uma constituição de uma educação autêntica e orgânica poderá mudar nossa sociedade.
( ) No texto, o autor expõe que Freire faz críticas à falta de organicidade da escola brasileira em relação às condições sociais, políticas e culturais e expõe tratar-se de uma questão superada no contexto atual. O autor defende ainda a necessidade dos cursos de formação de professores se atentarem aos processos de alfabetização.
( ) Para o autor, Freire conseguiu sustentar com rigor teórico a sua utopia, compreendida não como impossibilidade, mas como inconformismo com o real e como projeto, e estava ciente quanto à “dramaticidade” que a indeterminação histórica e as lutas de forças encerram.
( ) Tendo Freire como referência, o autor aponta que não se constituiu no povo brasileiro uma consciência de grupo, pelo contrário, as condições histórico-culturais da formação do país produziram disposições individualistas ainda arraigadas nas consciências e manifestas nas atitudes dos membros de nossa sociedade.
Assinale a sequência correta.
I. A lógica para a organização dos conteúdos em atividades necessita apoiar-se, principalmente, nos princípios da sequenciação, da progressão de complexidade, da articulação de capacidades e conteúdos e da variação das atividades.
II. A progressão de complexidade das atividades significa a adoção de uma sequência de atividades pré-estabelecidas, estáticas e lineares que devem considerar especialmente as necessidades de ensino e a natureza conceitual do conteúdo.
III. O planejamento das práticas de alfabetização e letramento objetiva o desenvolvimento das habilidades linguísticas que são próprias dos conteúdos dessa área de conhecimento: compreensão e valorização da cultura escrita, leitura, produção de textos e desenvolvimento da oralidade.
Estão corretas as afirmativas
Não corresponde a uma dessas fases:
Considerando a importância e as contribuições dos diferentes métodos na alfabetização, assinale aquele cujo princípio consiste em apresentar partes mínimas da escrita, as letras do alfabeto, que, ao se juntarem umas às outras, formam as sílabas ou partes que dariam origem às palavras.
Não se adequa às concepções educativas desse educador:
I. Na obra de Panizza (2006), destaca-se que o essencial na aprendizagem da Matemática é construir o sentido dos conhecimentos e que a resolução de problemas é uma atividade indispensável para isso. Por meio da resolução de problemas, os alunos constroem seus conhecimentos, posto que promovem atividades de busca nas quais se põem em prática os conhecimentos já construídos adaptando como ferramentas de solução para esta nova situação.
II. No campo da aprendizagem e do ensino da Matemática, constantemente se destacou a importância da resolução de problemas e na BNCC é exposto que a unidade temática “Álgebra” deve enfatizar o desenvolvimento de uma linguagem, o estabelecimento de generalizações, a análise da interdependência de grandezas e a resolução de problemas por meio de equações ou inequações.
III. De acordo com a BNCC, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a expectativa em relação a unidade temática “Números” é que os alunos resolvam problemas com números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, envolvendo diferentes significados das operações, argumentem e justifiquem os procedimentos utilizados para a resolução e avaliem a plausibilidade dos resultados encontrados.
Estão corretas as afirmativas
( ) A LDB estabelece que nas escolas da Educação Básica públicas e privadas é facultativo o estudo da História e cultura afro-brasileira e indígena. Expõe ainda que as disciplinas a que se refere este artigo deverão incluir aspectos da história que caracterizam a formação da população brasileira a partir desses grupos étnicos.
( ) De acordo com a LDB, na oferta de Educação Básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região dentre as quais se insere a organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas.
( ) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana apontam que a construção de estratégias educacionais que visem ao combate do racismo é uma tarefa de todos os educadores, independentemente do seu pertencimento étnico-racial.
( ) Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, a educação quilombola pode ser desenvolvida em unidades educacionais inscritas em terras quilombolas e também em escolas tradicionais, requerendo pedagogia mista que busque reconhecer as diferenças étnico-culturais dos estudantes e formação complementar para a coordenação pedagógica.
Assinale a sequência correta.