Questões de Concurso Comentadas para orientador educacional

A Andragogia, diferente do que normalmente se pensa, não surgiu no ano de 1967, nem tampouco foi criada pelo educador Malcolm Knowles (1913-1997), nos Estados Unidos. Sua origem remonta há quase dois séculos antes, em 1833, a partir do educador alemão Alexander Kapp (1799-1869), que usou pela primeira vez o termo, partindo da concepção de que os adultos aprendem de uma maneira diferente das crianças. Todavia, o título de “pai da Andragogia”, é atribuído a Knowles, tendo em vista sua inegável dedicação à pesquisa e à difusão de seus fundamentos, tendo sido, inclusive, o responsável por apresentar o conceito aos americanos e, posteriormente, ao mundo. A aprendizagem é um fenômeno complexo que desafia a descrição feita por qualquer modelo único. O desafio tem sido – e continua a ser – definir o que é mais característico entre os adultos aprendizes, estabelecer os princípios fundamentais e definir como adaptá-los a circunstâncias variadas. Quanto mais os pesquisadores identificam fatores que operam a moderação e a mediação da aprendizagem de adultos, mais sólidos os princípios fundamentais se tornam.

(Knowles, Holton e Swanson, 2011. P. 194.)

NÃO é considerando um dos princípios andragógicos fundamentais para aprendizagem dos adultos: 

Segundo Chalita (2001), “a educação para a ética prepara o ser humano para o equilíbrio de aceitar que não devem prevalecer as vontades individuais e que o bom senso determinará o ponto consensual. Isso é a ética – um código, uma opção comum, um interesse de todos para que o que é de todos seja preservado, que o bem seja buscado e cada um entenda que acima de seus caprichos há uma humanidade”. Atualmente, as organizações visam melhorar o ambiente de trabalho, garantindo qualidade e produtividade por meio da ética. Para que uma pessoa possa ser considerada um sujeito moral ou ético é necessário que algumas condições sejam observadas; analise-as.

I. Ser consciente de si e dos outros, capaz de refletir e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si.
II. Ser responsável, reconhecendo-se como autor da ação, avaliando os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros, assumindo como suas consequências e respondendo por elas.
III. Ser livre, ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa.
IV. Ser dotado de vontade, de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, paixões, sentimentos para que estejam em conformidade com as normas e os valores, ou as virtudes reconhecidas pela consciência moral; e de capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis.

Está correto o que se afirma em 

Os conflitos fazem parte, naturalmente, de toda interação humana e, portanto, dos processos grupais. Lutar pelo que queremos, discordar das ideias dos que nos cercam, discutir valores e paradigmas diferentes; esta é a diversidade que alimenta os relacionamentos e, por vezes, gera conflitos. “Um grau moderado de conflitos específicos pode estimular novas ideias, promover uma competição saudável e energizar o comportamento. Em algumas organizações, principalmente nas que visam lucro, muitos administradores acreditam ser o conflito uma disfunção. Por sua vez, organizações que não visam lucro consideram-no benéfico e creem que ele conduza a decisões mais qualificadas.”

(GRIFFIN e MOORHEAD, 2006, p. 232.)


Antes de administrar os conflitos que surgem, é importante compreender a dinâmica do conflito e suas variáveis, pois um diagnóstico sempre deve preceder à intervenção. Quanto à equipe, encontra-se em conflito gerado pela “acomodação”; poder-se-á utilizar a abordagem da gestão do conflito percebendo que uma das partes está errada, ou que não possui argumentos para defender uma determinada posição. NÃO se trata de uma característica deste conflito: 

A Lei nº 14.644/2023, de 2 de agosto de 2023, altera a Lei de Diretrizes e Bases, de 20 de dezembro de 1996, que regulamenta o sistema educacional brasileiro, em vários artigos e inclui novos textos. Sobre tais alterações, assinale a afirmativa correta.

A orientação educacional está prevista para toda a educação básica, o que compreende da educação infantil ao ensino médio, assumindo, também, o papel de orientação profissional, que deve começar na escola desde os anos iniciais. Entretanto, no ensino médio, o foco do Orientador Educacional (OE) recai de forma mais significativa na orientação profissional, possibilitando estratégias e um trabalho significativo para que o discente vivencie, explore e decida sobre o caminho que irá seguir na vida adulta. Pode-se mensurar a importância da orientação profissional nas competências “trabalho e projeto de vida” da Base Nacional Comum Curricular: “valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.
(BRASIL, 2017.)

A orientação profissional é uma ferramenta essencial para a formação integral do aluno. No entanto, ela deve ser ampliada para atividades práticas nas quais os estudantes vivenciam suas possibilidades de escolha das profissões e experimentam o mundo do trabalho. Quando o OE convida profissionais de diferentes áreas para realizar preleção na escola, com depoimentos sobre o mercado de trabalho, as habilidades requisitadas e a satisfação pessoal em seguir determinada carreira, os alunos podem se inspirar e buscar mais informações sobre a profissão, a fim de identificar o que tem mais a ver com seus interesses e suas aptidões e descobrir uma carreira relacionada. Sobre a prática utilizada pelo OE, infere-se que se trata de: