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Q1907583 Português

    Aprimorar a saúde mental e física, prevenir doenças, ajudar a suportar o estresse, lidar com sentimentos de impotência e racionalizar fracassos de modo mais positivo e produtivo: são essas as promessas de um amplo leque de técnicas que, baseadas na ciência, podem adequar-se a necessidades ou circunstâncias de qualquer um. Algumas visam alterar estilos cognitivos e emocionais — ou seja, como racionalizar as causas de sucessos e fracassos —, outras se concentram em repetir chavões de autoafirmação. Há ainda técnicas voltadas para treinar a esperança — pensamento orientado por objetivos em que as pessoas percebem que podem produzir itinerários para metas desejadas e a motivação necessária para segui-los —, praticar a gratidão e o perdão ou cultivar o otimismo — uma diferença individual variável que reflete em que medida as pessoas mantêm expectativas favoráveis sobre o futuro. Em síntese, todos esses métodos compartilham alguns atributos. De um lado, são feitos sob medida para um consumo rápido; de outro lado, dizem proporcionar retornos rápidos e mensuráveis em troca de pouco investimento e esforço.


Edgar Cabanas. Happycracia: fabricando cidadãos felizes.

Trad. Humberto do Amaral. São Paulo: Ubu Editora, 2022 (com adaptações). 

Considerando as ideias e as propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue. 


Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência das ideias do texto caso fossem suprimidos do primeiro período, concomitantemente, os dois-pontos, empregados após “produtivo”, e o vocábulo “essas”.

Alternativas
Q1907582 Português

    Aprimorar a saúde mental e física, prevenir doenças, ajudar a suportar o estresse, lidar com sentimentos de impotência e racionalizar fracassos de modo mais positivo e produtivo: são essas as promessas de um amplo leque de técnicas que, baseadas na ciência, podem adequar-se a necessidades ou circunstâncias de qualquer um. Algumas visam alterar estilos cognitivos e emocionais — ou seja, como racionalizar as causas de sucessos e fracassos —, outras se concentram em repetir chavões de autoafirmação. Há ainda técnicas voltadas para treinar a esperança — pensamento orientado por objetivos em que as pessoas percebem que podem produzir itinerários para metas desejadas e a motivação necessária para segui-los —, praticar a gratidão e o perdão ou cultivar o otimismo — uma diferença individual variável que reflete em que medida as pessoas mantêm expectativas favoráveis sobre o futuro. Em síntese, todos esses métodos compartilham alguns atributos. De um lado, são feitos sob medida para um consumo rápido; de outro lado, dizem proporcionar retornos rápidos e mensuráveis em troca de pouco investimento e esforço.


Edgar Cabanas. Happycracia: fabricando cidadãos felizes.

Trad. Humberto do Amaral. São Paulo: Ubu Editora, 2022 (com adaptações). 

Considerando as ideias e as propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue. 


O verbo “Aprimorar” (primeiro período) poderia ser substituído por Aperfeiçoar, sem alteração da correção gramatical e dos sentidos do texto. 

Alternativas
Q1907581 Português

    Aprimorar a saúde mental e física, prevenir doenças, ajudar a suportar o estresse, lidar com sentimentos de impotência e racionalizar fracassos de modo mais positivo e produtivo: são essas as promessas de um amplo leque de técnicas que, baseadas na ciência, podem adequar-se a necessidades ou circunstâncias de qualquer um. Algumas visam alterar estilos cognitivos e emocionais — ou seja, como racionalizar as causas de sucessos e fracassos —, outras se concentram em repetir chavões de autoafirmação. Há ainda técnicas voltadas para treinar a esperança — pensamento orientado por objetivos em que as pessoas percebem que podem produzir itinerários para metas desejadas e a motivação necessária para segui-los —, praticar a gratidão e o perdão ou cultivar o otimismo — uma diferença individual variável que reflete em que medida as pessoas mantêm expectativas favoráveis sobre o futuro. Em síntese, todos esses métodos compartilham alguns atributos. De um lado, são feitos sob medida para um consumo rápido; de outro lado, dizem proporcionar retornos rápidos e mensuráveis em troca de pouco investimento e esforço.


Edgar Cabanas. Happycracia: fabricando cidadãos felizes.

Trad. Humberto do Amaral. São Paulo: Ubu Editora, 2022 (com adaptações). 

Considerando as ideias e as propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue. 


Em “Algumas visam alterar estilos cognitivos e emocionais” (segundo período), a ausência da preposição a para introduzir o complemento da forma verbal “visam” justifica-se pelo fato de que, nesse trecho, o verbo visar está empregado com a acepção de validar. 

Alternativas
Q1907580 Português

    É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico, pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco, constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo — os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.


Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:

conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).  

No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.


No primeiro período, faz-se um elogio à obra de Karl Popper pelo emprego do adjetivo “notável”, o qual estabelece concordância com o termo “todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper”, qualificando-o.

Alternativas
Q1907579 Português

    É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico, pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco, constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo — os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.


Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:

conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).  

No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.


No segundo período, a posição do pronome “se”, em “constata-se não só seu incômodo”, é motivada pela presença da palavra “não”.

Alternativas
Q1907578 Português

    É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico, pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco, constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo — os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.


Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:

conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).  

No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.


No trecho “pensamento que era considerado na época como imperioso” (primeiro período), a exclusão do segmento “que era” manteria a correção gramatical e os sentidos do texto.  

Alternativas
Q1907577 Português

    É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico, pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco, constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo — os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.


Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:

conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).  

No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.


A forma pronominal “esta”, em “é esta a proposta da busca de um mundo melhor” (terceiro período), retoma o que se afirma no segundo período do texto.

Alternativas
Q1907576 Português

    É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico, pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco, constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo — os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.


Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:

conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).  

No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.


No contexto em que aparece, o termo “falseacionista” (último período) pode significar a propriedade de uma ideia, hipótese ou teoria se mostrar falsa. 

Alternativas
Q1907575 Português

    É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico, pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco, constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo — os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.


Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:

conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).  

No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.


O texto é predominantemente argumentativo, pois se dedica a defender a perspectiva filosófica de Karl Popper. 

Alternativas
Q1907574 Português

    É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico, pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco, constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo — os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.


Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:

conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).  

No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.


Infere-se do texto que Karl Popper não era adepto dos métodos da indução e do verificacionismo e até os criticava.

Alternativas
Q1906753 Noções de Informática
Em uma planilha de cálculo do Calc, considere que existem duas planilhas individuais, cada uma em uma aba, nomeadas como A e B, respectivamente. Sabendo que a planilha B está oculta e a planilha A está selecionada, assinale a alternativa incorreta em relação ao conteúdo do menu Planilha na barra de menu.
Alternativas
Q1906752 Noções de Informática
No editor de textos Writer, a tecla de atalho Ctrl+F
Alternativas
Q1906751 Noções de Informática
São ações que podem ser executadas para evitar que equipamentos sejam infectados por códigos maliciosos, exceto: 
Alternativas
Q1906750 Noções de Informática
O filtro antispam permite 
Alternativas
Q1906749 Noções de Informática
Um usuário teve sua conta de correio eletrônico invadida. Uma das principais causas para a ocorrência desse problema é 
Alternativas
Q1906739 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão .


A marca no flanco 

Lya Luft 


O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. 

É uma ideia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo. 

E o que configura essa perspectiva nossa?

Ela se inaugura na infância, com suas carências nem sempre explicáveis. Mesmo se fomos amados, sofremos de uma insegurança elementar. Ainda que protegidos, seremos expostos a fatalidades e imprevistos contra os quais nada nos defende. Temos de criar barreiras e ao mesmo tempo lançar pontes com o que nos rodeia e o que ainda nos espera. Toda essa trama de encontro e separação, terror e êxtase encadeados, matéria da nossa existência, começa antes de nascermos.

Mas não somos apenas levados à revelia numa torrente. Somos participantes. 

Nisso reside nossa possível tragédia: o desperdício de uma vida com seus talentos truncados se não conseguirmos ver ou não tivermos audácia para mudar para melhor – em qualquer momento, e em qualquer idade.

A elaboração desse “nós” iniciado na infância ergue as paredes da maturidade e culmina no telhado da velhice, que é coroamento embora em geral seja visto como deterioração.

Nesse trabalho nossa mão se junta às dos muitos que nos formam. Libertando-nos deles com o amadurecimento, vamos montando uma figura: quem queremos ser, quem pensamos que devemos ser – quem achamos que merecemos ser.

Nessa casa, a casa da alma e a casa do corpo, não seremos apenas fantoches que vagam, mas guerreiros que pensam e decidem.

Constituir um ser humano, um nós, é trabalho que não dá férias nem concede descanso: haverá paredes frágeis, cálculos malfeitos, rachaduras. Quem sabe um pedaço que vai desabar. Mas se abrirão também janelas para a paisagem e varandas para o sol.

O que se produzir – casa habitável ou ruína estéril – será a soma do que pensaram e pensamos de nós, do quanto nos amaram e nos amamos, do que nos fizeram pensar que valemos e do que fizemos para confirmar ou mudar isso, esse selo, sinete, essa marca.

Porém isso ainda seria simples demais: nessa argamassa misturam-se boa-vontade e equívocos, sedução e celebração, palavras amorosas e convites recusados. Participamos de uma singular dança de máscaras sobrepostas, atrás das quais somos o objeto de nossa própria inquietação. Nem inteiramente vítimas nem totalmente senhores, cada momento de cada dia um desafio.

Essa ambiguidade nos dilacera e nos alimenta. Nos faz humanos.

No prazo de minha existência completarei o projeto que me foi proposto, aos poucos tomando conta dessa tela e do pincel.

Nos primeiros anos quase tudo foi obra do ambiente em que nasci: família, escola, janelas pelas quais me ensinaram a olhar, abrigo ou prisão, expectativa ou condenação.

Logo não terei mais a desculpa dos outros: pai e mãe amorosos ou hostis, bondosos ou indiferentes, sofrendo de todas as naturais fraquezas da condição humana que só quando adultos reconhecemos. Por fim havemos de constatar: meu pai, minha mãe, eram apenas gente como eu. Fizeram o que sabiam, o que podiam fazer.

E eu… e eu?

Marcados pelo que nos transmitem os outros, seremos malabaristas em nosso próprio picadeiro. A rede estendida por baixo é tecida de dois fios enlaçados: um nasce dos que nos geraram e criaram; o outro vem de nós, da nossa crença ou nossa esperança. 

LUFT, Lya. Perdas & Ganhos. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 21-23 [Adaptado] 

No penúltimo parágrafo, Luft se vale da seguinte construção:


“E eu… e eu?”


Diante do contexto em que se insere o trecho, é adequado apontar que 

Alternativas
Q1906738 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão .


A marca no flanco 

Lya Luft 


O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. 

É uma ideia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo. 

E o que configura essa perspectiva nossa?

Ela se inaugura na infância, com suas carências nem sempre explicáveis. Mesmo se fomos amados, sofremos de uma insegurança elementar. Ainda que protegidos, seremos expostos a fatalidades e imprevistos contra os quais nada nos defende. Temos de criar barreiras e ao mesmo tempo lançar pontes com o que nos rodeia e o que ainda nos espera. Toda essa trama de encontro e separação, terror e êxtase encadeados, matéria da nossa existência, começa antes de nascermos.

Mas não somos apenas levados à revelia numa torrente. Somos participantes. 

Nisso reside nossa possível tragédia: o desperdício de uma vida com seus talentos truncados se não conseguirmos ver ou não tivermos audácia para mudar para melhor – em qualquer momento, e em qualquer idade.

A elaboração desse “nós” iniciado na infância ergue as paredes da maturidade e culmina no telhado da velhice, que é coroamento embora em geral seja visto como deterioração.

Nesse trabalho nossa mão se junta às dos muitos que nos formam. Libertando-nos deles com o amadurecimento, vamos montando uma figura: quem queremos ser, quem pensamos que devemos ser – quem achamos que merecemos ser.

Nessa casa, a casa da alma e a casa do corpo, não seremos apenas fantoches que vagam, mas guerreiros que pensam e decidem.

Constituir um ser humano, um nós, é trabalho que não dá férias nem concede descanso: haverá paredes frágeis, cálculos malfeitos, rachaduras. Quem sabe um pedaço que vai desabar. Mas se abrirão também janelas para a paisagem e varandas para o sol.

O que se produzir – casa habitável ou ruína estéril – será a soma do que pensaram e pensamos de nós, do quanto nos amaram e nos amamos, do que nos fizeram pensar que valemos e do que fizemos para confirmar ou mudar isso, esse selo, sinete, essa marca.

Porém isso ainda seria simples demais: nessa argamassa misturam-se boa-vontade e equívocos, sedução e celebração, palavras amorosas e convites recusados. Participamos de uma singular dança de máscaras sobrepostas, atrás das quais somos o objeto de nossa própria inquietação. Nem inteiramente vítimas nem totalmente senhores, cada momento de cada dia um desafio.

Essa ambiguidade nos dilacera e nos alimenta. Nos faz humanos.

No prazo de minha existência completarei o projeto que me foi proposto, aos poucos tomando conta dessa tela e do pincel.

Nos primeiros anos quase tudo foi obra do ambiente em que nasci: família, escola, janelas pelas quais me ensinaram a olhar, abrigo ou prisão, expectativa ou condenação.

Logo não terei mais a desculpa dos outros: pai e mãe amorosos ou hostis, bondosos ou indiferentes, sofrendo de todas as naturais fraquezas da condição humana que só quando adultos reconhecemos. Por fim havemos de constatar: meu pai, minha mãe, eram apenas gente como eu. Fizeram o que sabiam, o que podiam fazer.

E eu… e eu?

Marcados pelo que nos transmitem os outros, seremos malabaristas em nosso próprio picadeiro. A rede estendida por baixo é tecida de dois fios enlaçados: um nasce dos que nos geraram e criaram; o outro vem de nós, da nossa crença ou nossa esperança. 

LUFT, Lya. Perdas & Ganhos. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 21-23 [Adaptado] 

Ao longo do texto, há constante recorrência ao emprego dos dois-pontos. No trecho “Constituir um ser humano, um nós, é trabalho que não dá férias nem concede descanso: haverá paredes frágeis, cálculos malfeitos, rachaduras.”, a autora emprega esse sinal de pontuação com a intenção de 
Alternativas
Ano: 2021 Banca: IUDS Órgão: IF-RJ Prova: IUDS - 2021 - IF-RJ - Contador |
Q1906251 Direito Financeiro
Como podemos definir orçamento base zero? 
Alternativas
Ano: 2021 Banca: IUDS Órgão: IF-RJ Prova: IUDS - 2021 - IF-RJ - Contador |
Q1906250 Direito Financeiro

A lei de diretrizes orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos aqui o orçamento _________, o orçamento de ____________ das empresas e o orçamento da _____________.


Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto: 

Alternativas
Ano: 2021 Banca: IUDS Órgão: IF-RJ Prova: IUDS - 2021 - IF-RJ - Contador |
Q1906249 Direito Financeiro

O ________________ é um plano de médio prazo, por meio do qual procura-se ordenar as ações do governo que levem ao atingimento dos objetivos e metas fixados para um período de ______________.


Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto:

Alternativas
Respostas
4881: C
4882: C
4883: E
4884: E
4885: E
4886: C
4887: E
4888: C
4889: E
4890: C
4891: D
4892: C
4893: C
4894: B
4895: B
4896: B
4897: B
4898: A
4899: A
4900: B