Questões de Concurso Comentadas para educador social

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Q1156959 Noções de Informática
A criação de um hiperlink, no Microsoft ou no BrOffice Writer, tem como objetivo
Alternativas
Q1156957 Noções de Informática
Em relação ao disco rígido de um computador, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1156956 Noções de Informática
No Mozilla Firefox, os atalhos utilizados para acessar os favoritos, acessar a barra lateral de histórico de páginas visitadas e acessar a área de navegação privada são, respectivamente:
Obs.: O caractere “+” serve apenas para interpretação.
Alternativas
Q1156955 Noções de Informática
A ferramenta do Windows chamada Ponto de Restauração permite ao usuário
Alternativas
Q1156941 Português
Texto 2


16 de setembro de 1991


Querido amigo,


      Terminei de ler O sol nasce para todos. Agora é meu livro favorito, mas sempre acho [1] que um livro é meu favorito até eu ler outro. Meu professor de inglês avançado me pediu para chamá-lo de "Bill" quando não estivéssemos [2] em aula, e me deu outro livro para ler. Ele diz que eu tenho uma grande habilidade em leitura e compreensão, e queria que eu escrevesse um trabalho sobre O sol nasce para todos.
       Mencionei isso para minha mãe e ela me perguntou por que Bill não recomendou que eu apenas fosse [3] para uma turma de segundo ano. E eu contei a ela que Bill disse que eram basicamente as mesmas turmas com livros mais complicados, e que isso não me ajudaria. Minha mãe disse que ela não tinha certeza e conversaria [4] com ele durante a reunião de pais. Depois, ela me pediu para ajudá-la a lavar os pratos, o que eu fiz.     
      Sinceramente, eu não gosto de lavar pratos. Gosto de comer com os dedos e sem guardanapo, mas minha irmã diz que fazer isso é ruim para o meio ambiente. Ela participa do grupo ambientalista da escola secundária e é lá que ela conhece os garotos. Eles são todos muito legais com ela, e não entendo bem por quê, a não ser pelo fato, talvez, de que ela é bonita. Ela realmente maltrata muito aqueles caras.
       Um garoto foi particularmente duro. Não vou lhe dizer o nome dele. Mas vou lhe contar tudo sobre ele. Tinha um cabelo castanho muito bonito e o usava comprido e com um rabo-de-cavalo. Acho que ele vai se arrepender quando pensar no que fez. Ele estava sempre gravando [5] fitas para minha irmã com temas muito específicos. Uma se chamava "Folhas de Outono". Ele incluiu muitas canções dos Smiths. Fez até uma capa colorida. Depois que o filme que ele pegou na locadora terminou, minha irmã me deu a fita. "Quer para você, Charlie?" Peguei a fita, mas achei estranho, porque ele tinha gravado para ela.       Mas ouvi. E adorei. Tem uma canção chamada "Asleep" que eu gostaria que você ouvisse. Falei com minha irmã sobre isso. E uma semana depois ela agradeceu a mim, porque quando o garoto perguntou a ela sobre a fita, ela disse exatamente o que eu tinha dito sobre a canção "Asleep", e ele ficou muito emocionado por causa do significado que teve para ela. Espero que isso signifique que eu serei bom em namorar quando tiver idade para isso.

[...]

Stephen Chbosky. As vantagens de ser invisível.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1145001 Raciocínio Lógico
A NEGAÇÃO da sentença “Todos os lápis são pretos ou nenhuma caneta é azul” é dada por:
Alternativas
Q1144990 Matemática

Uma mistura de 50 litros é composta de X% gasolina, Y% de álcool e Z% de água, com X < Y < Z. Quais quantidades de gasolina e álcool devem ser adicionadas à mistura para que as novas proporções de água, gasolina e álcool passem a ter o mesmo valor na mistura resultante?



Alternativas
Q1141242 Português
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.


O que faz as coisas darem certo


          Duas pessoas. Ambas têm a mesma escolaridade. A mesma origem social. As mesmas oportunidades. Por que a vida é generosa com uma e fecha a cara para a outra? O destino e a sorte têm pouco a ver com isso. O que tem a ver é o nosso comportamento. Coisas simples nas quais não prestamos atenção alguma. Coluna assumidamente autoajuda, aproveite a promoção.             Vou me demorar no que me parece mais importante: a forma com que cada um se comunica. A maioria dá o seu recado muito mal. Não estou me referindo apenas ao uso correto do português. A pessoa pode ser um acadêmico e mesmo assim ser um desastre ao transmitir o que pensa e o que deseja. Tampouco estou falando de sedução, xaveco. Estou falando de convocação para reuniões, convite para eventos, e-mails profissionais, bilhete para funcionários, mensagens de WhatsApp, postagens no perfil do Face e, claro, as conversas, todas elas: presenciais, telefônicas, gravação de áudios. A gente simplesmente reluta em deixar as coisas esclarecidas, não dá a informação completa, não contextualiza. É tudo racionado, fragmentado, e a culpa nem é dos atuais vícios tecnológicos: ser preguiçoso na comunicação vem da pré-história. Sempre foi assim. As pessoas acreditam que as outras são adivinhas, têm bola de cristal.
            “Olá, desculpe o atraso da resposta, muita correria, mas vamos em frente, queremos muito fechar um bate-papo com você. Pode ser dia 21 de outubro?” Exemplo que extraí da minha caixa de e-mails ontem, assinado por uma desconhecida. Fui checar na minha lista de excluídos se havia algum outro e-mail dela, para tentar descobrir do que se tratava. Havia. De fevereiro, quando ela fez um convite em nome de uma empresa. Ressurgiu agora como se tivesse pedido licença para ir ao banheiro e voltado em 10 minutos. Não, não posso dia 21, obrigada, fica para próxima.
           Fazemos isso o tempo todo: não nos apresentamos direito, não retornamos contatos, não damos coordenadas, não cumprimos o que prometemos, não deixamos lembretes, não confirmamos presença, não explicamos nossos motivos, não avisamos cancelamentos, não falamos toda a verdade, não tiramos as dúvidas, não perguntamos, não respondemos. Parece tudo tão desnecessário. Aí o universo não coopera e a gente não entende por quê.
        Além de se comunicar bem, há outros três grandes facilitadores na vida, coisas que interferem no modo como as pessoas nos analisam e que garantem nossa credibilidade: ser pontual, ser responsável e ser autêntico — esta última, das coisas mais cativantes, pois rara. Se o Papa Francisco não é presunçoso, por que raios você seria?

É quase inacreditável: as coisas dão certo por fatores que estão totalmente ao nosso alcance.

Martha Medeiros
No 2º parágrafo do texto, em “...todas elas: presenciais, telefônicas, gravação de áudios.”, os dois pontos foram utilizados para introduzir:
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Q1117145 Direito Processual Penal

Segundo a Lei nº 11.340, de 07/08/2006, Capítulo II – Das Formas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Art. 7º, acerca das formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.



( ) A violência física entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal.


( ) A violência psicológica, mas não qualquer conduta. As que causem diminuição da autoestima, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.


( ) A violência sexual entendida como qualquer conduta que a constranja a participar de relação sexual não desejada, que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.


( ) A violência patrimonial entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.


( ) A violência moral entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.


A sequência está correta em

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Q1113642 Geografia

Nas últimas décadas do século XX, estudos realizados por meteorologistas e climatologistas de todo o mundo detectaram um significativo aumento da temperatura média global, em torno de 0,6°C, na superfície dos continentes e dos oceanos. Esse aquecimento global pode causar sérias alterações nos climas do planeta. Sobre essas alterações nos climas, analise as afirmativas a seguir.


I. Diminuiu a quantidade de dias quentes, bem como a frequência das ondas de calor.

II. Diminuiu a diferença entre as temperaturas diurnas e noturnas.

III. Recuaram os glaciares polares e a neve que cobre as montanhas.

IV. A temperatura média global na superfície dos continentes e dos oceanos aumentou e esse aumento foi maior nos continentes do que nos oceanos.


De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), são alterações verdadeiras recorrentes nos climas do planeta as afirmativas

Alternativas
Q1113641 Atualidades

Jovens e idosos, os novos emergentes. O avanço da renda coloca os dois extremos da pirâmide etária no radar das empresas, mas o varejo ainda sofre para compreender os desejos desse público. Nesse contexto, analise o gráfico a seguir.


Imagem associada para resolução da questão


Pode-se afirmar, com base no gráfico, que a classe social que mais consome entre jovens e idosos é:

Alternativas
Q1113640 Conhecimentos Gerais

Relacione adequadamente o tipo de gás de efeito estufa às suas respectivas características.


1. Dióxido de carbono (CO²).

2. Hidrofluorcarboneto (HFC).

3. Metano (CH4).


( ) Gás sintético, formado por átomos de hidrogênio, flúor e carbono.

( ) Gás gerado por atividades como a pecuária, o cultivo de arroz inundado, a queima de combustíveis fósseis e de biomassa, insumos agrícolas e matéria orgânica em decomposição.

( ) É um gás proveniente da queima de combustíveis fósseis, matéria orgânica e desflorestamento.


A sequência está correta em

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Q1113639 Geografia
“Fenômeno luminoso promovido pela entrada de partículas sólidas vindas do espaço na atmosfera da Terra. Popularmente, são conhecidas como estrelas cadentes.” Esse fenômeno luminoso é provocado por:
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Q1113633 Conhecimentos Gerais
“Além de votar diretamente em um candidato a deputado ou vereador, o eleitor tem a opção de votar no partido de sua preferência sem indicar um candidato específico, basta apenas digitar os dois primeiros números do partido e confirmar.” Esse tipo de voto é denominado:
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Q1113620 Português

                                    Sou todo ouvidos


      Passear com um cachorro todas as manhãs pode render ao seu dono preciosas incursões nos mistérios da alma humana. (Ficou bonita esta frase! Parece abertura de TCC. Vou usá-la outra vez). Estabeleci com o Bruno – o vira-lata mais cordial da Serra – algumas rotinas e trajetos com variáveis em função do meu humor matinal e, principalmente, do humor dele. A verdade é que não passeamos com os cães; eles é que nos levam pra rua, puxando-nos por onde bem desejam. No meu caso, construí com o Bruno uma convivência amigável. Ou quase: às vezes discutimos sobre atravessar a rua em determinado ponto; fazer xixi nesta ou naquela árvore ou dar mais uma volta no gramado. Nem sempre venço e geralmente desisto, deixando-o rebocar-me à revelia.

      O melhor das manhãs é que vou colhendo pequenos fragmentos, cenas inteiras ou reprises do que escuto na rua. Numa das rotas passo bem cedo por um apartamento térreo onde já estão todos acordados. A dez metros da janela, instalada logo acima do passeio, ouve-se a discussão habitual. Curioso: os moradores daquela unidade habitacional de classe média discutem todas as manhãs. Bruno ergue as orelhas e eu faço o mesmo, bisbilhotando a vida alheia que salta pra rua, em alto e bom som, exibindo-se sem pudores. Aperto o passo, mas é inevitável captar impropérios e troca de acusações. São sempre vozes masculinas. A mais eloquente é a de um homem mais velho. E as outras vozes, deduzo, são de rapazes. Um sermão matinal familiar? O pai de dois boêmios, plantado a madrugada inteira no sofá, fumando e vendo TV, à espera dos dois folgados que sempre chegam bêbados? Ou uma quadrilha de assaltantes batendo boca em torno da divisão de lucros, após uma noite de crimes? A paz não reina naquele apartamento. Um dia ainda estico o pescoço, boto o nariz na janela e decifro este caso que tanto me intriga.

      No quarteirão seguinte encontro o Profeta Simpatia. Batizei-o em segredo porque o cara nasceu pra isso. Noto que ele está a caminho do trabalho; tem o modelo de burocrata inofensivo com um terno surrado e uma pasta velha. Entretanto, está realmente em missão divina: salvar as almas incautas que cruzam seu trajeto de manhã – queiram elas ou não, o que complica um pouco, convenhamos. Dirige seu apostolado a gente simples: lavadores de carros, babás com bebês, domésticas voltando da padaria, pedreiros na entrada da obra. Sempre me cumprimenta, fazendo uma pausa nos horrores do inferno e na salvação do rebanho. Reduz o volume de sua voz grave e sorri, voltando às exortações logo que me afasto. Ele sabe que sou um pecador sem cura, jamais desperdiçaria tempo comigo.

      Na subida da avenida, quase à mesma hora, cruzo com a Dama do Celular. Lá vem ela muito bem vestida, perfumada, cheia de colares e usando sapatos de salto que ressoam apressados no cimento – toc, toc, toc! Fala altíssimo ao telefone e gesticula, inflamada. Imaginei duas opções: ou é uma executiva atarefadíssima a caminho do escritório, açoitando à distância um exército de empregados incompetentes; ou uma rica provedora do lar dando ordens à babá, chofer, seguranças, jardineiro e talvez até ao marido, aquele inútil que ainda dorme. Mais de uma vez escutei-a repetindo a frase ameaçadora: “Mas tem de ser pra hoje, tá ouvindo, fulano?”

      Nem sempre – e por isso felizmente – costumo deparar-me com o Casal Assustado das Oito. Avistam-me e afastam-se imediatamente para o meio da rua, de olho no Bruno, como se eu levasse pela coleira não um animal boa praça, mas um Dragão-de-komodo assassino. Deles escuto pouco. Resmungam qualquer censura, fazem cara feia e depois retornam à calçada. Não sei se o que os amedronta é mesmo o meu cachorro ou se já fomos protagonistas de algum sério entrevero numa encarnação passada.

      Passear com um cachorro pode render ao seu dono preciosas incursões nos mistérios da alma humana. (Gostei da frase. Não disse que iria repeti-la?) No meio de barulhos matinais, há silêncios nos olhares perdidos voltados para os ipês da avenida. Ou no breve intervalo entre o sinal abrir e o motorista de trás meter a mão na buzina, violentando a calma da manhã. São silhuetas disfarçadas por vidros escuros. Caras preocupadas, inquietas, mãos a tamborilar nos volantes. Dormiram com seus problemas, tomaram café em companhia deles e seguem juntos para seus destinos. Preocupações corriqueiras: as contas do mês, o resultado daquele exame. A nota baixa do filho, a vida difícil. O amor que se foi ou o que ainda pode vir a ser. As encruzilhadas; as escolhas penosas, o dilema do faço-ou-não-faço. O silêncio é muito mais fácil de se ouvir.

(FABRINI, Fernando. Disponível em: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/fernando-fabbrini/sou-todo-ouvidos-1.1384729.)

Em “Dirige seu apostolado a gente simples: lavadores de carros, babás com bebês, domésticas voltando da padaria, pedreiros na entrada da obra.” (3º§), os dois-pontos foram utilizados para anunciar:
Alternativas
Q1113619 Português

                                    Sou todo ouvidos


      Passear com um cachorro todas as manhãs pode render ao seu dono preciosas incursões nos mistérios da alma humana. (Ficou bonita esta frase! Parece abertura de TCC. Vou usá-la outra vez). Estabeleci com o Bruno – o vira-lata mais cordial da Serra – algumas rotinas e trajetos com variáveis em função do meu humor matinal e, principalmente, do humor dele. A verdade é que não passeamos com os cães; eles é que nos levam pra rua, puxando-nos por onde bem desejam. No meu caso, construí com o Bruno uma convivência amigável. Ou quase: às vezes discutimos sobre atravessar a rua em determinado ponto; fazer xixi nesta ou naquela árvore ou dar mais uma volta no gramado. Nem sempre venço e geralmente desisto, deixando-o rebocar-me à revelia.

      O melhor das manhãs é que vou colhendo pequenos fragmentos, cenas inteiras ou reprises do que escuto na rua. Numa das rotas passo bem cedo por um apartamento térreo onde já estão todos acordados. A dez metros da janela, instalada logo acima do passeio, ouve-se a discussão habitual. Curioso: os moradores daquela unidade habitacional de classe média discutem todas as manhãs. Bruno ergue as orelhas e eu faço o mesmo, bisbilhotando a vida alheia que salta pra rua, em alto e bom som, exibindo-se sem pudores. Aperto o passo, mas é inevitável captar impropérios e troca de acusações. São sempre vozes masculinas. A mais eloquente é a de um homem mais velho. E as outras vozes, deduzo, são de rapazes. Um sermão matinal familiar? O pai de dois boêmios, plantado a madrugada inteira no sofá, fumando e vendo TV, à espera dos dois folgados que sempre chegam bêbados? Ou uma quadrilha de assaltantes batendo boca em torno da divisão de lucros, após uma noite de crimes? A paz não reina naquele apartamento. Um dia ainda estico o pescoço, boto o nariz na janela e decifro este caso que tanto me intriga.

      No quarteirão seguinte encontro o Profeta Simpatia. Batizei-o em segredo porque o cara nasceu pra isso. Noto que ele está a caminho do trabalho; tem o modelo de burocrata inofensivo com um terno surrado e uma pasta velha. Entretanto, está realmente em missão divina: salvar as almas incautas que cruzam seu trajeto de manhã – queiram elas ou não, o que complica um pouco, convenhamos. Dirige seu apostolado a gente simples: lavadores de carros, babás com bebês, domésticas voltando da padaria, pedreiros na entrada da obra. Sempre me cumprimenta, fazendo uma pausa nos horrores do inferno e na salvação do rebanho. Reduz o volume de sua voz grave e sorri, voltando às exortações logo que me afasto. Ele sabe que sou um pecador sem cura, jamais desperdiçaria tempo comigo.

      Na subida da avenida, quase à mesma hora, cruzo com a Dama do Celular. Lá vem ela muito bem vestida, perfumada, cheia de colares e usando sapatos de salto que ressoam apressados no cimento – toc, toc, toc! Fala altíssimo ao telefone e gesticula, inflamada. Imaginei duas opções: ou é uma executiva atarefadíssima a caminho do escritório, açoitando à distância um exército de empregados incompetentes; ou uma rica provedora do lar dando ordens à babá, chofer, seguranças, jardineiro e talvez até ao marido, aquele inútil que ainda dorme. Mais de uma vez escutei-a repetindo a frase ameaçadora: “Mas tem de ser pra hoje, tá ouvindo, fulano?”

      Nem sempre – e por isso felizmente – costumo deparar-me com o Casal Assustado das Oito. Avistam-me e afastam-se imediatamente para o meio da rua, de olho no Bruno, como se eu levasse pela coleira não um animal boa praça, mas um Dragão-de-komodo assassino. Deles escuto pouco. Resmungam qualquer censura, fazem cara feia e depois retornam à calçada. Não sei se o que os amedronta é mesmo o meu cachorro ou se já fomos protagonistas de algum sério entrevero numa encarnação passada.

      Passear com um cachorro pode render ao seu dono preciosas incursões nos mistérios da alma humana. (Gostei da frase. Não disse que iria repeti-la?) No meio de barulhos matinais, há silêncios nos olhares perdidos voltados para os ipês da avenida. Ou no breve intervalo entre o sinal abrir e o motorista de trás meter a mão na buzina, violentando a calma da manhã. São silhuetas disfarçadas por vidros escuros. Caras preocupadas, inquietas, mãos a tamborilar nos volantes. Dormiram com seus problemas, tomaram café em companhia deles e seguem juntos para seus destinos. Preocupações corriqueiras: as contas do mês, o resultado daquele exame. A nota baixa do filho, a vida difícil. O amor que se foi ou o que ainda pode vir a ser. As encruzilhadas; as escolhas penosas, o dilema do faço-ou-não-faço. O silêncio é muito mais fácil de se ouvir.

(FABRINI, Fernando. Disponível em: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/fernando-fabbrini/sou-todo-ouvidos-1.1384729.)

Nem sempre – e por isso felizmente – costumo deparar-me com o Casal Assustado das Oito.” (5º§) No trecho em evidência, o uso do duplo travessão se justifica por:
Alternativas
Q1112019 Pedagogia
Com base no Artigo 3º da Lei Nº 9.394/96, que estabelece políticas norteadoras do processo educativo a ser desenvolvido na escola, é CORRETO afirmar que o ensino será ministrado com base nos princípios da:
Alternativas
Q1112018 Pedagogia
Em relação às disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional quanto às obrigações dos docentes, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1112017 Pedagogia
“Atualmente, existem vários tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo cada um deles suas características próprias. Existem famílias de pais separados, chefiadas por mulheres, chefiadas por homens sem a companheira, a extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria a formação familiar formada de pai, mãe e filhos.” Disponível em: < http://apeclx.unoeste.br/tede/tde_arquivos/1/ TDE-2011-05-11T170229Z-213/Publico/PADRE_MARCELO_ disertacao%20final.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2015.

No entanto, independentemente de sua formação, os deveres inerentes à família em relação à educação dos filhos não mudaram.
Nesse contexto, é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Respostas
761: B
762: E
763: A
764: C
765: B
766: B
767: B
768: C
769: B
770: A
771: D
772: B
773: A
774: D
775: C
776: A
777: B
778: D
779: D
780: D