Questões de Concurso Comentadas para auxiliar de serviços gerais

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Q1684018 Português
O cajueiro

    O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância, belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu. Eu me lembro de outro cajueiro que era menor e morreu há muito mais tempo.
    Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da pequena touceira de espadas-de-são-jorge e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, beijos, violetas. Tudo sumira, mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
    No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Caribé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
    A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira abaixo, e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
    Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

(Rubem Braga. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro. José Olímpio. 1956. Pág. 320-22. Com adaptações.)
A divisão silábica está INCORRETA em:
Alternativas
Q1684016 Português
O cajueiro

    O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância, belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu. Eu me lembro de outro cajueiro que era menor e morreu há muito mais tempo.
    Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da pequena touceira de espadas-de-são-jorge e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, beijos, violetas. Tudo sumira, mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
    No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Caribé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
    A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira abaixo, e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
    Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

(Rubem Braga. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro. José Olímpio. 1956. Pág. 320-22. Com adaptações.)
Estava carregado de flores.” (5º§) O antônimo do termo destacado anteriormente é:
Alternativas
Q1684015 Português
O cajueiro

    O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância, belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu. Eu me lembro de outro cajueiro que era menor e morreu há muito mais tempo.
    Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da pequena touceira de espadas-de-são-jorge e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, beijos, violetas. Tudo sumira, mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
    No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Caribé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
    A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira abaixo, e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
    Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

(Rubem Braga. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro. José Olímpio. 1956. Pág. 320-22. Com adaptações.)
Em “O cajueiro já devia ser velho quando nasci.” (1º§), o ponto final foi empregado para:
Alternativas
Q1684012 Português
O cajueiro

    O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância, belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu. Eu me lembro de outro cajueiro que era menor e morreu há muito mais tempo.
    Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da pequena touceira de espadas-de-são-jorge e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, beijos, violetas. Tudo sumira, mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
    No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Caribé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
    A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira abaixo, e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
    Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

(Rubem Braga. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro. José Olímpio. 1956. Pág. 320-22. Com adaptações.)
Podemos afirmar que o texto apresenta como ideia principal:
Alternativas
Q1673146 Atualidades
“A música brasileira está de luto. Morreu, neste sábado (06/07/2019), no Rio de Janeiro, aos 88 anos, o cantor e compositor (...) criador da bossa nova e um dos maiores nomes da MPB”
G1, 06/07/2019. Disponível em: < https://glo.bo/2AQXSqp>Adaptado
O trecho acima está se referendo a morte de qual famosos violonista, cantor e compositor?
Alternativas
Q1673145 Atualidades
“Subiu para 20 o número de fugitivos que foram recapturados após a fuga em massa da unidade prisional Agenor Martins de Carvalho (...) na região central do estado. A captura mais recente aconteceu na tarde desta segunda-feira (10/02/2020), na Zona Rural do município”
G1, 10/02/2020. Disponível em: < https://glo.bo/3d7Y4A5 >Adaptado
Em qual município do estado de Rondônia está localizado o presídio Agenor Martins de Carvalho onde ocorreram as folgas?
Alternativas
Q1673144 Atualidades
“Em sua conta oficial no Twitter, Luiz Henrique Mandetta anunciou na tarde desta quinta-feira (16/04/2020) sua demissão pelo presidente Jair Bolsonaro”.
Rondoniagora, 16/04/2020. Disponível em: < https://bit.ly/2RMZG9I>Adaptado
De qual cargo Luiz Henrique Mandetta foi demitido?
Alternativas
Q1673143 Atualidades
“Na última semana de janeiro de 2020, chegou ao fim uma discussão política que durou quase quatro anos. A saída do Reino Unido da União Europeia, foi uma das pautas mais importantes para o cenário sociopolítico mundial”
R7, 08/02/2020. Disponível em: < https://bit.ly/36ppBdn>Adaptado
Como ficou conhecida a saída do Reino Unida da União Europeia?
Alternativas
Q1673142 Atualidades
“Na segunda-feira (19/09/2019), os portovelhenses agradeceram pela chuva que caiu durante a tarde e à noite.(...) O estado está desde o início de agosto encoberto por fumaça. Essa poluição ameaça à saúde da população”.
G1, 20/08/2019. Disponível em: < https://glo.bo/3bfHPjq>Adaptado
O que causou as cinzas e fumaças no estado de Rondônia?
Alternativas
Q1673141 Atualidades
“A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26/03/2020) um projeto que prevê o pagamento a trabalhadores informais por três meses em razão da pandemia do coronavírus. A mulher que for mãe e chefe de família poderá receber o valor dobrado”.
(G1, 26/03/2020. Disponível em: < https://glo.bo/34Jr9Oz>Adaptado)

O valor de cada parcela do auxílio emergência, aprovado pela Câmara dos Deputados, foi de:
Alternativas
Q1673140 Atualidades
Segundo o Ministro da Economia do Brasil “agora o país deixou o eixo de negócios com países de ideologia obsoleta, como Venezuela e Cuba, e partiu para os grandes mercados, como Estados Unidos e União Europeia”.
economia.uol, 04/07/2019. Disponível em: < https://bit.ly/2XkemPw>Adaptado
Qual ministro disse a frase destacada acima da publicação do Portal Uol, em julho de 2019?
Alternativas
Q1673139 Atualidades
“A santa, conhecida popularmente como Anjo Bom da Bahia, foi uma das religiosas mais populares do Brasil graças ao trabalho social prestado aos mais pobres e necessitados, principalmente na Bahia (...)”.
Gazetaweb.globo, 13/10/2019. Disponível em: < https://glo.bo/34RASCP >Adaptado
Qual religiosa brasileira tornou-se Santa após sua canonização no dia 13 de outubro de 2019?
Alternativas
Q1673138 Atualidades
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu nesta terça-feira (11/02/2020) o nome da doença respiratória provocada pela infecção do novo coronavírus”
G1, 11/02/2020. Disponível em: < https://glo.bo/3gnXYpY> Adaptado
Qual é o nome oficial da doença causada pelo novo Coronavírus (Sars-Cov-2)?
Alternativas
Q1673126 Português
TEXTO II
“Imensas noites de inverno, Com frias montanhas mudas, E o mar negro, mais eterno, Mais terrível, mais profundo.” (Cecília Meireles)
As palavras destacadas são classificadas morfologicamente como:
Alternativas
Q1673125 Português
Alternativa em que se justifica o uso do hífen como em “Micro-ondas” é:
Alternativas
Q1673124 Português
Assinale a alternativa que segue as prescrições da norma culta.
Alternativas
Q1673122 Português
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretas quanto à acentuação.
Alternativas
Q1673121 Português
Assinale a alternativa que está na Voz Passiva.
Alternativas
Q1673120 Português

TEXTO I


Vocações


Todos diziam que a Leninha, quando crescesse, ia sermédica. Passava horas brincando de médico com asbonecas. Só que, ao contrário de outras crianças, quandolargou as bonecas não perdeu a mania. A primeira vez quetocou no rosto do namorado foi para ver se estava comfebre. Só na segunda é que foi carinho. Ia porque ia sermédica. Só tinha uma coisa: não podia ver sangue.

– Mas Leninha, como é que...

– Deixa que eu me arranjo.

Não que ela tivesse nojo de sangue. Desmaiava. Não podiaver carne mal passada. Ou Ketchup. Um arranhãozinho erao bastante para derrubá-la. Se o arranhão fosse em outrapessoa ela corria para socorrê-la - era o instinto médico -,mas botava o curativo com o rosto virado.

– Acertei? Acertei?

– Acertou o joelho. Só que é na outra perna!

Mas fez vestibular para medicina, passou e preparou-separa começar o curso.

– E as aulas de anatomia, Leninha? Os cadáveres?

– Deixa que eu me arranjo.

Fez um trato com a Olga, colega desde o secundário.Quando abrissem um cadáver, fecharia os olhos. A Olgadescreveria tudo para ela.

– Agora estão tirando o fígado. Tem uma cor meio...

– Por favor, sem detalhes.

Conseguiu fazer todo o curso de medicina sem ver umagota de sangue. Houve momentos em que precisouexplicar os olhos fechados.

– É concentração, professor.

Mas se formou. Hoje é médica, de sucesso. Não nacirurgia, claro. Se bem que chegou a pensar a convidar aOlga para fazerem uma dupla cirúrgica, ela operando como rosto virado e a Olga dando as coordenadas.

– Mais pra esquerda... Aí. Agora corta!

Está feliz. Inclusive se casou, pois encontrou uma almagêmea. Foi num aeroporto. No bar onde foi tomar umcafezinho enquanto esperava a chamada para o embarquepuxou conversa com um homem que parecia muitonervoso.

– Algum problema? – perguntou, pronta para medicá-lo.

– Não – tentou sorrir o homem – É o avião…

– Você tem medo de voar?

– Pavor. Sempre tive.

– Então porque voa?

– Na minha profissão, é preciso.

– Qual é a sua profissão?– Piloto.

Casaram-se uma semana depois.

(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A mãe de Freud. Círculo deLivro, 1985.)

“A primeira vez que tocou no rosto do namorado foi para ver se estava com febre.” O termo destacado é um numeral:
Alternativas
Q1673119 Português

TEXTO I


Vocações


Todos diziam que a Leninha, quando crescesse, ia sermédica. Passava horas brincando de médico com asbonecas. Só que, ao contrário de outras crianças, quandolargou as bonecas não perdeu a mania. A primeira vez quetocou no rosto do namorado foi para ver se estava comfebre. Só na segunda é que foi carinho. Ia porque ia sermédica. Só tinha uma coisa: não podia ver sangue.

– Mas Leninha, como é que...

– Deixa que eu me arranjo.

Não que ela tivesse nojo de sangue. Desmaiava. Não podiaver carne mal passada. Ou Ketchup. Um arranhãozinho erao bastante para derrubá-la. Se o arranhão fosse em outrapessoa ela corria para socorrê-la - era o instinto médico -,mas botava o curativo com o rosto virado.

– Acertei? Acertei?

– Acertou o joelho. Só que é na outra perna!

Mas fez vestibular para medicina, passou e preparou-separa começar o curso.

– E as aulas de anatomia, Leninha? Os cadáveres?

– Deixa que eu me arranjo.

Fez um trato com a Olga, colega desde o secundário.Quando abrissem um cadáver, fecharia os olhos. A Olgadescreveria tudo para ela.

– Agora estão tirando o fígado. Tem uma cor meio...

– Por favor, sem detalhes.

Conseguiu fazer todo o curso de medicina sem ver umagota de sangue. Houve momentos em que precisouexplicar os olhos fechados.

– É concentração, professor.

Mas se formou. Hoje é médica, de sucesso. Não nacirurgia, claro. Se bem que chegou a pensar a convidar aOlga para fazerem uma dupla cirúrgica, ela operando como rosto virado e a Olga dando as coordenadas.

– Mais pra esquerda... Aí. Agora corta!

Está feliz. Inclusive se casou, pois encontrou uma almagêmea. Foi num aeroporto. No bar onde foi tomar umcafezinho enquanto esperava a chamada para o embarquepuxou conversa com um homem que parecia muitonervoso.

– Algum problema? – perguntou, pronta para medicá-lo.

– Não – tentou sorrir o homem – É o avião…

– Você tem medo de voar?

– Pavor. Sempre tive.

– Então porque voa?

– Na minha profissão, é preciso.

– Qual é a sua profissão?– Piloto.

Casaram-se uma semana depois.

(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A mãe de Freud. Círculo deLivro, 1985.)

“– Você tem medo de voar?

– Pavor. Sempre tive.”


Os travessões indicam:

Alternativas
Respostas
3541: B
3542: A
3543: B
3544: B
3545: E
3546: B
3547: C
3548: E
3549: D
3550: E
3551: C
3552: D
3553: B
3554: E
3555: D
3556: E
3557: E
3558: C
3559: C
3560: A